16 de mar. de 2009

Investiguem o crime, não a prova

Mesmo que a OAB designe uma comissão para acompanhar o inquérito da Polícia Civil, que apura o caso das escutas clandestinas e que os advogados não têm certeza se as ligações foram feitas pelo sistema Guardião, o fato é que um membro do PSDB, pelo que sabemos, influenciou diretamente no afastamento de um servidor público da segurança. Isso não é um crime ? Se o ex-vereador do PSDB de Lajeado Márcio Klaus exigiu que o chefe de gabinete de Yeda transferisse o oficial PM após ter sido preso por compra de votos isso é que deve ser investigado. Não entendo esse trololó da "justiça" e das leis que protegem os poderosos. Quando eles caem em suas próprias armadilhas afirmam que as provas foram "colhidas" de forma ilegal. É o mesmo caso do Daniel Dantas em que os réus agora são os policiais que o investigaram. Nosso MP está mais preocupado em fechar escolas itinerantes e reproduzir as mensagens da grande mídia e das elites brasileiras do que a busca da justiça. Aliás, do alto do seu mega e suntuoso prédio na Capital Gaúcha o MP Estadual enxerga, ou faz que não vê uma das mais vergonhosas situações de miséria em nossa Capital, a Vila Chocolatão.

15 de mar. de 2009

Disputa assimétrica e os remadores das galés

Com a saída de Olívio Dutra do páreo pela disputa ao Piratini, entendo que a escolha do candidato petista não será naturalmente o nome do ministro da Justiça Tarso Genro. Acredito até que em uma disputa assimétrica onde o maior não enxerga o menor quem sai prejudicado é o maior (lembram das prévias na Capital ?). Antes a coisa era mais clara: Tarso e Olívio. O problema é que o nome do ministro Tarso Genro, peremptóriamente (ahahahah), não foi, não é e não será consenso na escolha à disputa para o ano que vem. Emergiram no mínimo mais de quatro personalidades petistas com força suficiente para disputar a indicação. Mesmo que neguem, e sempre o fazem (ahahaha), 0 deputado Federal Henrique Fontana, o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi e o deputado Federal de Caxias do Sul, Pepe Vargas são nomes com peso político suficiente para disputar e ganhar o pleito e fazer o debate estadual. O tabuleiro do xadrez politico do RS em 2010 envolve vários fatores, que também passam por um amplo leque de alianças, pela articulação da sucessão de Fogaça-Fortunati na Capital e a composição desse grupo com uma futura vice, sim eu disse no gênero feminino ELA (ahahaha). O complexo jogo envolve o PDT, o PC do B, o PTB e o PSB. A sucessão estadual e a troca de comando em 2014 também entram nesse caldeirão político, assim como como entrará no jogo o apoio do PMDB guasca à presidência da república. Tudo isso ainda é conversa de Caciques, regada a muito vinho bãoooo. Muitas dessas "amarrações" podem ser cortadas da embarcação da cacicageee, caso os remadores das galés se revoltem em seus porões. ahahahahahahhaha

14 de mar. de 2009

MP de eleição, lista na mão de Yeda


Lembro que o caso da transferência, em 2008, do comandante Regional de Policiamento Ostensivo do Vale do Taquari , tenente-coronel Antônio Scussel foi tema escabroso na região de Lajeado e gerou manifestação pública de toda a comunidade contra a embaçada troca de comando. A troca foi feita logo depois que o ex-presidente da Câmara de Lajeado, Márcio Klaus (PSDB), foi preso pela Brigada Militar durante a campanha eleitoral, sob acusação de compra de votos. Até ontem (ahahha) a influencia política de Klaus era dada com um dos motivos da transferência, mas não se tinha certeza, agora já temos. Caso se confirme, cabe ao nosso "valoroso" Ministerio Público investigar. Também cabe dizer que a eleição no MP é hoje (14/03) e uma lista tríplice será entregue à governadora Yeda para indicação (hummmmmm) . O atual procurador concorre a reeleição. (deve ser bom esse negócio heim !) Ficar defendendo os oprimidos é uma tarefa extenuante, mas sabemos que o MP vai cumprir seu dever (...........................)

