2 de dez. de 2008

Mais um escândalo no governo Yeda: diretores da Emater viajam a turismo com dinheiro público

Reportagem do jornalista Giovani Grizotti (RBSTV) desvenda mais uma maracutaia no govero Yeda. Diretores da Emater ( Luiz Antônio Vial- chefe de gabinete e Cilon Fialho - diretor adminsitrativo) viajaram com dinheiro público para a Europa, mas justificando que captariam recursos para dois eventos que foram realizados antes mesmo da viagem dos dois ao destino.

A mulher de Luiz Antonio Vial também viajou no mesmo período e se encontrou com o marido ( surpresa !!!! qem será essa senhora ???? é parente de um alto e graduado tucano investigado na CPI DO DETRAN ) A COISA ESTA APENAS TOMANDO FORMA.

O BURACO É BEM MAIS PROFUNDO. AGUAAARDEMMMMM

Aguaardem....trambiqueduto de Yeda esta com mais furos esta semana

1 de dez. de 2008

Garrincha e a zagueira do agronegócio


Em entrevista concedida à rádio gaúcha (01), no programa gaúcha atualidade, o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel foi sabatinado pela jornalista Ana Amélia Lemos. Questionou se a mudança dos índices de produtividade também irão valer para os assentamentos, dando a entender que parte desses não passaria no teste da produtividade.
Cassel, de forma elegante, desqualificou a pergunta, reafirmando que os novos índices de produtividade só valerão para grandes extensões de terra e que essas terras devem produzir mais para alimentar a população, pois os valores atuais são da de´cada de 70.

Sobre os assentamentos, o ministro fez como Garrincha ao driblar seus adversários, deixou a zagueira do agronegócio a ver navios, apontando estudos de universidades que indicam alto grau de produção dos assentamentos da reforma agrária.

Entenda:

Os índices atuais que servem como padrão para o processo de desapropriação de terras para reforma agrária são da década de 70. Segundo o MDA, os índices atuais são considerados defasados diante do alto rendimento alcançado pelas propriedades rurais e dificilmente o governo consegue enquadrar uma área como improdutiva.

Há três anos, foi feito um primeiro estudo, mas a pressão da bancada ruralista prevaleceu e o assunto foi engavetado. Com o segundo estudo, a polêmica está de volta.

Conforme cálculo do governo, entrando em vigor a medida, poderá render cerca de 33 mil hectares em desapropriações no Estado – equivalente a mil vezes a área do Parque da Redenção, em Porto Alegre. No segundo estudo, não houve autorização para se fazer tal projeção, para evitar pressões. Se aprovado, as áreas rurais de todo o país foram divididas de forma que a produtividade varie de acordo com cada região e o tipo de produção e ainda será levado em consideração se a região enfrentou algum problema climático, como o caso de Santa Catarina

Além de ser apresentado ao Conselho Nacional de Política Agrícola, a mudança dos índices precisa ser oficializada por meio de uma portaria assinada por Cassel e pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Se aprovadas, as mudanças passariam a valer a partir da safra 2009/2010.

Como ficará a mudança

Na agricultura
O indicador usado é o rendimento de
grãos por hectare.

Soja em Cruz Alta
> Como é hoje: 1,4 mil quilos/hectare
> Como ficaria: 1,959 mil quilos/hectare
> Como foi: nos últimos cinco anos, a
produtividade média ficou em 2,2 mil quilos
por hectare

Arroz em Cachoeira do Sul
> Como é hoje: 3,4 mil quilos/hectare
> Como ficaria: 5,392 mil quilos por
hectare
> Como foi: nos últimos 10 anos, a produtividade
média ficou em 5,7 mil quilos
por hectare

Na pecuária

O indicador usado é o número de animais
por hectare, chamado de Grau de Eficiência na
Exploração (GEE). Uma unidade animal equivale
a um touro adulto.

Em Bagé

> Como é: 0,8 unidade animal/hectare
> Como ficaria: 0,95 unidade animal/hectare
Em Pelotas

> Como é: 0,8 unidade animal/hectare
> Como ficaria: 1,15 unidade animal por
hectare

fonte dados: zh 01/12/ - pg 19

30 de nov. de 2008

“Eu ainda tenho medidas impopulares para tomar.”

