Após definir os titulares da maior parte dos ministérios mais ricos e refrear a ânsia do PMDB, a presidente eleita Dilma Rousseff deve se voltar nos próximos dias para um grupo de pastas que, embora pequeno e com poucos recursos, provoca alvoroço nas bases de apoio e nas correntes ideológicas que disputam espaço no PT. Um caso exemplar é o do Desenvolvimento Agrário.
A reportagem é de Roldão Arruda, sob o título "Grupos do PT brigam por pastas ''sociais'' e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 12-12-2010.
Em decorrência de acertos internos do PT, a pasta é controlada pela corrente Democracia Socialista. Por causa disso, após a passagem dos gaúchos Miguel Rossetto (2003-2006) e Guilherme Cassel pelo posto, há dois anos a corrente vem preparando seu terceiro ministro.
O nome escolhido foi o do ex-secretário nacional do PT, Joaquim Soriano, que há dois anos desembarcou no ministério com a tarefa de coordenar um de seus mais ambiciosos programas, Territórios da Cidadania. A sucessão parecia tranquila, até o nome dele passar a receber críticas em reuniões da equipe de transição com representantes de entidades interessadas na vida do ministério. Afirmou-se, entre outras coisas, que o ex-secretário seria um burocrata de partido, sem poder político.
Logo em seguida surgiu na mesa, com o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a maior entidade de representação de pequenos agricultores do País, o nome do ex-governador e senador eleito Wellington Dias (PT). Quem o defendeu disse que fez um bom governo no Piauí e tem cacife político para fortalecer a pasta. Também se afirmou que, após dois ministros originários do Rio Grande do Sul, teria chegado o momento do Nordeste, argumento que agradou governadores nordestinos da base de apoio do governo.
Outros nomes surgiram no embalo da polêmica, entre eles o da secretária do Planejamento de Sergipe, Lucia Falcon, e até ganhou corpo a ideia de se manter Cassel no cargo.
O debate não acaba, porém, com a definição do ministro. Tão ou mais complicado será escolher o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Autarquia vinculada ao Desenvolvimento Agrário, com a missão de levar adiante programas de reforma agrária, ela atua com organizações historicamente ligadas ao PT e que costumam ser mobilizadas em momentos de crise política e eleições, como a Contag, o Movimento dos Sem-Terra (MST), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
O enredo sucessório também complica na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, criada em 2003 para atender a reivindicações de organizações do movimento negro - outro aliado petista. Ao escolher um dos nomes da lista de cotados a ministro da pasta, Dilma também definirá se vão predominar em Brasília petistas e militantes de São Paulo ou do Rio.
Na gestão de Matilde Ribeiro (2003-2008), ligada ao PT de São Paulo, a secretaria foi tomada por paulistas. Seu sucessor, Edson Santos (2008-2010), do Rio, preferiu equipes cariocas.
Líder sindical
Se Dilma optar pela permanência do atual ministro tampão, Eloi Ferreira de Araujo, que assumiu em março, privilegiará o Rio. No contrafluxo, o PT de São Paulo aposta no deputado federal Vicentinho, que começou a carreira como líder sindical no ABC Paulista, tem influência na CUT e é bem visto pela militância negra.
A deputada federal Janete Pietá também é citada no lado paulista. Mas o caso não se resume à disputa São Paulo-Rio. Os baianos já levaram dois nomes para a equipe de transição. Os mineiros também têm seu candidato.
As disputas envolvem ainda a Secretaria das Mulheres, para a qual também existe lista de candidatos. Por outro lado, há um esforço unificado das diferentes correntes para que o Ministério das Cidades retorne o controle do partido. Na avaliação de Renato Simões, secretário nacional de Movimentos Nacionais, o ministério, criado em 2003, com Olívio Dutra, é o que mais agrega políticas e movimentos originários do próprio PT, envolvendo habitação, saneamento, esporte, lazer, saúde e transporte.
Catarinenses
Na semana passada, ao bater o martelo a favor da senadora Ideli Salvatti (SC) para o ministério da Pesca, Dilma manteve o critério da divisão de poderes por região: desde 2003, a pasta é dominada por catarinenses. No caso de Direitos Humanos, que desperta atenções na esquerda, a escolha privilegiou a acomodação ideológica interna. A deputada federal Maria do Rosário (RS) integra o Movimento PT, segunda maior corrente do partido, da qual faz parte Arlindo Chinaglia, ex-presidente da Câmara.
Segundo Valter Pomar, da direção nacional do PT e ligado à Articulação de Esquerda, o debate das correntes e dos movimentos de base tem sido mais intenso e não envolve apenas as pastas menores. "A polêmica vai até cargos como o do presidente do Banco Central", diz ele.
