20 de abr. de 2010

Tarso Genro (PT) em primeiro lugar, com 36,2%

O Partido Progressista (PP) do RS apresentou nesta segunda-feira os resultados de pesquisa encomendada ao IIP Instituto de Pesquisas (Index) sobre as intenções de voto dos gaúchos para a presidência da República, Senado e governo do Estado. Na induzida, para a presidência da República, José Serra (PSDB), obteve 40,3%; Dilma Rousseff (PT), 30,5%; Ciro Gomes (PSB), 9,9% e Marina Silva (PV), 6,9%. Os indecisos totalizaram 6,1%. E os sem resposta 6,5%. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 8130/2010. O levantamento foi feito entre os dias 8 e 10 de abril com 1.500 entrevistados.

Para o governo do Estado, a induzida apontou Tarso Genro (PT) em primeiro lugar, com 36,2%, seguido por José Fogaça (PMDB), com 28,3%, e Beto Albuquerque (PSB), com 11,3%. A governadora Yeda Crusius (PSDB), que deve tentar a reeleição, ficou com 9,1%. E o candidato do PTB, Luis Augusto Lara, com 3,8%.

Para o Senado, Paulo Paim (PT), obteve 60,6%. Em seguida, vem Germano Rigotto (PMDB), com 53%; Ana Amélia Lemos (PP), com 41,4%; Vicente Bogo (PSDB), com 9,2% e Luiz Francisco Corrêa Barbosa (PTB), com 8%. Os percentuais para o Senado totalizam mais de 100% porque os entrevistados escolhem duas vezes, já que o RS elegerá dois senadores nas eleições deste ano. O levantamento mediu também a rejeição aos candidatos.

Para o governo do Estado, Yeda foi quem apresentou o maior índice de rejeição (47,1%). Genro teve 9,9% e José Fogaça 5,6%. Lara 3,6% e Beto 2,3%. Na questão específica sobre a avaliação do governo Yeda, 44,7% dos entrevistados o consideraram como ruim ou péssimo e 19,2% como bom ou ótimo.

Fonte: http://www.psbcaxias.org/?p=437

Terreno da Fase vale no mínimo o dobro

Nas terças-feiras a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa segue o rito de votação dos pareceres de projetos que tramitam na Casa. Nos últimos tempos, projetos polêmicos como o da extinção do Tribunal de Justiça Militar ou do plebiscito sobre os pedágios nas estradas estão parados há mais de ano. No entanto, o projeto que permite a permuta da área de 73 hectares da Fase, próximo ao estádio Beira-Rio (uma das sedes da copa do mundo), tramita em ritmo acelerado e tem o apoio de muitos deputados.

Agora os parlamentares da base de Yeda (PMDB, PP, PPS, PTB) já admitem que a área vale R$ 79 milhões, valor bem superior ao da permuta oferecida pelos "empreendedores". No entanto, o local, após obras viárias e de infraestrutura que serão realizadas pelos governos para receber a copa do mundo farão duplicar o triplicar o valor do terreno em menos de cinco anos. Os empresários já sabem do potencial da área e colocam um bode na sala para tentar fazer com que a área não tenha a valorização que realmente tem, alegando restrições ambientais. Tudo balela, se o projeto fosse aprovado do jeito que o governo Yeda mandou, provavelmente o local seria repassado por apenas um décimo do valor que já "descobriram". Como a consultoria foi contratada pelo governo Yeda, entendo que o terreno vale pelo menos o dobro ou o triplo do valor.

19 de abr. de 2010

www.nãosomosnada.com.br by Jon Pall Vilhelmsson/ AP


Dobradinha no Senado

Cantei a pedra ainda no mês passsado que seria bem possível que Ana Amélia e Rigotto fizessem uma dobradinha informal para o senado com o objetivo de tirar a vaga de Paulo Paim. Pois Bem ! parece que a estratégia está sendo discutida formalmente pelos dois partidos.

Essa lenga-lenga de apoio de lideranças de outros partidos ao senador Paulo Paim termina logo que começar a propaganda eleitoral e a campanha propriamente dita. Tanto Germano Rigotto como Ana Amélia são representantes oficiais do PIG, do agronegócio e das elites gaúchas. Se o PT não fizer nada vai perder a vaga ao senado no dia 3 de outubro, podem apostar.

17 de abr. de 2010

O pacificador, o motoboy e o estudante

Quem mora na Capital sabe como foi que o velho e surrado discurso de pacificador de José Fogaça e a ladainha do " fica o que é bom e melhora o que é ruim" , transformou Porto Alegre numa cidade suja, mal iluminada e mal tratada. Seus aliados (PTB, PPS, PSDB, PDT, PP) transformaram as repartições públicas da Capital numa verdadeira Babel, cada um com seus interesses, e se lixando para o cidadão e o patrimônio público.

A morte estupida de um estudante numa parada de ônibus, vitima de uma descarga elétrica, e o recapeamento malfeito que matou o jovem motoboy Leonardo da Silva Delgado, são apenas dois lamantáveis exemplos de que a população precisa ficar atenta aos sucessivos estelionatos eleitorais praticados no Rio Grande do Sul.

O PIG não fala, mas o caos no sistema prisional, o abandono total dos programas sociais e a falta de investimentos em saúde e educação têm relação direta com o discurso "pacificador" das últimas eleições. Tanto de Yeda (PSDB) quanto Rigotto (PMDB), que ao vencer a disputa, eleitoral, fez como Antônio Britto: abandoram o povo e priorizaram os investimentos do estado nos projetos das elites e nos que menos precisavam, abandonando às periferias.

Pelo visto, a paz praticada por essa gente é a do cemitério, lugar onde dois jovens estão neste triste momento histórico de nosso estado.

16 de abr. de 2010

Penitenciária de Caxias: cabeça vazia, oficina do diabo

Existe um velho ditado que diz que cabeça vazia é oficina do diabo, e vale muito para nosso falido sistema prisional gaúcho. Ontem fiquei impressionado com o relato dado pela juíza da Vara de Execuções Criminais em Caxias do Sul, Sonáli da Cruz Zluhan ao presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia da Assembleia Legislativa, deputado Dionilso Marcon (PT) sobre a atual situação da Penitenciária Regional de Caxias do Sul (Percs).

Segundo a juiza, a Penitenciária Regional de Caxias do Sul (Percs) não é modelo em lugar nenhum do mundo. Lá o preso fica fechado na cela por 22 horas, sem trabalho prisional e com poucos agentes penitenciários. Além disso, os presos não têm direito a nada do que foi planejado para aquela penitenciária: trabalho prisional, educação e área de convivência

O mais grave, segundo ela, é que o preso fica 22 horas na cela sem fazer nada, proibido de fumar, assistir uma TV e sem rádio. Como o pátio não é murado e não tem agente, os presos vão de forma escalonada para o pátio, só uma hora por dia, e não podem fazer nada no pátio além de caminhar. Segundo Sonali, são poucos agentes penitenciários e o preso está sempre tensionando a relaçãocomos agentes. Para ela, o preso tem que ter trabalho e receber uma ocupação

Outro fato grave são as falhas no projeto da penitenciária. O projeto inicial tinha áreas de convivência, sala de estudo e refeitório para o preso, mas nada disso foi executado. Hoje o preso continua a comer dentro da cela e sem talheres.

O mais grave de tudo foi o que ouvi de um militar ontem sobre a real situação da penitenciária: As galerias da Percs estão falando a mesma língua. Para que entende da área de segurança não precisa falar mais nada.

15 de abr. de 2010

Audiência discute criminalização dos movimentos socias em Caxias

A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Câmara Federal está em Caxias do Sul em audiência pública para discutir a criminalização dos movimentos sociais, em especial, pela violência empregada pelo governo Yeda contra os trabalhadores que protestavam na frente da empresa Implementos, do grupo Randon. Na ação promovida pela BM o vereador Assis Melo (PCdoB) foi brutalmente espancado e agredido. Estão presentes no encontro o procurador Carlos Cezar D'Elia, representando a Procuradoria Geral do Estado (PGE), os deputados federais Pepe Vargas e Iriny Lopes, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, deputado estadual Dionilso Marcon , a deputada estadual Marisa Formolo do PT e a deputada federal Manuela D´Avila, do PC do B. Também na audiência representantes dos movimentos sociais, Cpers, movimento sindical ,centrais sindicias, vereadores e lideranças políticas. A Brigada Militar não mandou representantes.

14 de abr. de 2010

Pra vc:Gipsy Kings - Un Amor

Pra vc: Surviver

Pra vc: Moby go live

Porto Alegre já tem a parada da morte


No dia 18 de março do ano passado ocorreu um protesto muito criativo em Porto Alegre para denunciara a má conservação das estruturas que abrigam os passageiros de transporte coletivo da Capital. Um galinheiro foi montado em frente a uma parada de ônibus para chamar a atenção da população .

Hoje (14), passado um ano, além de continuar sendo um verdadeiro galinheiro nossas paradas de ônibus, o jovem Valtair Jardim de Oliveira, de 21 anos, aluno da escola estadual Paula Soares, morreu eletrocutado ao encostar-se em uma parada de ônibus na noite de terça-feira, no centro de Porto Alegre. O acidente ocorreu por volta da meia-noite, na Avenida João Pessoa, próximo à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).

Pelo que foi apurado, no dia 28 de março (dia em que Fogaça se despediu dos porto-alegrenses), a EPTC foi alertada sobre os choques na parada de ônibus e nada foi feito.

Cada povo tem o governo que merece

Guerra virtual: Portal do PT volta ao normal após ação de invasores

Do portal www.pt.org.br

O portal do PT esteve indisponível por mais de 24 horas e somente retornou à normalidade na tarde desta terça-feira (13).

Após as análises realizadas pelo suporte técnico da página, concluiu-se que o portal sofreu uma "inserção de iframes maliciosos em diversos arquivos, com extensão .html e .php". Um iframe é uma seção de uma página web que carrega o conteúdo de outra página ou site.