Imagem: http://satiro-hupper.blogspot.com/

Com essas palavras a governadora Yeda, em entrevista ao jornal Zero Hora (30), anunciou que vai tampar o nariz dos gaúchos e enfiar goela a baixo a prorrogação dos pedágios. Ainda disse que aparentente o projeto é impopular, mas as pessoas (nós) "preferem que alguém decida por elas".

Sobre a corrupção em seu governo, Yeda não falou que foi a Policia Federal, a Justiça Federal e até a Assembléia Legislativa que desencadearam as investigações que desbarataram uma quadrilha de políticos do alto escalão de seu governo que desviava recursos públicos. Também não falou da origem dos recursos para a compra da sua casa.

Sobre a política do coronel Mendes Yeda foi clara: quem manda na Brigada é ele e não o secretário de Segurança. Sobre a ação de Mendes contra os trabalhadores em suas manifestações contra o governo, Yeda disparou mais uma pérola: "..Quando a gente toma o encargo de governar um Estado, tem de responder àquelas coisas chatas: lei, disciplina, ordem, iniciativa, política pública. O coronel Mendes repôs a auto-estima da Brigada.."

Realmente, para nossa governadora, essas coisas chatas (leis e políticas públicas) são coisas para os outros.


Para ler a entrevista na íntegra, clic aqui

29 de nov. de 2008

Pedágios: Povo que não tem virtude acaba por ser escravo..

A terceira estrofe do hino rio-grandense representará o que seremos das concessionárias de rodovias se nos próximos quinze dias o aguerrido e valoroso povo gaúcho não se mobilizar contra o projeto do governo Yeda de prorrogação dos contratos de concessão das praças de pedágio. Ela quer mais 15 anos (de 2013 para 2028) para as atuais empresas. Se aprovado, os deputados perderão toda a autonomia sobre o tema, trasferindo ao Daer e as concessionárias o poder de decisão de retirar e colocar praças de pedágios onde bem entenderem, impedir rotas de fuga (vias alternativas) e explorar o filão publicitário nas faixas de domínio. Se a estrofe do hino ainda vale, tem que ser agora.

28 de nov. de 2008

O balanço de Mendes

Enquanto a cidade de Farroupilha era assaltada, o comando brincava de forte-apache em Viamão.

Número de brigadianos mortos bate recorde em 2008

Qual será o balanço que o atual comandande geral da Brigada Militar, Cel. Paulo Roberto Mendes, apresentará à sociedade quando deixar o o comando da corporação para assumir o cargo de juiz militar, com salário próximo a r$ 20 mil reais ? Será que reduziu os homicídios ? será que as ações midiáticas do coronel ajudaram a reduzir o roubo e furto de veículos ? Aliás ! como estão o restante dos indicadores da segurança dos últimos 365 dias? Será que o déficit zero que a governandora anunciou a poucos dias refletirá na segurança ? afinal, nosso "iron men" foi, pelo menos na mídia, o comandante mais atuante dos 171 anos da corporação.

A cidade de Farroupilha, por exemplo, deveria ser ouvida nesse balanço sobre a atuação do comando da BM. A quadrilha que assaltou simultâneamente dois bancos naquela cidade estava livre e faceira, pois, neste dia, quase todos os Batalhões de Operaçãoes Especiais foram trasferidos e aquartelados em Porto Alegre com o objetivo fazer exercícios. Segundo o sindicato da policia civil, a ação tinha outro objetivo: pressionar a categoria que estava paralizada.

Para os trabalhadores, para os movimentos sociais e para aqueles que denunciaram a corrupção do governo Yeda a linguagem de Mendes foi outra: Cassetete, bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha.

27 de nov. de 2008

Deputados pedem sustação de decreto de Yeda

Os deputados da bancada do DEM, do PT, do PC do B e PDT protocolaram pedido de sustação do decreto da governadora (45.959). decreto esse que dispõe sobre sobre o corte do ponto de servidores públicos em greve ou paralizados. Acompanhe a coletiva.