COTADOS PARA O DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
Joaquim Soriano (SP)
Seu nome é apoiado pela Democracia Socialista, a tendência petista de Tarso Genro, que já emplacou dois nomes na pasta
Wellington Dias (PI)
Senador eleito e ex-governador do Piauí, tem o apoio da Contag e de petistas nordestinos que querem mais apoio para região
Guilherme Cassel (RS)
A possibilidade do atual ministro permanecer no cargo não está totalmente descartada. Ele gosta da ideia
FOCOS DE INTERESSE DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
Ministério do Desenvolvimento Agrário
Controla o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e os financiamentos
para a agricultura familiar
Secretaria de Políticas da Igualdade Racial
Trata da defesa dos direitos da população negra. Também estimula a demarcação das
terras e quilombos
Secretaria de Políticas para as Mulheres
Coordena políticas para a melhoria de vida das mulheres, em articulação com movimentos feministas
Ministério da Pesca e Aquicultura
Um dos seus principais focos são as comunidades de pescadores de regiões pobres, incluindo a Amazônia
Secretaria de Direitos Humanos
Tem a missão de coordenar a implantação do Plano Nacional de Direitos Humanos 3, reivindicação dos movimentos sociais
Ministério das Cidades
Foi criado para ajudar a reduzir as desigualdades sociais, ampliando o acesso da população à moradia, ao saneamento e ao transporte
12 de dez. de 2010
11 de dez. de 2010
Presidente presta solidariedade em público ao Wikileaks
(Vídeo: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Lula prestou solidariedade nesta quinta-feira (9/12) ao fundador do Wikileaks, Julian Assange, preso esta semana após seu grupo ter divulgado mensagens produzidas pela diplomacia americana, e criticou a imprensa brasileira por não defender o ativista australiano e a liberdade de expressão. ”O rapaz foi preso e eu não estou vendo nenhum protesto contra a [o cerceamento à] liberdade de expressão. É engraçado, não tem nada”, afirmou o presidente, que fez questão de registar o seu:
Ô, Stuckinha (Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial da Presidência), pode colocar no Blog do Planalto o primeiro protesto, então, contra a [o cerceamento à] liberdade de expressão na internet, para a gente poder protestar, porque o rapaz estava apenas colocando aquilo que ele leu. E se ele leu porque alguém escreveu, o culpado não é quem divulgou, o culpado é quem escreveu. Portanto, em vez de culpar quem divulgou, culpe quem escreveu a bobagem, porque senão não teria o escândalo que tem. Então, Wikileaks, minha solidariedade pela divulgação das coisas e meu protesto contra a [o cerceamento à] liberdade de expressão.Lula, que participava do evento em que foi apresentado um balanço de quatro anos do PAC, realizado no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), disse ainda desconhecer se seus embaixadores também enviam esse tipo de mensagem, como os diplomatas americanos, e alertou a presidente eleita Dilma Rousseff para que avise seu ministro (das Relações Exteriores) que “se não tiver o que escrever, não escreva bobagem, passe em branco a mensagem”.
8 de dez. de 2010
Kátia Abreu ganha prêmio ‘Motosserra de Ouro’ por defesa do desmatamento
Líder da bancada do agronegócio no Congresso e fiel defensora das propostas de mudanças no Código Florestal brasileiro, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) recebeu das mãos de uma ativista do movimento indígena da Amazônia, junto com o Greenpeace, o prêmio Motosserra de Ouro, símbolo de sua luta incansável pelo esfacelamento da lei que protege as florestas do país.
A ativista tentou presentear Kátia Abreu com uma réplica dourada do instrumento usado para desmatar florestas no lobby do hotel em que está hospedada em Cancún, onde participa da 16ª Conferência de Clima da ONU (COP16). A senadora desprezou o agrado, visivelmente irritada, e deixou para a ativista apenas os comentários irônicos de seus assessores. A condecoração serviu para lembrar aos ruralistas defensores do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que prevê alterações na lei, que essa proposta representa uma grave ameaça ao ambiente.
O projeto ruralista anistia desmatadores e reduz o tamanho da área que o proprietário de terra e o Estado estão obrigados a conservar para o bem público. Fazendas, dependendo do tamanho, ou serão dispensadas de ter árvores ou poderão ter menos do que devem atualmente. O projeto também diminui as faixas de floresta em beiras de lagos e rios e em encostas, que além de servir como corredores de biodiversidade evitam enchentes, deslizamentos e protegem a qualidade da água.
Caso a turma da motosserra consiga mudar a lei nos termos em que pretendem, tornarão inviável para o Brasil honrar as metas de queda de desmatamento assumidas em Copenhague, na COP15, que preveem a redução até 2020 de 36% a 39% de nossas emissões de gases-estufa. A proposta prejudica também as negociações sobre Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), que institui o pagamento para a conservação de floresta para quem vive nela. “Se o Brasil legalizar mais desmatamentos, o custo da conservação aumentará muito e pode tornar a aplicação do REDD no Brasil inviável”, explica André Muggiati, representante da Campanha Amazônia do Greenpeace na COP16.
A bancada da motosserra continua lutando nos bastidores para que um novo e enfraquecido código seja votado a qualquer preço, ainda este ano. Querem que algo tão importante para o Brasil seja decidido já, por uma Câmara em fim de mandato, e sem a devida discussão com a sociedade. “As alterações no Código Florestal representam um retrocesso em uma das legislações florestais mais avançadas do mundo”, diz Muggiati.
