28 de mar. de 2009

Eu quero um presídio na minha cidade

É uma hipocrisia no Estado mais politizado politizado do Brasil (ahahahahaha cof cof cof) que municípios se mobilizem para não receber presídios. Enquanto fazem cavalgadas, regadas a churrasco e uma boa chachaça para protestar com a construção, centenas de apenados comandam livremente de dentro daquele tipo de cadeia a maior parte dos grandes crimes vistos por ai. Sequestros, assaltos a banco, assalto a carro forte, tráfico, roubo de carga etc.. Diferente do presídio central de Porto Alegre (uma masmorra) o município de Charqueadas, que fica a 45 quilômetros distante de Porto Alegre, abriga vários presídios e tem residente um batalhão inteiro de policiais militares. Nunca se ouviu falar que a comunidade tenha sido atacada por quadrilheiros e que a criminalidade tenha aumentando, pelo contrário. Sempre falo aos meus amigos que um município para se desenvolver deve possuir um dos três eixos: industria, universidade ou um presídio. Sim ! são dezenas de policias que moram, recebem seus salários e os investe na cidade, gerando emprego e renda. Os prefeitos não se deram conta que também os parentes dos presos geram indiretamente emprego na cidade que os acolhe. Peça ao prefeito de Charqueadas o quanto cairia a arrecadação da cidade caso todos os presídios fossem transferidos daquela localidade. Outro fator que pesa a favor da cidade é que deve ser negociado como o governo Federal e Estadual é que a compra de todo o material para a construção e manutenção do presídio possa ser feita com materiais do comércio na própria localidade, assim como a alimentação dos presos e a reciclagem dos materiais. Se eu fosse prefeito e não tivesse a oportunidade de ter uma universidade ou uma industria, eu aceitaria, de bom grado, uma boa penitenciaria de segurança máxima. Quem sabe até junto com a vinda de um presídio o governo possa criar alguma extensão universitária na cidade. Enquanto isso a churrascada anti-presídio corre solta em nosso pago politizado.

2 comentários:

  1. Assinando coluna em alguns sites e mesmo no meu próprio, o www.praiadexangrila.com.br, tenho a mesma visão do problema. E vou mais longe, pois um governador que pense realmente nos interesses de todo um estado não pode dar ouvidos a um prefeito e alguns "churrasqueiros", tendo em vista que o interesse comum que é o maior, às vezes pode contrariar alguns interesses por algum tempo. Não é possível governar sem contrariar interesses. Se alguém conseguir tal façanha, não é um simples administrador, mas um mágico. Cadeias são necessárias sim. Quem manda contra não deve ser levado em conta, pois pensa somente em si. Uma sociedade deve ser ter em mente o interesse maior que é o coletivo. Finalizando, necessário deixar claro que para governar e decidir eventualmente contra alguns interesses, é necessário ser macho, logo um homem de verdade. Aos bons entendedores acabei de dizer o que queria.

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  2. Lá em Charqueadas existe um modus vivendi entre os presos e os guardas e a população.
    Eles poupam a população, mas não levam muito desaforo dos guardas, é um barril de pólvora, equilíbrio precário.
    Sei de uma amiga que trabalha como psicóloga lá e acompanha de perto os três lados.
    Não é mágica conseguir que uma comunidade aceite um presídio.
    É senso de responsabilidade social.
    Algo que se conseguiria obter na Alemanha ou na Inglaterra.
    O povinho bunda e bovinoíde é extremamente egoísta, ingrato e individualista.
    Se a população tivesse isso, o PT não faria menos de 70% em todos municípios e a disputa mesmo seria nas prévias do partido.

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