O PT e o envelhecimento precoce

Ontem (26), em uma conversa com um amigo e colega jornalista ,que prefiro não revelar o nome, comentei o fato de que o PT precisava urgentemente beber novamente da fonte que lhe deu vida, correndo o risco de receber das urnas em 2010 um diagnóstico de envelhecimento precoce. Qual a minha surpresa ao visitar, como faço diariamente o, blog do rsurgente ? O belo artigo de Emir sader sobre esse mesmo tema que colo abaixo e que também está no site da agência Carta Maior:

EMIR SADER

"PT envelheceu internamente e precisa se revigorar"

O impulso inicial que deu vida ao PT e desembocou no governo Lula, se esgotou. O dinamismo, a referência hoje está no governo e não no PT. Este precisa revigorar-se social e ideologicamente, para voltar a desempenhar um papel importante no campo político e ideológico do país, que tem na conjuntura já aberta da sucessão presidencial a maior das suas batalhas contemporâneas. A análise é de Emir Sader.

O PT foi a maior esperança da esquerda brasileira – e talvez mundial, em um momento de esgotamento da esquerda tradicional. Depois de mais de duas décadas de existência, desembocou no governo Lula que, medido pela imagem ideológica que o partido tinha na sua fundação ou que exibiu na sua primeira década de vida, seria irreconhecível.

Não se trata agora de fazer uma breve história do partido e saber onde aquele fio original foi cortado e outro perfil foi se desenhando. Certamente ele tem a ver com a projeção da imagem de Lula, por cima e, de certa forma, de maneira independente do partido. Trata-se agora de tentar entender a situação em que se encontra o partido – paradoxalmente com um perfil político extremamente baixo, quando Lula exibe níveis recordes de apoio, de 80%. Em suma, o sucesso do governo não é o sucesso do PT, que ainda não saiu das duas crises que o envolveram nos últimos anos.

O PT sofreu dois duros golpes desde a vitória de Lula, em 2002. O primeiro, o perfil assumido pelo governo, com Palocci funcionando quase como um primeiro-ministro e impondo uma hegemonia neoliberal e continuísta ao governo. Tal como havia se configurado na parte final e decisiva da campanha eleitoral, se constituiu em torno de Lula um núcleo dirigente do governo, que tinha em dois dos arquitetos da vitória – Palocci, com a Carta aos brasileiros, e Duda, com o “Lulinha, paz e amor” -, referências fundamentais.

Palocci dava a linha geral, manejava os recursos, impunha – até mesmo a Lula – o discurso geral do governo. O PT presenciou tudo isso, ferido pela crise de expulsão e posterior saída de outros de seus membros, impotente. Não conseguir defender a reforma da previdência, que atentava contra tudo o que havia defendido, nem as orientações econômicas do duo Palocci-Meirelles, se defendia das posições de ultra-esquerda, que prenunciavam um caminho de isolamento, sectarismo e derrota.

Pouco tempo depois, quando o governo ainda não decolava, veio a chamada “crise do mensalão”, em um momento em que o partido ainda não tinha se refeito da primeira crise. Foram os piores anos da história do PT – 2003-2005. A imagem do partido foi revertida de partido ético, da transparência, para partido vinculado a negociatas e à corrupção, uma reversão da qual não conseguiu e dificilmente conseguirá sair. Apesar das eleições internas, que recuperaram um pouco da auto-estima, sem forjar uma nova direção com capacidade de redefinir o papel do PT e suas relações com o governo.

Lula e o governo se safaram da crise a partir dos efeitos das políticas sociais que se fortaleceram com as mudanças dentro do governo – especialmente a queda de Palocci e o enfraquecimento das suas orientações dentro do governo – e com o papel dinâmico que Dilma Rouseff passou a imprimir nas ações governamentais.