Segundo os técnicos, os invasores "injetam iframes maliciosos em uma página web ou em outro arquivo do servidor HTTP. E na maioria dos casos esses iframes são configurados para que eles não aparecam na página web quando alguém faz a visita, mas o conteúdo malicioso que está no iframe acaba sendo carregado".

De acordo com a conclusão técnica, parte dos arquivos que compõem o portal do PT sofreram "a inserção do código suspeito no dia 12 de abril de 2010 às 3h05". A ação foi realizada com a utilização de acesso indevido e a sua origem deverá ser apurada.

Foram realizados trabalhos de "limpeza" de todos os arquivos, não tendo sido registrados danos aos sistemas básicos dos servidores do portal. O portal está recuperado e funciona normalmente.

Com relação aos usuários que acessaram o portal PT, os técnicos afirmaram que é aconselhável que eles adotem as medidas cabíves de varredura de suas máquinas com a utilização de softwares antivírus.

Dentro em breve também serão normalizados os acessos ao portal, através do Firefox e também com relação aos serviços de busca no Google.

O secretário nacional de Comunicação do PT, André Vargas, lamentou o ocorrido. "É lamentável essa ação de desocupados na rede de computadores. É coisa de gente que não gosta do PT", afirmou.

Vargas também comentou as suspeitas levantadas desde ontem de que o incidente estivesse ligado a uma "guerra suja na internet", deflagrada pelos aliados do candidato tucano José Serra. "Esperamos sinceramente que a candidatura adversária não esteja estimulando este tipo de comportamento. Isso seria péssimo para a democracia", enfatizou.

13 de abr. de 2010

Ataques virtuais, a guerra começou


Centenas de blogs de esquerda, e , é claro, o site do PT, foram atacados virtualmente nas últimas 24 horas. O site do PT está fora do ar e vários outros foram atacados durante o dia. Recomendo a máxima atenção e não deixem de trocar suas senhas sistematicamente. Na sua casa atualize o antivirus e scaneie semanalmente, e muito cuidado com o links de "amigos" do MSN. Loiras magníficas, morenas estonteantes, correntes sagradas querendo te adicionar, pode apostar, é chicana . A partir de agora serão constantes os ataques, e ninguém está imune.

12 de abr. de 2010

A buraqueira e o Déficit Zero de Yeda


Os reflexos da política do déficit zero de Yeda são sentidos diariamente pelos usuários nas rodovias gaúchas. A RS 118, artéria que liga a Região Metropolitana, está entupida e doente pela quantidade de buracos e sulcos no asfalto que podem engolir até mesmo um veículo pequeno. No interior do Estado, além da buraqueira nas rodovias estaduais, o mato e a macega tomam conta dos canteiros. Entre Nova Prata e Nova Araça a gente tem que escolher em que buraco vai cair, e à noite aquilo vira uma roleta russa. Coitado dos caminhoneiros que precisam utilizar as rodovias estaduais do déficit zero de Yeda e de seus aliados (PMDB, PTB, PP,PPS).

Cotiporã precisa de asfalto


No sábado, por compromissos profissionais, tentei continuar a subir a serra pela rodovia 470 que liga Bento Golçalves a Veranópolis, Vila Flores e Nova Prata. No entanto, não me foi possível seguir por essa importante ligação asfáltica. Esta ficou interditada por 27 horas, eu disse 27 horas, devido a um acidente ocorrido com um caminhão que levava carga tóxica (metanol), fazendo com que centenas de carros, caminhões e motos seguissem a única alternativa existente: seguir pelo interior de Bento Gonçalves via distrito de Faria Lemos indo ao município de Cotiporã. Ocorre que o trecho entre esse município e Bento Gonçalves, lamentavelmente, não possui acesso asfáltico por cerca de 12 quilômetros. Era um mar de poeira e a sorte que a estrada estava boa, mas precisa de asfalto urgente. O local é uma grande alternativa de transporte viário para vários municípios da região serrana, além de possuir cenários maravilhosos cercada de vales e montanhas.

Entendo que as comunidades de Cotiporã, Veranópolis e Bento Gonçalves deveriam se unir com o objetivo de buscar dos governo Estadual o acesso asfáltico para esse município, pois, com certeza, acarretará em benefícios para a indústria, comércio e com certeza o turismo.

11 de abr. de 2010

O Brasil pode mais, mas não com Serra

Ontem, no lançamento de Serra a pré-cadidato à Presidencia da República, o seu maior cabo-eleitoral, o ex-presidente Fernando Henrique disse que o Brasil pode mais, fazendo alusão que Serra pode superar a gestão Lula/Dilma e que nos últimos tempos viajou pelo país em busca de obras do governo Lula e que não encontrou nada. FHC afirmou ainda que cumpriu o que prometeu e que tudo o que está ai no governo Lula, foi plantado no governo dele (ahahaha).

Bem ! se fosse assim, seria só multiplicar por três e , então, o dolar estaria em 12 reais, a taxa de juros em 78%, a taxa de desemprogo em 30% e o patrimônimo público todo dilapidado. FHC pode não ter achado as obras do governo Lula, mas o povão achou e é por isso que a cada pesquisa, Lula bate recorde de aprovação popular, passando o patamar dos 80%. FHC não enxergou as 14 Universidade Federais, a expansão dos cursos técnicos, o prouni, as milhões de casas populares construidas ou financiadas, o bolsa-família, o Fome Zero, novas estradas, novos portos e aeroportos, isenção de impostos e por ai vai.

O Brasil pode mais mesmo, mas não com o afilhado de FHC

9 de abr. de 2010

Aço aumenta 22% em um ano, culpa de quem ??

O governo Federal está de olho no preço do aço nas siderúrgicas para evitar que a matéria-prima aumente ainda mais e pressione a inflação. Segundo o ministro Mantega, a alta nos preços do produto não se justifica porque as usinas vinham com capacidade ociosa desea crise neoliberal de 2008. Mantega avisou que não permitirá inflacão no setor.

Empresários que utilizam o aço como matéria-prima seus produtos (eletrodomésticos, construção civil e veículos) pediram que o governo reduza a zero o imposto de importação do aço. Segundo o presidente da Associação do Aço do Rio Grande do Sul, José Antônio Martins, classificou como “exorbitantes” alguns aumentos no preço do aço praticado por usinas que fornecem o produto. Segundo Martins, desde o final do ano passado, a alta acumulada do produto já passa de 22%.

Grande parte dessas usinas, tanto aqui quanto lá fora, estão nas mãos do grupo Gerdau e de seus sócios no exterior (cartel), essa mesma multinacional possui participação acionária majoritária em várias empresas de siderurgia na América Latina e Estados Unidos. Ou seja, a turma do aço quer descontar o prejuizo da bancarrota de 2008 nos bolsos dos brasileiros, haja vista, que todo o custo é repassado ao consumidor final. Com a palavra o cartel do aço.

8 de abr. de 2010

Selo Fiscal para Vinho


O ministro da Fazenda, Guido Mantega oficializa hoje (08), na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), o selo fiscal do vinho gaúcho. A decisão, segundo o governo, deverá garantir mais qualidade ao produto local e coibir a informalidade do setor (leia-se contrabando). O selo era uma reivindicação das entidades vitivinicultoras do Estad, no entanto, muitas empresas familiares estão apavoradas com a decisão e entendem que o selo inviabilizará a produção artesanal.

O deputado Dionilso Marcon (PT) juntamente com o diretor de Política Agrícola e Informação da Conab, senhor Silvio Porto, estiveram reunidos para discutir o tema, na comunidade de Faria Lemos, na vinícola Cristofoli, pertencente ao município de Bento Gonçalves, com representantes da União Brasileira das Vinícolas Familiares de Pequenos Produtores – Uvifam e com a participação de outras entidades do setor.

Silvio Porto defendeu o selo e entende que a ferramenta ajudará no combate ao contrabando de vinhos em nossas fronteiras, que se presume estar na ordem de 13 a 15 milhões de garrafas/ano. No entanto, Porto afirmou que o governo está aberto a receber sugestões para aprimorar o instrumento, garantindo que os pequenos produtores de vinho possam se adequar as novas exigências.

Para Silvio Porto um dos maiores problemas do setor está na carga tributária estadual. Silvio Porto destaca que o Rio grande do Sul possui um tributo de 17% sobre o vinho, enquanto que o Estado do Paraná, por exemplo, pratica alíquota zero, e nosso vizinho estado de Santa Catarina trabalha com o percentual de 6%. Segundo ele, é fundamental que o setor reivindique ao governo do Estado a equiparação com as alíquotas dos estados vizinhos para que o vinho gaúcho possa ter competitividade.

O Diretor da Conab também alertou para que o setor fique atento para a execução dos antigos acordos internacionais firmados entre os países do MERCOSUL na década passada. Segundo ele, esses acordos não colocaram travas para proteger o setor vitivinícola brasileiro e podem prejudicar em muito a cadeia produtiva. Contudo, o governo federal está elaborando políticas a longo prazo, estimulando os produtores de uva a destilar parte da safra 2010, transformando-a em álcool vínico. Segundo ele, em 2011, esse produto pode utilizado para a fazer a correção do teor alcoólico do vinho, dispensando o uso de açúcar de cana e garantindo que o pagamento do preço mínimo do produto.

Quem quer tudo fica sem nada

O PSB está isolado politicamente. Como o PC do B estará junto com o PT na candidatura de Tarso Genro e o PP estará com o PSDB de Yeda, e o PTB vai com os DEMOS, resta a o deputado federal Beto Albuquerque apenas o suicídio político se concorrer sozinho ou renovar suas antigas alianças com a Frente Popular. Acredito que a base do PSB não pretende se imolar em 2010.

