Com a internet banda larga, netbooks e smartsfones é cada vez mais fácil acessar a internet. Por isso, entendo que o Twitter é uma bela ferramenta de comunicação, mesmo estando em trânsito. É por essa simples razão que estamos reforçando os flancos também nesse meio. Só falta o cartel da telefonia baixar esses preços absurdos — o segundo mais alto do mundo —para que o povão realmente faça a revolução no Brasil, universalizando esse meio. Abraços !
26 de fev. de 2010
25 de fev. de 2010
Tribunal Militar: Um belo cabide de empregos
A confirmação de que Yeda Crusius indicará o presidente do Banrisul, Fernando Lemos, para ocupar o posto de juiz do Tribunal de Justiça Militar - TJM apenas demonstra a inutilidade do TJM. Aquilo, na realidade, é um cabide de emprego com garantia de uma bela aposentadoria.
Tramita na Assembleia Legislativa o Projeto de Emenda à Constituição - PEC 197/2009 que pede a extinção do TJM. O projeto, se aprovado, extinguirá o órgão. Enquanto isso Lemos será colega do coronel Paulo Roberto Mendes, ex-comandante da Brigada Militar, recebendo a merreca de R$ 22.000,00 mensais.
A extinção do TJM foi uma das lutas do Sindjus no final de 2008 e início de 2009. Por diversas vezes, o sindicato se manifestou contrário à manutenção deste órgão, inclusive com lançamento da campanha "Não pague por esta regalia. Tribunal Militar. Extinção Já". O objetivo do Sindicato foi mostrar à sociedade que ela paga caro a existência de um órgão que não tem mais sentido, diante do atual estado democrático de direito brasileiro. Apenas RS, MG e SP mantém a Corte.
Na campanha, os trabalhadores mostravam que o preço para pagar a regalia de sete membros de uma estrutura que julga 800 processo por ano, é quase o mesmo do necessário para manter toda a segurança pública da população gaúcha. Além disso, quase a totalidade dos servidores do órgão são Cargos de Confiança (CCs).
Na campanha, os trabalhadores mostravam que o preço para pagar a regalia de sete membros de uma estrutura que julga 800 processo por ano, é quase o mesmo do necessário para manter toda a segurança pública da população gaúcha. Além disso, quase a totalidade dos servidores do órgão são Cargos de Confiança (CCs).
24 de fev. de 2010
Veneno vencido é demais
Que o governo Yeda não investiu na saúde pública nesses três últimos anos todos nós já sabíamos. Agora, mandar duas caminhonetes abarrotadas de veneno vencido para auxiliar no combate ao mosquito da dengue, sem verificar o prazo de validade, é passar um atestado de incompetência da Secretária da Saúde.
O que eu acho engraçado em tudo isso é a proteção do PIG guasca à péssima gestão da política de saúde pública do secretário da Saúde Osmar Terra (PMDB). No ano passado, além da volta da febre amarela, do alastramento da dengue e o recorde de mortes pela gripe H1N1, o Estado foi o que menos investiu em saúde pública no Brasil. No entanto, o PIG sempre mostra o deputado/secretário Terra em pautas quentes de vacinação de criancinhas ou anunciando algum tipo de ação positiva. Sobre a falta de leitos e a omissão do Estado na gestão da política de saúde não se vê a mídia local abrir a boca. Aliás, a única coisa que o PIG vê é o Grupo Hospitalar Conceição (Governo Federal), desaguadouro da incompetente gestão de Osmar Terra (PMDB) no governo de sua aliada Yeda (PSDB)
O que eu acho engraçado em tudo isso é a proteção do PIG guasca à péssima gestão da política de saúde pública do secretário da Saúde Osmar Terra (PMDB). No ano passado, além da volta da febre amarela, do alastramento da dengue e o recorde de mortes pela gripe H1N1, o Estado foi o que menos investiu em saúde pública no Brasil. No entanto, o PIG sempre mostra o deputado/secretário Terra em pautas quentes de vacinação de criancinhas ou anunciando algum tipo de ação positiva. Sobre a falta de leitos e a omissão do Estado na gestão da política de saúde não se vê a mídia local abrir a boca. Aliás, a única coisa que o PIG vê é o Grupo Hospitalar Conceição (Governo Federal), desaguadouro da incompetente gestão de Osmar Terra (PMDB) no governo de sua aliada Yeda (PSDB)
No ano passado o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea, analisou a atuação do poder público da área da saúde. O Ipea constatou que em 1.867 municípios brasileiros (33,5% ) não existe ATENDIMENTO DE URGÊNCIA. Os piores do ranking são administrados pelos governos tucanos. Os dados apontam que Minas Gerais (Aécio) possui 21,3% dos municípios sem atendimento de emergência, seguidos pelo Rio Grande do Sul (Yeda) com 14,1 % e São Paulo (Serra) com 9,9%.
A PRIMEIRA BATALHA: PIG ataca Zé Dirceu
O PIG nacional voltou com força total. Ataca o PT e a candidatura Dilma, tendo como alvo secundário o ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu. Zé H de hoje abre um dos seus editoriais falando de uma "escandalosa" rede de influências entre o setor público e o privado (ahahahahahah. (olha quem falando).
O PIG acusa Zé Dirceu de lobby no governo e de favorecer o empresário Nelson dos Santos, controlador acionário da Eletronet, empresa que estaria sendo beneficiada com R$ 200 milhões de reais após o anúncio do presidente Lula em lançar o Plano Nacional de Banda Larga.
Ora bolas ! todo mundo sabe que Brasília é a capital nacional do Lobby. Tramitam diariamente no Congresso Nacional e também no governo, centenas de projetos articuladospelos lobbistas doPIG, pelas empreiteiras, pela industria, das multinacionais, do agronegócio e por ai vai.
O certo é que ao mirar Zé Dirceu, o PIG quer associar a imagem negativa dos escândalos dos DEMOS ao PT, tentando colar um pouco dessa crise da direita em Lula e consequentemente em Dilma. A coisa é mais ou menos assim: tá todo mundo roubando, todo mundo é ladrão, tudo é sacanagem, abram olho ! O CERTO É QUE COMEÇOU A PRIMEIRA BATALHA PELA SUCESSÃO PRESIDENCIAL.
23 de fev. de 2010
Mulheres x Videogames
Texto: Joana Gabech
Quando dois homens se juntam em frente a uma TV equipada com um videogame boa coisa não se pode esperar, logo sai uma (ou duas ou três...) partidas de futebol. Quando mais de dois homens se juntam nessa mesma situação, a coisa vira campeonato, e aí se vão horas e mais horas que podem resultar em muita diversão (para eles) ou em crises de relacionamento (para elas). O fato é que TODOS os homens, independente da idade, gosto musical ou preferência sexual, não resistem a um jogo de futebol virtual.
Eles montam seu time com os melhores jogadores – serão estes os das coxas mais grossas?! - escolhem a cor da camisa, fazem substituições quando os bonequinhos estão muito cansados e acumulam dinheiro virtual para melhorar seu quadro de jogadores – e enquanto isso a barriga vai crescendo e os únicos músculos que se tonificam são os dos dedos das mãos!
HOMENS! CAIAM NA REAL! Enquanto vocês perdem horas na frente da TV, nós ganhamos horas na academia, no salão de beleza ou em lojas de roupas, assim ganharemos alguns elogios e principalmente tempo para repensar nossas escolhas!
O que a mulher fez com o videogame foi um crime inafiançável (ahahahahahahahahha)
Pague ou proíbe
É comum nas lotéricas, ao se fazer qualquer tipo de aposta individual, que o funcionário ofereça um bolão com números pré-selecionados. Caso você aceite comprar esse produto recebe imediatamente uma cópia do jogo com um carimbo ou os números registrados com o selo da lotérica. Portanto, a responsabilidade da lotérica é grande e na condição de representante da Caixa Econômica Federal maior ainda. A lotérica na realidade também vende a credibilidade da instituição Caixa e não pode deixar que isso ocorra novamente.
22 de fev. de 2010
Agripino ataca TRE e chama decisão de "criminosa"
O senador José Agripino Maia (DEM-RN) afirmou que a decisão da Justiça Eleitoral de São Paulo, que determinou a cassação Gilberto Kassab (DEM) é "incoerente", "eleitoral", "irresponsável" e "criminosa". A expressão "criminosa" demonstra o nível desespero desses filhotes da ditadura, que sempre estiveram acostumados a ter a justiça a serviço das oligarquias, do latifúndio e dos barões da mídia.
O desmonte do DEM, um dos principais aliados dos tucanos, fez acender a luz vermelha na campanha de Serra (PSDB), que além do desgaste com os alagamentos em São Paulo, agora tem dois de seus principais aliados na mira da justiça. Com Arruda preso e Kassab cassado, entendo que a vida política fica cada vez mais difícil para Serra e para o PIG.