Este protesto teve o apoio do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB).
Ensino ruim tem culpado, e não é o Lula.
O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico aponta que o Brasil é um dos paises que mais se destacou entre os 65 países que passaram pela avaliação. No entanto, ficamos 53ª posição no quesito leitura e 54ª na matemática, leitura e ciências. 69% dos alunos tem dificuldade de fazer raciocínios básicos, e quando o assunto é formulas e equações o tema de casa fica quase que impossível. Precisamos voltar ao passado para descobrir a razão que levou a esse estagio.
A implementação do capitalismo industrial no Brasil, a partir de 1930, determinou uma nova organização das relações sociais, econômicas, políticas, culturais e, também, mudanças estruturais, como a ampliação do papel do Estado e, depois, do capital multinacional, estabelecendo, este último, a relação dependente do capital nacional ao capitalismo mundial. Por conseguinte, determinou o surgimento de novas exigências educacionais. As transformações introduzidas nas relações de produção e a concentração cada vez mais ampla de população em centros urbanos tornaram fundamentais novos requerimentos de qualificação para o trabalho.
Após o fim da era Vargas, em 1959, foi apresentado o projeto-de-lei chamado de “Substitutivo Lacerda”. Ele propunha, entre outras coisas, que a sociedade civil assumisse o controle da educação, defendendo, à vista disso, uma das formas de privatização do ensino: a educação seria financiada pelo Estado, pelo setor público, porém vinculando a responsabilidade do financiamento estatal para entidades privadas; uma forma de delegação do financiamento público aos usuários do sistema, cuja prestação de ensino caberia às instituições privadas. Para isso, argumentava e alegava-se a chamada “liberdade de ensino”.
A discussão da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, durante o longo período que se compreende de 1946 a 1961, constata-se uma disputa de duas propostas de LDB, que traduz a relação paradoxal e contraditória no âmbito político-econômico, cujo embate acontece entre o grupo que defendia o nacionalismo desenvolvimentista, o Estado sendo o carro-chefe no planejamento da economia estratégica para o desenvolvimento do mercado nacional, sem a dependência asfixiante do capital externo, e o outro grupo que sustentava a tese da iniciativa privada como mecanismo de gerir a economia e a educação institucionalizada, objetando qualquer intervenção normatizadora e fiscalizadora do Estado tanto na área econômica, como na educacional.
A forte influência do grupo que resguarda a idéia da “liberdade de ensino” (ou a justificativa da iniciativa privada) sobrepuja na LDB, o que expressa na defesa absoluta dos direitos que a família encerra e compreende atinentes à escolha da educação que lhe apraz. Esta colocação está exatamente em contraposição à ingerência estatal para projetar e planificar o sistema de ensino, deixando implícita que é uma ação assaz totalitária. Indubitavelmente, tal ação procura circunscrever na LDB a prerrogativa e interesses das instituições privadas de ensino, particularmente as católicas, na obtenção do financiamento do poder público em educação.
Em 1971 o Congresso aprova a Lei 4.024, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que tinha como característica marcante dar a formação educacional um cunho profissionalizante. Dentro do espírito dos "slogans" propostos pelo governo, como "Brasil grande", "ame-o ou deixe-o", "milagre econômico", etc., planejava-se fazer com que a educação contribuísse, de forma decisiva, para o aumento da produção brasileira.
Nesse mesmo período, o Método Paulo Freire de aprendizagem foi expurgado, dando lugar ao famoso MOBRAL, que tinha como foco tão somente fazer com que os seus alunos aprendessem a ler e a escrever, sem uma preocupação maior com a formação do homem.
Ideologicamente o MOBRAL tinha o objetivo "formar hábitos e atitudes positivas, em relação ao trabalho"; não há referências aos direitos e deveres do estado para com o cidadão, mas diz que os alunos devem "conhecer seus direitos e deveres e as melhores formas de participação comunitária"; não fala dos objetivos e das obrigações dos serviços públicos, mas fala da "responsabilidade de cada um (...) na conservação das (...) instituições" e não faz a menor referência quanto a responsabilidade do estado no que diz respeito ao atendimento de saúde e das condições de higiene básicas das comunidades, mas diz que o cidadão deve se "empenhar na conservação da saúde e melhoria das condições de higiene pessoal, familiar e da comunidade". A característica básica da educação oferecida era uma espécie de "culto de obediência às leis" (FREITAG, 1986, p. 90).
Na décadade 80 e 90, períodos de graves crises econômicas e sociais, aeducação no Brasil foi por água abaixo, excluindo milhões de brasileiros do direito ao ensino de qualidade. Ou seja, se teu quisesse ter uma oportunidade de estudar com qualidade precisava frequentar escolas da elite, pagando mensalmente o que um trabalhador não ganharia num ano de trabalho duro, mesmo com horas-extras.
Na era Collor/Itamar e de FHC a coisa degringolou de vez e a rede pública de ensino foi praticamente dizimada. A maioria dos dos nossos pesquisadores foram embora para outros países e nossas escolas públicas e seu corpo docente foi totalmente desestruturado.