Racha no PP

Alguns deputados estaduais do PP gaúcho, acostumados a negociar o apoio ao governo na Assembleia diretamente com o governo Yeda criaram um racha eno partido e entre as bancadas estadual e federal. O líder da bancada, João Fischer, quer fechar logo o acordo com o PSDB, mas apena na cabeça de chapa (governo do Estado), no entanto, nota assinada pelos deputados federais Afonso Hamm, José Otávio Germano, Luis Carlos Heinze, Renato Molling e Vilson Covatti exige a coligação em todos os níveis da eleição estadual. Nesse complicado jogo do xadrez político o pavor do PSDB tem fundamento, pois ao se coligar na proporcional, provavelmente reduzirá o tamanho da bancada tucana na Câmara. Eu assino embaixo da nota dos deputados federais (ahhahahaahah)

7 de abr. de 2010

De João Pedro Stédile para Luis Nassif

Estimado Luis Nassif,

tenho lido com alguma frequência seus artigos e cumprimento por sua clareza, determinação e coragem. Vi um comentário recente (em http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/03/28/sobre-manifestacoes-e-estrategias-politicas/ ), que faz referência a declarações que eu teria dado ao Zero Hora, de Porto Alegre, fazendo uma suposta autocrítica sobre as ocupações de terra.

Infelizmente, o jornalista charlatão me fez uma longa entrevista de mais de uma hora, e depois editou de acordo com os interesses de seus patrões. Mas gostaria de esclarecer o sentido das minhas respostas para você e seus leitores.

No atual período histórico, disse e reafirmo, não está mais em disputa apenas os interesses dos pobres sem-terra e dos latifundiários, que se apropriaram de grandes extensões de terras públicas mantidas ociosas como reserva de valor.

Estamos num novo período histórico, determinado pelo avanço do capitalismo internacional e financeiro sobre a agricultura brasileira, que leva a uma disputa entre dois projetos socioeconômicos para organizar a produção agrícola.

De um lado, os latifundiários “modernizados” (em geral, propriedades acima de 500 hectares), que construíram uma aliança com as empresas transnacionais, fornecedoras de insumos, sementes e compradoras da produção. Dessa forma, impõem o preço e controlam o mercado externo, a quem se destinam as chamadas commodities.

Esse modelo se chama de agronegócio, que se caracteriza pela necessidade de concentrar a propriedade da terra para aumentar cada vez mais a sua escala.

Expulsa o povo do interior para as grandes cidades, porque não oferece oportunidades de trabalho suficientes aos trabalhadores rurais.

É agressor do ambiente, pois o monocultivo destrói todas as outras formas de vida vegetal e animal, e só consegue produzir com elevado uso de venenos agrícolas. Daí porque o Brasil se transformou no maior consumidor mundial de agrotóxicos do mundo – que são, aliás, produzidos por empresas transnacionais.

Do outro lado, temos a agricultura familiar, que prioriza o mercado interno, com a produção de alimentos sadios, por meio de práticas agrícolas em equilíbrio com a natureza, com agricultura diversificada e que demanda muita mão-de-obra.

No outro ciclo histórico, a ocupação de terras era a principal forma de luta. Era suficiente para enfrentar o latifúndio e abrir um processo de democratização da propriedade da terra. E foi com essa prática que o MST nasceu.

Agora a ocupação de terras é insuficiente para enfrentar o modelo do agronegócio. Por isso, além das ocupações, o MST deve desenvolver novas formas de luta, que envolvam todos os camponeses e outros setores da sociedade interessados em mudar esse modelo de exploração agrícola, que agride o ambiente e produz alimentos contaminados.

Ou seja, nas regiões do país em que ainda existem muitos latifúndios improdutivos e trabalhadores sem-terra, certamente a ocupação continuará sendo a principal forma de luta – que vem acontecendo, inclusive, independente da existência do MST -, implementada por diversos movimentos sociais ou como reação à pobreza de comunidades rurais.

No geral, além das ocupações, devemos desenvolver novas formas de luta, para conscientizar a sociedade das perversidades do agronegócio e suas conseqüências para o nosso povo e para toda a sociedade.

Certo de sua atenção, receba um forte abraço

Culpa do LULA e da Dilma: Classe A/B e C se expandem

Pesquisa anual da Cetelem-Ipsos, confirma a mobilidade social do povo brasilieiro nos últimos cinco anos. Nesse tempo (culpa du Lula) a classe D/E perdeu 27 milhões para a C. Essa camada social agora é formada por 93 milhões de pessoas. Também as classes A/B cresceram de 15% para 16%, enquanto as D/E encolheram (de 40% para 35%). Foram 30 milhões de brasileiros e brasileiras que ascenderam devido as políticas sociais e econômicas do governo Lula,/Dilma tais como: bolsa-familia, Fome Zero, Prouni, a criação de 12 Universidades Federais, redução da carga de impostos para a classe média e é claro muita geração de emprego. Isso é culpa do Lula, isso é culpa do PT

6 de abr. de 2010

Pra vc

Yeda aponta latrocínio

Ao se manifestar sobre a crise entre o Ministério Público e a Polícia Civil no caso do assassinato de Eliseu Santos a governadora Yeda Crusius comprou a tese do latrocínio antes mesmo de que o caso fique totalmente apurado. Ela reiterou seu total apoio às investigações da Polícia Civil. Segundo o que o ex-deputado Marcos Rolim publicou no seu twitter, essa relação de Yeda com a Policia Civil sempre foi mal explicada ou simplesmente não explicada pelo uso do sistema Guardião e do aparato de segurança do Estado para espionar adversários políticos do governo (denúncia que envolveu diretamente o chefe de gabinete da governadora, Ricardo Lied.

O terrenão da Fase

O governo Tucano de Yeda já está de olho na copa do mundo (ahahahahha). Já tramita na Assembleia Legislativa o projeto que prevê a permuta de uma área de 73,56 hectares da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) pela construção de nove unidades descentralizadas da Fase. Para quem não conhece o local, ele situa-se no lado oposto ao estádio Beira-Rio e é praticamente uma mina de ouro no mercado da construção civil. Segundo o deputado Raul Pont (PT) no projeto falta informação sobre o valor do imóvel e a não definição de onde serão construídas as unidades descentralizadas.

No local, segundo informações, está prevista a construção de um hotel de luxo, centros comerciais e milhares de vagas de estacionamento. O valor dessa área vale muito mais que a construção de apenas nove casas para os internos. Cabe aos funcionários da Fase se mobilizarem para que o governo Yeda não troque ouro por espelho, numa versão tucana que quem perde é o Estado e não governo.

5 de abr. de 2010

A derradeira fase de Yeda

Segundo pesquisa do Datafolha, o índice de aprovação do govenro Yeda passou de 12 % para 22%, e a rejeição, que era de 50% baixou para 42%. Assim como o caso Eliseu Santos, os casos de corrupção no governo Yeda sempre foram colocados em segundo plano pelo PIG, e nem foi a oposição, leia-se PT, responsável pelas denúncias, mas pelos próprios membros do seu governo.


Além dos três anos de estagnação econômica e de discursos de crise, que fez até o presidente da Fiergs puxar as orelhas de integrantes do governo tucano por passar uma imagem do estado muito negativa , a mídia guasca cansou de criar novas fases para o governo Yeda após sucessivas denuncias de corrupção. A troca de dezenas de secretários e a falta de compromissos com suas promessas de campanha fez com o governo Tucano chegasse ao patamar de 55% de rejeição da população. O abandono da saúde, da segurança pública e da educação foram sentidos pela população, no Estado campeão em homicídios e outros delitos graves.

Nesta nova e derradeira fase de Yeda, a governadora pretende gastar R$ 1 bilhão de reais do Fundo Previdenciário do funcionalismo em menos de 12 meses. Assim como no governo Britto (ex-PMDB) a tucana destinará a maior parte desses recursos para as empreiteiras, garantindo canteiros de obras (que não vai terminar), abandonando de vez o discurso de déficit zero. Na Assembleia , após três anos sem reajuste para os servidores públicos, Yeda forçou ao máximo em garantir reajustes para servidores, inclusive oferecendo em quatro anos apenas 6% para os professores e 12 % para os praças da BM.

O PIG vai ajudar Yeda, vai bombar aliança entre o PSDB e o PP no estado, garantindo palanque para Serra e um discurso para os programas de rádio e TV. Para o PIG guasca interessa a representação política na Assembleia, na Câmara e o grande sonho,: deixar o PT de fora do segundo turno no Estado e garantir uma representante do PIG no Senado.

4 de abr. de 2010

Balada IV : David Guetta - When Love Takes Over (Feat.Kelly Rowland)

Balada III: AlexUnderBase - Privacy (Official Music Video) HD


BALADA II : MOBY: GO



Balada: Edward Maya ft Alicia-Stereo Love

Detalhes "esquecidos" do debate de 89

Nem sabão de glicerina é neutro nessa terra

Quem aqui já não brincou numa festa de amigo secreto e ao falar sobre ele diz tudo ao contrário das caracteristicas pessoais do presenteado até que os participantes descubram o seu nome ? Pois bem, é mais ou menos assim que ocorre na nossa querida mídia nacional e guasca. Hoje (04/03), na pagina 11 o grupo RBS lançou o editorial "Compromisso com a Transparência" onde o grupo orienta seus colaboradores e avisa seus eleitores do seu compromisso com a [....neutralidade perseguida pelo Grupo na cobertura de uma eleição....], além de publicar "Normas para a cobertura eleitoral".

Ocorre que aqui nessa terra nem sabão de glicerina é neutro, muito menos um grupo de mídia com tentáculos e intéresses financeiros, tanto na iniciativa privada, quanto na esfera pública, por interesses em projetos, legislação e longooss financiamentos s dos governos Federal e e Estadual. O grupo Gávea investimentos, por exemplo, é um dos sócios do grupo RBS, e tem como um dos seus maiores acionistas o senhor Armínio Fraga (ex-presidente do Banco Central de FHC), assim como tem no Conselho de adminsitração do grupo o senhor Pedro Parente, membro destacado do governo Fernando Henrique, primeiro como ministro-chefe da Casa Civil e, no final do segundo mandato, como comandante do ministério do apagão.