21 de fev. de 2010
Kassab é cassado
A Justiça Eleitoral de São Paulo cassou o mandato do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do DEM, e de sua vice, Alda Marco Antonio (PMDB) por receberem doações ilegais para a campanha de 2008. Segundo a reportagem do jornal Estado de São Paulo de hoje (21), a decisão partiu do juiz da 1ª Zona Eleitoral, Aloísio Sérgio Resende Silveira, o mesmo que cassou o mandato de 16 vereadores paulistanos nos últimos meses do ano passado por abuso de poder econômico. Kassab e Alda tiveram seus mandatos cassados pelo mesmo motivo.
Entre as doadoras consideradas ilegais estão a Associação Imobiliária Brasileira (AIB) e empreiteiras acionistas de concessionárias de serviços públicos, como Camargo Corrêa e OAS. Ao todo, a coligação de Kassab e Alda gastou R$ 29,76 milhões na campanha, dos quais R$ 10 milhões são considerados irregulares pela Justiça. A sentença será publicada no Diário Oficial de terça-feira, quando passa a contar o prazo de três dias para o recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Entre as doadoras consideradas ilegais estão a Associação Imobiliária Brasileira (AIB) e empreiteiras acionistas de concessionárias de serviços públicos, como Camargo Corrêa e OAS. Ao todo, a coligação de Kassab e Alda gastou R$ 29,76 milhões na campanha, dos quais R$ 10 milhões são considerados irregulares pela Justiça. A sentença será publicada no Diário Oficial de terça-feira, quando passa a contar o prazo de três dias para o recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Com a cassação de Kassab (até rimou ahahahaha), cai por terra o discursos de ética na política da turma da Arena, que migrou o PDS, que fundou o PFL e depois criou os Democratas. Resta agora essa turma fundar uma nova sigla. São quase todos representantes do latifúndio, dos coronéis, e filhotes da ditadura, como dizia Leonel Brizola .
20 de fev. de 2010
Discurso da ministra Dilma no IV Congresso Nacional do PT
Queridas companheiras,
Queridos companheiros
Para quem teve a vida sempre marcada pelo sonho e pela esperança de mudar o Brasil, este é um dia extraordinário.
Meu partido - o Partido dos Trabalhadores - me confere a honrosa tarefa de dar continuidade à magnífica obra de um grande brasileiro.
Queridos companheiros
Para quem teve a vida sempre marcada pelo sonho e pela esperança de mudar o Brasil, este é um dia extraordinário.
Meu partido - o Partido dos Trabalhadores - me confere a honrosa tarefa de dar continuidade à magnífica obra de um grande brasileiro.
A obra de um líder - meu líder - de quem muito me orgulho: Luiz Inácio Lula da Silva.
Jamais pensei que a vida viesse a me reservar tamanho desafio. Mas me sinto absolutamente preparada para enfrentá-lo - com humildade, serenidade e confiança.
Neste momento, ouço a voz de Minas Gerais, terra de minha infância e de minha juventude. Dessa Minas que me deu o sentimento de que vale a pena lutar pela liberdade e contra a injustiça. Ouço os versos de Drummond:
"Teus ombros suportam o mundo/
E ele não pesa mais do que a mão de uma criança"
Até hoje sinto o peso suave da mão de minha filha, quando nasceu.
Que força ela me deu. Quanta vida me transmitiu. Quanta fé na humanidade me passou.
Eram tempos difíceis.
Ferida no corpo e na alma, fui acolhida e adotada pelos gaúchos - generosos, solidários, insubmissos, como são os gaúchos.
Naqueles anos de chumbo, onde a tirania parecia eterna, encontrei nos versos de outro poeta - Mário Quintana - a força necessária para seguir em frente:
"Todos estes que aí estão/
Atravancando o meu caminho,/
Eles passarão.
Eu passarinho."
Eles passaram e nós hoje voamos livremente.
Voamos porque nascemos para ser livres.
Sem ódio e com serena convicção afirmo que nunca mais viveremos numa gaiola ou numa prisão.
Estamos construindo um novo país na democracia. Um país que se reencontrou consigo mesmo. Onde todos expressam livremente suas opiniões e suas idéias.
Um país que não tolera mais a injustiça social. Que descobriu que só será grande e forte se for de todos.
Vejo nesta manhã - nos jovens que nos acompanham e nos mais velhos que aqui estão - um extraordinário encontro de gerações. De gerações que, como a minha, levaram nosso compromisso com o país às últimas conseqüências.
Amadureci. Amadurecemos todos.
Amadureci na vida. No estudo. No trabalho duro. Nas responsabilidades de governo no Rio Grande e aqui.
Mas esse amadurecimento não se confunde com conformismo, nem perda de convicções.
Não perdemos a indignação frente à desigualdade social, à privação de liberdade, às tentativas de submeter nosso país.
Não sucumbimos aos modismos ideológicos. Persistimos em nossas convicções, buscando, a partir delas, construir alternativas concretas e realistas.
Continuamos movidos a sonhos. Acreditando na força do povo brasileiro, em sua capacidade de buscar e construir um mundo melhor.
A história recente mostrou que estávamos certos.
Tivemos um grande mestre - o Presidente Lula. Ele nos ensinou o caminho.
Em um país, com a complexidade e as desigualdades do Brasil, ele foi capaz de nos conduzir pelo caminho de profundas transformações sociais em um clima de paz, de respeito e fortalecimento da democracia.
Não admitimos, portanto, que alguém queira nos dar lições de liberdade. Menos ainda aqueles que não tiveram e não têm compromisso com ela.
Companheiras, Companheiros
Recebo com humildade a missão que vocês estão me confiando. Com humildade, mas com coragem e determinação. Coragem e determinação que vêm do apoio que recebo de meu partido e de seu primeiro militante - o Presidente Lula.
Do apoio que espero ter dos partidos aliados que, com lealdade e competência, também são responsáveis pelos êxitos do nosso Governo. Com eles quero continuar nossa caminhada. Participo de um governo de coalizão. Quero formar um Governo de coalizão.
Estou consciente da extraordinária força que conduziu Lula à Presidência e que deu a nosso Governo o maior respaldo da história de nosso país - a força do povo brasileiro.
A missão que me confiam não é só de um partido ou de um grupo de partidos.
Recebo-a como um mandato dos trabalhadores e de seus sindicatos.
Dos movimentos sociais.
Dos que labutam em nossos campos.
Dos profissionais liberais.
Dos intelectuais.
Dos servidores públicos.
Dos empresários comprometidos com o desenvolvimento econômico e social do país.
Dos negros. Dos índios. Dos jovens.
De todos aqueles que sofrem ainda distintas formas de discriminação.
Enfim, das mulheres.
Para muitos, elas são "metade do céu". Mas queremos ser a metade da terra também. Com igualdade de direitos, salários e oportunidades. Quero com vocês - mulheres do meu país - abrir novos espaços na vida nacional.
É com este Brasil que quero caminhar. É com ele que vamos seguir, avançando com segurança, mas com a rapidez que nossa realidade social exige.
Nessa caminhada encontraremos milhões de brasileiros que passaram a ter comida em suas mesas e hoje fazem três refeições por dia.
Milhões que mostrarão suas carteiras de trabalho, pois têm agora emprego e melhor renda.
Milhões de homens e mulheres com seus arados e tratores cultivando a terra que lhes pertence e de onde nunca mais serão expulsos.
Milhões que nos mostrarão suas casas dignas e os refrigeradores, fogões, televisores ou computadores que puderam comprar.
Outros milhões acenderão as luzes de suas modestas casas, onde reinava a escuridão ou predominavam os candieiros. E estes milhões de pontos luminosos pelo Brasil a fora serão como uma trilha incandescente que mostra um novo caminho.
Nessa caminhada, veremos milhões de jovens mostrando seus diplomas de universidades ou de escolas técnicas com a convicção de quem abriu uma porta para o futuro.
Milhões - mas muitos milhões mesmo - expressarão seu orgulho de viver em um país livre, justo e, sobretudo, respeitado em todo o mundo.
Muitos me perguntam porque o Brasil avançou tanto nos últimos anos. Digo que foi porque soubemos construir novos caminhos, derrubando velhos dogmas.
O primeiro caminho é o do crescimento com distribuição de renda - o verdadeiro desenvolvimento. Provamos que distribuindo renda é que se cresce. E se cresce de forma mais rápida e sustentável.
Essa distribuição de renda permitiu construir um grande mercado de bens de consumo popular. Ele nos protegeu dos efeitos da crise mundial.
Criamos 12 milhões de empregos formais. A renda dos trabalhadores aumentou. O salário mínimo real cresceu como nunca. Expandimos o crédito para o conjunto da sociedade. Estamos construindo um Brasil para todos.
O segundo caminho foi o do equilíbrio macro-econômico e da redução da vulnerabilidade externa.
Eliminamos as ameaças de volta da inflação. Reduzimos a dívida em relação ao Produto Interno Bruto.