13 de mar. de 2009

Chamem Paiani na CPI dos Grampos em Brasília

Imaginem se o ouvidor da Segurança Pública, Adão Paiani, fosse da época do governo Olívio Dutra e tivesse denunciado o uso do Guardião — sistema eletrônico capaz de gravar simultaneamente 600 telefones — para fazer espionagem política dentro e fora do governo. Alguém acredita que se foram capazes de grampear gente do governo também não o fizeram do lado de fora. Se fosse na época do PT, a turma da avenida ipiranga já estaria com um caminhão na frente do Palácio Piratini (com seus links a toda) e um batalhão de repórteres transmitindo ininterruptamente o lançamento da CPI dos grampos na Assembleia Legislativa. O Guardião, no governo Olívio foi um dos sistemas mais bem protegidos dos arapongas guascas e da banda podre da polícia. Um sistema tripartite, com polciais, oficiais da BM, delegados e servidores do Ministério Público. Faziam o monitoramento e a gestão do máquina. Agora, como se vê, o poderoso meio de investigação está nas mãos de bandidos. Caso tudo isso seja confirmado seria ideal que Paiani também prestasse depoimento na CPI dos Grampos em Brasília para esclarecer a arampogagem tucana guasca. Cabe também perguntar quem fez e sob a responsabilidade de que servidor estava o aparelho na época das gravações. É tanta lama neste governo que nem mesmo a turma da grande mídia consegue segurar a onda da governadora. Enquanto isso a base , tendo com seu principal escudeiro o PMDB, só espera o momento oportuno para abandonar a embarcação de Yeda para se lançar em um novo, límpido e imaculado navio, com um maravilhoso e ético candidato da mudança (ahahaha). Justiça seja feita no caso Detran, o esquemão todo já era operado no governo Rigotto e teve continuidade no de Yeda, e é claro, com conflitos de interessesss (ahahaha). A singela ave acima é uma aramponga

Um estranho artigo antes da bomba ?


Hoje, em Zé H (13/03) um estranho artigo do jornalista David Coimbra com o nome "O grande PT" a ataca o partido, os movimentos sociais e um deputado que defende a Via campesina no Rio Grande do Sul (Marcon - PT ?). .."A diferença entre uma ação e outra foi o respaldo que a Via Campesina recebeu de um deputado. Quer dizer: um ato contra a lei foi, de certa forma, apoiado por um legislador." Em determinado momento ele fala que os corruptos do PT não roubam para si, mas para o partido ou para alcançar uma meta política. Esse artigo tem endereço certo e deve ter algum objetivo "embaçado". vamos ver no até o final do dia o que a denuncia de Adão Paiani contra yeda tem a ver com esse artigo de David Coimbra. Por enquanto nada

Yeda Gate ? Vamos ver o que o MP vai fazer

O ex-ouvidor-surdo e cego da Segurança Pública do Estado, Adão Paiani diz que vai divulgar uma bomba contra o governo Yeda. Segundo ele há um esquema de espionagem a mando do Palácio Piratini, um Yeda Gate Guasca . Adão Paiani foi demitido pelo Diário Oficial por Yeda após ter sido convidado a continuar a prestar seu "serviço" no cargo. Vamos ver o que nosso "respeitado" Ministério Público vai fazer com essa denuncia de Paiani, caso esta tenha a ver com espionagem de deputados ou movimentos sociais.

12 de mar. de 2009

A lista 2

Abaixo a segunda lista dos deputados que votaram contra o veto de yeda e a punição dos professores e Policiais Civis.

Adão Villaverde (PT)
Adroaldo Loureiro (PDT)
Cassiá Carpes (PTB)
Daniel Bordignon (PT)
Dionilso Marcon (PT)
Elvino Bohn Gass (PT)
Fabiano Pereira (PT)
Gerson Burmann (PDT)
Gilmar Sossella (PDT)
José Sperotto (DEM)
Kalil Sehbe (PDT)
Marisa Formolo (PT)
Marquinho Lang (DEM)
Miki Breier (PSB)
Nelson Härter (PMDB)
Paulo Azeredo (PDT)
Paulo Borges (DEM)
Raul Carrion (PC do B)
Raul Pont (PT)
Ronaldo Zülke (PT)
Stela Farias (PT)

A lista dos deputados de Yeda

Abaixo está a lista, em ordem alfabética, dos deputados que aceitaram o veto da governadora yeda para que os professores e policiais civis fossem punidos pela paralização realizada em 2008.

