14 de dez. de 2008

Artigo de Mino Carta sobre a Mídia,o AI5 e ditadura. Imperdível

O Ato Institucional nº 5 desabou sobre o Brasil faz 40 anos, o aniversário cai neste dia 13 de dezembro. Com ele, a ditadura tirou a máscara? Foi ato de pura formalidade, as premissas já estavam fincadas, como estacas inabaláveis. Somos imbatíveis neste jogo das aparências, nós, do privilégio. E também somos bandeirolas ao vento da conveniência contingente. Até ontem lia e ouvia da mídia nativa que o regime de exceção de 21 anos resultou de uma revolução. Agora fala-se em ditadura militar. Permito-me ainda contestar o adjetivo militar. Leio entre atônito e perplexo o suplemento de O Estado de S. Paulo sobre a edição do AI-5. O título de abertura informa a platéia que o edito assassinou a liberdade. E já não fora assassinada no dia 1º de abril de 1964, quando o golpe derrubou o presidente democrática e constitucionalmente eleito? E que esperar, a partir de então, daquele gesto de inaudita prepotência, invocado pelos inesgotáveis donos do poder e sua mídia, e praticado por seus gendarmes, convocados para executar o serviço sujo? Diz o Estadão no seu suplemento que a sociedade brasileira apoiou o golpe. Que sociedade, caras-pálidas? Agrada-me, entre parênteses, usar o lugar-comum, tão apropriado, no entanto, para acentuar a palidez dos rostos privilegiados. Sim, a sociedade dos clubes faustosos, dos bairros elegantes, das redações abastadas, e do seu time aspirante, sequioso de ascensão. Enfim, dos democratas da democracia sem povo. O golpe, é do conhecimento até do mundo mineral, foi invocado e estimulado para interromper a subversão em marcha, esta que espero em vão até hoje, com a inestimável colaboração da CIA e do embaixador dos Estados Unidos, Lincoln Gordon. Agora me pergunto: as manifestações midiáticas na comemoração do AI-5 são fruto de ingenuidade ou de desfaçatez, da ignorância ou da hipocrisia? Algo está certo na apresentação do Estadão. A afirmação de que não houve outro diário atingido pela censura nascida do AI-5, como Palas Athena dos joelhos de Zeus. Justo lembrete, no mesmo momento em que os jornalões não hesitam em falar em ditadura fardada e anos de chumbo. Tamanha capacidade de vestir a roupa nova é de comover, ou estarrecer, como preferirem. Nada de surpresas. Cabe, porém, estabelecer outras diferenças, a bem do futuro. O qual será melhor se a memória for preservada. A da censura e da feroz perseguição política e da tortura, crimes contra a democracia e a humanidade, praticados em conseqüência do golpe de 1964 e do golpe dentro do golpe de 1968. A censura deu-se em três diferentes patamares, é verdade factual. O Estadão, que no seu suplemento se atribui o papel de líder na resistência à censura, contou de fato com concessões que outros não tiveram. Foi censurado na redação, foi autorizado a preencher espaços cortados com versos de Camões (e receitas de bolo no caso do Jornal da Tarde) e ficou livre dos censores no dia do seu centenário, dia 4 de janeiro de 1975, no quadro de evidente homenagem da ditadura a uma casa que na origem militara integralmente ao seu lado. A censura no Estadão foi o desfecho de uma briga em família, a mesma que acabou por cassar Carlos Lacerda, favorito da família Mesquita à sucessão presidencial. Acima dos militares havia quem não concordasse com isso, e os rebeldes foram punidos, embora, lá pelas tantas, pudessem ser recebidos de volta como filhos pródigos. Outro patamar para Veja, que eu então dirigia, primeiro censurada na redação por militares, depois por policiais civis e finalmente, de abril de 1974 a abril de 1976, obrigada a remeter diariamente o material para as dependências da Polícia Federal em São Paulo e, aos sábados, para o domicílio dos censores. Por algumas edições, não mais que seis, colocamos em lugar dos espaços cortados gravuras de gárgulas medievais. Os titulares das tesouras enfim entenderam, e os diabinhos foram proibidos. No pior dos patamares ficou a imprensa alternativa, apresentada como nanica por quem se supõe gigantesco, e que eu chamaria de “tendência”. Sem exclusão do Pasquim e de O São Paulo, jornal da Cúria Metropolitana de São Paulo, ré por ser a casa de dom Paulo Evaristo Arns. Tinham estes desafetos que remeter o material para a sede central da PF, em Brasília, os semanários toda terça-feira. O primeiro a ser liberado foi o Estadão. A censura só deixou os demais entre abril de 1976 e meados do ano seguinte. Ao celebrar seu centenário, o jornal da família Mesquita trouxe um suplemento bem mais volumoso do que aquele referido acima. Contava a sua história desde o começo e dedicava largo capítulo ao renascimento depois da encampação sofrida durante o Estado Novo. Foi então que se deu a primeira reforma importante de um jornal brasileiro, iniciada sob a influência decisiva de meu pai Giannino em 1948 e assumida nos anos 50 por Claudio Abramo. No suplemento de 4 de janeiro de 1975 falava-se de um certo cavalheiro muito bem-educado de sobrenome Carta que andava pela redação sem propósitos melhor especificados. Quanto a Claudio Abramo, era simplesmente ignorado. Não foi aquele um dia sem censura, conquanto faltassem os censores da ditadura. Se um marciano surgisse subitamente em cena, não conheceria toda a história. Assim como hoje, o mesmo marciano não saberia, a basear seu conhecimento na exclusiva leitura do Estadão, como de fato se deu a censura e qual foi o papel desde as preliminares do golpe de 1964. Receio que no Brasil atual haja espaço para inúmeros marcianos, e não somente entre os leitores do Estadão. Dedico este texto ao planeta Marte.