O presidente Lula em seus oito anos de governo fez muito pela educação, mais até doque muitos presidentes em 30 anos no poder. Ele 14 universidades federais, fez o Prouni, garantido bolsa de estudo para mais de 500 mil alunos, reergueu o ensino técnico, além de dezenas de outras iniciativas positivas. No entanto, o estrago feito no passado foi muito grande, e o Brasil só vai sair definitivamente do atraso econômico e social no momento que investir pesadamente na educação de seu povo, dando oportunidades para todos, com escolas públicas de qualidade, professores qualificados e bem remunerados. Isso leva tempo e espero que a presidenta Dilma coloque esse tema como prioritáriono seu governo.
Na décadade 80 e 90, períodos de graves crises econômicas e sociais, aeducação no Brasil foi por água abaixo, excluindo milhões de brasileiros do direito ao ensino de qualidade. Ou seja, se teu quisesse ter uma oportunidade de estudar com qualidade precisava frequentar escolas da elite, pagando mensalmente o que um trabalhador não ganharia num ano de trabalho duro, mesmo com horas-extras.
Na era Collor/Itamar e de FHC a coisa degringolou de vez e a rede pública de ensino foi praticamente dizimada. A maioria dos dos nossos pesquisadores foram embora para outros países e nossas escolas públicas e seu corpo docente foi totalmente desestruturado.
O presidente Lula em seus oito anos de governo fez muito pela educação, mais até doque muitos presidentes em 30 anos no poder. Ele 14 universidades federais, fez o Prouni, garantido bolsa de estudo para mais de 500 mil alunos, reergueu o ensino técnico, além de dezenas de outras iniciativas positivas. No entanto, o estrago feito no passado foi muito grande, e o Brasil só vai sair definitivamente do atraso econômico e social no momento que investir pesadamente na educação de seu povo, dando oportunidades para todos, com escolas públicas de qualidade, professores qualificados e bem remunerados. Isso leva tempo e espero que a presidenta Dilma coloque esse tema como prioritáriono seu governo.
Fontes:
http://www.espacoacademico.com.br/076/76santos.htm
http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb10a.htm
http://guia.mercadolivre.com.br/historia-educacao-brasil-periodo-regime-militar-17792-VGP
6 de dez. de 2010
Por que gritam tanto nas propagandas ?
Será que é uma orientação do meio publicitário determinar que na maioria dos spots de propaganda para emissoras de rádio ou de TV os atores tenham que gritar o tempo inteiro ? Falo isso porque sempre tenho ir baixando o volume do rádio entre uma propaganda e outra, e muitas vezes até zerar o vloume esperando que passe a maldita propaganda nos próximos 30 segundos.
Na TV tinha uma propaganda da Petrobras que eu odiava: a imagem de uma carro da formula 1 e o som era o barulho ensurdecedor do carro despejando potencia nos ouvidos de seus clientes. Cheguei a escrever para a empresa para perguntar se eles não tinham pena dos nossos ouvidos, mas nunca obtive resposta (ahahaha). Mas a gritaria nos spots de rádios e TV é quase geral. É quase impossível não ter que equalizar o som manualmente quando o som passa de uma propaganda para outra ou quando sai o locutor e entra o spot-gritaria gravado.
Meu critério na condição de consumidor é o seguinte: gritou nos meus ouvidos já perdeu pontos, e se o preço e a qualidade praticada é semelhante, então, Adeus ! Faço questão de não comprar em lojas que autorizem que suas agências produzam spots ridículos que usam apenas a gritaria como forma de chamar a atenção de seus clientes, da mesma forma vale para programas que se auto-denominam humorísticos.
Propaganda tem de chamar a atenção pela inteligência de seus anúncios e não pelo quantidade de decibeis que são despejados.
5 de dez. de 2010
Luta em defesa dos animais faz 100 anos
Muito boa a reportagem do Correio do Povo de hoje (05) sobre os 100 anos de luta em defesa dos animais. A matéria faz um resgate histórico dos defensores das causas animais, iniciado aqui no RS com Affonso Hebert e Alfredo Osório, que criaram em 1910 a "sociedade protectora dos animaes". A matéria também lembra de uma figura histórica para os gaúchos, a dona Palmira Gobbi, fundadora da Arpa (Associação Rio-Grandense de Proteção ao animais), e parece que a semeadura da dona Palmira deu bons frutos aqui na terra guapa. Parabéns ao meus colegas do CP pela máteria.
4 de dez. de 2010
Wikileaks Brasil : EUA viram oportunidade de negócios no apagão de 2009
Futricando no Wikileaks, que agora está neste endereço http://www.wikileaks.ch, descobri este documento: http://www.wikileaks.ch/reldate/2010-11-30_0.html que trata sobre o blackout que atingiu o Brasil no dia 10 de novembro de 2009. O documento foi classificado e distribuído pelo encarregado de negócios Jackson Cherie. O relatório foi enviado para a CIA, para o Departamento de Comércio, de Energia e para o Conselho nacional de Segurança em Washington. Nele é possível ver o interesse dos americanos em se aproximar do Brasil para fazer negócios nas áreas de tecnologia e energia,e apontam a copa do mundo de 2014 e as olimpiadas de 2016 como oportunidades de fazer negócios.
