10 de mar. de 2009

Choque de gestão no velho oeste


O presidente da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e mais dois assessores viram como se cobrava às dívidas no velho oeste. Ao ver o empreiteiro Marcelo Vargas sacar um revolver e exigir que a Corsan, a empresa que lhe deve uma suposta conta de R$ 183 mil reais há quase um ano não teve dúvida, pagou. Brincadeiras à parte, cabe destacar que o ato de desespero do empreiteiro se deve ao fato de que em setembro de 2008 , quatro diretores da antiga Superintendência do Vale do Sinos, com sede em Canoas, foram demitidos por suspeita de irregularidades constatadas em uma sindicância em oito contratos de obras e prestação de serviços, totalizando R$ 140 mil, entre setembro e dezembro. Outras 80 notas de serviços prestados tiveram os pagamentos suspensos temporariamente. Entre elas, as emitidas por Marcelo. Passados quase seis meses sem resultado da sindicância, o empreiteiro, afogado em dívidas, e tendo credores batendo a sua porta, achou por bem agir à moda do velho oeste. Já que a governadora Yeda gosta tanto dos métodos da iniciativa privada, deveria cobrar de seus subordinados o fato de um prestador de serviço ficar mais de seis meses sem receber uma resposta sobre o que lhe é devido ou não. Sobre o fato da diretoria da Corsan, ontem, anunciar 'lucro" recorde de R$ 211,9 milhões, fica a pergunta. A Corsan é um banco ? ou deveria investir esses recursos em obras de saneamento em municípios que despejam esgotos diretamente em nosso rios e córregos. Quero lucro zero e menos esgotos a céu aberto em nossas cidades.

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