Abílio dos Santos (PTB)
Adilson Troca (PSDB)
Adolfo Brito (PP)
Alberto Oliveira (PMDB)
Alceu Moreira (PMDB)
Alexandre Postal (PMDB)
Álvaro Boessio (PMDB)
Carlos Gomes (PPS)
Coffy Rodrigues (PSDB)
Edson Brum (PMDB)
Francisco Appio (PP)
Frederico Antunes (PP)
Gilberto Capoani (PMDB)
Iradir Pietroski (PTB)
Jerônimo Goergen (PP)
João Fischer (PP)
Jorge Gobbi (PSDB)
Luciano Azevedo (PPS)
Luiz Fernando Záchia (PMDB)
Marco Peixoto (PP)
Nelson Marchezan Jr. (PSDB)
Paulo Brum (PSDB)
Paulo Odone (PPS)
Pedro Pereira (PSDB)
Pedro Westphalen (PP)
Sandro Boka (PMDB)
Zilá Breitenbach (PSDB)

Tempo ruim para o governo Yeda

A imagem acima não poderia ser mais apropriada e simbólica para o governo Yeda neste momento. O tempo político está muito ruim para a desgovernadora. Centenas de servidores públicos estão em vigília, em frente ao Palácio Piratini. Servidores da Segurança Pública e Professores aguardam a abertura das galerias do plenário da Assembleia Legislativa para assistir a sessão plenária. Também percorrem gabinetes para conversar frente a frente com os deputados sobre a derrubada do veto da governadora ao projeto aprovado na Casa no final do ano de 2008 que anistiou servidores paralisados. Caso o veto seja aceito os professores, por exemplo, serão punidos, mesmo tendo recuperado às aulas. A idéia de Yeda é punir as categorias da Policia Civil e professores, impedindo novas mobilizações . A sessão promete ser bem quente, apesar do tempo ruim, o político. (ahahaha)

O ouvidor surdo também não enxergava

O ouvidor da Secretaria da Segurança Pública, Adão Paiani, que ficou sabendo da demissão pelo Diário Oficial, além de ter ficado surdo durante dois anos para o clamor da população sobre a violência e a insegurança pública, também era cego para a violência patrocinada pelo governo do Estado contra os movimentos sociais. Fui testemunha em várias oportunidades desse ouvidor que não ouvia e não enxergava. A prática truculenta de violência da Brigada Militar contra professores e agricultores, da qual ele sempre foi testemunha nunca foi denunciada. Agarrado ao cargo, recebeu a notícia de a governadora Yeda Crusius "ficaria" com ele e com seu "trabalho", mas repentinamente Yeda mudou de idéia. Num rompante de confiança Paiani decidiu falar em entrevistas sobre o tema que deveria nortear seu trabalho, a segurança. Caiu e não fará falta. O cargo parece que ficará com a mais nova ouvidora do Piratini, Ana Piccoli. Yeda quer centralizar às denuncias (ahaahahhaahah). É o que sempre digo: " de onde tu menos espera, dali é que não sai nada mesmo. A tal secretaria da transparência, ou do embaçamento nada mais é do que um pára-choque de M...... do governo. Alguém lembra de alguma ação dessa pasta ?????.

11 de mar. de 2009

Qual o cenário do PT para 2010 no RS

Hoje (11/03) na reunião semanal da executiva estadual do PT, ao se discutir a metodologia que o partido terá para escolha do nome que apresentará para disputar o governo do Estado, o presidente estadual do partido, e ex-governador Olivio Dutra defendeu que a escolha devesse se realizar em um encontro extraordinário do partido, a ser realizado no meio do ano, decisão aprovada. Caso o ex-governador Olívio Dutra não concorra (parece que não quer) , haverá uma grande renovação nos quadros que disputarão a vaga. além de um possível pré-candidatura do ministro da Justiça Tarso Genro, outro nome de peso pode ser o do prefeito reeleito de São Leopoldo, Ary Vanazzi. Uma coisa é certa, não haverá prévias.