Veja no original : http://www.wikileaks.ch/reldate/2010-11-30_0.html
Resumo: apresentar as oportunidades dos Estados Unidos para o engajamento no desenvolvimento de infra-estrutura, bem infra-estruturas críticas proteção e segurança, possivelmente cibernéticos. Mission encourages USG agencies, including DOD, DHS, FCC, TDA and others, to explore these opportunities in the near-term. Missão incentiva agências USG, incluindo DOD, DHS, FCC, TDA e outros, para explorar essas oportunidades no curto prazo.eja
3 de dez. de 2010
WikiLeaks fora do ar
Como vocês podem ver o site wikileaks foi tirado do ar. EveryDNS.net acabou com o domínio "WikiLeaks.org" porque esta era a única forma de interromper os fortes ataques que o site vinha sofrendo desde que começou a publicar documentos diplomáticos dos Estados Unidos. A empresa americana EveryDNS.net assinalou que deixou de prestar serviços do sistema de domínio de nome (DNS, na sigla em inglês) por volta da 1h (de Brasília) porque os ataques ao WikiLeaks "ameaçavam" a estabilidade de outros 550 mil portais.
Pelo visto estamos entrando num período de trevas, onde o capital e o poder dos grandes grupos econômicos e de comunicação ditam o que tu pode ver, ouvir, ler. O mundo está mudando, é não é para melhor. E depois reclamam da China e do Irã. Piada !
Debate: Dia Internacional de Luta das Pessoas com Deficiência
A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos – CCDH da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Dionilso Marcon (PT) promoveu hoje (03) na Assembleia Legislativa, a celebração do dia Internacional de Luta das Pessoas com Deficiência. O ato contou com a presença do senador Paulo Paim e do Movimento Gaúcho das Pessoas com Deficiência. O ato teve a presença de mais de cinqüenta entidades ligadas ao tema, sindicatos e movimentos sociais, que lotaram a sala do Fórum Democrático. O tema proposto “Pessoas com Deficiência na Perspectivas dos Direitos Humanos” é fruto do debate promovido entre o movimento com apoio da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia.
Governo Tarso
Movimento defende FADERS na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos
No ato, o movimento entregou um abaixo-assinado ao deputado Marcon, presidente da CCDH, e ao senador Paim, defendendo que Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas Portadoras de Deficiências e de Altas Habilidades (Faders) permaneça na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, dentro da futura reforma administrativa proposto pelo governo de Tarso Genro. No entendimento do movimento, a questão das políticas públicas para os portadores de deficiência não deve ser tratado de forma assistencial, mas como um tema ligado aos Direitos Humanos. Marcon assegurou que a pauta do movimento será levada para a comissão de transição do governo do Estado e que o debate é importante para que o governo Tarso possa se apropriar do acúmulo dessas discussões. O senador Paim também se colou a favor da pauta das entidades para as pessoas com deficiência sejam vistas sob a perspectiva dos Direitos Humanos.
Foto: Marco Couto - ALRS
2 de dez. de 2010
Feira de Descarte de Equipamentos de Informática
Feira de Descarte de Equipamentos de InformáticaPreservação Ambiental Consciente
Com a missão de articular a execução de políticas públicas de fomento à inovação e ao desenvolvimento tecnológico no município de Porto Alegre, a Inovapoa e o DMLU promovem no dia 4 de dezembro de 2010, a I Feira de Descarte de Equipamentos de Informática. No dia do evento, os porto-alegrenses poderão levar seus computadores e periféricos antigos para descarte na Usina do Gasômetro, das 09h às 18h. O evento tem patrocínio da empresa Leroy Merlin.
A iniciativa propõe alternativas para uma vida sustentável, onde pequenos gestos podem se transformar em revolucionárias mudanças e mais qualidade de vida para nossa sociedade. Conciliando o desenvolvimento econômico e o avanço tecnológico com a preservação ambiental, a feira será palco de uma campanha inédita que pretende movimentar milhares de gaúchos.
O DMLU – Departamento Municipal de Limpeza Urbana estará encaminhando os equipamentos arrecadados para reuso e reciclagem em empresas especializadas em reciclagem de plásticos, metais e placas de circuito impresso, como o CRC Cesmar- Irmãos Maristas, que farão o recondicionamento dos equipamentos que puderem ser recuperados. Os computadores que puderem ser reutilizados serão entregues para instituições beneficentes. E aqueles que não puderem ser recuperados terão um tratamento e uma destinação correta e adequada, a fim de não poluírem mais o meio ambiente, garantindo assim uma melhor preservação da natureza.