A pista de Lair

A págima 10 (ZH),que tem como escriba Mor a Jornalista Rosane de Oliveira, em um dos espaços mais disputados e cobiçados por politicos do Rio Grande do Sul, garantiu, neste domingo,(14),uma generosa parte de sua coluna a uma figurinha carimbada na CPI do Detran. Falo de Lair Ferst, (guru do PSDB e indiciado pela Justiça Federal no caso Detran). Qual a lenga-lenga dessa vez ? Calma ! não é outro escândalo. É apenas o doutor Lair fazendo pesadas críticas ao superintendente da Policia Federal , Ildo Gasparetto. Ele compara o Loby do coronel Mendes ao seu e afirma que Gasparetto usa dois pesos e duas medidas ao incriminá-lo . Bem ! até onde nós saibamos o coronel Mendes ainda não foi grampeado pela PF "desviando" recursos públicos para o bolso privado,como era o caso da quadrilha que estava no governo. Será que Lair quer dar uma pista da colaboração do coronel em Canoas quando era sub-comandante ? Será que ele sabe de algo e quis mandar algum recado ? Será que não tem mais fitas ?

13 de dez. de 2008

Mídia quer trasformar Robin Hood em príncipe John

A Página 10 insiste em trasformar Robin Hood em príncipe John. Quem lê a coluna imagina que o presidente Lula está atrasando o desenvolvimento do Rio Grande ao impedir que "vermes" ganaciosos se locupletem por mais 15 anos com o dinheiro da prorrogação do pedágios. Coitada da governadora, mandou às favas o presidente com maior índice de popularidade desde Getúlio Vargas (será que não passa?) Yeda ocupou os espaços na mídia amiga para desqualificar o memorando enviado pelo governo Federal, que condena a prorrogação dos pedágios. A turma do Britto (PMDB) amarrou tão bem os contratos que às concessionárias além de não cumprirem o que estava acordado ainda alegam "prejuízos" e querem indenização. No inicío de 2009 o contratinho que turma do Britto amarrou vai dar mais um aumentinho de 11% (quem recebeu 11% de aumento no salário ?). Segundo o IPCA, as meninas de ouro de YEDA já tiveram aumento acima da inflação de 92%. Isso é que eu chamo de natal turbinado e queriam mais. O governo do PSDB vai insistir com a prorrogação. Se não conseguirem votar a proposta agora, voltam em janeiro ou fevereiro e não é de surprender se a base aliada de Yeda (PMDB,PP,PTB, PSDB) queira votar o projeto no dia 16/12 , ou talvez, na calada da tarde de uma modorrenta tarde de fevereiro.
O argumento do governo de que precisa prorrogar os pedágios para ajudar a salvar vidas das pessoas nas estradas é tão estupido e vazio quanto o discurso de que o Rio Grande vai párar caso as "meninas de ouro" não recebam seu natal turbinado. Quem não fez em dez anos não faz em três, além do mais, nunca se preocuparam com nada além do lucro fácil e contratos inquebráveis. Acusar Lula de atrasar o Rio Grande é como condenar Robin Hood de assaltar as carruagens abarrotadas de ouro do principe John para devolver aos pobres que moravam na floresta de Barnsdale.

