Visitei neste final de semana a comunidade de Faria Lemos, distrito de Bento Gonçalves, uma das regiões de maior produção de uva da região da serra. Apesar da paisagem maravilhosa, a comunidade está apavorada com a devastação ocorrida na semana passada (03) quando um tornado destruiu grande parte dos parreirais locais, além de ter destelhados casas e pavilhões.
Os agricultores ainda reclamam da omissão e da falta de apoio do governo do Estado com o assunto, e apontam que as seguradoras se negam a pagar o prejuízo, mesmo com seguro total contra vendaval. Muitos agricultores estavam indignados, pois, segundo eles, pagaram pelo seguro total e a apólice cobre apenas granizo (AQUELAS VELHAS LETRINHAS MIÚDAS DOS CONTRATOS). Eu sou leigo no assunto,mas posso assegurar que de uma forma ou de outra as seguradoras devem arcar comos prejuízos. Se um agricultor vai ao banco fazer cobertura contra intempérie ele não sabe o que vir do tempo, por isso é de fundamental importância que ações coletivas sejam movidas para que o prejuízo não seja abraçado sozinho pelos agricultores de Faria Lemos.
Um exemplo de união da comunidade é o fato de que dezenas de agricultores do município vieram ao socorro dos agricultores de Faria Lemos, assim como a prefeitura, que colocou a estrutura local a disposição. No entanto, ainda não sabem como vão fazer para cobrir o prejuízo.
O agricultor Loreno Cristofoli, proprietário de uma qualificada cantina local, lamenta que a cada ano, mais e mais agricultores, e principalemente seus os filhos desses, estão abandonando o campo em busca de oportunidades nas grandes cidades. Loreno faz uma alerta para que o governo invista enquanto é tempo na permanência do homem no campo e na diversificação da produção como forma de garantir o alimento na mesa do trabalhador brasileiro..
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