A tecnologia faz coisas maravilhosas pela sociedade com seus grandes adventos. Por outro lado, a velocidade da evolução dos produtos faz com que os equipamentos fiquem obsoletos. Desta forma, a Feira será a 1ª ação do Plano Municipal de resíduos sólidos específicos para equipamentos eletrônicos.
Participe e faça a sua parte! Estamos esperando por você! Não fique fora desta corrente! Informações pelo telefone: # 3289- 7300.
Entidades apoiadoras: Carris, Secretaria Municipal do Meio Ambiente - SMAM, Empresa Pública de Transporte e Circulação - EPTC, Procempa e Sindilojas.
CURIOSIDADES SOBRE SUCATA ELETRÔNICA:
- São descartadas 500 mil toneladas de sucatas eletrônicas por ano no País.
- O lixo eletrônico representa 5% de todo o lixo gerado pela humanidade.
- Possuem em sua composição metais pesados altamente tóxicos: mercúrio, cádmio, berílio e chumbo que no solo, contaminam o lençol freático; se queimados, poluem o ar e nos lixões podem causar doenças graves em catadores.
1 de dez. de 2010
30 de nov. de 2010
Sarah Palin, a miss neofita do ano
Sarah Palin, além de ser uma reaça de extrema direita norte-americana, também demonstra que inteligência não é o seu forte. Palin, no inicio da semana, deu uma barriga fenomenal ao se referir aos norte-coreanos, e não sul-coreanos, como aliados dos Estados Unidos. “Obviamente, temos que ficar ao lado de nossos aliados norte-coreanos”, afirmou a ex-candidata à vice-presidência republicana durante um programa de rádio apresentado por outro ícone dos conservadores, Glenn Beck.
O apresentador imediatamente corrigiu a entrevistada e Palin repetiu: “Isso. E nós igualmente temos que manter prudência e ficar ao lado de nossos aliados sul-coreanos, sim”.
Agora, a miss neofita quer que o fundador da Wikleaks, julian Assange, seja caçado como terrorista por divulgar cetenas de e-mails confindenciais da diplomacia americana, fazendo estragos em todo o mundo, inclusive no Brasil, onde "entregou" o cabo Anselmo de luxo, fazendo articulações de vassalagem com os norte-americanos.
Claro que o vazamento deve ter o dedo podre da CIA e da ultraconservadora direita americana. que estão fazendo de tudo pra encaçapar Barak Obama, mas pedir a cabeça de um ativista é dar o prêmio de burra do ano a essa criatura.
Morador de rua e seu fiel companheiro
Ganhei o dia hoje com essa imagem captada pelo aprendiz de publicidade (aaahaahahha - ele vai me matar ) Fernando Schramn. É por essas e por outras que ainda acredito no ser humano. Pena que esse tipo de exemplo de amor pouco seja seguido entre os homens e nossos jovens, que a cada geração ficam mais e mais egocentricos e preocupados apenas com o seu bem estar.
29 de nov. de 2010
Procriar ! um grande negócio na terra guapa para o futuro
Eu adorava assistir os neófitos debates do PIG sobre o controle de natalidade. A saída para a crise não era o crescimento econômico,mas sim, passar a tesoura no ventre da mulherada e fim, os problemas do Rio Grande amado e do Brasil estavam solucionados.
Pois bem ! a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que o Rio Grande do Sul e da Bahia foram as que menos cresceram na última década entre todas as unidades da federação, de acordo com o Censo, divulgado hoje (29).
Esse dado é praticamente uma bomba relógio nas contas públicas, pois o reflexo de tudo isso explodira no colo de algum governante em 2031, quando teremos uma população de idosos maior do que a de jovens. Em uma década o Rio Grande do Sul, cresceu de 10.187.798 para 10.695.532, o que representa um crescimento de apenas 4,98%,e a população brasileira saltou de 169.799.170 habitantes em 2000 --quando foi realizado o penúltimo censo-- para 190.732.694 em 2010, o que representa um crescimento de 12,3%.
Entendo que o grande negócio daqui 20 anos será procriar (ahahaha), o Estado vai ter que pagar pra você fazer filho.
27 de nov. de 2010
Violência no Rio é fruto da omissão crônica do poder público
PorBruno Huberman da Carta Capital
Alencar vê como simplista a responsabilidade dada às Unidades Policiais Pacificadoras (UPPs) como a principal causa dos ataques ocorridos desde o domingo 20. Para ele, as UPPs são um início, mas como elas mesmo mostraram, não serão eficazes a longo prazo se não houver uma política estrutural junto. Leia abaixo a entrevista feita por telefone com o deputado que está no Rio para acompanhar de perto os acontecimentos dos próximos dias.
CartaCapital: Como você enxerga o que está acontecendo no Rio de Janeiro?
