18 de dez. de 2008

Reforma Agrária: Caiboaté já é do povo


Choro, lágrimas, emoção: falei a pouco com o repórter fotográfico Eduardo Quadros, que está em São Gabriel, fazendo a cobertura da entrega de título de posse para quase 600 famílias ligadas ao MST e que estavam acampadas à beira das estradas no RS. São as primeiras imagens do assentamento Caiboaté (Nome dado em homenagem ao índio Sepé Tiarajú , morto na Batalha de Caiboaté, uma das mais sangrentas batalhas da Guerra Guaranítica, na qual cerca de 1.500 índios Guarani perderam a vida confrontando o exército espanhol, incluido o líder Sepé Tiaraju ).

Segundo relato, a emoção tomou conta de integrantes do governo Lula, deputados e agricultores. para o MST a conquista da Caiboiaté está na mesma grandeza da Fazenda Anoni, no norte do Estado. Assentar quase 600 famílias de pequenos agricultores e suas famílias, somente num município, representa uma grande conquista política para Lula e um tapa de luva em integrantes do Ministério Público do RS e no governo Yeda. Yeda não assentou e nem assentará nenhuma família nos seus quatro anos de mandato e sua política é para outras esferas. Mas isso é uma outra história. Agora a ordem é trabalhar e produzir na terra.


Fotos: Eduardo Quadros.
contato: 51 96952575

Mais vereadores com custo igual melhora a representação dos gaúchos

Quando ocorreu a redução do número de vereadores em 2004 a maioria bateu palmas. O discurso era o de reduzir os custos com às Câmaras. Na realidade, o que ocorreu, foi ao contrário, pois reduziu-se a representação política, concentrou o poder naqueles que já tinham mandato ou nos que foram apoiados pelo poder econômico. O percentual de gasto com o Legislativo à época também ficou o mesmo, apenas aumentou o número das diárias, compra de mobília, gastos com consultorias, aumento do número de assessores. Essa foi a forma encontrada para que o percentual destinado aos Legislativos municipais fosse gasto. Foi justo ? Na minha opinião Não ! O Poder economômico manteve sua representação pois as bancadas das empreiteiras, do cimento, das prestadoras de serviços se mantiveram, na maioria dos casos. Ficou de fora grande parte dos vereadores que recebiam os votos de suas comunidades e eram eleitos por defender iniciativas populares. Passar de 4.584 para 5032 vereadores, em especial onde ocorreu grandes distorções (119 municípios no RS) de representação é mais do que justo. Em tempos de Pontais, de espigões, de serviços públicos municipais precários, de bancadas de empreiteiras, esse aumento do número de vagas vem em boa hora. O que falta é fiscalizar o bom andamento do trabalho dos Edis.