A Corsan e seus furos

Quem leu as manchetes guascas sobre o lucro da Corsan (superior a R$ 200 milhões) pode até achar que isso é o resultado do "maravilhoso" déficit zero do governo Yeda. No entanto, segundo o boletim do sindiagua (sindicato dos servidores da Corsan) Além de não investir em obras de saneamento e centralizar recursos, o mais grave são os atrasos de até sete meses no pagamento de empreiteiras. Muitas delas romperam unilateralmente os contratos por não receberem os valores acordados. No município de Panambi,um morador indignado com a demora no conserto de um vazamento em frente à sua residência, encontrou uma maneira criativa de protestar. Pegou uma cadeira e um anzol, e da calçada ficou pescando no vazamento. A limitação no pagamento de horas-extras também limita o atendimento pois se o cano estoura após o horário normal de expediente, somente no outro dia para executar o conserto (haja água jogada fora). Também há muitas dúvidas em relação a recentes contratos de prestação de serviços fechados pela Corsan. Nos próximos dias muita água tratada rolará por baixo desse vazamento.

10 de mar. de 2009

Camponesas denunciam justiça brasileira

No Estado do RS a jornada Nacional de Luta das Mulheres está demarcada por atividades realizadas no interior do Estado e na Capital gaúcha. Em Porto Alegre, cerca de 900 mulheres da Via Campesina, MTD e demais organizações urbanas, realizaram hoje (10) um ato público para denunciar as violências praticadas contra as mulheres e o povo. No ato de encerramento, em um momento simbólico, durante alguns minutos, as camponesas se colocaram de costas para o Tribunal de Justiça do Estado. Estavam ajoelhadas, de olhos vendados e representavam a imagem da Justiça brasileira. Após alguns minutos, levantaram-se e gritavam palavras de ordem, reafirmando o compromisso de não ficar de olhos vendados e de joelhos diante das injustiças cometidas contra as mulheres. Junto a luta das mulheres, também somaram a participação de servidores/as públicos/as de diversas categorias: professores, servidores da segurança pública e técnicos científicos, assim como, a participação de estudantes. No final do ato as mulheres da Via Campesina anunciaram que ainda no mês de março haverá um conjunto de lutas, pelo fim da criminalização dos Movimentos Sociais no RS, pela Reforma Agrária e pelo fim do modelo energético atual.
Imagem: Marcelo Rodrigues

Choque de gestão no velho oeste


O presidente da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e mais dois assessores viram como se cobrava às dívidas no velho oeste. Ao ver o empreiteiro Marcelo Vargas sacar um revolver e exigir que a Corsan, a empresa que lhe deve uma suposta conta de R$ 183 mil reais há quase um ano não teve dúvida, pagou. Brincadeiras à parte, cabe destacar que o ato de desespero do empreiteiro se deve ao fato de que em setembro de 2008 , quatro diretores da antiga Superintendência do Vale do Sinos, com sede em Canoas, foram demitidos por suspeita de irregularidades constatadas em uma sindicância em oito contratos de obras e prestação de serviços, totalizando R$ 140 mil, entre setembro e dezembro. Outras 80 notas de serviços prestados tiveram os pagamentos suspensos temporariamente. Entre elas, as emitidas por Marcelo. Passados quase seis meses sem resultado da sindicância, o empreiteiro, afogado em dívidas, e tendo credores batendo a sua porta, achou por bem agir à moda do velho oeste. Já que a governadora Yeda gosta tanto dos métodos da iniciativa privada, deveria cobrar de seus subordinados o fato de um prestador de serviço ficar mais de seis meses sem receber uma resposta sobre o que lhe é devido ou não. Sobre o fato da diretoria da Corsan, ontem, anunciar 'lucro" recorde de R$ 211,9 milhões, fica a pergunta. A Corsan é um banco ? ou deveria investir esses recursos em obras de saneamento em municípios que despejam esgotos diretamente em nosso rios e córregos. Quero lucro zero e menos esgotos a céu aberto em nossas cidades.

