21 de ago. de 2009
Silêncio na mídia, onde está a fita ?
Chega ser insurdecedor o silêncio da mídia nacional e blogs locais-oficiais sobre o assassinato do agricultor sem terra Elton Brum da Silva em São Gabriel. Medo ? não ! Como Elton pôde ter sido fuzilado pelas costas ? Quem Fez ? Como o MP não viu nada ? Filmaram ? Sim ! Onde está a fita ? Todas as ações da BM são registradas filmadas e fotografadas por P2s. O comando da BM pode responder e logo..
NOTA PÚBLICA MST
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra vem a público manifestar novamente seu pesar pela perda do companheiro Elton Brum, manifestar sua solidariedade à família e para:
1. Denunciar mais uma ação truculenta e violenta da Brigada Militar do Rio Grande do Sul que resultou no assassinato do agricultor Elton Brum, 44 anos, pai de dois filhos, natural de Canguçu, durante o despejo da ocupação da Fazenda Southall em São Gabriel. As informações sobre o despejo apontam que Brum foi assassinado quando a situação já encontrava-se controlada e sem resistência. Há indícios de que tenha sido assassinado pelas costas;
2. Denunciar que além da morte do trabalhador sem terra, a ação resultou ainda em dezenas de feridos, incluindo mulheres e crianças, com ferimentos de estilhaços, espadas e mordidas de cães;
3. Denunciamos a Governadora Yeda Crusius, hierarquicamente comandante da Brigada Militar, responsável por uma política de criminalização dos movimentos sociais e de violência contra os trabalhadores urbanos e rurais. O uso de armas de fogo no tratamento dos movimentos sociais revela que a violência é parte da política deste Estado. A criminalização não é uma exceção, mas regra e necessidade de um governo, impopular e a serviço de interesses obscuros, para manter-se no poder pela força;
4. Denunciamos o Coronel Lauro Binsfield, Comandante da Brigada Militar, cujo histórico inclui outras ações de descontrole, truculência e violência contra os trabalhadores, como no 8 de março de 2008, quando repetiu os mesmos métodos contra as mulheres da Via Campesina;
5. Denunciamos o Poder Judiciário que impediu a desapropriação e a emissão de posse da Fazenda Antoniasi, onde Elton Brum seria assentado. Sua vida teria sido poupada se o Poder Judiciário estivesse a serviço da Constituição Federal e não de interesses oligárquicos locais;
6. Denunciamos o Ministério Público Estadual de São Gabriel que se omitiu quando as famílias assentadas exigiam a liberação de recursos já disponíveis para a construção da escola de 350 famílias, que agora perderão o ano letivo, e para a saúde, que já custou a vida de três crianças. O mesmo MPE se omitiu no momento da ação, diante da violência a qual foi testemunha no local. E agora vem público elogiar ação da Brigada Militar como profissional;
7. Relembrar à sociedade brasileira que os movimentos sociais do campo tem denunciado há mais de um ano a política de criminalização do Governo Yeda Crusius à Comissão de Direitos Humanos do Senado, à Secretaria Especial de Direitos Humanos, à Ouvidoria Agrária e à Organização dos Estados Americanos. A omissão das autoridades e o desrespeito da Governadora à qualquer instituição e a democracia resultaram hoje em uma vítima fatal;
8. Reafirmar que seguiremos exigindo o assentamento de todas as famílias acampadas no Rio Grande do Sul e as condições de infra-estrutura para a implantação dos assentamentos de São Gabriel.
Exigimos Justiça e Punição aos Culpados!
Por nossos mortos, nem um minuto de silêncio. Toda uma vida de luta!
Reforma Agrária, por justiça social e soberania popular!
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
1. Denunciar mais uma ação truculenta e violenta da Brigada Militar do Rio Grande do Sul que resultou no assassinato do agricultor Elton Brum, 44 anos, pai de dois filhos, natural de Canguçu, durante o despejo da ocupação da Fazenda Southall em São Gabriel. As informações sobre o despejo apontam que Brum foi assassinado quando a situação já encontrava-se controlada e sem resistência. Há indícios de que tenha sido assassinado pelas costas;
2. Denunciar que além da morte do trabalhador sem terra, a ação resultou ainda em dezenas de feridos, incluindo mulheres e crianças, com ferimentos de estilhaços, espadas e mordidas de cães;
3. Denunciamos a Governadora Yeda Crusius, hierarquicamente comandante da Brigada Militar, responsável por uma política de criminalização dos movimentos sociais e de violência contra os trabalhadores urbanos e rurais. O uso de armas de fogo no tratamento dos movimentos sociais revela que a violência é parte da política deste Estado. A criminalização não é uma exceção, mas regra e necessidade de um governo, impopular e a serviço de interesses obscuros, para manter-se no poder pela força;
4. Denunciamos o Coronel Lauro Binsfield, Comandante da Brigada Militar, cujo histórico inclui outras ações de descontrole, truculência e violência contra os trabalhadores, como no 8 de março de 2008, quando repetiu os mesmos métodos contra as mulheres da Via Campesina;
5. Denunciamos o Poder Judiciário que impediu a desapropriação e a emissão de posse da Fazenda Antoniasi, onde Elton Brum seria assentado. Sua vida teria sido poupada se o Poder Judiciário estivesse a serviço da Constituição Federal e não de interesses oligárquicos locais;
6. Denunciamos o Ministério Público Estadual de São Gabriel que se omitiu quando as famílias assentadas exigiam a liberação de recursos já disponíveis para a construção da escola de 350 famílias, que agora perderão o ano letivo, e para a saúde, que já custou a vida de três crianças. O mesmo MPE se omitiu no momento da ação, diante da violência a qual foi testemunha no local. E agora vem público elogiar ação da Brigada Militar como profissional;
7. Relembrar à sociedade brasileira que os movimentos sociais do campo tem denunciado há mais de um ano a política de criminalização do Governo Yeda Crusius à Comissão de Direitos Humanos do Senado, à Secretaria Especial de Direitos Humanos, à Ouvidoria Agrária e à Organização dos Estados Americanos. A omissão das autoridades e o desrespeito da Governadora à qualquer instituição e a democracia resultaram hoje em uma vítima fatal;
8. Reafirmar que seguiremos exigindo o assentamento de todas as famílias acampadas no Rio Grande do Sul e as condições de infra-estrutura para a implantação dos assentamentos de São Gabriel.
Exigimos Justiça e Punição aos Culpados!
Por nossos mortos, nem um minuto de silêncio. Toda uma vida de luta!
Reforma Agrária, por justiça social e soberania popular!
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
O MP Far Far Way

