
Basta algum deputado de oposição requerer a vinda de alguém ligado aos supostos esquemas de desvios de recursos do Estado, para que os deputados da "base" rejeitem tudo imediatamente. Qualquer pessoa que acompanhar uma sessão da CPI reconhece que os deputados da base de Yeda entraram para a Comissão Parlamentar como objetivo de anular qualquer possibilidade de oitivas de "personas" comprometedoras. Chama a atenção nessa história a cabeluda conversa capitada pela Policia Federal entre o atual chefe da Casa Civil, Otomar Viviam (PP), e Antônio Dorneu Maciel, réu na operção Rodin e Solidária.
Pelo que deu pra entender, Viviam sabia de parte ou de todo o esquema, e num diálogo cheio de códigos, Maciel comenta com ele a conversa com o deputado Marco Peixoto, que atribui ser muito boa. Maciel disse que tem liberdade com "Marquinho" pra dizer o que pensa e que o deputado quer "entrar no seu coração grande" (????????), que pediu para não ser esquecido. Maciel disse que isto dependia dele (Peixoto) fazer as "coisas direito" e "deixar de ser criança".
O ex-diretor da CEEE perguntou se ele (Vivian) sabia o que Peixoto queria. Tratado por Vivian como "irmão", falou que eles precisam do "guri", mas que ele (o guri) não queria nem ouvir falar do "negócio". O guri seria o ex-presidente do PP, Jerônimo Goergen. O certo é que o material gravado abre uma nova fase na CPI da Corrução e aponta para uma fraude dez vezes maior do que ao desviado do Detran.
A sacanagem com o dinheiro público não tem mais fim, e pode chegar a R$ 400 milhões de reais