Sobre a "cobertura" ser isenta, isso nem precisaria escrever, deveria ser uma obrigação, mas chama a atenção que já página ao lado "coincidentemente" há um artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com o título "Hora de união" , em que FHC rechea os parágrafos com testes desabonadoras para Dilma Rousseff, dando a entender que será autoritária e que o partido terá o controle do Estado. Ao final, FHC chama voto para Serra e a união das oposições (?????) para: [....conduzir-nos para uma vitória que nos dê esperança de dias melhores. Tenho certeza de que não nos decepcionarão.]

Bem ! Se esse artigo não é propaganda eleitoral antecipada então eu não sei o que isso significa. O grupo se resguarda da propoganda escamoteada no artigo de FHC no último item de suas normas internas: 15) Durante o período eleitoral (5 de julho a 31 de outubro de 2010), os veículos da RBS devem se abster de publicar artigos que caracterizem propaganda de candidatos ou partidos.

Enquanto 5 de julho não vem FHC pode fazer propaganda para Serra e pregando a união da tal oposição (PIG+DEMOS+PSDB+PFL) nos editoriais que publica mensalmente nos grandes-pequenos jornais nacionais.

Eta transparência embaçada a dessa turma do PIG

2 de abr. de 2010

A agricultura familiar precisa de ajuda


Ainda no ano passado nos deparamos com os claros sinais de mudanças irreversíveis no clima de nosso planeta. Tornados, tempestades, enchentes, estiagens, chuvas de granizo, calores e frios intensos fizeram sofrer nossos agricultores, em especial no Rio Grande do Sul. Diante desse fato, se faz urgente à necessidade de criar um conjunto de políticas públicas para adequação da produção de alimentos às mudanças climáticas, visando a proteção aos nossos produtores, responsáveis direitos pela preservação do meio ambiente, da água, do solo e ar que respiramos.

Uma iniciativa fantástica do governo Lula (sempre ele) é o projeto que estabelece que nosso agricultor e a nossa agricultora recebam uma remuneração mensal pelo trabalho diário de preservar o meio ambiente em suas terras, evitando o agravamento do aquecimento da terra e do efeito estufa. A iniciativa tramita no Congresso Nacional com o número PL-5487/2009 Instituindo a Política Nacional dos Serviços Ambientais e o Programa Federal de Pagamento por Serviços Ambientais. Na prática, os agricultores vão receber para preservar nossas matas nativas, fontes, sementes crioulas e reservas naturais.

Nesta semana o Movimento dos Pequenos Agricultores e o MST entraram em campo na defesa da agricultura familiar, daqueles que produzem e colocam a comida na mesa dos trabalhadores. Eles exigem a mudança da legislação sanitária que hoje protege e privilegia a grande indústria de alimentos e o agronegócio, impedindo que os pequenos possam vender seus produtos diretamente nas feiras, nas cidades e nas casas comerciais. O fim dessas barreiras geográficas municipais será fundamental para que nossos pequenos agricultores possam comercializar seus produtos em qualquer lugar do país, respeitando padrões de higiene e sanitários estipulados por critérios atuais do SIM, SISPOA ou SIF.

No entanto, essas normas hoje, impedem que nosso agricultor possa vender sues produtos em outros municípios. Essa mesma fiscalização é omissa com os produtos do agronégocio — geralmente recheados de venenos, anabolizantes e produtos químicos — mas tem a mão pesada sobre os pequenos agricultores. Não é novidade fiscais sanitários apreenderem e destruirem queijos, conservas e embutidos dos pequenos agricultores pelo simples fato de haver uma legislação atrasada que faz com que o mesmo produto consumido numa cidade está proibido de ser vendido na localidade vizinha apenas pela falta de um simples. Essa legislação sanitária ignora que essas famílias de pequenos agricultores há mais de 100 anos já industrializavam e vendiam seus produtos, de forma limpa, saudável e nutritiva.

Isso tudo vem ao encontro da retomada e da volta do homem para o campo, mas para isso é fundamental desenvolver a agroindústria familiar, gerando emprego e renda e é claro fazendo reforma agrária. Para evitar o abandono do campo nosso pequeno agricultor precisa ter apoio dos governos para renegociar suas dívidas, precisa de muita assitência técnica, de estradas decentes para escoar sua produção e financiamento. Isso evitará a sua descapitalização e o conseqüente empobrecimento do nosso agricultor, que ao longo dos sete anos do governo Lula, ainda precisa honrar seus compromissos vendendo parte de suas terras ou de seus bens.

Combate a Desigualdade Social, o MST e a reforma agrária no Brasil

Nesta segunda-feira, dia 05 de Abril, haverá o lançamento do livro Combate a Desigualdade Social, o MST e a reforma agrária no Brasil. O ato ocorrerá às 19 horas, no plenarinho da Assembleia Legislativa. O material foi organizado pelo cientista político Miguel Carter, que é pesquisador e professor da American University, em Washington, DC. O livro tem o apoio do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural - NEAD, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST, da Comissão Pastoral da Terra – CPT e do presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia, deputado Dionilso Marcon (PT).

A defesa da reforma agrária no país, leia-se agricultura familiar, também é defendida pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), orgão Federal que coleta e produz estatísticas. Segundo o Ipea, ampliar a reforma agrária e aumentar os investimentos na agricultura familiar são formas de reduzir as desigualdades sociais e econômicas no campo. O inédito Censo da Agricultura Familiar também aponta para o mesmo caminho, e vai mais longe ao identificar que mesmo usando apenas 24 % da área do país, a agricultura familiar responde pela maior parte da produção de alimentos, equanto que o agronegócio, com mais de dois terços da área das terras brasileiras, pouco ou quase nada contribui para a alimentação do trabalhador brasileiro

1 de abr. de 2010

Só o PMDB pode barrar a CPI do caso Eliseu

Para uma polícia que possui mais de 1 milhão de inquéritos parados, a rapidez com que a Polícia Civil "desvendou" o assassinato do ex-secretário Eliseu Santos deixaria até mesmo Sherlock Holmes satisfeito. De cara a PIG guasca encampou a tese do latrocínio vendida pela PC. Tão rápida que no domingo, dois dias após Eliseu ser silenciado, pelo menos um jornal abria duas páginas "prevenindo" a população contra possíveis assaltos à noite e dando dicas de "segurança".

O que está se vendo é que a história é bem diferente e que, segundo investigação de dois promotores do Ministério Público, Eliseu Santos foi morto num crime de encomenda. Segundo depoimento do próprio Eliseu na Câmara de Vereadores, ainda no ano passado, dois homens pararam de moto ao seu lado e um deles disse que ele ia morrer porque estava perseguindo o seu pessoal (?????). O estranho é que a Policia desconsiderou esse depoimento feito na Câmara de Vereadores no dia 18 de maio de 2009, onde revelou essa ameaça de morte.

Um dos donos da empresa Reação, que prestava segurança na Secretaria da Saúde, também compareceu à Câmara, e reafirmou que supostamente sofria pressão para pagar propina ao secretário ou algum preposto dele, no entanto, o PMDB abafou a tentativa da oposição de abrir uma CPI para investigar denúncias de propina na Secretaria Municipal de Saúde no governo de José Fogaça (PMDB)

Vamos ver o que será feito pela base de Fogaça para impedir que a CPI não saia na Câmara de Vereadores. Num Estado, dito politizado, a CPI já teria ocorrido há muito tempo.

É 1º de abril, mas é tudo verdade

Parece piada de 1º de abril que o governo tucano tenha enviado ao Poder Legislativo gaúcho uma proposta vergonhosa de apenas 6% de reajuste aos professores como forma de recomposição salarial dos últimos quatro anos. Segundo o governo Yeda e seus aliados (PMDB, PTB, PP, PPS) o impacto nas contas públicas será de R$ 254 milhões até ao final de 2011. Enquanto isso os nababos do judiciário e os roliços oficiais da BM embolsarão mensalmente uma pequena bolada que pode chegar a 24 mil reais mensais. Os juízes ganharão até R$ 3 mil a mais nos seus contra-cheques e o magistério receberá um aumento de R$ 16 no vencimento básico, lamentou a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira.

Coincidentemente esse "gasto" com os professores, como gosta de chamar o governo Yeda, é quase o mesmo valor que Yeda "investiu" anualmente na grande mídia em forma de publicidade com o seu governo. E se somarmos o "investimento" de Yeda para sustentar politicamente o seu desastrado governo via mídia juntametne com os valores desviados do Detran, chegaremos ao mesm patamar do tal impacto financeiro.


O líder do governo Yeda, o deputado Adilson Troca (PSDB), disse que não era Silvio Santos para sair distribuindo dinheiro para todo mundo. Nesse quesito o deputado tucano tem razão, o governo Yeda só deu para as elites, para os poderosos. Para o magistério e os praças da BM foram apenas as migalhas, e depois não sabem porque o Rio Grande cresce ano-a-ano como rabo de cavalo: para baixo
O pior é que hoje é 1º de abril, o dia da mentira, mas tudo isso é a pura verdade.

31 de mar. de 2010

Yeda tem espírito de classe

Não dá pra dizer que Yeda e seus aliados não tenham espírito de classe. Quem não se lembra do discurso do défict zero do governo Yeda, que além de insistir no tarifaço de impostos por duas vezes, e simplesmente imobilizar a máquina pública por falta de investimento, agora, faz grandes anuncios midíáticos de obras (que ainda nem sairam do papel) e até ressucitaram o terreno da Ford, numa clara tentativa de marcar posição com o PT.

A farta distribuição de gordos reajustes para os maiores salários do Estado demostra que Yeda tem lado, e não é o nosso (ahahahhaha). Ela precisa dar mais para que não precisa, aumentando o desequilíbrio ente o maior e o menor salário, Mas isso não importa, são seus aliados e assim contará com o apoio das elites .

