Entidades ligadas à agricultura e aos municípios gaúchos reuniram-se (06) no gabinete da Presidência da Assembleia Legislativa para discutir sugestões de combate à seca que já devasta a economia e ameaça o norte e o noroeste do estado. A reunião foi convocada pelo presidente da Casa, Ivar Pavan (PT) e contou com a participação dos deputados Edson Brum (PMDB, presidente da Comissão de Agricultura), Dionilso Marcon (PT) e Adroaldo Loureiro (PDT), lideranças da Federação dos trabalhadores na Agricultura (Fetag), Farsul, Fetraf-Sul, MST, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Fecoagro, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Coredes e Ocergs.
Ficou acertado a realização de uma audiência pública, na próxima semana, com a presença de ministros e secretários de Estado, para tratar do problema, além de unificar a pauta e as ações do movimento e transformar as reivindicações, já conhecidas dos governos, em um único documento. Até agora já são 182 municípios que decretaram situação de emergência no Rio Grande do Sul por causa da seca.
O quadro apresentado pelos participantes foi de grande preocupação. Para enfrentá-la, a maioria dos participantes apontou a necessidade de os governos estadual e federal implantarem medidas emergenciais como a anistia de dívidas até um determinado valor, e da semente no troca-troca, a criação de uma bolsa estiagem para manutenção das famílias na propriedade e até um fundo de reserva, a exemplo do existente para a região nordeste brasileira, que garanta recursos emergenciais às famílias de agricultores. O deputado Dionilso Marcon afirmou que o governo do estado tem recursos para ajudar os agricultores e precisa agir antes que seja tarde.
As medidas estratégicas para combater o problema ambiental, que envolva o reequilíbrio do meio ambiente e estabeleça uma política de prevenção à secas, será discutida mais adiante, após ser revolvida a situação emergencial. Jairo Boelter, da Fetraf-Sul, defendeu que é hora de o Governo do Estado implantar seu anunciado programa de irrigação.
Para Adelar Pretto, do MST, é preciso atacar a causa do problema, que, segundo ele, está na degradação ambiental e segundo o representante da Farsul, Jorge Rodrigues, a economia gaúcha sofrerá prejuízos da ordem de R$ 730 milhões com a estiagem atual. “São recursos que deixarão de circular no comércio e setor de serviços, com perdas nas safras de grãos e na produção do leite”. Fonte: Agencia AL/RS: Gilmar Eitelwein - MTB 5109
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