Magnífico texto do filósofo esloveno Slavoj Zizek, em artigo para o jornal El País, 24-03-2010 sobre o ganhador do Oscar, "Guerra ao terror", com sua "humanização" do soldado, evita a pergunta chave: o que o Exército norte-americano faz no Iraque? Dois filmes israelenses sobre o Líbano usam o mesmo truque. O material está no site do Instituto Humanitas Unisinos - IHU e a tradução é de Moisés Sbardelotto.
Quando "Guerra ao terror", de Kathryn Bigelow, conquistou os principais Oscars frente a "Avatar", de James Cameron, essa vitória foi percebida como um bom sinal do estado das coisas em Hollywood: uma modesta produção pensada para festivais do tipo Sundance e que, em muitos países, nem sequer havia obtido uma grande distribuição, supera claramente uma superprodução cuja brilhantez técnica não pode dissimular a plana simplicidade de seu roteiro. Então Hollywood não é só uma fábrica de grandes sucessos de bilheteria, mas também sabe apreciar esforços criativos marginais?
É possível, embora seria preciso matizar: com todas as suas mistificações, "Avatar" claramente toma partido pelos que se opõem ao complexo industrial-militar mundial, retratando o Exército da superpotência como uma força de destruição brutal ao serviço de grandes interesses industriais, enquanto "Guerra ao terror" apresenta o Exército norte-americano de um modo plenamente de acordo com sua própria imagem pública neste nosso tempo de intervenções humanitárias e de pacifismo militarista. Segue....
É possível, embora seria preciso matizar: com todas as suas mistificações, "Avatar" claramente toma partido pelos que se opõem ao complexo industrial-militar mundial, retratando o Exército da superpotência como uma força de destruição brutal ao serviço de grandes interesses industriais, enquanto "Guerra ao terror" apresenta o Exército norte-americano de um modo plenamente de acordo com sua própria imagem pública neste nosso tempo de intervenções humanitárias e de pacifismo militarista. Segue....
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