9 de mar. de 2009

Via Campesina denuncia agronegócio


Mais de 700 mulheres da Via Campesina ocuparam a Fazenda Ana Paula, de propriedade da Votorantim Celulose e Papel, no município de Candiota. A ocupação foi iniciada com o corte de eucalitpo na área. Segundo nota da Via Campesina , a Votorantin foi ma das responsáveis pela especulação contra a moeda brasileira e e de provocar prejuízos à nação com a crise financeira. Além disso, a nota denuncia que a a VCP recebeu R$ 6,6 bilhões do governo brasileiro para adquirir a Aracruz Celulose, através da compra de metade da carteira do Banco Votorantim e de um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social –BNDES.

O custo da compra foi de R$5,6 bilhões.A VCP havia prometido gerar 30 mil empregos no estado e mesmo recebendo recursos e isenções fiscais dos governos federal, estadual e de municípios, a Aracruz causou a demissão de 1,2 mil trabalhadores em Guaíba, entre trabalhadores temporários e sistemistas, e a VCP outros 2 mil na metade sul.

Segundo a Via Campesina os protestos servem também para denunciar que o governo sustenta o agronegócio e as empresas transnacionais do setor exportador, especialmente da agricultura, no quadro da crise econômica mundial, enquanto deixa em segundo plano os trabalhadores rurais, a pequena agricultura e a Reforma Agrária. A nota da Via afirma que agronegócio demitiu 134 mil pessoas em todo país, o segundo setor que mais demitiu com a crise econômica, apesar da alta lucratividade do último período e os investimentos do governo. Em 2008, o BNDES desembolsou para os setores da mineração, agropecuária, celulose e papel cerca de R$ 17 bilhões. Do total de R$ 1,51 trilhão previsto para o período entre 2008 e 2011, somente o agronegócio tem previsão de R$ 45,1 bilhões em investimentos. Também foram realizados protestos hoje em Brasília, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná.
Foto: Eduardo Seidel

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come

Não será espanto se alguns deputados estaduais e federais guscas perderem seus mandatos nos próximos dias no julgamento que será realizado no TSE, por manterem albergues em período eleitoral. Em alguns casos foram apreendidos poucos panfletos no local, em outros em quantidade suficiente para encher uma kombi. O caso é o seguinte: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. O tema é pra lá de polêmico e no interior, de onde vem a maioria dos albergados, principalmente, para consultas médicas, o serviço extra-parlamentar é defendido com unhas e dentes. Quem já usou o serviço afirma ser uma alegria e uma tranquilidade saber que não precisará dormir na rua e que terá um "cantinho" para dormir e uma comida quente para comer enquanto faz tratamento ou está a espera de algum familiar na mesma situação. Por outro lado está a Justiça Eleitoral, que acusa esses serviços de serem uma forma de compra de sufrágios. O fato é que alguns suplentes podem procurar seus alfaiates, pois o bicho vai pegar. Essas casas de passagens, sendo boas ou ruins, na minha opinião, deveriam ser assumidas pelo serviço social do Estado. O governo Yeda investiu em 2008 apenas 6,5 % dos 12% obrigatórios em saúde e muitas doenças tratadas em Porto Alegre poderiam ser tratadas em hospitais regionais. Tudo isso para justificar o déficit zero.