Chico Alencar: O diretor daquela cena que corre o mundo, de mais de 200 jovens, pobres, de baixíssima escolaridade, armados, atravessando àquela estrada, que liga uma comunidade pobre a outra, chama-se: omissão crônica do poder público. Quem arregimenta esses figurantes do mal é a política institucional, do clientelismo e da reprodução das áreas de abandono das grandes cidades. Evidente, nessa altura, que isso acabaria nessa situação dramática, que não vai durar muito tempo, como sabemos. É necessário combinar as ações estruturantes das políticas que nunca existiram no Rio de educação, saúde e urbanismo, para não ter uma sociabilidade de barbárie como há nessas comunidades pobres, com a ação imediata. Víamos ontem o contraste de vários homens de chinelo com armas de potencial letal enorme nas mãos. Quem lembra de alguma operação, seja nas fronteira do Brasil, do Estado do Rio de Janeiro, na Baia de Sepetiba ou na Baia de Guanabara interceptando comboios de armas e munição de maneira expressiva? Isso não acontece. O negócio transnacional das armas ninguém enfrenta.
CC: Isso mostra que os governos não agem no ponto exato, apenas na consequência do processo?
CA: Claro, agem muito mais na consequência do que na origem. Muito mais atacando o varejo armado das drogas do que nos grandes atacadistas. Claro que uma juventude sem perspectiva de vida, criada no ambiente da violência e de individualismo máximo que a sociedade de mercado estimula cria um caldo de cultura para esse tipo de situação. O interessante que nessas comunidades pobres, que são conviventes, mas não coniventes com o poder do tráfico ou das milícias igualmente criminosas, os políticos vão lá buscar votos periodicamente e muitos deles fazem acordos com os poderes locais. Na verdade é um conluio, uma cumplicidade que acabou levando a essa situação.
CC: Existe alguma solução?
CA: A esperança são a de autoridades, que respeito muito, como o secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, e o secretario nacional de Segurança Pública, Roberto Balestra. Eles têm uma visão mais profunda sobre o problema e não são adeptos da política do extermínio dos bandidos. Os grupos armados se reproduzem muito rápido porque há uma profunda crise de valores na sociedade e de noção de país. É uma luta de todos contra todos. O monopólio da força pelo Estado só será legitimado e eficaz se de fato for poder público, ou seja, estiver a favor da sociedade e das maiorias sempre esquecidas. Temos hoje um Estado privatizado que vê os pobres das cidades como massa de manobra eleitoral e de negócios escusos.
CC: Há um avanço na política de segurança pública do Rio de Janeiro na gestão do Beltrame?
CA: Ele, ao contrário da tradição da cúpula de segurança e do ex-chefe de segurança Álvaro Lins, um emblema fortíssimo disso, não faz pacto com a corrupção. Atualmente, na cúpula, até por uma questão de sobrevivência, foram colocadas pessoas dignas. Isso não significa que acabou a corrupção na polícia. Ainda precisa de uma profunda reforma nas polícias, uma renovação, uma dignificação salarial, enfim, isso leva tempo, mas o Beltrame sempre deixou claro o respeito pelas populações dos morros. Embora, eu tenho que deixar claro, que em 2007 houve uma operação no mesmo complexo do Alemão que matou 23 pessoas, várias inocentes, algumas executadas sumariamente. Foi o Estado de barbárie entrando lá. E não adiantou absolutamente nada. Está lá uma área com o poderio entocado do tráfico. Esse tipo de ação espetacular é muito midiático, sensacionalista e ineficiente.
CC: E as UPPs?
CA: Elas representam o controle de apenas 2% do total de áreas dominadas fora do poder do Estado. Dominadas em sua maioria pelas milícias e também em boa parte pelo narcotráfico armado. Só 2% das áreas fora do controle do Estado foram, digamos “reconquistadas”. Mas pacificar não é ocupação militar. Se não houver, como não houve no Chapéu Mangueira, que é uma das UPPs mais antigas, políticas sociais, creches, atendimento de saúde, oportunidades de trabalho e espaços culturais, não resolverá o problema em profundidade. As UPPs só se realizam plenamente quando um conjunto de políticas sociais estiver sendo oferecido no morro como é oferecido em qualquer bairro do asfalto. É exagero também dizer que os ataques são apenas uma reação às UPPs, porque elas controlaram áreas do Rio de Janeiro turístico e olímpico, o que foi uma escolha política do Cabral. Claro que tem também uma insatisfação por perda de territórios, mas é um conjunto de fatores que provocaram essa reação dos traficantes, que deveria ser previsível por um serviço de Inteligência meramente decente. Não dá para prever que dois moleques vão incendiar um carro, isso é incontrolável, agora, uma previsão de que poderia haver essa orquestração, deveria estar nos cálculos, mas aparentemente houve uma surpresa do poder público com os ataques.
CC: E essa história das ordens terem saído dos presídios?
CA: É outro ponto importante que nos deixa indignados em aceitar que a ordem de articulação desse banditismo, que é tosco, iletrado e muito precário, por mais que as armas que tenham sejam poderosas, veio do Elias Maluco, do Marcinho VP, ou seja, dos presídios. Isso revela que a tal segurança máxima é muito débil porque se não consegue monitorar minimamente um advogado numa conversa ou bloquear um celular. Há muito mais do que crime organizado. Há um Estado desorganizado e dentro da própria institucionalidade do Estado um crime organizado em suas altas esferas.