Aumentamos nossas reservas de 38 bilhões de dólares para mais de 241 bilhões. Multiplicamos por três nosso comércio exterior, praticando uma política externa soberana, que buscou diversificar mercados.
Deixamos de ser devedores internacionais e passamos à condição de credores. Hoje não pedimos dinheiro emprestado ao FMI. É o Fundo que nos pede dinheiro.
Grande ironia: os mesmos 14 bilhões de dólares que antes o FMI nos emprestava, agora somos nós que emprestamos ao FMI.
O terceiro caminho foi o da redução das desigualdades regionais. Invertemos nos últimos anos o que parecia uma maldição insuperável. Quando o país crescia, concentrava riqueza nos estados e regiões mais prósperos. Quando estagnava, eram os estados e regiões mais pobres que pagavam a conta.
Governantes e setores das elites viam o Norte e o Nordeste como regiões irremediavelmente condenadas ao atraso.
A vastos setores da população não restavam outras alternativas que a de afundar na miséria ou migrar para o sul em busca de oportunidades. É o que explica o inchaço das grandes cidades.
Essa situação está mudando. O Governo Federal começou um processo consistente de combate às desigualdades regionais. Passou a ter confiança na capacidade do povo das regiões mais pobres. O Norte e o Nordeste receberam investimentos públicos e privados. O crescimento dessas duas regiões passou a ser sensivelmente superior ao do Brasil como um todo.
Nós vamos aprofundar esse caminho. O Brasil não mais será visto como um trem em que uma única locomotiva puxa todos vagões, como nos tempos da "Maria Fumaça". O Brasil de hoje é como alguns dos modernos trens de alta velocidade, onde vários vagões são como locomotivas e contribuem para que o comboio avance.
O quarto caminho que trilhamos e continuaremos a trilhar é o da reorganização do Estado.
Alguns ideólogos chegavam a dizer que quase tudo seria resolvido pelo mercado. O resultado foi desastroso.
Aqui, o desastre só não foi maior - como em outros países - porque os brasileiros resistiram a esse desmonte e conseguiram impedir a privatização da Petrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica ou de FURNAS.
Alguns falam todos os dias de "inchaço da máquina estatal". Omitem, no entanto, que estamos contratando basicamente médicos e profissionais de saúde, professores e pessoal na área da educação, diplomatas, policiais federais e servidores para as áreas de segurança, controle e fiscalização.
Escondem, também, que a recomposição do corpo de servidores do Estado está se fazendo por meio de concursos públicos.
Vamos continuar valorizando o servidor e o serviço público. Reconstituindo o Estado. Recompondo sua capacidade de planejar, gerir e induzir o desenvolvimento do país.
Diante da crise, quando o crédito secou, não sacrificamos os investimentos públicos e privados. Ao contrário, utilizamos nossos bancos para impulsionar o desenvolvimento e a garantia de emprego no País.
Na verdade, quando a crise mundial apenas começava, Lula disse em seu discurso na ONU em 2008:
É chegada a hora da política!
Nada mais apropriado. A maior prova nós demos ao mundo: o Brasil só pôde enfrentar com sucesso a crise porque tivemos políticas públicas adequadas. Soubemos articular corretamente Estado e mercado, porque colocamos o interesse público no centro de nossas preocupações.
O quinto caminho foi o de nossa presença soberana no mundo.
O Brasil não mais se curva diante dos poderosos. Sem bravatas e sem submissão, o país hoje defende seus interesses e se dá ao respeito. É solidário com as nações pobres e em desenvolvimento. Tem uma especial relação com a América do Sul, com a América Latina e com a África. Estreita os laços Sul-Sul, sem abandonar suas relações com os países desenvolvidos. Busca mudar instituições multilaterais obsoletas, que impedem a democratização econômica e política do mundo.
Essa presença global, e o corajoso enfrentamento de nossos problemas domésticos em um marco democrático, explicam o respeito internacional que hoje gozamos.
O sexto caminho para onde convergem todos os demais foi o do aperfeiçoamento democrático.
No passado, tivemos momentos de grande crescimento econômico. Mas faltou democracia. E como faltou!
Em outros momentos tivemos democracia política, mas faltou democracia econômica e social. E sabemos muito bem que quando falta democracia econômica e social, é a democracia como um todo que está ameaçada. O país fica à mercê das soluções de força ou de aventureiros.
Hoje crescemos, distribuindo renda, com equilíbrio macro-econômico, expansão da democracia, forte participação social na definição das políticas públicas e respeito aos Direitos Humanos.
Quem duvidar do vigor da democracia em nosso país que leia, escute ou veja o que dizem livremente as vozes oposicionistas. Mas isso não nos perturba. Preferimos as vozes dessas oposições - ainda quando mentirosas, injustas e caluniosas - ao silêncio das ditaduras.
Como disse o Presidente Lula, a democracia não é a consolidação do silêncio, mas a manifestação de múltiplas vozes. Nela, vai desaparecendo o espaço para que velhos coronéis e senhores tutelem o povo. Este passa a pensar com sua cabeça e a constituir uma nova e verdadeira opinião pública.
As instituições funcionam no país. Os poderes são independentes. A Federação é respeitada. Diferentemente de outros períodos de nossa história, o Presidente relacionou-se de forma republicana com governadores e prefeitos, não fazendo qualquer tipo de discriminação em função de suas filiações partidárias.
Não praticamos casuísmos. Basta ver a reação firme e categórica do Presidente Lula ao frustrar as tentativas de mudar a Constituição para que pudesse disputar um terceiro mandato. Não mudamos - como se fez no passado - as regras do jogo no meio da partida.
Como todos podem ver, temos um extraordinário alicerce sobre o qual construir o terceiro Governo Democrático e Popular. Temos rumo, experiência e impulso para seguir o caminho iniciado por Lula. Não haverá retrocesso, nem aventuras. Mas podemos avançar muito mais. E muito mais rapidamente.
Queridas companheiras, queridos companheiros.
Não é meu propósito apresentar aqui um Programa de Governo.
Este Congresso aprovou as Diretrizes para um programa que será submetido ao debate com os partidos aliados e com a sociedade.
Hoje quero assumir alguns compromissos como pré-candidata, para estimular nossa reflexão e indicar como pretendemos continuar este processo iniciado há sete anos.
Vamos manter e aprofundar aquilo que é marca do Governo Lula - seu olhar social. Queremos um Brasil para todos. Nos aspectos econômicos e em suas projeções sociais, mas também um Brasil sem discriminações, sem constrangimentos. Ampliaremos e aperfeiçoaremos os programas sociais do Governo Lula, como o Bolsa Família, e implantaremos novos programas com o propósito de erradicar a miséria na década que se inicia.
Vamos dar prioridade à qualidade da educação, essencial para construir o grande país que almejamos, fundado no conhecimento e na justiça social. Mas a educação será, sobretudo, um meio de emancipação política e cultural do nosso povo. Uma forma de pleno acesso à cidadania. Daremos seguimento à transformação educacional em curso - da creche a pós-graduação.
Os jovens serão os primeiros beneficiários da era de prosperidade que estamos construindo. Nosso objetivo estratégico é oferecer a eles a oportunidade de começar a vida com segurança, liberdade, trabalho e realização pessoal.
No Brasil temos hoje 50 milhões de jovens, entre os 15 e os 29 anos de idade. Mais de um quarto da população brasileira. E eles têm direito a um futuro melhor.
O Brasil precisa muito da juventude. De profissionais qualificados. De mulheres e homens bem formados.
Isto se faz com escolas que propiciem boa formação teórica e técnica, com professores bem treinados e bem remunerados. Com bolsas de estudo e apoio para que os alunos não sejam obrigados a abandonar a escola. Com banda larga gratuita para todos, computadores para os professores, salas de aula informatizadas para os estudantes. Com acesso a estágios, cursos de especialização e ajuda para entrar no mercado de trabalho de todo o Brasil.
Serão esses jovens bem formados e preparados que vão nos conduzir à sociedade do conhecimento
Protegeremos as crianças e os mais jovens da violência, do assédio das drogas, da imposição do trabalho em detrimento da formação escolar e acadêmica.
As crianças e os mais jovens devem ser, sim, protegidos pelo Estado, desde a infância até a vida adulta, para que possam se realizar, em sua plenitude, como brasileiros.
Um País se mede pelo grau de proteção que dá a suas crianças. São elas a essência do nosso futuro. E é na infância que a desigualdade social cobra seu preço mais alto. Crianças desassistidas do nascimento aos cinco anos serão jovens e adultos prejudicados nas suas aptidões e oportunidades. Cuidar delas adequadamente é combater a desigualdade social na raiz.
Vamos ampliar e disseminar por todo o Brasil a rede de creches, pré-escolas e escolas infantis. Um tipo de creche onde a criança tem acesso a socialização pedagógica, aos bens culturais e aos cuidados de nutrição e saúde indispensáveis a seu pleno desenvolvimento. Isso é o que está previsto no PAC 2.