Enquanto isso, trava-se na Assembleia uma guerra entre oposição e governo para que professores e praças da Brigada recebam valores superiores aos 8% de recomposição propostos pelo PSDB neste quatro anos de governo . Enquanto isso, roliços coroneis e outros oficiais da BM terão 19%, além de RETROATIVOS, garantido um 15º e, com certeza, um 16 º salário para quem já ganha muito. Nesse trenzinho da alegria guasca, procuradores e desembargadores abocanharam mais R$ 2.000,00 passando de 22.111,00 para 24.117,00. Juizes e promotores também tiveram um reajuste real de R$ 1500,00 elevando de R$ 16.119,00 para R$ 17.582,00.

Mas isso não atrapalha o movimento nas cocheiras do PIG guasca, que terá muitos puros-sangue no páreo nestas eleições. Eles receberão cavalares injeções de anabolizantes da mídia, tendo como único objetivo deixar o PT de fora, tanto do segundo turno para o governo quanto na vaga do Senado. O acerto foi feito !
Charge : IOTTI- ZH/31/03/2010

29 de mar. de 2010

Bonequinho da VIVO renuncia.

A figura patética de José Fogaça é, para mim, semelhante, semioticamente falando, com a imagem do boneco-propaganda da operadora VIVO. Ele não tem boca, não tem olhos, não fala, não se comunica e não ouve. Uma espécie de ameba sem rosto. 16 anos no Senado e NADA de Fogaça. 6 anos de prefeitura e NADA. Que os porto-alegrenses ganharam na megasena com a renúncia de Fogaça eu não tenho a menor dúvida, basta saber se os sabujos do PIG vão ganhar novamente as eleições com esse boneco para governador.

Porto Alegre, uma cidade genuinamente ecológica

Se tem uma coisa que os porto-alegrenses não poderão reclamar de José Fogaça é que ele, na sua incompetente gestão, não tenha se esforçado para transformar a Capital numa cidade genuinamente ecológica. Em nossas ruas e praças o mato e a capoeira já tomam conta, além disso, nossos semáforos estão sempre verdes para todos os sentidos, pois como não há póda das árvores os galhos deixam tapados e arborizados nossos sinais de trânsito.
Na chamada "Hora do Planeta" que, ocorreu neste sábado, em que a população desliga todas às luzes por uma hora,esse procedimento nem foi necessário fazer por aqui, pois a iluminação pública de nossas ruas e avenidas estão como numa floresta, ou seja, numa completa escuridão.

28 de mar. de 2010

Movimento de rádios comunitárias avança

Estive reunido ontem (7) em Seberi com lideranças do movimento de rádios comunitárias da ABRACO (Associação Brasileira de Rádios Comunitárias), e comunicadores de mais de uma dezena de rádios comunitáras da grande região de Frederico Westphalen/Palmeira das Missões.
Na pauta, o debate sobre o papel da rádiodifusão comunitária na conjuntura estadual e nacional e a importância da busca da qualificação do corpo técnico das emissoras e de uma programação de alta qualidade para o público local. A capacitação técnica regional de jovens na área comunicação (rádio, TV, Fotografia, Internet) foi um dos temas levantados no debate, assim como a participação das Universidades e do Centro Federal de Educação Tecnológica para a capacitação do setor como um todo.
Um dos pontos levantados no encontro foi a necessidade de que o movimento de rádos comunitárias construa politicamente junto ao Estado — municípios, governos Estadual e Federal, bem como instituições públicas privadas— o entendimento de que é fundamental investir parte da verba publicitária (que não é pouca) em emissoras comunitárias. Segundo os participantes a maior parte desses recursos ficam concentrados nas mãos da grande mídia. No entanto, são as pequenas emissoras comunitárias que fazem os avisos sociais, campanhas de vacinação, fomento à cultura local, é, é claro, uma boa programação musical, contando apenas com o apoio do comércio e da indústria local, sem apoio do Estado. Hoje, essas emissoras, na sua grande maioria, fazem o gosto e a preferência e da audiência de centenas de comunidades pelo interior do Rio Grande do Sul, desbancando até mesmo grande veículos de comunicação e causando o pavor nos velhos e novos coronéis das pequenas e médias cidades do interior.
A troca e o compartilhamento de informações locais, a padronização da linguagem, o uso das redes sociais virtuais, bem como a criação de meios (blogs, portais) para a divulgação de informações regionais, foram alguns dos temas discutidos no encontro. Outro assunto importante discutido foi a necessidade de representação do movimento de rádios e TVs comunitárias no Congresso Nacional e na Assembleia Legistiva. Segundo os participantes, é importante fazer frente aos grandes grupos de mídia que disputarão com seus quadros (jornalisticos-politicos) inúmeras vagas no senado e na Câmara Federal como forma de garantir representação nas duas Casas legislativas em 2011.
Participaram do encontro representantes de Alpestre, Ametista, Frederico Westphalen, Erval Seco, Caiçara, Jaboticaba, Cerro Grande, Novo Barreiro, Pinhal, Vicente Dutra, Três Palmeiras, São José das Missões e Seberi.

26 de mar. de 2010

O melhor presente de aniversário para Porto Alegre

O melhor presente de aniversário que Porto Alegre e seus habitantes receberão nos 238 de existência da cidade será a renúncia de seu prefeito, que anúncia sua saída esta semana. José Fogaça se despede e será o candidato ao goveno do Estado pelo PMDB . O atual prefeito, que na campanha prometeu manter o que estava bom e mudar o que estava ruim fez justamente ao contrário, conseguindo a proeza de piorar o que estava meia-boca e afundar o que era bom. Seus seis anos de gestão simplesmente não acrescentaram nada para a cidade, fizeram retroceder seus equipamentos públicos, o turismo, sinalização, pavimentação, iluminação, segurança, e é claro, a cultura. Ao fatiar as secretárias com diversos partidos , e seus interésses particulares, os porto-alegrenses sentiram na pele o que significa ter uma gestão que não condiz com os 238 anos de história de nossa cidade. Vida longa para Porto Alegre e seus habitantes, o melhor presente nós já ganhamos.

25 de mar. de 2010

Boinas verdes com rosto humano.

Magnífico texto do filósofo esloveno Slavoj Zizek, em artigo para o jornal El País, 24-03-2010 sobre o ganhador do Oscar, "Guerra ao terror", com sua "humanização" do soldado, evita a pergunta chave: o que o Exército norte-americano faz no Iraque? Dois filmes israelenses sobre o Líbano usam o mesmo truque. O material está no site do Instituto Humanitas Unisinos - IHU e a tradução é de Moisés Sbardelotto.

Quando "Guerra ao terror", de Kathryn Bigelow, conquistou os principais Oscars frente a "Avatar", de James Cameron, essa vitória foi percebida como um bom sinal do estado das coisas em Hollywood: uma modesta produção pensada para festivais do tipo Sundance e que, em muitos países, nem sequer havia obtido uma grande distribuição, supera claramente uma superprodução cuja brilhantez técnica não pode dissimular a plana simplicidade de seu roteiro. Então Hollywood não é só uma fábrica de grandes sucessos de bilheteria, mas também sabe apreciar esforços criativos marginais?

É possível, embora seria preciso matizar: com todas as suas mistificações, "Avatar" claramente toma partido pelos que se opõem ao complexo industrial-militar mundial, retratando o Exército da superpotência como uma força de destruição brutal ao serviço de grandes interesses industriais, enquanto "Guerra ao terror" apresenta o Exército norte-americano de um modo plenamente de acordo com sua própria imagem pública neste nosso tempo de intervenções humanitárias e de pacifismo militarista. Segue....

23 de mar. de 2010

Tarso lidera pesquisa no RS

O pré-candidato do PT ao governo do Estado, Tarso Genro, lidera pesquisa METHODUS realizada nos dias 18 e 19 de março de 2010, que ouviu 1.000 eleitores em 25 cidades do Rio Grande do Sul. Tarso Genro está com 37,1 % das intenções de voto e José Fogaça está em segundo lugar 31,4 %, fora da margem de erro. A senhora governadora Yeda lidera os índices de rejeição da gauchada com 55% .A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, sobre os resultados encontrados.A pesquisa foi registrada no TSE sob número 6211/2010.

Matadores na Capital

Nos dias 12 e 13 de abril os gaúchos terão a desagradável oportunidade de talvez cruzar com alguns matadores da economia mundial, em Porto Alegre, na 23ª edição do Fórum da Liberdade. Digo matadores porque quase mataram ecomonicamente o planeta e a América Latina. No evento, eles se regozijam com a presença do "matador", o atual presidente mundial da Renault/Nissan, Carlos Ghosn, numa "palestra especial". O CEO da Renault/Nissan falará com orgulho e pompa de como demitiu 20 mil funcionários para "enxugar custos" após a crise que eles mesmos criaram. Outras figurinhas conhecidas dos brasileiros estarão presentes: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Jorge Gerdau Johannpeter, Armínio Fraga, Pedro Moreira Salles (Itau/Unibanco), o ministro do PIG no governo Lula, Henrique Meirelles e o papeleiro chileno Eliodoro Matte, que abocanhou de barbada a fábrica de celulose da Aracruz em guaíba, a pós o desmonte do neoliberalismo. NÃO CONFIRMARAM A GOVERNADORA YEDA PARA FALAR SOBRE A EXPERIÊNCIA DO DÉFICT ZERO (AHAHAHAHAHAH)
Segundo eles, vão debater quais fatores que fazem países tão parecidos em população e cultura, como as Coreias do Norte e do Sul, serem hoje tão diferentes. Na realidade o que estará na roda é a eleição presidencial brasileira e a sucessão de Lula. Imaginem se a metade da cúpula econômica do PSDB no governo FHC vai estar no encontro, junto com os banqueiros e o PIG para discutir as Coreias (ahahahahhaha). O PAPO é DILMA, LULA e OITO ANOS.