12 de dez. de 2008

Simon's Cats / Eles são assim mesmo


Fonte: http://satiro-hupper.blogspot.com/

Seca já atinge o RS e prefeitos estão preocupados com o futuro

Preocupados com a estiagem que já atinge a Região Norte do Estado, deputados, prefeitos e lideranças se reunem nesta terça-feira (16/12) em audiência com o Delegado Federal do Desenvolvimento Agrário no RS, Nilton Pinho de Bem. Na pauta, esta a proposta de ações que visem amenizar os efeitos climáticos que a seca já produz no RS, trazendo prejuízos aos municípios e aos pequenos agricultores.O governo Yeda, na campanha, prometeu acabar com o problema da seca no Rio Grande do Sul e criou até uma secretaria para tal feito. No ano passado o governo do Estado além de demorar muito na homologação dos decretos também prejudicou os municípios afetados. Sem a publicação no Diário Oficial e o envio dos documentos para a Secretaria Nacional de Defesa Civil, subordinado ao Ministério da Integração Nacional, não há como a prefeitura pleitear recursos no governo Federal . O verão nem chegou e a seca promete fazer grandes estragos no RS.

Alerta contra golpe baixo, avisa a oposição

Os deputados que se opoem ao projeto de prorrogação pedágios na Assembléila alertam que a iniciativa do governo do Estado de prorrogar os contratos de pedágios por mais 15 anos pode sim ser votado na terça-feira (16) e que o anuncio da retirada do projeto poder ser uma tática para desmobilizar a sociedade gaúcha para o dia da votação. Os parlamentares avisam que a sociedade deve ficar alerta para um possível golpe baixo do governo. A frente contra os pedágios estará atenta e vai trabalhar para evitar que o parlamento seja constrangido a apreciar uma matéria repleta de irregularidades

Os deputados do PT, PC do B, PDT e PP solicitaram, formalmente, ao presidente da Assembléia Legislativa, Alceu Moreira (PMDB), a devolução do projeto ao governo do Estado. O pedido é ancorado no Regimento Interno da Casa, que estabelece que, em caso de inconstitucionalidade ou manifesta ilegalidade, o presidente tem o poder de devolver a proposta ao seu autor. A negativa do presidente não abalou a oposição, que promete analisar outras alternativas para evitar a tramitação da proposta. O PT não descarta a possibilidade de ingressar com uma ação judicial.

Fórum Social Mundial será no Pará

O Governo do Pará se prepara para receber o Fórum Social Mundial ( aquele que era em Porto Alegre) Em entrevista exclusiva à Carta Maior, o chefe da Casa Civil do governo paraense, Cláudio Puty, fala da importância do Fórum Social Mundial, da relação com os movimentos sociais e dos principais desafios colocados para a administração estadual, além de rebater as críticas à organização do evento. Clique Aqui para ler a entrevista na íntegra