Mas, de alguma maneira o governo se safou com a crise exportada para o PT. A imagem que ficou foi a de que “os petistas” haviam cometido graves erros, que quase comprometeram irremediavelmente o governo Lula. E as acusações sobre José Dirceu e sobre os principais dirigentes partidários confirmavam essa versão. E o baixo perfil das direções posteriores, tanto a que foi eleita no PEC, quanto posteriormente pelo Congresso, foram na mesma direção, pelo baixo perfil dessas direções, pela falta de capacidade de iniciativa política e de mobilização da própria militância do PT.

O Congresso, ao invés de um grande balanço do primeiro governo de esquerda, conquistado ao longo das lutas de toda a história do PT, acabou sendo mais um acerto de contas entre as tendências sobre a crise do partido. Criticas à política econômica reafirmaram certo grau de independência diante do governo, mas em geral a avaliação deste e, sobretudo, as propostas para o segundo governo, não foram o centro do Congresso, desperdiçado para recuperar a capacidade de ação do PT.

No entanto, os problemas vêm de mais atrás e são mais profundos. A via moderada escolhida pelo PT já se assentava numa perda do peso da militância jovem e da militância social, marcante já no Congresso de 2000, realizado em Pernambuco. O partido perdeu capacidade de empolgar e mobilizar os que lutam ou poderiam ser despertados para a luta por um outro país, por “um outro mundo possível”. Uma parte destes trabalham em torno do MST ou de outros movimentos sociais, outros permanecem no PT, mas sem ímpeto de ação. O envelhecimento interno do partido é óbvio, não apenas na idade dos seus membros, mas também na falta de idéias, de criatividade, de alegria, de encarar os novos desafios com um rico e pluralista debate interno.

É como se o PT estivesse ainda sofrendo os efeitos de uma quase morte da experiência de governo, tivesse se safado por pouco, mas tivesse exaurido suas energias na sobrevivência, não voltando a ganhar ímpeto, criatividade, iniciativa, capacidade de liderança e, principalmente, de mobilização de novas camadas.

A elaboração de uma plataforma pós-neoliberal e o apoio decidido à organização das bases sociais pobres que apóiam substancialmente ao governo Lula – se constituem nas duas maiores tarefas que o PT tem que enfrentar, para se renovar, se revigorar. Encarar frontalmente o tema da plataforma com que vai lutar para o governo posterior ao de Lula e recompor suas bases sociais de apoio, na direção das grande massas do nordeste e das periferias das grandes metrópoles – onde residem os imensos bolsões de pobreza beneficiados pelas políticas sociais do governo – para reconquistar energia, capacidade de luta, de mobilização.

Porque o impulso inicial, o que deu vida ao PT e desembocou no governo Lula, se esgotou. O dinamismo, a referência hoje está no governo e não no PT. Este precisa revigorar-se social e ideologicamente, para voltar a desempenhar um papel importante no campo político e ideológico do país, que tem na conjuntura já aberta da sucessão presidencial a maior das suas batalhas contemporâneas. É uma nova grande possibilidade para o PT, onde se disputa o futuro do Brasil na primeira metade do século – na consolidação, correção de rumos, aprofundamento das linhas progressistas do governo atual ou no catastrófico retorno do bloco de direita ao governo.

O papel do PT será essencial se assumir a luta pelo cumprimento desses dois objetivos essenciais: formulação da plataforma pós-neoliberal para a campanha de 2010 e trabalho duro na organização das grandes camadas pobres que dão sustentação ao governo Lula.

Ano novo: 2010 já começou

Antes mesmo de os tucanos de alta plumagem assumirem assento fixo no Conselho do Grupo RBS, já é claro a mudança de posição do conglomerado em relação a temas polêmicos relacionados ao governo do PSDB (pedágios, corrupção, violência e o esfolamento dos servidores públicos). Tudo é tratado de forma "pasteurizada" e sem aprofundamento, ou com posição favorável ao governo. È comum pela manhã nos programas de entrevista de políticos da rádio gaúcha, por exemplo, a presença quase que semanal de ex-ministros de FHC, mesmo quando o tema tem relação apenas com o governo Lula.
Tudo aponta para uma coisa:: 2010 está ai.