CC: Há uma legitimação, nesse momento, do extermínio dos traficantes pela polícia do Rio?
CA: Acho que não. É uma expressão da opinião pública que não chegou à compreensão que o Estado não pode agir com os mesmos métodos dos bandidos. Ele tem o dever da racionalidade. Ao contrário do que aconteceu em 2007 no Alemão, a ocupação da Vila Cruzeiro, embora tenha acontecido a perda de uma menina de 14 anos por uma bala perdida, no geral, o confronto que se esperava, não aconteceu. Houve uma ação intimidatória, forte, mas o confronto foi pequeno em relação ao que poderia acontecer. Eles poderiam de imediato invadir o complexo do Alemão ou metralhar aqueles bandidos em fuga, mas não o fizeram porque há uma maior racionalidade, cautela e tática nessas ações. Além de uma maior preocupação com os direitos humanos, que é uma conquista nossa. Estou falando isso agora, mas nada me garante que nesse momento esteja acontecendo alguma atrocidade, gente desarmada sendo executada.
CC: Você anunciou que entrará com um pedido de investigação na comissão de Direitos Humanos da Câmara.
CA: Nós vamos formar uma comissão de acompanhamento, com vários deputados, para dialogar com o secretário nacional de Segurança Pública, com o ministério da Defesa e as autoridades locais do Rio de Janeiro. No sentido de acompanhar, inclusive, os recursos. Soube que no começo deste ano, o Programa Nacional de Segurança da Cidadania destinou 100 milhões de reais para o Rio. Iremos acompanhar como os recursos estão sendo utilizados para garantir uma ação que seja, no imediato, mais ponderada e efetiva, e a médio e longo prazo as políticas estruturantes. Se não cortar as fontes de abastecimento do crime pela sua cúpula que não está nos morros, porque não havia nenhum barão das drogas naquela marcha tétrica da Vila Cruzeiro ao Alemão, vai se estar sempre enxugando gelo de alguma maneira.
CC: Você chegou na quarta-feira ao Rio de Janeiro, vindo de Brasília, no meio de todos os problemas. Como estão as ruas da cidade?
CA: Eu dei uma circulada pela cidade. Eu moro numa rua, em Santa Tereza, onde ao lado dela, esses rapazes do crime passam na porta de casa, mas estão mais interessados no seu negócio, que tem muitos consumidores. O problema não é a droga, que é tão antiga quanto à sociedade humana, mas é a letalidade do negócio da droga e de seu armamentismo. Nas ruas há um ambiente de tensão. Qualquer carro que passa com a sirene ligada, como acabou de passar aqui no Largo do Machado, todo mundo olha assustado. Há uma discussão acalorada, porque o descontrole do poder público foi tão grande que qualquer muleque, estimulado pelo espírito de zoar mesmo, taca fogo em um carro. Ontem, desceram dois do Salgueiro, em área de UPP, e tocaram fogo em um ônibus. O curioso é acontecer em uma área dita “pacificada”, o que mostra que ainda tem uma relação psico-social com as populações marginalizadas, que enquanto elas não forem integradas na sociedade através da escola, cultura e no trabalho, ficam na marginalidade a disposição dessas movimentações. Atribui-se ao varejo armado das drogas um poder além do que tem de fato. Ele não terá grande fôlego se houver ação preventiva e policiamento ostensivo, mas o grande problema é estrutural, que continua criando espaço para apropriação pelo poder paralelo, que elege políticos, como no caso das milícias nessas eleições.
25 de nov. de 2010
Politicas públicas para as rádios comunitárias e a ampliação da banda larga no RS
Após anos de perseguição política e de polícia contra o movimento de rádios comunitárias, hoje, temos centenas delas outorgadas e espalhadas pelo Rio Grande do Sul. Na maioria dessas emissoras há excelentes quadros técnicos,com ótima audiência. Ocorre que ainda precisamos avançar muito mais para democratizar às ondas de rádio no Brasil . Para isso ocorrer é fundamental o compromisso do governo de Dilma Rousseff na esfera federal e do governo Tarso Genro aqui no RS.
Na esfera federal é urgente garantir mudanças na legislação para as rádios. É fundamental que tenham o direito de acessar de forma democrática os recursos de publicidade do governo, que possam fazer links para trasmissão fora da rádio (eventos culturais, esportes etc) e o direito a transmissores mais potentes, atingindo comunidades distantes ou com dificuldades topográficas. No RS, o governo estadual, além de valorizar nossas rádios e jornais do interior, precisa também levar em conta que nossas rádios comunitárias conquistaram, de forma democrática, uma boa parcela da audiência da nossa população gaúcha, e isso deve ser levado em conta e valorizado.
Outro tema que deve ser prioridade nas duas esferas de governo é a universalização do sistema de banda larga, pois chama a atenção a deficiência desse sistema tanto no interior, quanto nas comunidades mais carentes. O governo do estado em parceria com o governo federal tem todas as condições de fazer avançar a democracia nos meios de comunicação, basta querer e para seu próprio bem, haja vista a experiência da eleição anterior.
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