8 de mar. de 2009

Celeuma reload MPE


O MPE já entrou para a história do país. Criado para promover ações de interesse público, a versão gaúcha da instituição se transformou em instrumento de vingança política e legitimação da conduta moral do governo. A primeira evidência do aparelhamento apareceu quando a instituição chegou a assinar um documento favorável a extinção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Uma manobra gestada pelo governo do PSDB, que de tão criticada por juristas e professores de Direito em todo o país, forçou o MPE, a desistir do documento, que cassava inclusive direitos constitucionais como o voto.
sObRE as eSCoLas itinerantesConforme a coordenadora do setor de educação do MST, Isabela Braga, a comunidade escolar não foi consultada sobre o que era melhor para as 130 crianças que estudam em Sarandi, na primeira escola itinerante fechada. Ao todo, no Estado, são mais de 350 crianças que o MPE quer fora da escola.Isabela conta que os promotores alegaram, que a escola seria fechada por não ensinar temas como "hiato, ditongo, tritongo". Uma das educadoras ofereceu o seu caderno de planejamento para análise e eles recusaram, afirmando que vieram somente para notificar o fechamento.Duas entrevistas realizadas pela jornalista Raquel Casiragui, explicitam o que afirmo acima. A primeira com o procurador Jacques Alfonsin, a outra com a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Isabela CaminiEntrevista com Jacques Alfonsin Raquel Casiragui – O que implica, para os movimentos sociais essa determinação do Ministério Público para fechar as escolas itinerantes do MST?Jacques Alfonsin – Significa perplexidade e revolta. Perplexidade porque essas escolas nasceram da constatação de que um contingente enorme de crianças em idade escolar, vaga pelo Estado, há anos, acompanhando seus pais na árdua batalha que eles travam para garantir o direito humano fundamental à vida e à terra para suas famílias, algumas vítimas de pobreza extrema e, até, de miséria. É frequente a necessidade de todo esse povo mudar de lugar, tal é a violência da pressão que sofre por parte dos latifundiários, de grande parte da mídia edo próprio Poder Público, aí incluído o Judiciário. Por isso, as suas escolas têm de ser itinerantes. Revolta porque o direito humano fundamental à educação dessas crianças foi reconhecido à custa de muitos protestos públicos, alguns reprimidos com extrema violência, muitas reuniões com representantes da Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Sul em sucessivas gestões públicas do Estado, dedicação cuidadosa e competente de professoras e professores sujeitas/os, com sacrifício pessoal, às duras condições de trabalho em tais circunstâncias.Para o MST, como para os demais movimentos sociais, o fato de se cancelar o funcionamento de tais escolas atesta, mais uma vez, em que medida o preconceito ideológico da suspeita infundada pesa sobre os trabalhadores e as trabalhadoras pobres do nosso país, não pelo que elas fazem ou dizem, mas sim pelo que são. Uma eloquente demonstração de fracasso da interpretação da lei que se faz a seu respeito, um significativo sinal de que, em realidade, não vivemos num verdadeiro Estado democrático de direito, um desrespeito flagrante à dignidade humana de cada uma das crianças atingidas pela arbitrária medida do Ministério Público, sintomaticamente tomada no início de um novo ano letivo. Raquel Casiragui – A determinação pode influenciar na formação de novos militantes do movimento?Jacques Alfonsin – A decepção diária que o povo pobre sofre com a exigência que se faz do "respeito à lei", do "devido processo legal", faz recordar aos novos militantes a dura crítica de Jesus Cristo aos escribas e fariseus que "amarram fardos pesados e os põem nas costas dos outros, mas eles mesmos não os ajudam, nem ao menos com um dedo, a carregar esses fardos" (Mt., 23, 4). Isso os conscientiza de que, de fato, o lugar social das instituições que lhes deveriam servir – como a soberania do povo exige por força do primeiro artigo da nossa Constituição Federal – em verdade não os reconhece nem como cidadãos livres, dotados de direitos humanos que estão acima da previsão legal, já que ligados a necessidades vitais em função das quais é o próprio Estado e sua lei que existem e têm de ser testados como legítimos. A influência da arbitrariedade e da injustiça social que sofrem não lhes oferece outra alternativa que não a de anunciar e denunciar tais fatos, sem jamais abrir mão do direito inalienável ao reconhecimento da sua dignidade pessoal, concedendo "graus" à opressão que a aflige. Não raro, isso os obriga à desobediência