Oficial da BM teria efetuado o disparo

Nota do Sindicato dos Jornalistas do RS
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Rio Grande do Sul recebe com pesar a notícia da morte do trabalhador rural sem terra, Elton Brum da Silva, ocorrida hoje (21/8) pela manhã, em São Gabriel. Ele foi morto com um tiro disparado por policiais da Brigada Militar. Para a entidade, a morte deste brasileiro é inaceitável e resulta da intransigência do governo do Estado, que encara protestos como crime, ocasionando agressões constantes a quem participa de manifestações, desconsiderando que elas são inerentes à democracia e asseguradas na Constituição Brasileira. A entidade espera que o fato seja apurado com a maior brevidade e rigor, com a responsabilização dos envolvidos.
Sem Terra é assassinado em São Gabriel
O presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos- CCDH, da Assembleia Legislativa do RS, deputado Dionilso Marcon (PT), confirma o assassinato pela BM, de um agricultor Sem Terra no momento da desocupação da fazenda Southall, em São Gabriel, realizada hoje (21) pela Brigada Militar. O deputado está se dirigindo nesse momento para o local do conflito. Ontem, militantes da Via Campesina denúnciaram na CUT-RS que a polícia aplicou choques elétricos em militantes do MST em São Gabriel. O filho do deputado Federal Adão Pretto, Edegar Pretto,também está se deslocando para o local do conflito. Pelo visto Yeda criou dois fatos relevantes para desviar o foco da CPI e da corrupção de seu governo: o dos pedágios e agora o assassinato de um agricultor sem terra.
A preocupação de Ana assusta

Olhem qual é a preocupação da jornalista Ana Amélia Lemos sobre os novos índices de produtividade: Grifo pessoal. "A reação de lideranças rurais e políticas contra alteração nos índices de produtividade foi criticada por alguns setores que entendem que os novos índices, propostos pelo governo, não representam risco e que a maior parte das lavouras no país supera os percentuais de produção. Enxergaram só a floresta e não a árvore. O problema não é a produtividade. A questão é a interferência do Estado na liberdade do produtor, que pode perder a terra, sob esse manto legal. Breve, o governo poderá tentar resolver o déficit habitacional desapropriando campos de golfe e casas de praia que não cumprem função social."
Parece piada que em pleno século XXI alguém coloque os campos de golfe com prioridade num país como nosso, com tanta violência e desigualdade social. Só gostaria de saber se alguns campos de golfe e dezenas de mansões (casas) da qual ela se refere tem todas as matrículas legais, principalmente no nosso litoral guapo.
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