Vamos resolver os problemas da saúde, pois temos um incomparável modelo institucional - o SUS. Com mais recursos e melhor gestão vamos aprimorar a eficácia do sistema. Vamos reforçar as redes de atenção à saúde e unificar as ações entre os níveis de governo. Darei importância às Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs, ao SAMU, aos hospitais públicos e conveniados, aos programas Saúde da Família, Brasil Sorridente e Farmácia Popular.
Vamos cuidar das cidades brasileiras. Colocar todo o empenho do Governo Federal, junto com estados e municípios, para promover uma profunda reforma urbana, que beneficie prioritariamente as camadas mais desprotegidas.
Vamos melhorar a habitação e universalizar o saneamento. Implantar transporte seguro, barato e eficiente.
Vamos reforçar os programas de segurança pública.
A conclusão do PAC 1 e a implementação do PAC 2, junto com a continuidade do programa Minha Casa, Minha Vida serão decisivos para realizar esse compromisso.
Vamos fortalecer a proteção de nosso meio ambiente. Continuaremos reduzindo o desmatamento e impulsionando a matriz energética mais limpa do mundo. Vamos manter a vanguarda na produção de biocombustíveis e desenvolver nosso potencial hidrelétrico. Desenvolver sem agredir o meio ambiente, com usinas a fio d'água e utilizando o modelo de usinas-plataforma. Aprofundaremos nosso zoneamento agro-ecológico. Nossas iniciativas explicam a liderança que alcançamos na Conferência sobre a Mudança do Clima, em Copenhague. As metas voluntárias de Copenhague, assumidas pelo Brasil, serão cumpridas, haja ou não acordo internacional. Este é o nosso compromisso.
Vamos aprofundar os avanços já alcançados em nossa política industrial e agrícola, com ênfase na inovação, no aperfeiçoamento dos mecanismos de crédito, aumentando nossa produtividade.
Agregar valor a nossas riquezas naturais, é fundamental numa política de geração de empregos no País. Tudo que puder ser produzido no Brasil, deve ser - e será - produzido no Brasil. Sondas, plataformas, navios e equipamentos aqui produzidos, para a exploração soberana do Pré-sal, vão gerar emprego e renda para os brasileiros. Emprego e renda que virão também da produção em indústrias brasileiras de fertilizantes, combustíveis e petroquímicos derivados do óleo bruto. Assim, com este modelo soberano e nacional, a exploração do Pré-sal dará diversidade e sofisticação à nossa indústria.
Os recursos do Pré-sal, aplicados no Fundo Social, sustentarão um grande avanço em nossa educação e na pesquisa científica e tecnológica. Recursos que também serão destinados para o combate à pobreza, para a defesa do meio ambiente e para a nossa cultura.
Vamos continuar mostrando ao mundo que é possível compatibilizar o desenvolvimento da agricultura familiar e do agronegócio. Assegurar crédito, assistência técnica e mercado aos pequenos produtores e, ao mesmo tempo, apoiar os grandes produtores, que contribuem decisivamente para o superávit comercial brasileiro.
Todas as nossas ações de governo têm uma premissa: a preservação da estabilidade macro-econômica.
Vamos manter o equilíbrio fiscal, o controle da inflação e a política de câmbio flutuante.
Vamos seguir dando transparência aos gastos públicos e aperfeiçoando seus mecanismos de controle.
Vamos combater a corrupção, utilizando todos os mecanismos institucionais, como fizemos até agora.
Vamos concretizar, junto com o Congresso, as reformas institucionais que não puderam ser completadas ou foram apenas parcialmente implantadas, como a reforma política e a tributária.
Vamos aprofundar nossa postura soberana no complexo mundo de hoje. Seremos intransigentes na defesa da paz mundial e de uma ordem econômica e política mais justa.
Enfim, vamos governar para todos. Com diálogo, tolerância e combatendo as desigualdades sociais e regionais.
Companheiras e companheiros,
Faremos na nossa campanha um debate de idéias, com civilidade e respeito à inteligência política dos brasileiros. Um debate voltado para o futuro.
Recebo essa missão especialmente como um mandato das mulheres brasileiras, como mais uma etapa no avanço de nossa participação política e como mais uma vitória contra a discriminação secular que nos foi imposta. Gostaria de repetir: quero com vocês, mulheres do meu País, abrir novos espaços na vida nacional.
Queridas amigas e amigos
No limiar de uma nova etapa de minha vida, quando sou chamada à tamanha responsabilidade, penso em todos aqueles que fizeram e fazem parte de minha trajetória pessoal.
Em meus queridos pais.
Em minha filha, meu genro e em meu futuro neto ou neta.
Nos tantos amigos que fiz.
Nos companheiros com quem dividi minha vida.
Mas não posso deixar de ter uma lembrança especial para aqueles que não mais estão conosco. Para aqueles que caíram pelos nossos ideais. Eles fazem parte de minha história.
Mais que isso: eles são parte da história do Brasil.
Permitam-me recordar três companheiros que se foram na flor da idade.
Carlos Alberto Soares de Freitas.
Beto, você ia adorar estar aqui conosco.
Maria Auxiliadora Lara Barcelos
Dodora, você está aqui no meu coração. Mas também aqui entre nós todos.
Iara Yavelberg.
Iara, que falta fazem guerreiras como você.
O exemplo deles me dá força para assumir esse imenso compromisso.
A mesma força que vem de meus companheiros de partido, sobretudo daquele que é nosso primeiro companheiro - Luiz Inácio Lula da Silva.
Esse ato de proclamação de minha candidatura tem uma significação que transcende seu aspecto eleitoral.
Estamos hoje concluindo o Quarto Congresso do Partido dos Trabalhadores.
Mais do que isso: estamos celebrando os Trinta Anos do PT.
Trinta anos desta nova estrela que veio ocupar lugar fundamental no céu da política brasileira.
Em um período histórico relativamente curto mudamos a cara de nosso sofrido e querido Brasil.
O PT cumpriu essa tarefa porque não se afastou de seus compromissos originais. Soube evoluir. Mudou, quando foi preciso.
Mas não mudou de lado.
Até chegar à Presidência do país, o PT dirigiu cidades e estados da Federação, gerando práticas inovadoras políticas, econômicas e sociais que o mundo observa, admira e muitas vezes reproduz. Fizemos isso, preservando e fortalecendo a democracia.
Mas, a principal inovação que o Partido trouxe para a política brasileira foi colocar o povo - seus interesses, aspirações e esperanças - no centro de suas ações.
Olhando para este magnífico plenário o que vejo é a cara negra, branca, índia e mestiça do povo brasileiro.
Esta é a cara do meu partido.
O rosto daqueles e daquelas que acrescentam a sua jornada de trabalho, uma segunda jornada - ou terceira - a jornada da militância.
Quero dizer a todos vocês que tenho um enorme orgulho de ser petista. De militar no mesmo partido de vocês. De compartilhar com Lula essa militância.
Estou aceitando a honrosa missão que vocês me delegam com tranqüilidade e determinação.
Sei que não estou sozinha.
A tarefa de continuar mudando o Brasil é uma tarefa de milhões. Somos milhões.
Vamos todos juntos, até a vitória.
Viva o povo brasileiro!
Jamais pensei que a vida viesse a me reservar tamanho desafio. Mas me sinto absolutamente preparada para enfrentá-lo - com humildade, serenidade e confiança.
Neste momento, ouço a voz de Minas Gerais, terra de minha infância e de minha juventude. Dessa Minas que me deu o sentimento de que vale a pena lutar pela liberdade e contra a injustiça. Ouço os versos de Drummond:
"Teus ombros suportam o mundo/
E ele não pesa mais do que a mão de uma criança"
Até hoje sinto o peso suave da mão de minha filha, quando nasceu.
Que força ela me deu. Quanta vida me transmitiu. Quanta fé na humanidade me passou.
Eram tempos difíceis.
Ferida no corpo e na alma, fui acolhida e adotada pelos gaúchos - generosos, solidários, insubmissos, como são os gaúchos.
Naqueles anos de chumbo, onde a tirania parecia eterna, encontrei nos versos de outro poeta - Mário Quintana - a força necessária para seguir em frente:
"Todos estes que aí estão/
Atravancando o meu caminho,/
Eles passarão.
Eu passarinho."
Eles passaram e nós hoje voamos livremente.
Voamos porque nascemos para ser livres.
Sem ódio e com serena convicção afirmo que nunca mais viveremos numa gaiola ou numa prisão.
Estamos construindo um novo país na democracia. Um país que se reencontrou consigo mesmo. Onde todos expressam livremente suas opiniões e suas idéias.
Um país que não tolera mais a injustiça social. Que descobriu que só será grande e forte se for de todos.