11 de dez. de 2008

Deputados pedem que Mendes não assuma no TJM

O deputado Dionilso Marcon e o deputado Elvino Bohn Gass (PT) se revezaram na tribuna da Assembléia Legilativa para exigir que o governo Yeda anule o ato de nomeação do coronel Mendes, para o Tribunal de Justiça Militar do RS. Marcon lembrou da perseguição de Mendes contra os movimentos sociais e da gravação em que o então sub-comandante articula nota junto ao jornalista Políbio Braga contra o MST. O petista acusou Mendes de se associar a um ladrão de merenda escolar, referindo-se a Chico Fraga , investigado na operação solidária na fraude de contratos de fornecimento de merenda escolar e processado pela justiça federal na operação Rodin. O deputado Elvino Bohn Gass fez relação ao grande de poder que Chico Fraga mantém no governo Yeda, mesmo após o seu indiciamento pela Justiça Federal e vê que essa relação de poder também pode chegar a outros indiciados , tais como Lair Ferst.

Assista o pronunciamento do deputado Marcon

Mendes caiu pra cima


No velho jargão da política, o coronel Mendes "caiu pra cima". A conversa do coronel com o secretário-geral de Governo de Canoas, Franscisco Fraga, (indiciado pela operação Rodin e investigado na Operação Solidária que investiga fraude em contratos de fornecimento de merenda escolar e de obras rodoviárias) revela que o "Chico" tem poder e influencia a governadora Yeda e o seu governo, ao contrário do que ele mesmo havia afirmado na CPI do Detran, na Assembléia Legislativa. Outro fato importante revelado, mas escondido pela "grande mídia" é alto nível de partidarização do comando da BM. Fica claro que Mendes é indicação do PSDB de Canoas pelos "serviços prestados". O que mais enoja a população é que esse mesmo coronel — que muito pau mandou baixar em professor e agricultor—foi nomeado para uma vaga no Tribunal de Justiça Militar, onde receberá um salário de r$ 22 mil reais mensais. Alías, Yeda gastou mais com o tribunal militar do que segurança pública (TJM 21 milhões x 14,5 milhões segurança pública).

Me digas com quem andas e te direi quem és

Minha avó já dizia: " me diga com com que anda e te direis que é" Na mosca !
A reportagem públicada em Zero Hora hoje (11/12) traz mais um capítulo da novela sobre as relações de poder entre o governo Yeda com os indicados na operação Rodin. A matéria publicada descreve trechos granpeados pela Policia Federal em que aparece as falas do coronel Mendes (subcomandante da corporação à época) pedindo para Chico Fraga (PSDB de Canoas) que fizesse articulações que pudessem influenciar na decisão da Yeda para ascender ao comando da BM. Mendes chega a pedir que Chico Fraga interceda junto ao jornalista Polibio Braga para que "bombe" o seu nome, usando o MST como bode espiatório sobre o episódio da ocupação da Fazenda Southall, fazendo se passar por impressindível.
Se o próprio comandante deve favor a indiciados da operação Rodin, imagina-se como ele deve ter retribuido esse apoio.
Foto: Eduardo Seidl

10 de dez. de 2008

Casa "igual" a de Yeda estava à venda por 1,4 milhão em 2006




A revista Imóveis Class, ano 2, nº 12 , de 22 de abril de 2006, traz em seus classificados uma casa idêntica a da governadora, com algumas mudanças estéticas e de cor. A casa posta à venda na revista foi anunciada por R$ 1,45 milhão (Hum milhão e quatrocentos e cinquenta mil reais). É muito estranho que o Ministério Público não tenha levado esse caso adiante. Veja às fotos e compare, são muito "parecidas". Parecem as mesmas, só que uma saiu pela metade do preço.
Yeda diz que comprou a casa em Porto Alegre no dia 6 de dezembro de 2006. Avaliado em R$ 900 mil, o imóvel foi adquirido por R$ 750 mil. No mesmo bairro onde se situa, as casas têm avaliação de mercado de R$ 1,5 milhão.