26 de nov. de 2008

Professor na rua, Yeda a culpa é tua

MNLM faz protesto por mais habitação

O Movimento Nacional de Luta pela Moradia - MNLM realizou passeata no centro de Porto Alegre neste início da tarde (26/11). Denunciaram que há centenas de prédios abandonados em todoo Brasil e que podem servir de moradia popular. Segundo Beto Aguiar, um dos coordenadores do movimento, no centro de POA existe edifícios abandonados há mais de 25 anos.

Ninho tucano na RBS

Após passar por grandes dificuldades financeiras no final do governo FHC (Dólar 4 real 1 ) o grupo RBS se viu obrigado a se desfazer de "ativos" para escapar das garras do mercado. Um dos novos "colaboradores" e salvadores do grupo foi o tucano de alta plumagem e minstro do apagão de FHC, Pedro Parente. Parente foi guindado ontem (25) a integrar o Conselho da RBS na condição de vice-presidente executivo do grupo. Outro conselheiro (sócio) é Luiz Henrique Fraga, representante do Gávea Investimentos, tem alto grau de parentesco com Armínio Fraga, outro tucano, que já possui 12,6428% no capital da RBS Comunicações SA, holding dos negócios do grupo (não é pouco).Os tucanos estão bem aninhados aqui no RS, bem no alto do morro Santa Tereza.

25 de nov. de 2008

Sem tetos ocupam prédio abandonado no centro da Capítal

O Movimento Nacional de Luta Pela Moradia informa que ocupou Prédio abandonado no centro de Porto Alegre. No local há 150 famílias e o edificio está localizado entre as avenidas Júlio de Castilhos e Mauá.

24 de nov. de 2008

Jornada Nacional de Lutas por Reforma Urbana e o Direito à Cidade


Os movimentos sociais urbanos e o Fórum Nacional de Reforma Urbana vão às ruas em sua mobilização anual. Como em 2005, quando organizaram uma marcha com 5 mil pessoas em Brasília, em 2006 e 2007, quando fizeram a primeira e a segunda edição da Jornada de Lutas por Reforma Urbana, está chegando a hora da mobilização de 2008. Neste mês de novembro, todas as organizações e movimentos sociais que defendem cidades mais justas e democráticas farão manifestações regionais para a terceira edição da Jornada Nacional de Lutas por Reforma Urbana e o Direito à Cidade.

22 de nov. de 2008

Celeuma na veia, direto do blog celeuma.


Durante o início do ato em homenagem ao Dia da Bandeira, com a banda da Brigada Militar pronta para executar os hinos Nacional, da Bandeira e do Rio Grande do Sul, em frente ao Palácio Piratini, finalmente a governadora do Rio Grande do Sul, por força do protocolo, esteve bem próxima dos trabalhadores em educação, que ela se recusa a receber, acampados em frente a sede do governo, desde a segunda-feira. Talvez a mais impopular representante da direita guasca no Executivo, desde Antônio Britto (ex-PMDB, atual PPS), já é comum que a governadora seja vaiada em público. A ponto de se recusar a participar de algumas cerimônias importantes, porque avisada previamente por assessores, como a inauguração da Plataforma P-53, em Rio Grande, recentemente. Na manhã da última quarta-feira, ao colocar os pés na calçada de pedras portuguesas do Palácio Piratini, a vaia veio forte. Com sua habitual arrogância a governadora com dedo em riste pediu silêncio aos manifestantes.Tradução do momento registrada pelo assessor do PRBS: "Os manifestantes estavam vaiando durante a execução dos hinos"Talvez mentir descaradamente dê algum status para os neófitos de um partido-empresa que tenha como eixo central a mentira. Nem o testemunho de mais de 200 prefeitos inibiu a vontade de erguer a governadora do lamaçal político em que se encontra.A mentira virou peça de engenharia política. Alimentou falsa polêmica e inferiu a seguinte subjetividade no leitor desavisado: os professores fazem greve no final do ano, prejudicam as crianças e ainda por cima não respeitam nem o hino. Logo: baderneiros. Certo?Pior que o leitor enganado é o lumpesinato que escreve em outros veículos, reproduzindo a mentira. Sequer estiveram no local. Bom, nem o autor da nota esteve, esperar o quê.O curioso disso tudo, é que a titular da coluna de Política mais lida no Rio Grande do Sul, não pelos seus méritos, mas pelo alcance do veículo e seu oportuno monopólio, ignora a opinião de jornalistas, sociólogos, psicólogos e pesquisadores sobre seu trabalho, classificando-os simplesmente como infelizes, invejosos e de mal com a vida. Esse é o nível intelectual da porta-voz oficialesca dos setores mais conservadores da sociedade gaúcha. E como demonstramos no episódio de ontem, parece ser critério para se dar bem no partido-empresa.

