28 de jun. de 2010

Uva no Programa de Garantia de Preços do governo

O Conselho Monetário Nacional confirmará na quinta-feira (1º) a inclusão da uva no Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF) a partir de julho.A medida, que atende reivindicação do setor vitivinícola, foi anunciada nesta segunda-feira pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, em Flores da Cunha, onde participou de solenidade de repasse de recursos federais para a constituição da Cooperativa Central Nova Aliança (Coocenal), formada a partir da união de cinco cooperativas.

De acordo com o ministro, a inclusão da uva no programa traz mais tranquilidade ao setor. O PGPAF, criado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário em 2006, possibilita que o agricultor familiar pague os financiamentos de custeio e investimento com um bônus, que corresponde à diferença entre os preços garantidores e o de mercado nos casos em que o valor do produto financiado esteja abaixo do preço de garantia.

O ministro confirmou a liberação de R$ 1,2 milhão para a Nova Aliança, resultado da união das cooperativas Linha Jacinto, de Farroupilha; Santo Antônio e São Pedro, de Flores da Cunha; e São Victor e Aliança, de Caxias do Sul. Os recursos serão liberados ao longo de 12 meses para elaboração de estudos e projetos industriais da construção da nova unidade e de suporte a gestão, tecnologia e qualidade.

“Este apoio faz parte da aposta do governo federal de criar nova rede de produção a partir de cooperativas e associações de produtores para distribuir a geração de renda, evitando sua concentração nas mãos dos grandes conglomerados agrícolas”, justificou Cassel.

De acordo com Alceu Dalle Molle, presidente da Cooperativa Aliança e da Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul, a partir de janeiro de 2011 as cinco novas sócias já estarão atuando sob nova denominação, mas produzindo nas unidades atuais. A primeira safra a ser vinificada pela Coocenal será a de 2012.

Dalle Molle estima que será necessário aplicar em torno de R$ 50 milhões para colocar toda a estrutura em operação. Em torno de 40% dos valores virão dos ativos já existentes, como tanques e equipamentos. O restante será buscado junto ao Pronaf e em instituições financeiras. De acordo com o presidente, a intenção é manter todos os prédios, visando seu aproveitamento para outros fins.

“Venda, somente em caso emergencial”, assegura Dalle Molle.

A nova cooperativa iniciará com capacidade anual para o processamento de 30 milhões de quilos de uvas, mas estruturada para dobrar de tamanho em médio prazo. Atualmente as cinco cooperativas vinificam 24 milhões de litros ao ano, dos quais 16 milhões são vendidos a granel.

“Vamos investir forte em estratégias de mercado para aumentar a comercialização de produtos engarrafados.”

A cooperativa produzirá sucos e espumantes, que terão atenção especial no início, e vinhos. A unidade de processamento será erguida em terreno que a prefeitura de Flores da Cunha adquiriu e doou, faltando apenas a formalização da transferência por meio da assinatura da escritura.

O ministro também repassou R$ 700 mil para execução do programa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). O objetivo é fomentar o desenvolvimento rural sustentável da agricultura familiar e dos assentamentos da reforma agrária. Na região da Serra o programa já atinge 600 famílias, das quais 10% estão investindo em agricultura orgânica.

Fonte: O Caxiense

Caciques do PMDB guasca precisam sair do muro


Os caciques do PMDB guasca tiraram uma posição de "neutralidade" em relação a candidatura de Dilma no Rio Grande do Sul, mesmo tendo o partido indicado Michel Temer na condição de vice na chapa com Dilma Rousseff e possuindo mais de seis ministérios no governo Lula. No entanto, o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, coordenador estadual da campanha de Dilma Rousseff no RS, está instruindo a militância a criar comitês suprapartidários para Dilma em todos os municípios, estimulando a base do PMDB e de outros partidos a participar da campanha.

Com o inicio da propaganda eleitoral tendo o PMDB e o PT juntos ,e se as pesquisas apontarem para um descolamento ainda maior de Dilma em relação a Serra, é bem provável que a cúpula do PMDB reveja essa posição, caso contrário, pagará um preço alto aos seus eleitores e sua base.

Outro fato que chamará a atenção será a confusão que o PMDB guasca fará na cabeça dos eleitores, tendo inserção na propaganda com Dilma e Temer e seus caciques locais divididos entre a petista Dilma Rousseff e o tucano neoliberal Serra.

Na minha opinião, ficará difícil para essas lideranças do PMDB manterem a dita "neutralidade (pró Serra)" pois, com certeza, a base do partido vai exigir que os bravos caciques do PMDB saiam de cima do muro e venham para a campanha para eleger Dilma.