9 de mar. de 2009

Via Campesina denuncia agronegócio


Mais de 700 mulheres da Via Campesina ocuparam a Fazenda Ana Paula, de propriedade da Votorantim Celulose e Papel, no município de Candiota. A ocupação foi iniciada com o corte de eucalitpo na área. Segundo nota da Via Campesina , a Votorantin foi ma das responsáveis pela especulação contra a moeda brasileira e e de provocar prejuízos à nação com a crise financeira. Além disso, a nota denuncia que a a VCP recebeu R$ 6,6 bilhões do governo brasileiro para adquirir a Aracruz Celulose, através da compra de metade da carteira do Banco Votorantim e de um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social –BNDES.

O custo da compra foi de R$5,6 bilhões.A VCP havia prometido gerar 30 mil empregos no estado e mesmo recebendo recursos e isenções fiscais dos governos federal, estadual e de municípios, a Aracruz causou a demissão de 1,2 mil trabalhadores em Guaíba, entre trabalhadores temporários e sistemistas, e a VCP outros 2 mil na metade sul.

Segundo a Via Campesina os protestos servem também para denunciar que o governo sustenta o agronegócio e as empresas transnacionais do setor exportador, especialmente da agricultura, no quadro da crise econômica mundial, enquanto deixa em segundo plano os trabalhadores rurais, a pequena agricultura e a Reforma Agrária. A nota da Via afirma que agronegócio demitiu 134 mil pessoas em todo país, o segundo setor que mais demitiu com a crise econômica, apesar da alta lucratividade do último período e os investimentos do governo. Em 2008, o BNDES desembolsou para os setores da mineração, agropecuária, celulose e papel cerca de R$ 17 bilhões. Do total de R$ 1,51 trilhão previsto para o período entre 2008 e 2011, somente o agronegócio tem previsão de R$ 45,1 bilhões em investimentos. Também foram realizados protestos hoje em Brasília, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná.
Foto: Eduardo Seidel

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