Vejo nesta manhã - nos jovens que nos acompanham e nos mais velhos que aqui estão - um extraordinário encontro de gerações. De gerações que, como a minha, levaram nosso compromisso com o país às últimas conseqüências.
Amadureci. Amadurecemos todos.
Amadureci na vida. No estudo. No trabalho duro. Nas responsabilidades de governo no Rio Grande e aqui.
Mas esse amadurecimento não se confunde com conformismo, nem perda de convicções.
Não perdemos a indignação frente à desigualdade social, à privação de liberdade, às tentativas de submeter nosso país.
Não sucumbimos aos modismos ideológicos. Persistimos em nossas convicções, buscando, a partir delas, construir alternativas concretas e realistas.
Continuamos movidos a sonhos. Acreditando na força do povo brasileiro, em sua capacidade de buscar e construir um mundo melhor.
A história recente mostrou que estávamos certos.
Tivemos um grande mestre - o Presidente Lula. Ele nos ensinou o caminho.
Em um país, com a complexidade e as desigualdades do Brasil, ele foi capaz de nos conduzir pelo caminho de profundas transformações sociais em um clima de paz, de respeito e fortalecimento da democracia.
Não admitimos, portanto, que alguém queira nos dar lições de liberdade. Menos ainda aqueles que não tiveram e não têm compromisso com ela.
Companheiras, Companheiros
Recebo com humildade a missão que vocês estão me confiando. Com humildade, mas com coragem e determinação. Coragem e determinação que vêm do apoio que recebo de meu partido e de seu primeiro militante - o Presidente Lula.
Do apoio que espero ter dos partidos aliados que, com lealdade e competência, também são responsáveis pelos êxitos do nosso Governo. Com eles quero continuar nossa caminhada. Participo de um governo de coalizão. Quero formar um Governo de coalizão.
Estou consciente da extraordinária força que conduziu Lula à Presidência e que deu a nosso Governo o maior respaldo da história de nosso país - a força do povo brasileiro.
A missão que me confiam não é só de um partido ou de um grupo de partidos.
Recebo-a como um mandato dos trabalhadores e de seus sindicatos.
Dos movimentos sociais.
Dos que labutam em nossos campos.
Dos profissionais liberais.
Dos intelectuais.
Dos servidores públicos.
Dos empresários comprometidos com o desenvolvimento econômico e social do país.
Dos negros. Dos índios. Dos jovens.
De todos aqueles que sofrem ainda distintas formas de discriminação.
Enfim, das mulheres.
Para muitos, elas são "metade do céu". Mas queremos ser a metade da terra também. Com igualdade de direitos, salários e oportunidades. Quero com vocês - mulheres do meu país - abrir novos espaços na vida nacional.
É com este Brasil que quero caminhar. É com ele que vamos seguir, avançando com segurança, mas com a rapidez que nossa realidade social exige.
Nessa caminhada encontraremos milhões de brasileiros que passaram a ter comida em suas mesas e hoje fazem três refeições por dia.
Milhões que mostrarão suas carteiras de trabalho, pois têm agora emprego e melhor renda.
Milhões de homens e mulheres com seus arados e tratores cultivando a terra que lhes pertence e de onde nunca mais serão expulsos.
Milhões que nos mostrarão suas casas dignas e os refrigeradores, fogões, televisores ou computadores que puderam comprar.
Outros milhões acenderão as luzes de suas modestas casas, onde reinava a escuridão ou predominavam os candieiros. E estes milhões de pontos luminosos pelo Brasil a fora serão como uma trilha incandescente que mostra um novo caminho.
Nessa caminhada, veremos milhões de jovens mostrando seus diplomas de universidades ou de escolas técnicas com a convicção de quem abriu uma porta para o futuro.
Milhões - mas muitos milhões mesmo - expressarão seu orgulho de viver em um país livre, justo e, sobretudo, respeitado em todo o mundo.
Muitos me perguntam porque o Brasil avançou tanto nos últimos anos. Digo que foi porque soubemos construir novos caminhos, derrubando velhos dogmas.
O primeiro caminho é o do crescimento com distribuição de renda - o verdadeiro desenvolvimento. Provamos que distribuindo renda é que se cresce. E se cresce de forma mais rápida e sustentável.
Essa distribuição de renda permitiu construir um grande mercado de bens de consumo popular. Ele nos protegeu dos efeitos da crise mundial.
Criamos 12 milhões de empregos formais. A renda dos trabalhadores aumentou. O salário mínimo real cresceu como nunca. Expandimos o crédito para o conjunto da sociedade. Estamos construindo um Brasil para todos.
O segundo caminho foi o do equilíbrio macro-econômico e da redução da vulnerabilidade externa.
Eliminamos as ameaças de volta da inflação. Reduzimos a dívida em relação ao Produto Interno Bruto.
Aumentamos nossas reservas de 38 bilhões de dólares para mais de 241 bilhões. Multiplicamos por três nosso comércio exterior, praticando uma política externa soberana, que buscou diversificar mercados.
Deixamos de ser devedores internacionais e passamos à condição de credores. Hoje não pedimos dinheiro emprestado ao FMI. É o Fundo que nos pede dinheiro.
Grande ironia: os mesmos 14 bilhões de dólares que antes o FMI nos emprestava, agora somos nós que emprestamos ao FMI.
O terceiro caminho foi o da redução das desigualdades regionais. Invertemos nos últimos anos o que parecia uma maldição insuperável. Quando o país crescia, concentrava riqueza nos estados e regiões mais prósperos. Quando estagnava, eram os estados e regiões mais pobres que pagavam a conta.
Governantes e setores das elites viam o Norte e o Nordeste como regiões irremediavelmente condenadas ao atraso.
A vastos setores da população não restavam outras alternativas que a de afundar na miséria ou migrar para o sul em busca de oportunidades. É o que explica o inchaço das grandes cidades.
Essa situação está mudando. O Governo Federal começou um processo consistente de combate às desigualdades regionais. Passou a ter confiança na capacidade do povo das regiões mais pobres. O Norte e o Nordeste receberam investimentos públicos e privados. O crescimento dessas duas regiões passou a ser sensivelmente superior ao do Brasil como um todo.
Nós vamos aprofundar esse caminho. O Brasil não mais será visto como um trem em que uma única locomotiva puxa todos vagões, como nos tempos da "Maria Fumaça". O Brasil de hoje é como alguns dos modernos trens de alta velocidade, onde vários vagões são como locomotivas e contribuem para que o comboio avance.
O quarto caminho que trilhamos e continuaremos a trilhar é o da reorganização do Estado.
Alguns ideólogos chegavam a dizer que quase tudo seria resolvido pelo mercado. O resultado foi desastroso.
Aqui, o desastre só não foi maior - como em outros países - porque os brasileiros resistiram a esse desmonte e conseguiram impedir a privatização da Petrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica ou de FURNAS.
Alguns falam todos os dias de "inchaço da máquina estatal". Omitem, no entanto, que estamos contratando basicamente médicos e profissionais de saúde, professores e pessoal na área da educação, diplomatas, policiais federais e servidores para as áreas de segurança, controle e fiscalização.
Escondem, também, que a recomposição do corpo de servidores do Estado está se fazendo por meio de concursos públicos.
Vamos continuar valorizando o servidor e o serviço público. Reconstituindo o Estado. Recompondo sua capacidade de planejar, gerir e induzir o desenvolvimento do país.
Diante da crise, quando o crédito secou, não sacrificamos os investimentos públicos e privados. Ao contrário, utilizamos nossos bancos para impulsionar o desenvolvimento e a garantia de emprego no País.
Na verdade, quando a crise mundial apenas começava, Lula disse em seu discurso na ONU em 2008:
É chegada a hora da política!
Nada mais apropriado. A maior prova nós demos ao mundo: o Brasil só pôde enfrentar com sucesso a crise porque tivemos políticas públicas adequadas. Soubemos articular corretamente Estado e mercado, porque colocamos o interesse público no centro de nossas preocupações.
O quinto caminho foi o de nossa presença soberana no mundo.
O Brasil não mais se curva diante dos poderosos. Sem bravatas e sem submissão, o país hoje defende seus interesses e se dá ao respeito. É solidário com as nações pobres e em desenvolvimento. Tem uma especial relação com a América do Sul, com a América Latina e com a África. Estreita os laços Sul-Sul, sem abandonar suas relações com os países desenvolvidos. Busca mudar instituições multilaterais obsoletas, que impedem a democratização econômica e política do mundo.
Essa presença global, e o corajoso enfrentamento de nossos problemas domésticos em um marco democrático, explicam o respeito internacional que hoje gozamos.
O sexto caminho para onde convergem todos os demais foi o do aperfeiçoamento democrático.
No passado, tivemos momentos de grande crescimento econômico. Mas faltou democracia. E como faltou!