20 de mar. de 2010

O aumento da criminalidade e a falta de políticas socias do PMDB e do governo de Yeda

Nenhuma quadrilha organizada sai explodindo bancos e assaltando carros-forte se não tivesse a certeza de que, do outro lado, a segurança pública não estivesse uma esculhambação. No entato, são os crimes comuns que assustam mais as pessoas (assaltos, sequestros-relampagos etc), e não tenho a menor dúvida, que esse tipo de crime, está relacionado diretamente com a ausência de políticas sociais. Com Rigotto no governo (PMDB) junto com seus aliados (PP, PTB, PPS, PSDB), praticamente todos os grande projetos sociais foram tirados do ar ou paralisados, e com Yeda, nem se fala mais nisso.
Podem dizer o que quiserem mas o caos na segurança pública e o aumento dos crimes comuns, estão diretamente relacionados com a falta de investimentos no social e a falta de valorização dos servidores. Citem um, mas apenas um programa social de peso de yeda ? quanto investiu na saúde nesses quatro anos e no combate à pobreza e exclusão social ? No entato, o PIG está roliço com as poupudas verbas publicitárias do Estado, e coloca a culpa da violência somente no crack. Para mim o que mata mesmo é o déficit zero de Yeda, que deixa o povo desassistido e abandonado.

19 de mar. de 2010

Sensação de Segurança, onde está ? Fala PIG

Passados oito anos do governo Olívio Dutra, a segurança pública é tratada apenas nas páginas policias e não mais como um caso de política. Lasier e o restante do PIG silenciam para o aumento da criminalide e nem sequer tem a coragem de comparar os níveis de investimento na segurança pública dos últimos três governos. O sistema carcerário gaúcho foi destruído e o tal aumento da sensação de segurança, patrocinado pelo governo Rigotto (PMDB) - que tinha na "liderança" dessa Secretaria o deputado José Otávio Germano (PP) - não passou de mais uma jogada midiática que apenas abriu as portas do inferno para o aumento do tráfico, as chacinas, bondes e outros massacres. O governo tucano de Yeda e de seus principais aliados (PMDB, PP, PTB,PPS) foi o que menos investiu na segurança pública e o que mais investiu em publicidade. Completados três anos, nossos servidores da segurança são os que menos recebem, fazendo retaguarda no fim da lista do ranking nacional dos Estados.
Agora, novamente, teremos eleições, e os gaúchos não podem mais cair no velho papo-furado de pacificação do Estado e da tal sensação de segurança pública do PMDB e do PIG. Aliás, esse partido foi o responsável pelo afundamento econômico do Estado, que por 12 anos governou e hoje é o principal aliado de Yeda, numa das piores gestores que já tivemos na saúde, educação e é claro, na segurança pública.
O assassinato da advogada Viviane Maris dos Santos em Novo Hamburgo é apenas um pequeno fragmento do que representa a falta de uma verdadeira política de segurança pública sem hipocrisias do PIG. Saudades do Bisol.

18 de mar. de 2010

Até na titulação o PIG é venenoso

Até mesmo na titulação e na mostra dos gráficos o PIG tenta maquiar a subida de Dilma nas pesquisas. O titulo de Zé H, olhando distraidamente, dá a sensação de que serra subiu: Vantagem de Serra sobre Dilma Cai para 5 pontos. Lendo de outra forma, podemos ler assim: Vantagem de Serra sobe Dilma cai. Note que a diferença entre uma e outra é apenas o R. Os caras são Filhos da PUTAAAAA.

Nos gráficos, ontem (17) , o jornal da Band finalizou com vários segundos de tela com a pergunta da pesquisa de quem conhecia os candidatos. Serra 65 , Dilma 35. Quem olha TV em restaurantes, bares, lojas, salões de beleza (sem áudio) pensa que Serra está dando banho. Os caras são muito venenosos mesmo.

17 de mar. de 2010

O fim da revista Veja By Cloaca News

Leila Fetter : Sr. Grizotti, um pouco mais de educação

A SRA. LEILA FETTER (PP) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados:

Saúdo a todas as pessoas que vieram acompanhar a votação dos projetos da ordem do dia.

Peço ao presidente que me ouça com extrema atenção tendo em vista o que me aconteceu há poucos minutos. Ao entrar na antessala do plenário desta Casa, fui abordada pelo jornalista Giovani Grizotti, que me disse que, no dia 4, quinta-feira, eu dera presença e havia saído do plenário.

Respondo ao jornalista dizendo que somente desta tribuna é que tenho o poder de esclarecer que realmente dei presença e saí do plenário nessa quinta-feira. Falo somente em meu nome e não dos outros 54 deputados.

O Regimento Interno desta Casa estabelece, de uma forma muito clara, que, em não havendo ordem do dia, o deputado não precisa permanecer no plenário. A grande maioria dos deputados não são de Porto Alegre, são do interior, e vêm aqui cumprir as suas ações, as suas responsabilidades, nas comissões e no plenário, na terça-feira, quarta-feira e quinta-feira.

Desde que aqui entrei, não houve, em nenhuma quinta-feira, ordem do dia para que fosse votado um projeto.

Não inventei as regras e não quero acusar ninguém aqui dentro, só quero poder dizer que a satisfação dos meus atos devo aos meus eleitores. A eles, simplesmente a eles, devo dizer o que faço e o que não faço!

Em toda a minha vida pública não permitirei jamais ser pautada por um jornalista, que aqui vem querendo desmoralizar os deputados.

Quero, jornalista Grizotti, fazer-lhe um convite: o senhor está convidado a me acompanhar uma semana inteira, das sete da manhã até a hora que for necessário, para ver exatamente o que faço aqui na Assembleia ou fora dela, o quanto trabalho com responsabilidade pelo povo do Rio Grande!

É o que fazemos aqui. Não temos hora, não temos dia. Estamos aqui não porque um ou dois querem; estamos aqui porque milhares de pessoas votaram em nós, confiaram-nos seu voto. Estamos nesta Assembleia para defender essas pessoas. É dessa forma que eu ajo, é assim que eu sou.

O senhor tenha, por favor, Sr. Grizotti, um pouco mais de educação ao abordar uma deputada, porque a forma como o fez foi muito deselegante. Eu respeito a todos, mas, da mesma forma como respeito, também quero ser respeitada.

Quero, Sr. Presidente, que a partir de hoje seja formada uma grande discussão nesta Casa para que possamos ter ordem do dia todos os dias, não somente na terça-feira, porque isso é que deixa os vazios pelos quais somos criticados. Não querem saber se saímos daqui e fomos para os nossos gabinetes trabalhar, não querem saber se saímos daqui e fomos a uma reunião lá em Santa Vitória do Palmar para atender as reivindicações da população.

Não, não querem saber!

Querem ser espertos o suficiente para difamar os deputados e deputadas que cumprem o seu dever e que aqui estão todos os dias lutando para que tenhamos um Rio Grande mais humano, mais forte, mais solidário e mais progressista. Muito obrigada. (Não revisado pela oradora.)


O SR. ALEXANDRE POSTAL (PMDB) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados:

Saúdo aqueles que nos prestigiam com sua presença nesta Casa.

Solicitei ao meu líder de bancada, deputado Gilberto Capoani, que me cedesse este espaço de liderança para dar sequência ao debate levantado pela deputada Leila Fetter, da bancada do Partido Progressista.

Esta Casa representa os 11 milhões de habitantes da população gaúcha. Ela não é perfeita, assim como nenhum de nós é perfeito na totalidade, mas é uma fotografia, um retrato daquilo que a sociedade gaúcha definiu no pleito como melhor para os próximos quatro anos, tendo ocorrido a eleição em 2006. Neste ano, em 3 de outubro, a população brasileira volta às urnas para escolher os seus parlamentos.

Pegando o gancho do assunto levantado pela deputada Leila Fetter, não fui abordado, não fui indagado por ninguém da imprensa ainda, mas, nos 16 anos que estou aqui nesta Casa como parlamentar e mais cinco como assessor de deputado, sempre que falta um assunto para encher as páginas de jornais, a mídia, o Parlamento é a vitrine escolhida. Parece que notícias boas não fazem efeito na venda, não criam expectativa, não dão notícia. É mais fácil criticar.

Sras. e Srs. Parlamentares, se voltarmos ao passado, veremos que, em todas as grandes revoluções, as ditaduras que fizeram vez e voz e imperaram em muitos países ao redor do nosso planeta aconteceram quando atacaram os parlamentos. Começam atacando por uma banalidade, por uma firula qualquer e tomam corpo. O melhor, então, é fechar o parlamento, pois, assim, calam as vozes.

Não somos perfeitos, deputada Leila Fetter. Quem sabe muitos colegas, V. Exa. e eu tenhamos mil defeitos, mas levamos à população uma ideia, um projeto, um debate, porque ela nos deu o direito de aqui representá-la.

Talvez para muitos que nos ouvem o mais importante seja votar, votar. Mas votar o quê?

As leis existentes serem cumpridas à risca não seria melhor do que estarmos aqui criando lei ou votando projetos sem nenhum efeito para a sociedade?

O que será melhor? É melhor estarmos aqui quinta-feira, às 16 horas, sentadinhos e bonitinhos escutando um colega, ou é mais importante o deputado Frederico Antunes estar em Uruguaiana à noite atendendo a um convite da CDL ou da Câmara de Indústria e Comércio?

É mais importante para a população que nos elegeu ficarmos paradinhos, sentados, na quarta-feira até às 18 horas, no horário regimental, ou é mais importante visitarmos os Municípios para discutir a falta de habitação, de saúde e de segurança?

Será que ninguém enxerga quando passamos os finais de semana viajando, atendendo ao convite daqueles que votaram em nós?

Por duas vezes, tive a oportunidade de ser presidente nacional da entidade que congrega os 1.058 deputados estaduais. Cada Estado adota o modelo de funcionamento que deseja para sua Casa Legislativa.

