Zé H dominical abre suas páginas 4 e 5 para "denunciar" que o Incra está fazendo uma devassa nas terras da fazenda Annoni para investigar supostas vendas e ou arrendamentos de terras . O que a matéria do jornalista Carlos Wagner "esquece" de dizer é que o Incra tem a obrigação de fiscalizar toda e qualquer irregualridade que possa existir, e que a maioria dos colonos e o próprio MST não concorda e não participa de nenhuma irregularidade que alguém possa ter cometido. As regras para ocupação das terras são claras e quem vende de boca ou arrenda suas terras deve sim perder o direito ao uso da terra, ponto. Na realidade o que a matéria traz no seu bojo é uma articulação política para criminalizar o MST, impedir a Reforma Agrária e proteger os interesses do agronegócio, do latifúndio e dos que controlam a terra para fins comerciais . Quem acompanha o dia-a-dia da mídia guasca sabe do que falo e de quem falo.
Para nós, cidadãos urbanos, que vivemos em apartamentos apertados, em áreas verticais, sabemos muito bem o que significa o cu$to e o uso da terra, mesmo não sendo um agricultor sem-terra. Nas grandes cidades, em áreas menores que metade de um campo de futebol, há cosntruções que abrigam até 2 mil pessoas. Não nos damos conta do que representa a falta da reforma agrária no Brasil e a concetração do latifúndio no aumento do nosso custo de vida, seja ele para morar ou trabalhar, e é claro, do ponto de vista social e econômico.
Imaginem 100 campos de futebol do tamanho do Beira-Rio ou do Olímpico nas mãos de uma única empresa multinacional ou de um único dono, que provavelmente não possua matricula de compra de toda essa terra (grilagem). Pois bem, nessas terras passam rios, riachos e têm florestas nativas, e em muitas vezes são devastadas para atender ao interesses do agronégocio com a plantação de eucaliptos ou a monocultura de soja ou da cana-de-açucar.
Junto com isso vem o êxodo rural e a concetração da miséria nas grandes cidades, gerando desemprego, falta de infraestrutura e a criminalidade. O Censo da Agricultura Familiar comprova que o latifúndio gera apenas 1,7 emprego no campo para cada 100 hectares , enquanto que na agricultura familiar gera 15 empregos, além da renda que quase dobra em relação aos grandes latifúndios.
A concentração de terras no Brasil é tão grande e tão desigual que é possivel afirmar que nossas terras estão sendo ocupadas de forma silenciosa, por centenas de empresas, que veem nelas uma forma barata de obter lucro, alimentando a pobreza e a concetração da renda. Mais de 75% das terras agricultáveis são ocupadas por esses barões medievais e somente 25% da nossa terra está nas mãos de quem realmente coloca a comida na mesa do brasileiro. O Censo da agricultura familiar comprova isso.
Se ainda não nos demos conta da desigualde social que a concentração da terra produz e dos interesses dos grandes Barões da Mídia e de seus aliados, é porque estamos muito ocupados em trancar portas, colocar câmeras de segurança em nossas casas e clamar por mais segurança. Não entendemos ainda que a violência não é a causa, mas a consequência da concentração da renda e das terras nas mãos daqueles que sempre usaram e abusaram dos trabalhadores, inclusive de forma escrava.
Kiko!a fazenda das laranjas tem mais de 10mil hectares,e a southal
ResponderExcluirtambem.tem varias fazendas improdu
tivas por este brasil afora com 15,
20,25,30 mil hectares servindo para
especulação e demonstração de poder
e que não pagam imposto.
PS: atrase o pagamento do teu iptu
prá tu ver,rapidinho teu ap tá na
divida ativa.ai se não pagar vira
sem teto sem dó nem piedade,se você
aida fosse um fazendeiro parasita,
ou amigo do gilmar mendes vc não
precisaria se preocupar...abç...
ZéH a dona da verdade... para quem? Vejamos o Exemplo da Argentina e da lei da mídia. Basta do Monopólio!!!
ResponderExcluir