Yeda executa apenas 9% dos recursos da segurança em 2008

O governo Yeda propôs para o ano de 2008 um orçamento para a Segurança Pública de R$ 198,5 milhões (investimento) . O que a mídia amiga não fala e não cobra é que estamos no mês de dezembro e apenas 14,5 milhões foram executados, ou seja, 9% do valor proposto inicialmente pelo governo do déficit zero. Sabemos o que Tribunal de Justiça Militar do Estado,órgão obsoleto, e inútil, que serve apenas para julgar processos envolvendo membros da Brigada consumirá neste ano R$ 21 milhões de reais do erário público. O elefante branco chamado tribunal militar consumirá mais recursos que toda a Polícia Militar, Civil e Susepe juntas (R$ 14,5 milhões). A governadora Yeda, além de não executar seu próprio orçamento, ainda contemplará o coronel Mendes (atual comandante) da BM para compor esse tribunal, recebendo uma salário de R$ 22 mil reais, juntamente com mais seis coroneis. Esse é um governo de déficit zero, segurança zero, saúde zero e educação zero

Convite do MST

A Direção Estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST envia nota-convite para dois importantes atos que ocorrerão em São Gabriel e em Nova Santa Rita na próxima semana (16 a 19 de dezembro) No dia 16 de dezembro tem início a Marcha dos agricultores e agricultoras e de suas famílias em direção a São Gabriel rumo à fazenda Estância do Céu, que pertencera ao complexo Southall, desapropriada recentemente pelo Incra. A previsão de chegada da Marcha na fazenda será dia 18 com ato político de Emissão de Posse do novo assentamento com almoço coletivo. A segunda conquista, segundo a nota do movimento, será a instalação de uma unidade de beneficiamento de arroz, no Assentamento Capela, em Nova Santa Rita, a ser inaugurada em ato com a presença do Ministro Guilherme Cassel no dia 19 de dezembro às 11h. O ministro também visitará a loja da Reforma Agrária localizada no Mercado Público, em Porto Alegre.

Pedágios 92 % acima da inflação não dá

Se for correta a informação de que em apenas 10 anos de cobrança de pedágios, as tarifas para veículos de passeio e comerciais com dois eixos subiram 92 % acima acima da inflação (IPCA) ,então temos que banir esses gatos do Estado imediatamente. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e usado oficialmente para avaliar a inflação no Brasil. A planilha, segundo o deputado Raul Pont, tem componentes fora da realidade. O deputado afima que os gastos incluem assessorias e consultorias. "O pedágio vive da manutenção de estradas e não de consultas e estudos", diz o parlamentar. Na CPI dos pedágios,realizada em 2006,na Assembléia Legislativa, foram identificadas notas frias, lançadas pelas concessionárias como se fossem despesas de manutenção das rodovias e que foram alvo de investigação na Receita Federal.

9 de dez. de 2008

AGERGS não elaborou projeto de Yeda

Ofício 254-cs da Agência de Regulação dos Serviços Delegados do Estado (Agergs) respondeu à Assembléia Legislativa sobre a participação da agência na elaboração do projeto do governo Yeda para prorrogação dos pedágios que tramita na Assembléia Legislativa.

A AGERGS afirma que não participou da elaboração do projeto 279/08 para prorrogação dos pedágios que tramita na Assembléia Legislativa, conforme Yeda havia dito. Na realidade Yeda usou a Agergs transformando a participação de um grupo de trabalho que o governo criou para discutir o aperfeiçoamento do programa de concessões como se fosse uma "participação efetiva" na elaboração do projeto. O objetivo: dar um "verniz" técnico à proposta.

Estudos da agência afirmam categoricamente que todos os pólos de pedágios foram reprovados no quesito qualidade, ficando abaixo do aceitável, e que nenhum estudo sobre prorrogação, novas tarifas, inclusão de trechos, praças e valor de obras foi elaborada pelo corpo técnico da AGERGS.

O estudo apresentado pela Secretaria de Infra-Estrutura e Logistica do RS sobre os desiquilibrios econômicos dos pólos foi apresentado três meses antes de a Fundação Getúlio Vargas ter revelado seus estudos ( OS ESTUDOS DA FGV SÃO ÀS BASES PARA TAL ESTUDO).

O governo Yeda além de tomar às dores das concessionárias e usar orgãos de Estado para transparecer ares de idoneidade ao PL 279, também GANHOU poderes extra-sensoriais e de vidência.