21 de nov. de 2008

Marcon comemora novas desapropriações no RS

O deputado Dionilso Marcon (PT) comemorou o anuncio da desapropriação de mais duas fazendas no Rio Grande do Sul para fins da Reforma Agrária. Foram decretados de interesse social para fins de reforma agrária a Fazenda Itaguaçú e a Fazenda 33, ambas localizadas no município de São Gabriel e tiveram seus decretos de desapropriação publicados hoje (21) no Diário Oficial da União (DOU). As propriedades possuem 1.996 hectares e 1.835 hectares, respectivamente, e têm capacidade de assentamento para 122 famílias cada. Somadas a outros cinco imóveis rurais também desapropriadas pelo Incra no Estado, as fazendas totalizam a capacidade de assentamento de 820 famílias de agricultores no Rio Grande do Sul. Outra fazenda desapropriada no mesmo município há 17 dias foi a Estância do Céu, com 4.953 hectares. Esta fazenda irá receber 330 famílias de agricultores. As outras áreas desapropriadas pela superintendência em 2008 são: Fazenda São Paulo, em São Gabriel, com 671 hectares e capacidade para assentar 38 famílias; Fazenda Jaguari Grande, em São Francisco de Assis, com 534 hectares e possibilidade para beneficiar 26 famílias; Granja Santa Mercedes, em Alegrete, com 1.591 hectares e espaço para abrigar 82 famílias; e Granja Santa Rosa, em Santa Margarida do Sul, com 1.615 hectares e capacidade para assentamento de 100 famílias. (As informações são do Incra)

Para Marcon, o assentamento de quase mil famílias de agricultores no RS traduz num marco de desenvolvimento econômico e social para o Estado e em especial para a cidade de São Gabriel . “O governo Lula está fazendo a sua parte pelo governo federal, investindo na agricultura e na reforma agrária, enquanto isso, o governo Yeda utiliza os recursos públicos para reprimir os trabalhadores”, desabafa. Segundo o deputado, em pouco tempo os assentados estarão produzindo alimentos, gerando e distribuindo renda e impostos para os municípios e para o Estado.

Por quem tocam as sinetas

Há uma expressão popular que diz: "não pode pagar o justo pelo pecador" que o bom Aurelião comenta assim: "não deve ser castigado ou repreendido aquele que não tem culpa, ficando impune o culpado". Ocorreu-me a expressão quando refleti sobre o impasse que está posto entre o governo Yeda e o magistério estadual por conta da greve decretada há alguns dias. Entenda-se, aqui, o pecado não como transgressão religiosa, mas como sinônimo de erro, culpa, maldade.

Os professores, e disto têm ciência até os lápis sem ponta, formam uma das categorias mais mal remuneradas de todo o funcionalismo. A eles pode-se, quem sabe, equiparar os policiais que desempenham tarefa igualmente nobre. Uns educam, outros protegem, mas os dois ganham menos do que merecem. E, nesta altura da história gaúcha, ambas as categorias encontram-se mobilizadas por melhores condições de trabalho.

É sintomático, então, que o mesmo governo que há meses vem sendo alvo dos protestos dos dois movimentos tenha resolvido editar, no último dia 28 de outubro, um decreto que visa, nitidamente, intimidar, ao velho e mau estilo ditatorial, qualquer manifestação, justa ou não, do funcionalismo. A pretexto de regulamentar a lei de greve dos funcionários públicos, o decreto de Yeda corta o ponto, desconta o salário e interrompe progressões de carreira daqueles a quem seu governo negou o diálogo e que, sem outra alternativa, se viram impelidos ao extremo recurso da paralisação.