Quero dizer às pessoas que assistem a esta sessão que se a Casa Legislativa do povo gaúcho votasse um projeto ao ano, que é o projeto de lei orçamentária, o orçamento para o ano seguinte, já seria suficiente para o Parlamento dizer, com altivez, que fez o melhor para a sua população. Esse é o projeto importante.

Tive oportunidade de visitar parlamentos importantes. No Canadá, por exemplo, o parlamento de alguns Estados se reúne três meses por ano. Outros parlamentos pelo mundo se reúnem seis meses por ano. Não há necessidade de ficar o ano inteiro reunido se não há o que debater.

Estamos passando por um período de transformações. A sociedade brasileira já aprendeu a votar, deputada Leila Fetter. Todo dia estamos votando e no ano seguinte também vamos votar.

Não há mais o problema de falta de liberdade. Querer fazer juízo daquilo que está na consciência de cada parlamentar, de poder retribuir, de fazer o seu trabalho, de enfrentar as urnas, não é admissível. Cabe a cada parlamentar angariar do seu modo e do seu jeito os votos para continuar nesta Casa.

Faço um desafio àqueles que acham que não fizemos nada ou que fizemos pouco: filiem-se a um partido político e coloquem-se no embate da busca do voto para terem representação, para chegarem a esta Casa.

A imprensa tem de ser livre, tem de ter autonomia total, mas que não atue em cima do nosso trabalho, pois cada parlamentar tem a sua consciência. Que não use a pauta para tentar denegrir esta Casa Legislativa, que representa o povo, a sociedade gaúcha.

Parabéns, deputada Leila Fetter! Que tenhamos a coragem de enfrentar o debate e não tentemos escapar porque a imprensa está em cima de nós para tentar nos policiar. Obrigado. (Não revisado pelo orador.)

16 de mar. de 2010

Imprensa Marron ataca deputado



O deputado Dionilso Marcon (PT) criticou, na tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (16), a conduta do jornalista Giovani Grizotti, da RBS. “Este jornalista tem se prestado ao papel de perseguir os movimentos sociais e os parlamentares. Faz isso com os sem terra, com as trabalhadoras rurais, com os caminhoneiros e, agora, com os deputados”, afirmou.Marcon foi abordado na entrada do plenário pelo jornalista, que queria saber por que o parlamentar deu presença na sessão da última quinta-feira e se retirou. “Como não havia votação, registrei a presença e fui para uma reunião no plenarinho com mais de trinta entidades. O trabalho parlamentar não se dá só na hora das votações. Trabalhamos dentro e fora da Assembleia”, explicou o petista.Segundo Marcon, a abordagem feita por Grizotti foi agressiva e desrespeitosa. “Sofri uma agressão moral, que reflete preconceito deste jornalista com os mandatos parlamentares”, assinalouA mesma cobrança foi feita pelo jornalista a outros deputados. A deputada Leila Fetter (PP) e o deputado Alexandre Postal (PMDB) também usaram a tribuna para criticar a postura do jornalista.

Sim ! trabalho escravo no RS

Apesar de Zé H tratar o tema como "trabalho degradante", o que os fiscais do Ministério do Trabalho descobriram no dia 6 de março foi puro trabalho escravo no Rio Grande do Sul. O grupo veio do Maranhão e trabalhava em regime de escravidão numa fazenda em Bom Jesus, nos Campos de Cima da Serra. Os trabalhadores submetiam-se a um acordo pelo qual não tinham o vínculo registrado em carteira e eram pagos pela intermediária, que ficava com cerca de 30% do que cobrava do produtor. Os agricultres dormiam no chão, sem banheiro e sem refeitório e provavelmente seriam descartados em alguma periferia de uma grande cidade.
O PIG não fala em trabalho escravo porque isso estimula a idéia de que toda a propriedade que possui trabalho escravo deveria ser desapropriada para fins de reforma agrária. Aliás, lei que ainda o Congresso não votou por temer a desapropriação de centenas de fazendas de multinacionais , pois essa situação é mais comum do que nó pensamos, tanto aqui quanto no resto do Brasil.
Não adianta o fazendeiro regularizar a situação dos trabalhadores, pagar verbas rescisórias e assegurar condições de retorno do grupo ao seu local de origem. Precisa ser punido pela perda de suas terras pela prática nojenta da escravidão, que na lei foi abolida a mais de 100 anos, mas que na prática aumenta a cada ano no Brasil, estimulada pela concentração de terras nas mãos do agronegócio e das multinacionais.
Estive recentemente na Serra gaúcha e pude comprovar a diferença de tratamento com os trabalhadores safristas. Lá, na vindima, os trabalhadores são tratados dignamente, com uma boa diária, alojamento e boa alimentação. E não é raro que o dono da propriedade almoce ou jante com os trabalhadores. Parte desses safristas são oriundos da empobrecida fronteira gaúcha, local com a maior concetração de terras improdutivas do país, ao contrário da serra gaúcha, que já fez sua reforma agrária há 100 anos.

15 de mar. de 2010

Collares tem razão

O ex-governador Alceu Collares tem razão ao afirmar que os governos do PMDB (Pedro Simon, Antônio Britto e Germano Rigotto) alcaçaram ,se somandos juntos, um crescimento de meros 6% do produto interno bruto do Estado. Collares defende uma aliança com o PT e cutuca a gestão de Fogaça na prefeitura de Porto Alegre. O ex-governador afirmou que se Porto Alegre está virada em buracos não é por falta de sorte. é por incompetência mesmo,, ou as duas coisas ao mesmo tempo (ahahahahha)
Aliás, coincidentemente, é somente antes das eleições que as máquinas da prefeitura de Porto Alegre voltam às ruas da cidade. De qualquer forma o lixo ainda é um problema crônico na cidade e há rua periféricas da Capital que se trasformaram em verdadeiros depósitos de entulhos e de lixo.
Me desculpem quem votou no Fogaça nas últimas eleições, mas o cara é uma AMEBA. Um prefeito que nunca participou da vida da cidade, que viveu escondido na prefeitura , que não emitiu uma opinião sobre nada que afetasse a vida dos porto-alegrenses (lixo, buracos,alagamentos), que não propôs nada de novidade sobre o que ja tinha sido feito por outras gestões e que durante 16 anos como senador, nunca fez nada pelo Rio Grande do Sul. Para mim ele não merece o voto dos gaúchos.

14 de mar. de 2010

Instituto Millenium: A Conferência de Comunicação particular da direita

Escrito por Gilberto Maringoni - 04-Mar-2010

"O Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH) é totalitário", "o stalinismo predomina no PT", "temos de ir para a ofensiva", "Vamos acabar com essa história de ouvir o outro lado na imprensa", "governo cínico, cínico, cínico!", "democracia não é só eleição". Frases assim, proclamadas com ênfase quase raivosa, deram o tom no Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, realizado na segunda (01/03), em São Paulo.

O evento, promovido pelo Instituto Millenium, foi uma espécie de Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) particular da direita brasileira, facção grande mídia. Revezaram-se nos microfones convidados internacionais, donos de conglomerados e seus funcionários de confiança. Fala-se aqui da Editora Abril, da Rede Globo, da Rede Brasil Sul (RBS), da Folha de S. Paulo, do Estado de S. Paulo e agregados.

Como se sabe, tais setores resolveram boicotar a I Confecom, um processo democrático ocorrido em todos os estados da Federação, que culminou em uma etapa nacional, realizada em dezembro último. Presentes nesta, cerca de 1300 delegados, entre empresários, movimentos sociais e governo. O total de pessoas envolvidas em suas fases regionais envolveu cerca de 12 mil participantes.

Terceirizando a bílis
Pois o Instituto Millenium fez seu convescote para cerca de 180 participantes. Eram empresários, jornalistas e interessados, que desembolsaram R$ 500 cada um, por um dia de atividades. Na mira dos palestrantes, os governos de centro esquerda da América Latina, os movimentos sociais, o governo Lula e o PNDH. As intervenções mais moderadas foram as de Roberto Civita (Abril) e de Otávio Frias Filho (Folha), que buscaram, de certa forma, situar seus interesses na cena política.

Externam o que se espera de proprietários de monopólios. Defendem a livre iniciativa de "investidas antidemocráticas como o controle social da mídia" e "menos legislação para o setor", no dizer de Civita. Roberto Irineu Marinho (Globo) foi ainda mais discreto. Ficou na platéia e fez uma única pergunta por escrito ao longo de todo o dia. Mantêm uma certa linha. Os três resolveram terceirizar a artilharia pesada para seus empregados, que fizeram uma verdadeira competição para ver quem seria o Carlos Lacerda (1914-1977) da Nova Era.

O ex-governador da Guanabara, como se sabe, se notabilizou entre o final dos anos 1950 e início da década seguinte como o mais notável agitador, na TV e no rádio, em favor do golpe de 1964. Dono de uma retórica incendiária, Lacerda intimidava adversários e aglutinava seguidores para a derrubada do presidente João Goulart.

Nessa toada, os conferencistas tiveram a inusitada ajuda do Ministro das Comunicações Helio Costa e do deputado Antonio Palocci (PT), como se verá adiante.

Visão particular da História
A primeira mesa trouxe três convidados externos, o argentino Adrian Ventura (La Nación), o âncora da televisão equatoriana Carlos Vera (Ecuavisa) e o venezuelano Marcel Granier (dono da RCTV, cuja concessão não foi renovada em 2007).

Arrogante e inflamado, Vera afirmou que em seu país "não existe liberdade de expressão". Reclamou que seu canal de TV não recebe mais publicidade estatal e acusou o presidente Rafael Correa – "um ditador" - de ter sido eleito "por prostitutas".

Já Marcel Granier foi saudado como uma espécie de símbolo da luta pela liberdade de imprensa pelo apresentador Marcelo Rech, diretor da RBS. O proprietário da rede venezuelana denuncia "o autoritarismo do governo Hugo Chávez". Desfia o que diz serem provocações, intimidações e a certa altura, de passagem, fala da "renúncia" de Chávez. Em nenhum momento menciona o golpe de Estado de 2002 e o papel da grande mídia de seu país. Parece que toda a tensão em seu país nasceu por geração espontânea. Uma visão particular da História, sem dúvida.