O bem e o mal e a "festa" dos pedágios

O resultado do debate na TV COM, realizado ontem à noite (08), recebeu um recorde de ligações, a esmagadora maioria repudiando os atuais contratos de pedágios.Com mais de seis mil ligações, 73% responderam que a proposta é ilegal contra apenas 27% que opinaram pela legalidade dos contratos. Segundo o advogado Ricardo Giuliani, advogado das empresas das concessionárias de pedágio, o debate não é uma disputa entre o bem e o mal. Ponto
Realmente dr. Ricardo, este debate não é entre o bem e o mal. É o debate entre quem deseja prorrogar uma concessão de péssima qualidade, pelo triplo do preço, por mais 15 anos, sem nenhum compromisso e contrapartida com o desenvolvimento econômico da população gaúcha. Do outro lado estão os trabalhadores autônomos, os caminhoneiros e os comerciantes, que se obrigam a repassar o custo dessa "festa dos pedágios" para os produtos e ao final para mesa e para o bolso nosso de cada dia.

8 de dez. de 2008

O bode das Concessionárias

Foi anunciado hoje (08) que as concessionárias estudarão as mudanças solicitadas pelos deputados para aprovar o projeto dos pedágios.
Que deputados pediram isso ? Os da base do governo Yeda ?
Se a população não quer nem saber de prorrogação dos atuais contratos, quem está pedindo pra alterar os projetos ? Eles não deveriam nem existir. O que está sendo debatido pela mídia na realidade são os "bodes" na sala. Eles encheram o projeto desses peludos quadrupedes só para depois retirá-los um a um e aprovar algo que ninguem pediu. Veja a malandragem: Primeiro vieram com a lenga-lenga de tirar praças que eles mesmos criaram, depois disseram que poderiam não explorar às faixas de domínio, agora dizem que podem aumentar os trechos a serem duplicados.

TUDO BALELA ! O que o governo (concessionárias) quer é

A PRORROGAÇÃO, E SÓ !

O resto são bodes fedorentos postos na salas dos gaúchos

O Movimento Negro e Quilombola estão de Luto

Neste momento 10h45min (08), representantes das Comissões de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, da Câmara de Vereadores e diversas entidades ligadas ao movimento negro e aos quilombolas realizam manifestação em frete ao Palácio da Polícia. Exigem que o delegado determine a busca do assassino de duas lideranças quilombolas ocorridas no início do mês. Após, a representação se dirigem à Policia Federal onde solicitarão o acompanhamento do caso. Na quarta-feira haverá uma missa, às 19h no quilombo dos Alpes e na quinta-feira às 10h ocorrerá uma audiência pública na Câmara de Vereadores, organizada pelo vereador Guilherme Barbosa e pelo deputado estadual Dionilso Marcon, ambos do PT.

Entenda o caso:


No dia 04 de dezembro, por volta das 13h 30 min a Comunidade Remanescente de Quilombo dos Alpes foi brutalmente atacada. Dois líderes quilombolas foram assassinados: Joelma da Silva Ellias (Jô, 36 anos), diretora de Eventos e membro do conselho fiscal da Associação do Quilombo dos Alpes e Volmir da Silva Ellias (Guinho, 31 anos) – vice-presidente da Associação do Quilombo dos Alpes. O assassino ainda deixou ferida Rosangela da Silva Ellias (Janja) – Presidente da Associação dos Moradores do Quilombo. O ataque ocorreu dentro da comunidade, sendo que Volmir e Joelma foram alvejados pelas costas. Segundo a comunidade o assassino Pedro Paulo Back, conhecido por alemão, morava na área do quilombo e já algum tempo vinha ameaçando as lideranças. No domingo dia 30/11 ele disparou diversos tiros contra comunidade gritando frases racistas e preconceitusas. Diante desta ameaça, a presidenta da Associação denunciou o fato ao INCRA que, por sua vez pediu que a comunidade procurasse o Ministério Público Federal.
A Comunidade do Quilombo dos Alpes, a partir de Janeiro de 2005, foi auto reconhecida e Certificada pela União através da Fundação Cultural Palmares. Desde então, passa a ter sob a sua posse uma vasta área de terra, , aproximadamente 142 hectares.