Ora, se os professores conquistaram, com anos de luta, um Plano de Carreira e um Piso Salarial Nacional, é justo que este direito lhes seja assegurado. É igualmente sensato que, se os professores, como sempre fizeram, vão recuperar as aulas perdidas por conta da greve, seus pontos não devam ser cortados. E se os policiais são obrigados a expor suas vidas à crescente perversidade dos delinqüentes, é justo que a eles sejam oferecidas condições ideais de trabalho (leia-se salário digno e equipamentos de proteção e defesa). Não incorrem em erro, culpa ou maldade, portanto, aqueles que, diante da violação ou da ameaça a seus direitos, legitimamente protestarem. É como penso.

Mas não é como pensa Yeda, cujo governo, além do castigo do decreto desmedido, tem repreendido com violência todos os movimentos sociais sem compreender que, justamente por este comportamento, é que perde qualquer razão. Fosse este um governo democrático de verdade, houvesse para a justiça um mínimo espaço neste Poder Executivo e pudessem o bom senso e a humildade substituir a arrogância da governadora e de sua secretária de Educação, se poderia dar fim imediato à greve do magistério com um acordo.

Nenhum professor vai à greve sem razão. Se o faz, é sempre porque está no limite. É porque vê esgotada qualquer outra forma de alertar os governantes e a sociedade de que há risco iminente de perda de direitos que lhe são fundamentais para a manutenção da dignidade e de alguma mínima perspectiva de futuro– caso do Plano de Carreira - ou que implicam – caso do Piso Nacional – em conquistas pelas quais lutaram uma vida inteira e que são essenciais para a manutenção do ânimo de continuar exercendo este verdadeiro sacerdócio que é o magistério. Quando tocam sinetas debaixo de sol e chuva, estes bravos homens e estas mulheres guerreiras o fazem para que nós, pais, alunos, deputados, prefeitos, governadores, homens e mulheres, tenhamos consciência de que, sem um sistema educacional digno, com garantia de salário, condições de trabalho e qualidade de ensino, é o futuro que se põe em risco. O futuro de todos nós. É por todos nós, então, que tocam as sinetas.

Elvino Bohn Gass

deputado Estadual do PT


Mais um policial é morto na capital

Infelizmente mais um Policial militar foi assassinado. Desta vez foi o soldado Daniel Silva da Silva, que estava sem farda quando foi abordado por um homem na frente da Escola Otávio Mangabeira. Com Daniel já sobre para 48 o número de PMs mortos em 2008.

Enem 2008, parabéns professores

Mesmo que o governo Yeda arregale os olhos e torça o nariz, o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) dá a dimensão da importância de nossos educadores . Não é atoa que os gaúchos receberam a melhor nota (45,06), seguido por São Paulo, reconhecido como o mais rico e mais poderoso do Brasil com (44,86). Na redação também fomos acima da média, com 62,57. A publicação desses dados vem bem a calhar, pois um Estado fustigado pela corrupção, pelo achatametno salarial e perseguição aos seus professores e servidores, demonstra o alto grau de profissionalismo de nossos mestres e da comunidade escolar como um todo. A secretária de educação deveria se pronunciar sobre o assunto, ou será que não eh uma pauta positiva , como diz a governadora.

Uma Frente formada por deputados estaduais, federais e vereadores entregará documento ao governo Yeda solicitando que se reabra imediatamente às negociações para renegociar os dias parados. A presidente do CPERS afirmou que não é possível fazer a defesa do piso nacional e receber em troca a punição dos trabalhadores em educação. Segundo sua presidente Rejane Silva de Oliveira, ou o governo reve sua posição em relação ao abono das faltas ou a greve continua. O documento está sendo redigiddo no gabinete do deputado estadual Fabiano Pereira do Partido dos Trabalhadores e será entregue no início da tarde. Rejane afirmou em entrevista que caso haja o entendimento, imediatamente será convocada pelo comando de greve uma nova assembléia geral.