civil, a greves massivas, a ocupar terras e prédios públicos.Raquel Casiragui – Por que, em sua opinião, o procurador de Justiça Gilberto Thums reserva tanto tempo de trabalho para combater as ações do MST?Jacques Alfonsin – Ele sofre daquele generalizado preconceito ideológico, muito alimentado pela mídia, que pesa sobre os pobres, de que esses são sempre suspeitos. A favor deles, não vale a presunção de inocência que a Constituição Federal garante a qualquer brasileiro. Assim, sempre que existe algum conflito que os envolva, esse promotor parece não se questionar sobre as suas causas. Então, ele confunde segurança pública com garantia de se preservar a injustiça social, por mais que essa seja, justamente, a responsável pelo conflito. Não se dá conta de quanto é infiel, com tal conduta, às próprias finalidades constitucionais do Ministério Público que, justamente por ser "público", é comum, envolve também os pobres que ele persegue e que, por sua própria condição de vida, deveriam merecer atenção prioritária. Mesmo que não queira, ele está fazendo um "excelente" papel de defensor de todos quantos, no Estado, são contrários à reforma agrária, prevista na Constituição Federal...Raquel Casiragui – O ministro Guilherme Cassel, há alguns meses, afirmou que esse movimento que visa criminalizar a luta do MST restabelece um ambiente de ditadura. O governo federal, pelo vínculo que o presidente Lula tem com os movimentos sociais, deve fazer algo em relação a essa determinação do MP?Jacques Alfonsin – Acho que a perseguição atualmente em curso contra o MST se assemelha, até, a tempos históricos anteriores ao da ditadura. Na polêmica que Gines de Sepúlveda [1] manteve com Bartolomeu de Las Casas [2], a respeito dos direitos dos índios, ainda no século XVI (!), dizia ele que esses deveriam mesmo era serem "bem algemados e convenientemente açoitados". O que os integrantes desse movimento sofrem com essa perseguição, quando não se assemelha fisicamente com tal conselho, com ele se parece moralmente. O Rio Grande do Sul está assistindo um novo macartismo [3], já que o mesmo promotor lembrado acima não esconde a motivação que tem para agir, pelo fato de as escolas itinerantes serem simpáticas ao socialismo e de que ele ainda tem "muita munição" (!) para usar contra o referido Movimento (reportagem de ZeroLândia no dia 17-02-2009). Quanto ao vínculo do presidente Lula com os movimentos sociais, sou testemunha de que o Incra, aqui no Rio Grande do Sul, faz o que pode, embora deva reconhecer que, lamentavelmente, esse "vínculo" está sucateado até no que respeita ao pessoal que essa autarquia necessitaria para a defesa jurídica da reforma agrária.Raquel Casiragui – Falta, hoje, institucionalidade ao MST?Jacques Alfonsin – Uma das acusações mais frequentes que se faz ao MST é a de ele não ter personalidade jurídica. De onde se retira a base jurídica para uma tal acusação eu ignoro, pois, assim como ninguém é obrigado a se associar ou, até, permanecer associado, como ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa a não ser em virtude de lei, esse Movimento tem todo o direito de rejeitar aquela possibilidade ou de a ela se habilitar quando assim entender conveniente. Aliás, a falta dessa personalidade não o isenta de ser réu em Juízo e de ser cruelmente perseguido pelo Ministério Público como está ocorrendo agora. Assim, se, sem personalidade jurídica, já pena e o que pena, imagine-se se ele fosse dotado da dita personalidade. Que personalidade jurídica se exige, por exemplo, do chamado livre mercado, cujas ilegalidades e abusos geram fome, sede, morte ambiental, desemprego, quebra de nações inteiras como está ocorrendo agora com essa crise global, de reflexo diário nas bolsas de valores onde ele depositava toda a sua credibilidade? Se uma causa de injustiça social dessa proporção é "insindicável" e inimputável, que autoridade moral pode sustentar quem exige personalidade jurídica do MST?Notas:[1] Juan Ginés de Sepúlveda (1490 – 1573) foi um humanista, filósofo, jurista e historiador español.[2] Frei Bartolomé de las Casas (1474 – 1576) foi um frade dominicano, cronista, teólogo, bispo de Chiapas (México) e grande defensor dos índios, considerado o primeiro sacerdote ordenado na América.[3] Macartismo é o termo que descreve um período de intensa patrulha anticomunista nos Estados Unidos que durou do fim da década de 1940 até meados da década de 1950. Foi uma época em que o medo do Comunismo e da sua influência em instituições estadunidenses tornou-se exacerbado, juntamente ao medo de ações de espionagem promovidas pela União Soviética. Masterrrrr: http://celeuma.blogdrive.com/