Granier e seus colegas de mesa não deixam de deplorar a existência de aliados dos tais governos ditatoriais entre os empresários da mídia. Aliados, não. "Cúmplices", sublinha o mediador Rech, com anuência dos convidados.

De costas para o governo
Logo após a mesa inicial, chega o convidado mais aguardado da manhã chuvosa, o ministro das Comunicações Hélio Costa. Com seu inimitável penteado, o membro do governo falou o que a "seleta platéia", conforme sua expressão, queria ouvir. Buscou esvaziar a Confecom de qualquer significado maior. "Através de três ministros, Luís Dulci, Franklin Martins e eu, o governo foi unânime em decidir que em hipótese alguma se aceitará algum tipo de controle social da mídia". E enfatizou: "Isso não foi, não é e não será discutido", enfatiza para gáudio da maioria dos presentes. Genial. O membro do primeiro escalão confraterniza-se com os que deploram seu governo como marcado por tendências discricionárias.

Libelu e Rolando Lero
A terceira mesa, intitulada "Ameaças à democracia no Brasil" foi a mais trepidante de todas. Contou com Demétrio Magnoli, o Gustavo Corção da Libelu, Denis Rosenfeld, o Rolando Lero na filosofia gaúcha, e Amauri de Souza, sociólogo. Na mediação, Tonico Ferreira (Globo).
Ferreira é mais um daqueles que um dia foram de esquerda e transitaram alegremente para a outra ponta do espectro político sem culpas. Chefe de redação do semanário Movimento, no final dos anos 1970, Ferreira, de saída, denuncia o caráter autoritário da lei eleitoral. "É censura", diz ele, antes de passar a palavra a Magnoli.

Este não perde tempo. Logo faz um apanhado da história do PT e dispara: "A relação do partido com a democracia é ambígua. Juntamente com o PSOL, apoiou o fechamento da RCTV". Acusa a agremiação de Lula de fazer uma volta atrás em seu ideário democrático. "Retomaram a idéia autoritária de partido dirigente e de democracia burguesa", sentencia. E logo completa: "Este movimento, de restauração stalinista, é reforçado pela emergência do chavismo e do apoio a Cuba". Na platéia uma senhora murmura: "Que vergonha, nosso governo apoiar isso".

O risco, para Magnoli, é um possível governo Dilma, supostamente mais subordinado ao PT do que a gestão Lula. O fim das ameaças, para ele, só acontecerá "com a vitória da oposição". Bingo! E culmina: "Não somos Venezuela e Cuba! Temos de falar que nós somos diferentes!".
Aplausos entusiasmados.

Rosenfeld vai pela mesma toada, mas busca elaborar uma "pensata" sobre o "corpo e o espírito do capitalismo". Segundo ele, o corpo vai muito bem. "Os grupos econômicos ganharam muito dinheiro nesses oito anos". O problema é o espírito, "os bens intangíveis", revela o filósofo. A base material é garantida pelo governo, nas palavras de Rosenfeld, "as metas de inflação, a autonomia operacional do Banco Central e o superávit fiscal" mostrariam um rumo seguro. Mas o espírito está sendo minado, alerta. Esse ectoplasma é "a liberdade de expressão" que estaria ameaçada. E enumera os problemas, numa tediosa repetição: "O PNDH, o MST, a questão dos quilombolas" etc. etc. etc.

A sutileza do sr. Basile
O seminário foi sumamente repetitivo, diga-se de passagem. No período da tarde, os previsíveis Arnaldo Jabor, Carlos Alberto di Franco (Opus Dei) e Sidnei Basile (diretor da Abril) tentaram dar novas roupagens ao samba de uma nota só do evento. Basile, sob o olhar atento de Roberto Civita, seu patrão, defende um regime de auto-regulação para a imprensa. "Algo semelhante ao Conar" (Conselho de Auto-regulamentação Publicitária), formado pelas próprias agências, ao invés de uma lei para o setor.

A proposta é ensandecida. Se aplicada a toda a sociedade, com cada um supervisionando seu próprio setor, o mundo seria uma graça. Um exemplo. Não haveria mais leis de trânsito, sinais, placas, mão e contramão. Os motoristas se reuniriam e fariam um código de auto-regulação. Se os pedestres reclamarem, basta acusá-los de tentar bloquear um dos mais sagrados direitos, o de ir e vir dos motorizados. Todos se auto-regulariam e chegaríamos ao reino encantado de Basile.

No meio de seu delírio anarquista, o executivo, sempre observado pelo patrão, acusou a convocação da Confecom por parte do presidente da República como um ato "cínico e hipócrita". Adendou: "Um conto do vigário". Basile é de uma sutileza a toda prova.
Jabor, que aparentemente não preparou intervenção alguma, repetiu jaborices pelos cotovelos. Populismo autoritário, jacobinos, bolcheviques e quejandos formam o mundo a ser vencido. Homem experiente que é, contou mais uma vez já ter sido comunista. E disparou diatribes a granel. Impossível não lembrar de uma impagável frase do escritor paulistano Marcos Rey (1925-1999). Este dizia não gostar de dois tipos de gente, ex-comunistas e ex-fumantes, "porque ambos são metidos a dar conselhos".

Reinaldos Azevedos às mancheias
A quarta mesa – "Liberdade de expressão e Estado democrático de direito" – contou com a participação de três luminares: Reinaldo Azevedo (Veja), Marcelo Madureira (Casseta) e o Dr. Roberto Romano (Unicamp), os dois últimos tentando ver quem era mais Reinaldo Azevedo que o próprio Reinaldo Azevedo.

O citado é um fenômeno da Natureza. Um criador de personagens. É uma espécie de Walt Disney de si próprio. Disney inventou o Mickey, o Pato Donald, o Pateta e uma plêiade de figuras inesquecíveis. Reinaldo Azevedo criou Reinaldo Azevedo. "Sou de direita!", avisa de saída. "A imprensa tem que acabar com o isentismo e o outroladismo, essa história de dar o mesmo espaço a todos".

Madureira foi mais um a alardear sua condição de ex-comunista. Fez piadinhas, embora não se saiba se seu cachê incluía chistes e gags. Atacou tendências autoritárias e "recadinhos" oficiais. "O governo pressiona os editores com os anúncios da Petrobras e do Banco do Brasil. Isso é censura!" Com a presença do patrão na platéia, logo sublinhou: "A Globo não nos censura".
Mas o humorista da tarde foi o Dr. Roberto Romano. Este revelou ao mundo uma nova teoria, que vai pegar. É sobre a militância. Atenção: "O partido de militantes causa a corrosão do caráter". Guardem essa! Depois de ‘A corrosão do caráter’, de Richard Sennet, que fala dos vínculos trabalhistas e sociais tênues e sua influência no comportamento humano, um livro sério, o Dr. Romano vem com sua versão pândega. E explica: "No partido de militância não tem mais jornalista, médico e nem nada. Tem o militante que se reporta ao chefe". Isso, para as muitas luzes do Dr. Romano, corrói o caráter. Olha lá, Brasil! A partir de agora, só se falará em outra coisa!

As pesquisas científicas do Dr. Romano o levaram a constatar, além de tudo, que "90% das ONGs são totalitárias". Como o mediador William Waack prometeu publicar a fala original do Dr. Romano no site do Instituto Millenium, o mundo aguarda ansioso as fontes empíricas de tão bombástica revelação.

No fim de tudo, na última palestra, o deputado Antonio Pallocci veio confraternizar com aqueles que malharam sem dó seu partido e o governo que integrou até há poucos anos. Para agradar, também criticou o PNDH, no que foi cumprimentado ao final.

Tendências não democráticas
O Fórum do Instituto Millenium, apesar de seu tom folclórico, não é engraçado. Embora seja um direito democrático a organização de toda e qualquer facção política, é forçoso reconhecer que estas nada têm de democráticas ou plurais. Buscam se articular justamente para evitar reformas democratizantes no país e no setor de comunicação.

Um ponto positivo é dado pela seguinte constatação: os monopólios de mídia se desgastaram com o boicote à Confecom. O tema da democratização da comunicação entrou na agenda nacional com força. O seminário é uma gritaria da direita. Sem problemas. O duro é buscarem afirmar seus interesses contra a vontade e as necessidades da maioria da população.

Agradecimento
Este obscuro jornalista agradece sinceramente ao Dr. Roberto Romano pela menção ao texto "Instituto Millenium: toda a democracia que o dinheiro pode comprar!" (http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4546/), feita no calor de suas vibrantes intervenções. Apesar de ele ter recomendado às pessoas taparem o nariz para lê-lo, só posso ficar envaidecido com tão ilustre recomendação.

Gilberto Maringoni é jornalista.

Tratar a mídia como se partido de oposição fosse

Posso assegurar que durante a semana algum instituto de pesquisas vai lançar novos números da corrida presidêncial. Por isso o desespero dos reacionários da grande mídia é tanto, que nem mais se preocupam com jornalismo, idoneidade e com a ética. Precisam golpear, golpear, golpear para levantar Serra. Os ataques de Veja ao PT mostram que o governo Lula deve tratar o grupo Abril como se partido político de oposição fosse, sem reservas, sem meias palavras. E dessa forma também devemos tratar todo o grupo de mídia que tenta alinhar a Veja e sua nojenta e escamoteada posição política pró-tucanos. Esta eleição significa muito para o futuro dos brasileiros e não sou contra que uma rede de comunicação tenha sua preferência política, é do jogo. Mas se esconder atrás do jornalismo para maquiar suas opinião é nojento. Na minha opinião em 2010 os brasileiros vão escolher entre voltar ao passado com FHC e Serra ou caminhar para o futuro, com Lula e Dilma. O povo democraticamente irá escolher, apesar da mídia golpista.