4 de mar. de 2010

O consultador de Yeda

O comando da Brigada Militar mudou o foco do trabalho da corporação. Como o governo Yeda afirma que a segurança pública está a mil maravilhas no Rio Grande (aahahahahha), a BM tira o foco do combate a criminalidade e do policiamento ostensivo e entra de corpo e alma no ramo da consultoria e opinião para tentar fazer aprovar o pacote de Yeda para a categoria na Assembleia Legislativa do Estado.
Por ordem do comandante-geral da corporação, João Carlos Trindade, os policiais militares são convidados a responder uma consulta "não obrigatória" (ahahahha) para saber o que a tropa está pensando sobre o pacotaço de Yeda. Trindade exige que os PMs se posicionem, marcando “aceita” ou “declina” .
Segundo a ABAMF - Associações de Servidores de Nível Médio da BM, o questionário funciona como intimidação para que os oficiais possam convencer os deputados a votarem o projeto que concede 19,90% somente para os oficiais superiores. Segundo a entidade, enquanto os praças receberão apenas 9,1%, a partir de março de 2010, os salários dos majores, tenentes-coronéis e coronéis receberão 19,90% retroativo a março de 2009.
A entidade entende que o comandante-geral tenta desautorizar as entidades dos servidores, numa atitude anti-democrática. A ABAMF e a ASSTBM irão denunciar o caso à Comissão de Cidadania e Direitos Humanos e levarão a questão ao Ministério Público.