Isso tem que ter fim, por Sátiro

Do blog http://satiro-hupper.blogspot.com/

7 de mar. de 2009

Sabe aquele churrasquinho de domingo ?

Pois é, sabe aquele "saboroso" churrasquinho de domingo que a família adora ? Parte dele vem do abate clandestino de gado aqui nos pagos. Segundo levantamento feito na Assembleia Legislativa cerca de 4,6 milhões de cabeças de gado (35%) dos dos 13 milhões de reses do RS são abadidos de forma irregular. O esquemão é milionário e envolve frigoríficos, compradores, logística, transporte, abatedouros, e a corrupção de servidores públicos. Sempre tem gente graúda querendo colocar a matança clandestina na conta dos trabalhadores, mas o furo é bem mais em baixo. O esquema envolve grandes empresários guascas, venda de carne e de peles para atacadistas e curtumes da Região Metropolitana de Porto Alegre. O governo Federal prepara uma grande ofensiva contra esses quadrilheiros e lançará em breve o Pronasci Abigeato no RS. Tá na hora da PF chegar junto dessa gente.

Corrupção na BM, pergunta ao Cel.Mendes


O envolvimento de um batalhão inteiro de brigadianos com o crime organizado, roubo, formação de quadrilha e "parcerias" escusas com empresas de segurança privada (que geralmente são de oficiais aposentados ou de delegados de polícia) na Região Metropolitana de Porto Alegre - RMPA é mostrado por Zé H (6 e 7/03) como se fosse uma novidade, bem como a participação de agentes públicos da segurança nesses delitos. A prostituição, o roubo de cargas, o tráfico na RMPA, segundo a afirmação de um experiente policial já aposentado, passa e sempre passou pela falta de fiscalização e monitoramento de servidores corruptos da segurança dessa região. Segundo ele, não adianta colocar centenas de novos policiais na RMPA se não for executado um poderoso anel de segurança, envolvendo inteligência e corregedoria para acompanhar as ações desses maus servidores, uma espécie de polícia da polícia. A banda podre da segurança, tão combadita pelo governo Olívio Dutra comemorou a derrota da Frente Popular em 2001 e dali, como um câncer maligno, se ramificou pelas entranhas de nossa segurança. Ontem (06/03), ao ouvir a entrevista no programa Gaúcha Atualidade, o atual comandante da BM, coronel Trindade, falando sobre o envolvimento de 59 policiais militares (PMs) em pelo menos 15 crimes afirmou não saber como isso aconteceu. Como assim cara pálida ? Para investigar e reprimir os Movimentos Sociais o seu ex-comandante Mendes colocou um aparato de guerra contra os trabalhadores. Mendes mandava baixar o pau em todo mundo cada vez que alguém se manifestava na frente do Palácio Piratini contra a corrupção no governo no Yeda e usou a "inteligência da BM" para monitorar os "bandidos" do MST. E agora Zé H ? porque não fazem uma matéria com esse homem que se diz entediado com o Tribunal Militar (R$ 20 mil mês - ahahahah) e pergunta o porquê foi omisso com seus subordinados e faz a pergunta em manchete: Ele sabia ?? Por que deixou que a corrupção se alastrasse como nódulos malignos dentro da BM ? Enquanto isso, Mendes fazia sua cruzada midiatica particular contra o MST, sustentado politicamente por Chico Fraga (indiciado na operação Rodin). Alguém se lembra de que região eram os municípios campeões em homicídios em 2008 ? Simmm !! era na RMPA.Quem era o sub-comandante da RMPA há dois anos ? Ele mesmo ! Isso dava uma bela de uma CPI. Fala Mendes !