7 de jan. de 2009

Aod em Prosa e verso

A cobertura que a RBS está fazendo (07/01) sobre a saída do secretário da Fazenda Aod Cunha é cômica, ridícula, e por fim,esperta. Entrevistas com a governadora, com o secretário da Fazenda, entrevista com o cabeleleiro do AOD, tudo em nome do "sucesso" do chamado déficit zero. No site do Estado está uma manchete retumbante"Modelo gaúcho de gestão tornou-se uma referência e será exportado, diz Yeda" . Modelo de gestão a ser exportado ? Qual ? o das estradas estaduais em petição de miséria, o da falta de investimentos em saúde, o da ausência do Estado na segurança pública ? O mais engraçado é que no mesmo dia da saída desse "gênio da economia" com sua fórmula mágica, foi publicado no site da Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul o aumento recorde do número de homícidios. Foram 1.641 homicídios em 2008 e um aumento de 4% em relação a 2007. Porto Alegre está em primeiríssimo lugar com 406 mortes e o Rio Grande do Sul tem um assassinato a cada 5 horas. Será que esse modelo também não será copiado pelo mundo ? O "jornalista" Lasier Martins parecia ter orgasmos ao entrevistar o mago da economia e ainda deu dicas para que ele aceitasse o convite do Banco Mundial (só que o próprio Aod não falou que foi convidado). Amanhã, provavelmente, umas 10 páginas sobre o sucesso de Yeda e de seu pupilo será nos presenteado em ZH. Quem sabe o Lair Ferst o convida para tomar um chopinho pra comemorar com Yeda a descoberta de mais um gênio gaúcho desse governo.

Um comentário:

  1. Se deficit zero significa obras zero, melhor dever alguma coisa e ter, por exemplo, a RS 118 duplicada e transitável. Acredito que não haja, na região metropolitana de Porto Alegre, estrada em piores condições do que aquela, por onde transitam milhares de pessoas e milhões de reais em cargas todos os dias.

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