Se antes a especulação imobiliária confinara a comunidade em uma área restrita de terra, hoje ela já pode desfrutar de boa parte das terras ocupadas pelos seus ancestrais. A finalidade da terra para esta Comunidade Remanescente de Quilombos é inconciliável com a destinação dada pelas empresas de especulação imobiliária, que buscam lotear a área ao passo que os quilombolas há mais de cem anos ali estabelecidos desenvolveram uma relação de preservação com o meio ambiente, especialmente da mata de onde advém parte do seu sustento e dos veios de água. Desta forma impedindo que o local seja utilizado como depósito de lixo e evitando incêndios criminosos.

Os conflitos no quilombo dos Alpes vêm ocorrendo sistematicamente desde que a comunidade se auto declarou quilombola. A partir deste momento tem inicio um processo de disputa pelo território por parte de moradores não quilombola(posseiros) e dos especuladores imobiliariarios com a conivência de órgãos da segurança pública. O acirramento desde processo redundou nesta chacina. A demora do processo de regulamentação do território quilombola vem acirrando os conflitos inerentes à disputa pela terra. A comunidade negra do RS exige providencias dos governos federal, estadual e municipal, no sentido de fazer cumprir o artigo 68 ADCT da Constituição Federal. De imediato requerem: proteção da policia federal e o respectivo acompanhamento do inquérito policial, assim como a a imediata titulação do território quilombola.

Estão em vigília neste momento:

Associação da Comunidade Remanescente de Quilombo dos Alpes – Dona Edwiges
Associação da Comunidade Remanescente de Quilombo Família Silva
Associação da Comunidade Remanescente de Quilombo Luiz Guaranha
Associação da Comunidade Remanescente de Quilombo Família Fidelis
Rede Quilombos do Sul
FACQRS - Federação das Associações das Comunidades Quilombolas do RS.
Akanni – Instituto de Pesquisa e Assessoria em Direitos Humanos, Gênero, Raça e Etnias.
IACOREQ – Instituto de Assessoria as Comunidades Remanescentes de Quilombos
MNU – Movimento Negro Unificado
FORMA - Fórum Estadual de Religiosidade de Matriz Africana
UNEGRO – União de Negros Pela Igualdade Racial

08/12 - 171 homicídios e ainda não acabou

Enquanto o comando da Brigada Militar ainda comemora os 171 anos da corporação, até hoje (8/12), mais de 171 gaúchos perderam suas vidas, vítimas de homícidio. Conta-se nesta cálculo apenas aqueles que morrem no ato do crime. Intrigante é que nesta fórmula se a pessoa é baleda, mas tem seu óbito no hospital,o indicador não é abastecido com esse número. Ou seja, é bem possível que esse registro esteja defasado , mas para baixo.

7 de dez. de 2008

Sem Terra não é problema de meio ambiente

Oitocentas famílias foram selecionadas dentre 13 acampamentos do MST existentes no RS e serão assentadas em áreas desapropriadas pelo governo federal nos municípios de São Gabriel, Santa Margarida do Sul e Alegrete, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Ao contrário das lavouras de eucalipto da falida Aracruz , os assentamentos da reforma agrária trarão uma função social para às terras. Produzirão comida saudável para a população, movimentarão o comércio local e contribuirão no desenvolvimento social da população e da região. No dia 18 de dezembro, será realizado um ato público na fazenda Southall, em São Gabriel, para comemorar sua desapropriação e o assentamento das famílias. Assim como a fazenda Anonni, situada ao norte do Estado, a Southall será mais uma referência da reforma agrária para o país, colocando uma pedra no sapato daqueles que acham que os agriculores e agriculturas sem terra são um problema de meio ambiente, conforme afirmou Tarso Teixeira, presidente do Sindicato Rural de São Gabriel ao jornal Zero Hora deste Domingo (o7/12).