Posso estar enganado, mas seguidamente ouço reclames do aumento do ingresso de servidores públicos com o perfil ultraconservador e de centro-direita nas carreiras públicas de Estado. Não que isso seja novidade, no entanto, quando esse servidor público tem o poder de decidir sobre a vida, o futuro de uma pessoal ou de um grupo e toma uma decisão baseada nessa bagagem cultural, carregando preconceitos de uma elite atrasada, me faz pensar se dentro dos milhares de cargos abertos — que jaziam extintos na era FHC — pelo governo Lula, isso seria regra ou exceção. Sei que no caso da magistratura ou do MP a "origem" sempre teve peso. A fulana é filha de desembargador, o fulano é filho de juiz, o beltrano é neto do fomoso advogado, etc. Digo isso porque não me conformo com a relação que a promotora Lisiane Villagrande nutriu ao longo dos anos com os latifundiários da região de São Gabriel. As declarações sobre o “ profissionalismo” da Brigada Militar que determinou o assassinato de Elton Brum da Silva, 44 anos, me causa repulsa. Espero que além da investigação da morte de Elton, também a ação da promotora seja investigada, para o bem do MP Estadual.
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