1 de out. de 2009

Agricultura familiar produz mais em menor área

O Censo Agropecuário 2006 traz uma novidade: pela primeira vez, a agricultura familiar brasileira é retratada nas pesquisas feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE).Foram identificados 4.367.902 estabelecimentos de agricultura familiar que representam 84,4% do total, (5.175.489 estabelecimentos) mas ocupam apenas 24,3% (ou 80,25 milhões de hectares) da área dos estabelecimentos agropecuários brasileiros.Apesar de ocupar apenas um quarto da área, a agricultura familiar responde por 38% do valor da produção (ou R$ 54,4 bilhões) desse total. Mesmo cultivando uma área menor, a agricultura familiar é responsável por garantir a segurança alimentar do país gerando os produtos da cesta básica consumidos pelos brasileiros.
O valor bruto da produção na agricultura familiar é 677 reais por hectare/ano.Os dados do IBGE apontam que em 2006, a agricultura familiar foi responsável por 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38% do café , 34% do arroz, 58% do leite , 59% do plantel de suínos, 50% das aves, 30% dos bovinos e, ainda, 21% do trigo. A cultura com menor participação da agricultura familiar foi a soja (16%).
O valor médio da produção anual da agricultura familiar foi de R$ 13,99 mil.Outro resultado positivo apontado pelo Censo 2006 é o número de pessoas ocupadas na agricultura: 12,3 milhões de trabalhadores no campo estão em estabelecimentos da agricultura familiar (74,4% do total de ocupados no campo). Ou seja, de cada dez ocupados no campo, sete estão na agricultura familiar que emprega 15,3 pessoas por 100 hectares. Fonte: MDA

2 comentários:

  1. O pessoal, a desgovernada agora tem um blog. Vejam só:

    http://www.blogdayeda.com/

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  2. Do Blog do NOBLAT...
    Censo revela que acesso ao solo é mais desigual que distribuição de renda no país

    De Cássia Almeida, Letícia Lins e Anselmo Carvalho Pinto:

    Se a desigualdade de renda no Brasil já escandaliza, a concentração no uso da terra impressiona ainda mais. E o que é mais grave: a distribuição piorou nos últimos dez anos.

    O Censo Agropecuário, que visitou mais de cinco milhões de fazendas em 2006 e foi divulgado ontem pelo IBGE, mostrou que há muita terra na mão de poucos. O Índice de Gini do uso do solo no Brasil é de 0,872, muito próximo de um, o que indicaria o nível máximo de concentração.
    REFORMA AGRÁRIA JÁ!!!

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