
Quando "Guerra ao terror", de Kathryn Bigelow, conquistou os principais Oscars frente a "Avatar", de James Cameron, essa vitória foi percebida como um bom sinal do estado das coisas em Hollywood: uma modesta produção pensada para festivais do tipo Sundance e que, em muitos países, nem sequer havia obtido uma grande distribuição, supera claramente uma superprodução cuja brilhantez técnica não pode dissimular a plana simplicidade de seu roteiro. Então Hollywood não é só uma fábrica de grandes sucessos de bilheteria, mas também sabe apreciar esforços criativos marginais?
É possível, embora seria preciso matizar: com todas as suas mistificações, "Avatar" claramente toma partido pelos que se opõem ao complexo industrial-militar mundial, retratando o Exército da superpotência como uma força de destruição brutal ao serviço de grandes interesses industriais, enquanto "Guerra ao terror" apresenta o Exército norte-americano de um modo plenamente de acordo com sua própria imagem pública neste nosso tempo de intervenções humanitárias e de pacifismo militarista. Segue....
É possível, embora seria preciso matizar: com todas as suas mistificações, "Avatar" claramente toma partido pelos que se opõem ao complexo industrial-militar mundial, retratando o Exército da superpotência como uma força de destruição brutal ao serviço de grandes interesses industriais, enquanto "Guerra ao terror" apresenta o Exército norte-americano de um modo plenamente de acordo com sua própria imagem pública neste nosso tempo de intervenções humanitárias e de pacifismo militarista. Segue....