Em outros momentos tivemos democracia política, mas faltou democracia econômica e social. E sabemos muito bem que quando falta democracia econômica e social, é a democracia como um todo que está ameaçada. O país fica à mercê das soluções de força ou de aventureiros.
Hoje crescemos, distribuindo renda, com equilíbrio macro-econômico, expansão da democracia, forte participação social na definição das políticas públicas e respeito aos Direitos Humanos.
Quem duvidar do vigor da democracia em nosso país que leia, escute ou veja o que dizem livremente as vozes oposicionistas. Mas isso não nos perturba. Preferimos as vozes dessas oposições - ainda quando mentirosas, injustas e caluniosas - ao silêncio das ditaduras.
Como disse o Presidente Lula, a democracia não é a consolidação do silêncio, mas a manifestação de múltiplas vozes. Nela, vai desaparecendo o espaço para que velhos coronéis e senhores tutelem o povo. Este passa a pensar com sua cabeça e a constituir uma nova e verdadeira opinião pública.
As instituições funcionam no país. Os poderes são independentes. A Federação é respeitada. Diferentemente de outros períodos de nossa história, o Presidente relacionou-se de forma republicana com governadores e prefeitos, não fazendo qualquer tipo de discriminação em função de suas filiações partidárias.
Não praticamos casuísmos. Basta ver a reação firme e categórica do Presidente Lula ao frustrar as tentativas de mudar a Constituição para que pudesse disputar um terceiro mandato. Não mudamos - como se fez no passado - as regras do jogo no meio da partida.
Como todos podem ver, temos um extraordinário alicerce sobre o qual construir o terceiro Governo Democrático e Popular. Temos rumo, experiência e impulso para seguir o caminho iniciado por Lula. Não haverá retrocesso, nem aventuras. Mas podemos avançar muito mais. E muito mais rapidamente.
Queridas companheiras, queridos companheiros.
Não é meu propósito apresentar aqui um Programa de Governo.
Este Congresso aprovou as Diretrizes para um programa que será submetido ao debate com os partidos aliados e com a sociedade.
Hoje quero assumir alguns compromissos como pré-candidata, para estimular nossa reflexão e indicar como pretendemos continuar este processo iniciado há sete anos.
Vamos manter e aprofundar aquilo que é marca do Governo Lula - seu olhar social. Queremos um Brasil para todos. Nos aspectos econômicos e em suas projeções sociais, mas também um Brasil sem discriminações, sem constrangimentos. Ampliaremos e aperfeiçoaremos os programas sociais do Governo Lula, como o Bolsa Família, e implantaremos novos programas com o propósito de erradicar a miséria na década que se inicia.
Vamos dar prioridade à qualidade da educação, essencial para construir o grande país que almejamos, fundado no conhecimento e na justiça social. Mas a educação será, sobretudo, um meio de emancipação política e cultural do nosso povo. Uma forma de pleno acesso à cidadania. Daremos seguimento à transformação educacional em curso - da creche a pós-graduação.
Os jovens serão os primeiros beneficiários da era de prosperidade que estamos construindo. Nosso objetivo estratégico é oferecer a eles a oportunidade de começar a vida com segurança, liberdade, trabalho e realização pessoal.
No Brasil temos hoje 50 milhões de jovens, entre os 15 e os 29 anos de idade. Mais de um quarto da população brasileira. E eles têm direito a um futuro melhor.
O Brasil precisa muito da juventude. De profissionais qualificados. De mulheres e homens bem formados.
Isto se faz com escolas que propiciem boa formação teórica e técnica, com professores bem treinados e bem remunerados. Com bolsas de estudo e apoio para que os alunos não sejam obrigados a abandonar a escola. Com banda larga gratuita para todos, computadores para os professores, salas de aula informatizadas para os estudantes. Com acesso a estágios, cursos de especialização e ajuda para entrar no mercado de trabalho de todo o Brasil.
Serão esses jovens bem formados e preparados que vão nos conduzir à sociedade do conhecimento
Protegeremos as crianças e os mais jovens da violência, do assédio das drogas, da imposição do trabalho em detrimento da formação escolar e acadêmica.
As crianças e os mais jovens devem ser, sim, protegidos pelo Estado, desde a infância até a vida adulta, para que possam se realizar, em sua plenitude, como brasileiros.
Um País se mede pelo grau de proteção que dá a suas crianças. São elas a essência do nosso futuro. E é na infância que a desigualdade social cobra seu preço mais alto. Crianças desassistidas do nascimento aos cinco anos serão jovens e adultos prejudicados nas suas aptidões e oportunidades. Cuidar delas adequadamente é combater a desigualdade social na raiz.
Vamos ampliar e disseminar por todo o Brasil a rede de creches, pré-escolas e escolas infantis. Um tipo de creche onde a criança tem acesso a socialização pedagógica, aos bens culturais e aos cuidados de nutrição e saúde indispensáveis a seu pleno desenvolvimento. Isso é o que está previsto no PAC 2.
Vamos resolver os problemas da saúde, pois temos um incomparável modelo institucional - o SUS. Com mais recursos e melhor gestão vamos aprimorar a eficácia do sistema. Vamos reforçar as redes de atenção à saúde e unificar as ações entre os níveis de governo. Darei importância às Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs, ao SAMU, aos hospitais públicos e conveniados, aos programas Saúde da Família, Brasil Sorridente e Farmácia Popular.
Vamos cuidar das cidades brasileiras. Colocar todo o empenho do Governo Federal, junto com estados e municípios, para promover uma profunda reforma urbana, que beneficie prioritariamente as camadas mais desprotegidas.
Vamos melhorar a habitação e universalizar o saneamento. Implantar transporte seguro, barato e eficiente.
Vamos reforçar os programas de segurança pública.
A conclusão do PAC 1 e a implementação do PAC 2, junto com a continuidade do programa Minha Casa, Minha Vida serão decisivos para realizar esse compromisso.
Vamos fortalecer a proteção de nosso meio ambiente. Continuaremos reduzindo o desmatamento e impulsionando a matriz energética mais limpa do mundo. Vamos manter a vanguarda na produção de biocombustíveis e desenvolver nosso potencial hidrelétrico. Desenvolver sem agredir o meio ambiente, com usinas a fio d'água e utilizando o modelo de usinas-plataforma. Aprofundaremos nosso zoneamento agro-ecológico. Nossas iniciativas explicam a liderança que alcançamos na Conferência sobre a Mudança do Clima, em Copenhague. As metas voluntárias de Copenhague, assumidas pelo Brasil, serão cumpridas, haja ou não acordo internacional. Este é o nosso compromisso.
Vamos aprofundar os avanços já alcançados em nossa política industrial e agrícola, com ênfase na inovação, no aperfeiçoamento dos mecanismos de crédito, aumentando nossa produtividade.
Agregar valor a nossas riquezas naturais, é fundamental numa política de geração de empregos no País. Tudo que puder ser produzido no Brasil, deve ser - e será - produzido no Brasil. Sondas, plataformas, navios e equipamentos aqui produzidos, para a exploração soberana do Pré-sal, vão gerar emprego e renda para os brasileiros. Emprego e renda que virão também da produção em indústrias brasileiras de fertilizantes, combustíveis e petroquímicos derivados do óleo bruto. Assim, com este modelo soberano e nacional, a exploração do Pré-sal dará diversidade e sofisticação à nossa indústria.
Os recursos do Pré-sal, aplicados no Fundo Social, sustentarão um grande avanço em nossa educação e na pesquisa científica e tecnológica. Recursos que também serão destinados para o combate à pobreza, para a defesa do meio ambiente e para a nossa cultura.
Vamos continuar mostrando ao mundo que é possível compatibilizar o desenvolvimento da agricultura familiar e do agronegócio. Assegurar crédito, assistência técnica e mercado aos pequenos produtores e, ao mesmo tempo, apoiar os grandes produtores, que contribuem decisivamente para o superávit comercial brasileiro.
Todas as nossas ações de governo têm uma premissa: a preservação da estabilidade macro-econômica.
Vamos manter o equilíbrio fiscal, o controle da inflação e a política de câmbio flutuante.
Vamos seguir dando transparência aos gastos públicos e aperfeiçoando seus mecanismos de controle.
Vamos combater a corrupção, utilizando todos os mecanismos institucionais, como fizemos até agora.
Vamos concretizar, junto com o Congresso, as reformas institucionais que não puderam ser completadas ou foram apenas parcialmente implantadas, como a reforma política e a tributária.
Vamos aprofundar nossa postura soberana no complexo mundo de hoje. Seremos intransigentes na defesa da paz mundial e de uma ordem econômica e política mais justa.
Enfim, vamos governar para todos. Com diálogo, tolerância e combatendo as desigualdades sociais e regionais.
Companheiras e companheiros,
Faremos na nossa campanha um debate de idéias, com civilidade e respeito à inteligência política dos brasileiros. Um debate voltado para o futuro.
