20 de ago. de 2009

Um bode para despistar

Os deputados do PT criticaram a decisão de Yeda Crusius de transferir para o governo federal os contratos firmados entre o Estado e as concessionárias que exploram as estradas gaúchas. O petista, Raul Pont, classificou a medida de estapafúrdia. “É inacreditável que o governo gaúcho transfira os contratos para a União junto com uma dívida de R$ 1,1 bilhão, que ninguém sabe como foi constituída. É mais um factóide criado para desviar a atenção da opinião pública das denúncias de corrupção”, apontou. Segundo Pont, nem os membros do Executivo mostram consenso a respeito da dívida alegada pelas concessionárias. “Um ex-diretor do Daer afirmou na CPI dos Pedágios que o valor era de R$ 600 milhões. Outro disse que não havia dívida. E agora o governo anuncia que é de R$ 1,1 bilhão e quer repassar a conta adiante “Os cálculos são verdadeiras trapaças, montados a partir da contratação de empresas do mesmo grupo das concessionárias e da total falta de controle do número de usuários das praças de pedágios”, enfatizou Pont. O anúncio desse fato relevante de Yeda é mais uma tentativa de Yeda e de seus aliados para tirar o foco da CPI da Corrupção. Podem apostar, a partir de amanhã não se fala mais em corrupção nesse Estado porque nossa mídia guapa estará muito ocupada (ahahahah) tratando de pedágios.

Abaixo Yeda diz no ítem D que não tem controle contábil da arrecadação das concessionárias mas no ítem I aponta um "severo" desequilibrio financeiro. Se não tem controle como pode afirmar isso ?




Quem tem medo de um índice ?

Há centenas de regiões do Brasil e vastas áreas no Rio Grande do Sul que se aplicados o novo índice de produtividade da terra seriam desapropriados imediatamente. O índice atual está completamente defasado e tem como base o censo agropecuário de 1975. Naquela época a mecanização nas grande glebas era mínima e hoje os latifundiários e ou especuladores de terra se agarram nesse indicador com tábua de salvação. O índice, assim como qualquer outro indicador, deve atualizado constantemente o que não era feito desde 1980, ou seja, quase 20 anos. Para a agricultura familiar não há o que temer e nem aquele proprietário de terras que faz cumprir a sua função social. Quem conhece o Brasil sabe que essa não é a regra e muitos utilizam a terra para trabalho escravo, especulação financeira e milhões de hectares caem nas mãos de empresas estrangeiras e espertalhões que veem para cá com projetos mirabolantes já rechaçados nos seus próprios países de origem. Ganham dinheiro rápido e fácil e deixam a terra destruída enquanto nosso povo tem que arrendar terras para plantar. A renovação do índice é uma antiga reivindicação dos movimentos sociais e uma das promessas do presidente de campanha de Lula no que diz respeito ao aceleramento do processo de reforma Agrária.