21 de set. de 2010

O Crack e o PIG guasca

Quem olha a manchete do PIG guasca de hoje (21) acha que eles estão preocupados com essa chaga do crack, e até parece que é positiva para o governo, no fundo é pura políticagem. Na realidade é uma maneira sutil de acusar o governo Lula de lento e de burocrata nos temas da saúde. Veja a chamada antes do título " quatro meses depois ", é pura maldade.  O engraçado é que o governo Yeda e o de Fogaça sempre passaram de lombo liso pela mídia em todos os temas ligados à saúde e a falta de investimentos.

Aliás, sobre o crack,  tenho a dizer que a mídia guasca nunca deu bola para os milhares de pobres que morriam diariamente na periferia de Porto Alegre  (faz 5 anos). Começaram a se interessar pelo tema quando há dois anos, playboys e filhinhos de papai começaram usar a droga e morrer,  ou saquear os bens de seus pais de classe média para sustentar o seu vício. 

Quem me elertou por esse interesse seletivo do PIG guasca sobre os usuários de  crack foi uma amiga que mora numa das vilas mais pobres da cidade de Porto Alegre e acostumada a vivenciar a morte de dezenas de jovens pobres e negros, vítimas do crack,  ou assassinados pelos traficantes.  Segundo ela, cançaram de ligar para o DG denunciando chacinas e de desova de corpos de usuários pobres,vítimas de crack. Segundo ela, durante anos ocorreu chacinas diárias nas vilas por acertos de contas entre líderes do tráfico e usuários pobres, sem dinheiro e em fase terminal. Isso sim era problema sério e nunca foi pauta, era mais uma estatístisca dos jornais e nas rádios. A própria Brigada Militar dizia que aquilo era acerto de contas entre traficantes. Só foram acordar para o tema quando filhos de amigos da classe média, profissionais liberais, amigos e colegas começaram a usar a droga e acabar com a suas vidas e de suas famílias. 

A partir dessa dura realidade que não escolhe classe, nem cor, que a mídia começou às campanhas, às mobilizações e selinhos de crack nem pensar. As cracolandias sempre estiveram nos mesmos lugares nas grandes cidades, pena que o PIG tenha acordado tarde para o problema.

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