Recebo essa missão especialmente como um mandato das mulheres brasileiras, como mais uma etapa no avanço de nossa participação política e como mais uma vitória contra a discriminação secular que nos foi imposta. Gostaria de repetir: quero com vocês, mulheres do meu País, abrir novos espaços na vida nacional.
Queridas amigas e amigos
No limiar de uma nova etapa de minha vida, quando sou chamada à tamanha responsabilidade, penso em todos aqueles que fizeram e fazem parte de minha trajetória pessoal.
Em meus queridos pais.
Em minha filha, meu genro e em meu futuro neto ou neta.
Nos tantos amigos que fiz.
Nos companheiros com quem dividi minha vida.
Mas não posso deixar de ter uma lembrança especial para aqueles que não mais estão conosco. Para aqueles que caíram pelos nossos ideais. Eles fazem parte de minha história.
Mais que isso: eles são parte da história do Brasil.
Permitam-me recordar três companheiros que se foram na flor da idade.
Carlos Alberto Soares de Freitas.
Beto, você ia adorar estar aqui conosco.
Maria Auxiliadora Lara Barcelos
Dodora, você está aqui no meu coração. Mas também aqui entre nós todos.
Iara Yavelberg.
Iara, que falta fazem guerreiras como você.
O exemplo deles me dá força para assumir esse imenso compromisso.
A mesma força que vem de meus companheiros de partido, sobretudo daquele que é nosso primeiro companheiro - Luiz Inácio Lula da Silva.
Esse ato de proclamação de minha candidatura tem uma significação que transcende seu aspecto eleitoral.
Estamos hoje concluindo o Quarto Congresso do Partido dos Trabalhadores.
Mais do que isso: estamos celebrando os Trinta Anos do PT.
Trinta anos desta nova estrela que veio ocupar lugar fundamental no céu da política brasileira.
Em um período histórico relativamente curto mudamos a cara de nosso sofrido e querido Brasil.
O PT cumpriu essa tarefa porque não se afastou de seus compromissos originais. Soube evoluir. Mudou, quando foi preciso.
Mas não mudou de lado.
Até chegar à Presidência do país, o PT dirigiu cidades e estados da Federação, gerando práticas inovadoras políticas, econômicas e sociais que o mundo observa, admira e muitas vezes reproduz. Fizemos isso, preservando e fortalecendo a democracia.
Mas, a principal inovação que o Partido trouxe para a política brasileira foi colocar o povo - seus interesses, aspirações e esperanças - no centro de suas ações.
Olhando para este magnífico plenário o que vejo é a cara negra, branca, índia e mestiça do povo brasileiro.
Esta é a cara do meu partido.
O rosto daqueles e daquelas que acrescentam a sua jornada de trabalho, uma segunda jornada - ou terceira - a jornada da militância.
Quero dizer a todos vocês que tenho um enorme orgulho de ser petista. De militar no mesmo partido de vocês. De compartilhar com Lula essa militância.
Estou aceitando a honrosa missão que vocês me delegam com tranqüilidade e determinação.
Sei que não estou sozinha.
A tarefa de continuar mudando o Brasil é uma tarefa de milhões. Somos milhões.
Vamos todos juntos, até a vitória.
Viva o povo brasileiro!
Dilma, no caminho que Lula nos ensinou
"Aqueles que queriam acabar com a nossa raça, hoje estão se acabando". Com essa afirmação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou ontem (19) a força da militância do Partido dos Trabalhadores que comemora 30 anos de fundação, durante o ato de posse dos novos membros do Diretório Nacional do partido. Segundo Lula "o PT tem lado e sabe o que quer para o Brasil. Nestes 30 anos nós construimos o maior paradigma de esquerda existente em um país democrático. Aprendemos a construir uma convivência democrática interna e hoje praticamos essa convivência com outras forças políticas aliadas", destaca.
Hoje (20), Dilma Roussef foi aplaudida de pé pelos participantes do IV Congresso do PT ao afirmar que prefere ter uma oposição que tenha o direito a falar do que o silêncio da ditadura. A ministra e pré-candidata do PT à Presidência da República enfatizou que caso se vencer às eleições ampliara os programas sociais, investirá ainda mais na educação, saúde, proteção de crianças e jovens, na ampliação do PAC (PAC2) e no fortalecimento da indústria brasileira.
19 de fev. de 2010
BM mineira poderá usar caveirões contra manifestantes
O governo tucano de Aécio Neves apresentou hoje (19) o novo caveirão mineiro. São dois veículos blindados, semelhantes aos caveirões utilizados pelo Batalhão de Operações Especiais do Rio de Janeiro (Bope), que serão usados em ocorrências de alta complexidade, como assaltos a bancos, ameaças de bombas. No site do Terra, a chamada diz que o equipamento também serão utilizado em ações complexas e manifestações. Ou seja, o governo tucano de Aécio Neves pretende usar esses blindados também contra manifestantes e qualquer coincidência com o governo de Yeda é mera coincidência.
Aliás, alguns integrantes da Brigada Militar do RS estão fazendo o que bem entendem quando colocam a farda para trabalhar, extrapolando limites e competências, numa espécie de sensação de impunidade. Espancamentos de jovens, tiroteio envolvendo civis, truculência contra manifestantes. Onde isso vai parar se continuar assim ?
O triste fim do Auditório Araújo Vianna
A Promotoria de Patrimônio Público do MP/RS está ratificando a notificação feita à Prefeitura de Porto Alegre, solicitando informações sobre as denúncias de abandono do Auditório Araújo Vianna. A informação foi dada pelos promotores Cesar Luís de Araújo Faccioli e Edes Ferreira dos Santos Cunha, que se reuniram com o representante do Conselho Municipal de Cultura, Dilmair dos Santos, e as vereadoras Sofia Cavedon (PT) e Fernanda Melchionna (Psol), integrantes da Comissão de Cultura da Câmara Municipal. Conforme explicaram os promotores, esta é a segunda solicitação encaminhada ao Executivo Municipal, que terá dez dias para responder. A primeira notificação não foi respondida.
Para a vereadora Sofia Cavedon, que em dezembro encaminhou ao MP a denúncia do abandono e depredação do Araújo, é inadmissível deixar esse patrimônio público e símbolo da efervescência cultural de várias décadas fechado e abandonado durante cinco anos. “A Opus Promoções ganhou a licitação para a restauração e nada foi realizado até agora. Além disso, essa empresa foi denunciada recentemente por fraudar em R$ 3 milhões a Lei de Incentivo à Cultura (LIC). Isso tudo será debatido hoje à noite, na reunião do Conselho Municipal de Cultura que convocou o secretário para esclarecer o processo”.
Segundo a vereadora Fernanda Melchionna, é um absurdo o que o Governo Fogaça está fazendo, privatizando a Cultura. “Estamos tentando salvar o que restou do Araújo Vianna”, salientou.
18 de fev. de 2010
17 de fev. de 2010
Onde estão os DEMOS ?

Os DEMOS sumiram do país. Acostumados a falar diariamente no PIG, tendo como foco criticar o governo Lula e denunciar corrupção por todos os lados, agora estão todos entocados. Nenhuma figura pública da Executiva Nacional dos Democratas aparece para defender o seu governador Arruda e o vice, Paulo Octávio (DEMOS).
Nem o PIG guasca consegue justificar tamanha ausência daqueles que semanalmente desfrutam de dezenas de minutos de audiência na TV e nas emissoras de rádio do PIG. Quem nunca ouviu semanalmente entrevistas de Kátia Abreu, Onyx Lorenzoni, Rodrigo Maia, ACM Neto, Heráclito Fortes, Agripino Maia e Jorge Bornhausen ? Aliás, a bancada dos DEMOS sempre fez o papel de tropa de choque dos tucanos, sempre disponível para achar corrupção em todos os cantos, até mesmo embaixo dos sapatos do presidente Lula. Agora os DEMOS sumiram do mapa do Brasil, talvez porque não consigam justificar tamanha roubalheira e criar factóides de corrupção contra o PT, ajundando o PIG, que precisa de uma boca para criar manchetes para os jornalões no dia seguinte.
Aqui no Sul, o deputado Onyx está com a palavra (ahhhahhahahahahhaa).
16 de fev. de 2010
O filme: os suicídas
Se não fossem casos verdadeiros, bem que os supostos suicídios do ex-assessor de Yeda, Marcelo Cavalcante e de Nestor Mahler, executivo de uma grande fumageira de Santa Cruz , dariam um bom roteiro para um filme de suspense.
