Em decorrência da versão disseminada nos meios de comunicação sobre a sessão de votação da admissibilidade do pedido de impeachment da governadora, na noite de quinta-feira (8), esclareço que:
1- Não falei, não toquei, não fiz qualquer ameaça à relatora do processo, Zilá Breitenbach (PSDB) e nem “dei tapa” em microfone;
2- A versão disseminada pelo PSDB e pelos aliados da governadora Yeda Crusius não condiz com a realidade dos fatos e se configura numa tentativa desesperada de vitimizar, perante a opinião pública, os verdadeiros algozes do povo gaúcho;
3- A violência praticada durante a sessão partiu daqueles que, para atingir seu intento, rasgaram a Constituição, o Regimento Interno do parlamento e a legislação que estabelece o rito do processo;
4- Afronta à população foi o fato de o presidente da comissão especial ler o parecer do Procurador-Geral da Assembleia Legislativa e agir no sentido oposto, garantindo voto a um deputado sem representação na comissão, pois já mudara de partido, mas decisivo para aprovar a farsa. Sem ele, não haveria quorum – maioria absoluta – para assegurar o arquivamento do processo contra a governadora;
5-Desrespeito ao povo foi decisão do presidente e da relatora de ignorar o material sob sigilo, de não ouvir o MPF e os signatários do pedido de afastamento da governadora e de desconsiderar as reuniões subscritas por dez deputados para a realização de diligências. Ao invés disso, dedicaram-se à produção de um relatório chapa branca que encobre a verdade e envergonha o Rio Grande do Sul.
Deputado Raul Pont
Vice-líder da Bancada do PT na Assembleia Legislativa
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