26 de jan. de 2009

Do MP e do TJ dá pra ver o fogo da vila chocolatão

A vila chocolatão,que arde em chamas neste momento (26/01), no centro da capital gaúcha, tem esse nome em homenagem ao grande e imponente prédio da Receita Federal que fica ao lado da vila. Por falar nisso, todos os prédios públicos que circundam a vila são imponentes, a começar pelo do Ministério Público Estadual -MP. Lá no MP se vê a fumaça preta dos 80 barracos que queimam na favela. O fogo também pode ser visto do Tribunal de Justiça gaúcho (outro belo colosso de construção). Falo isso porque há anos a prefeitura se omite no caso da vila chocolatão e os outros poderes fecham os olhos para a miséria e a degradação que circula por ali . Em 2008, membros do MP, articulados com o governo estadual, correram para arrancar às famílias do MST de uma área particular cedida, próxima a fazenda Guerra, em Coqueiros do Sul, jogando-as na beira do asfalto da BR 386. O motivo: perigo real e imediato de que o MST invadisse a fazenda. O MP exigiu que o Incra no curto prazo resolvesse a situação das famílias acampadas. Sugiro que agora o MP faça o mesmo com a prefeitura de Porto Alegre no caso da vila chocolatão, exigindo prazo para a realocação daquelas famílias e o fim daquele depósito de seres humanos, ratos, animais e de lixo, ou a situação não exige tanta rapidez dessa vez ? foto: Leonardo Nunes

A crise global passará de jato por Dubai

Fome e crise para os pobres
Luxo e ostentação para os ricos

Parece que a tal da crise global não vai passar nem perto de Dubai, nos Emirados Árabes, ou se passar, cruzará num jato super-sônico em Match 3. A cidade é conhecida como a capital mundial da extravagância, dos mega hotéis de luxo e das máquinas mais caras do mundo que circulam em grandes volumes pelas ruas. A última novidade é um Mercedes-Benz C63 AMG totalmente cromado com tom de ouro (isso se não for de ouro mesmo). O sedã esportivo com motor V8 de 457 cavalos foi flagrado no estacionamento de um shopping. Enquanto isso na África e mais uma duzia de paises a fome campeia solto, matando principalmente crianças e idosos. Como diz o mega Player guasca Jorge Gerdau "quero mais mercado, mais mercado".

Carga Pesada para levantar

Após Zé H do PRBS abrir sua caixinha de ferramentas contra o PT para garantir o continuismo em 2010, seja ele com quem quer que seja, agora suas baterias abrem fogo contra o MST e de lambuja ainda dá uma página inteira para o governo Yeda tratar da sua "melhoria" na comunicação. Até o pessoal da mídia dos Gerdau foi chamado. O diretor-presidente da GAD,Luciano DEOS não fala em números quando perguntado quanto cobrará do governo (nós) para dar sua assessoria e melhorar a imagem do governo Yeda e a sua "coragem de fazer" ahahaha. Provavelmente sairá muito caro para os contribuintes gaúchos reerguer essa carga pesada. Se Yeda e seus aliados tivessem cumprido o que foi prometido na campanha, tudo seria diferente, mas como seus compromissos são com os setores mais conservadores e atrasados, seu papel é de fazer a pauta dos poderosos andar por dentro do Estado e de seu governo. Aliás ! porque o PRBS não divulga suas pesquisas sobre a popularidade de Yeda ? A corajosa,em 2006, antes mesmo de assumir, pediu que a Assembléia mantivesse o tarifaço que Rigotto aprovou no início de seu governo, repetiu a dose em 2008. Colocou o terror em técnicos do meio ambiente para fazer aprovar licenças ambientais para a multinacional Aracruz em faixas de fronteira. Montou uma operação de guerra para dar um natal turbinado às concessionárias que desejavam ajudar o RS com mais 15 anos de pedágios. Prometeu não vender o Banrisul e passou nos cobres 40% da instituição e ainda pegou mais R$ 1 bilhãozinho emprestado no BID. Na saúde a volta de doenças já extintas como a febre amarela. Na educação entrou na justiça contra o piso nacional dos professores e a segurança pública o estado bate recorde em homicídios e roubo de veículos, além do clássico cassetete nos movimentos sociais. E agora quer um jatinho novimho para passear com Serra pelo RS e levar seus pricipais assessores. Haja dinheiro pra melhorar esse imagem.