De cara a polícia do governo Arruda, aliado de primeira hora de Yeda Crusius, apontou a condição de "suicídio" como a causa da morte do ex-embaixador de Yeda em Brasília, ocorrido no dia 17 de fevereiro do ano passado. Outro suposto "suicídio", também ocorrido naquela mesma região, foi a do executivo Nestor Mahler. Nestor foi encontrado sem vida, no primeiro pavimento de um hotel de luxo, em Itumbiara/GO. Segundo a polícia, ele teria se jogado, ou caído acidentalmente do oitavo andar do apartamento onde estava hospedado. Os dois suícidas, coincidentemente, participaram de alguma forma da campanha de Yeda. Marcelo Cavalcante era assessor direto de yeda e Nestor Mahler era executivo de uma multinacional e suposto doador de dinheiro não contabilizado na campanha tucana. No caso das fumageiras Alliance One e a CTA, ambas teriam doado, cada uma, R$ 200 mil à campanha de Yeda após a eleição e esse valor não teria sido contabilizado
Os deputados Paulo Azeredo (PDT) e Daniel Bordignon (PT) denunciaram na CPI da corrupção que a fumageira Alliance One recebeu um empréstimo irregular do Banrisul em abril do ano passado. Os deputados apresentaram cópia de um documento reservado do banco em que a empresa teria como limite de crédito apenas R$ 25 milhões. A direção do Banrisul, porém, concedeu empréstimos no valor total de R$ 50,9 milhões, e segundo os deputados, as operações não receberam o aval da área técnica do Banrisul. Os deputados também estranharam o fato de que a Alliance One e a CTA-Continental Tobbacos foram as fumageiras que mais compensaram créditos de ICMS entre 2006 e 2008.
Os deputados Paulo Azeredo (PDT) e Daniel Bordignon (PT) denunciaram na CPI da corrupção que a fumageira Alliance One recebeu um empréstimo irregular do Banrisul em abril do ano passado. Os deputados apresentaram cópia de um documento reservado do banco em que a empresa teria como limite de crédito apenas R$ 25 milhões. A direção do Banrisul, porém, concedeu empréstimos no valor total de R$ 50,9 milhões, e segundo os deputados, as operações não receberam o aval da área técnica do Banrisul. Os deputados também estranharam o fato de que a Alliance One e a CTA-Continental Tobbacos foram as fumageiras que mais compensaram créditos de ICMS entre 2006 e 2008.
certo é que esses dois casos podem fazer parte de um mesmo roteiro cinematográfico.
Nem com Arruda
O uso do aparelho de Estado para espionar adversários, aliados e até a justiça também impressiona e parece ser de uso frequente dessa gente, uma espécie de marca registrada de políticos corruptos acostumados a lançar mão de meios inescrupulosos para incriminar, investigar, subornar e até mesmo, quem sabe, criar falsas provas, tudo de forma ilegal, com o objetivo de intimidar a oposição. Aqui no RS, até hoje às denuncias do uso do sistema guardião para esse fim não foram apuradas.
Passa boi passa boiada
Foi-se o tempo que a nata da elite corrupta nacional, acostumada, ao longo de séculos, a se locupletar com o dinheiro público dos brasileiros, não sentia na pele o poder de uma policia capaz de não somente prender, mas também investigar com profundidade atos de corrupção envolvendo corruptos e corruptores, no caso específico, envolvendo fraudes em licitações públicas e desvios do dinheiro público.
Antes do caso Arruda, o caso Dantas, na minha opinião, foi o número 1 desses exemplos, e somente por isso deveriam erguer um monumento à Policia Federal para marcar definitivamente o inicio do fim da falta de investigação dos crimes do colarinho branco. Sabemos que os caminhos ainda são longos, mas somente pelo fato de a PF prender um "empresário" poderoso , se é que podemos chamá-lo de empresário, e que possui tentáculos políticos em governos e no Congresso e, também, segundo ele próprio, em outros poderes , foi preso e hoje gasta milhões ao se defender em processos na Justiça Federal , sob a acusação de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e crimes contra o patrimônio público. Ou seja, onde passa um boi passa uma boiada.
14 de fev. de 2010
Segundo a Forbes, o chileno simples tem U$ 4,1 bi
Pelo que deu para apurar, numa rápida pesquisa, a família desse homem simples possui tentáculos políticos e econômicos em quase todos o setores da economia chilena (madeira, papel,bancos, mineradora). Agora o dono da Compañía Manufacturera de Papeles y Cartones (CMPC) aproveitou a crise global (ahahahahha) e comprou de barbada (US$ 1,4 bilhão) a unidade de Guaíba da falida Aracruz (atual Fibria), aproveitando as leis do mercado (ahahahhaha).
A revista Forbes titula esse homem simples de 64 anos (ahahahahahha) na centésima, quinquagésima oitava (158) posição no ranking anual dos homens mais ricos do mundo,com uma fortuna pessoal estimada em U$ 4,1 bilhões. Ou seja, esse verdadeiro representante do baronato chileno, não veio aqui fazer mecenato, e provavelmente vai querer lucro rápido para subir ainda mais no ranking da Forbes em 2010. De posse da papeleira em Guaíba, agora, precisa recuperar o tempo perdido e espalhar ainda mais a praga do eucalipto pelas terras agricultáveis do Rio Grande do Sul.
Para sacramentar sua recente aquisição, Matte avisa que estará em Porto Alegre no 23º Fórum da Liberdade. Pelo entrevista de Matte da para ver que a raposa chilena comunga da mesma filosofia e do discurso daqueles que quase levaram a ruina a economia planetária entre 2008 e 2009. Segundo Matte, no Brasil, "há setores com excesso de regulamentação". Podem apostar, a visita do player será uma mega babação de ovo do PIG guasca e de seus arautos e, é claro, da vassalagem política guasca.
13 de fev. de 2010
Ônibus paulista



Brincadeiras a parte, a situação dos alagamentos em São Paulo não se resolve com demagogia e com promessas pré-eleitorais. Além disso, a capital paulista será uma das cidade-sede da copa do mundo e não pode ficar refém desse tipo de situação, assim como a sua população .
Um governo de resultados ?
hoje (13) está publicado em Zé H uma artigo de Yeda Crusius onde ela destaca sua administração como Um governo de resultados . Pois bem, Yeda cita o tal equilíbrio nas contas públicas e utiliza uma pesquisa baseada no Código Estadual de Qualidade dos Serviços Públicos, que, segundo ela, revela que os serviços públicos melhoraram consideravelmente durante o mandato tucano. Segundo suas próprias palavras o critério foi científico e metodológico, em que supostamente foram ouvidas 2.056 pessoas em 329 cidades .
Ocorre que eu faço parte desse cadastro, e não recebei nenhum questionário sobre essa avaliação e tenho certeza que o número de usuários cadastrados na Lei nº 11.075/98 é no mínimo o dobro do número dos pesquisados (2056).
A ampliação desse cadastro foi feito no ano 2000, ainda sob a coordenação do então secretário do Planejamento Clóvis Ilgenfritz, no governo Olívio Dutra. O cadastro, originalmente tinha apenas pouco mais de mil cadastrados, e abrangia na sua maioria a cidade de Porto Alegre e algumas poucas cidades da região metropolitana. Esse problema foi resolvido ao se ampliar para quase cinco mil cadastrados naquele ano, através das assembleias do Orçamento Participativo Estadual.
Não sei qual a metodologia usada, mas sei que na condição de usuário não fui consultado. De qualquer forma, Yeda atribuí o sucesso na melhoria da satisfação desses usuários com saúde, segurança, energia e educação somente a ela e ao seu governo. No entanto, essa mesma pesquisa, aponta para indicadores que são compartilhados tanto com o governo Federal, quanto com os municípios.
O que achei estranho em tudo isso é que na página (devidamente printada) da Secretaria do Planejamento, somos todos convidados a fazer parte desse cadastro de usuários. Não sei para que, pois se nem mesmo os que estão cadastrados são consultados.
Ocorre que eu faço parte desse cadastro, e não recebei nenhum questionário sobre essa avaliação e tenho certeza que o número de usuários cadastrados na Lei nº 11.075/98 é no mínimo o dobro do número dos pesquisados (2056).
A ampliação desse cadastro foi feito no ano 2000, ainda sob a coordenação do então secretário do Planejamento Clóvis Ilgenfritz, no governo Olívio Dutra. O cadastro, originalmente tinha apenas pouco mais de mil cadastrados, e abrangia na sua maioria a cidade de Porto Alegre e algumas poucas cidades da região metropolitana. Esse problema foi resolvido ao se ampliar para quase cinco mil cadastrados naquele ano, através das assembleias do Orçamento Participativo Estadual.
Não sei qual a metodologia usada, mas sei que na condição de usuário não fui consultado. De qualquer forma, Yeda atribuí o sucesso na melhoria da satisfação desses usuários com saúde, segurança, energia e educação somente a ela e ao seu governo. No entanto, essa mesma pesquisa, aponta para indicadores que são compartilhados tanto com o governo Federal, quanto com os municípios.
O que achei estranho em tudo isso é que na página (devidamente printada) da Secretaria do Planejamento, somos todos convidados a fazer parte desse cadastro de usuários. Não sei para que, pois se nem mesmo os que estão cadastrados são consultados.
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