2 de set. de 2009

Lembranças: Three Stooges guapos

A imagem abaixo me lembra dos filmes dos Três Patetas na década de 1970. O problema é que os senhores abaixo serão os responsáveis pela "defesa da honra" do governo Yeda na CPI da Corrupção. Segundo o deputado Coffy Rofrigues (esquerda) uma banca de advogados será contratada e paga pelo PSDB para dar apoio juridico aos deputados da base do governo na CPI. Ah ! e terão maioria na Comissão


A segunda vez e gente nunca esquece

"Vamos fazer um arrastão nessa cidade, foge", foi com essas palavras que um dos 20 assaltantes avisou ontem (02) pela manhã um morador da cidade de Boqueirão do Leão segundos antes de limparem simultâneamente o Banco do Brasil, o Sicredi e o Banrisul. O pior de tudo é que essa foi o segunda onda de assaltos na cidade em menos de 30 dias, o primeiro vitimou o vereador Jandir Bianchini (PMDB), 50 anos, morreu baleado por um PM ao ser confundido com um dos assaltantes. Segundo relatos, era ladrão para todos os lados. Quando falo que esse governo não possui política de segurança pública é porque o modelo copiado do governo anterior é baseado na divisão, na politicagem e na falta de inteligência. Hoje as facções criminosas predominam, trabalham com verdadeiros pelotões de ladrões, com rapidez e inteligência, coisa que falta na segurança pública. Imaginem o trauma desses cidadãos ? Em matéria de assaltos coletivos, a segunda vez a gente nunca esquece.

1 de set. de 2009

Xô corrupção !

Notaram que a CPI da Corrupção, a cada dia, sai do foco da grande mídia ? Eu não falo, tu não reproduz, nós não criticamos etc e se foi. Aliás nota-se também que a mídia guapa paulatinamente dá ao deputado Coffy Rodrigues (PSDB), relator da CPI, a importância que ele não tem. A forma tem mais importância que o conteúdo, ou seja, se roubaram isso não é importante , mas sim o regimento interno , a forma, os saberes jurídicos e bla bla bla. Serão 120 dias de muito silêncio e muita hipocrisia. Se a "maioria" vai prevalecer pelo menos que haja muita pressão popular e olho nos deputados. Não tem acordo com essa gente, eles querem é salvar o palanque de Serra para 2010 e o resto que se dane. O que o MPF e a PF fizeram foi levantar a podridão da turma do governo do PSDB e do PMDB guapo, na CPI cabe revelar o que está guardado, e tem muita coisa..

31 de ago. de 2009

Quando começa a nova fase Yeda-Serra ?

Hoje a mídia guapa retomou a sua normalidade. Na sua cruzada vespertina Lasier Martins entrevista o comandante-geral da Brigada Militar e levanta a bola pra ele bater no MST sobre os supostos crimes do MST, denunciados pela Veja. Do assassino do sem-terra, Elton Brum da Silva, em São Gabriel, nada. Dali, Lasier salta para a pauta do ex-comandante da BM de Canoas, tenente... (ahahhaa) Bondan e acabou . Aliás muito interessante a matéria sobre a falsa farda da BM. Deixa a BM no foco mas tira do eixo do sem-terra assassinado (muito bem pensando, brilhante, quase uma formula matemática). Nossa governandora Yeda simplesmente esfumaçou, desapareceu nesses 15 dias , só vi ela com a vaca da Expointer. Nosso indomável Lasier fincou o pé no pré-sal e tentou de todas as formas FFF..... Lula e Dilma no atacado afirmando sutilmente que o projeto é uma farsa. Quem acredita que nossa mídia é isenta fica minha imprensão: Quando começa a nova fase da governadora e o aparecimento do Serra no RS ?

30 de ago. de 2009

Maria Rita: Não Deixe O Samba Morrer

Rio Grande dá exemplo na área de segurança

Rio Grande dá exemplo na área de segurança é o título da matéria do jornalista Humberto Trezzi em Zé H Dominical para bombar a participação do Rio Grande do Sul na 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública. Quem lê o título e os subtítulos da matéria até toma coragem de passear no Parque da Redenção depois que escurece, ou deixar tranquilamente seu carro estacionado nas ruas da Capital campeã em roubo e furto de veículos. Aliás os gaúchos até podem achar que estamos nivelados com a Suécia ou Finlândia na área da segurança pública.

Nessa semana (23) o comandante d0 15º BPM de Canoas, tenente-coronel Bondan foi "tirado" do posto devido a truculência e violência de seus subordinados contra trabalhadores tendo como a gota d'água o brutal espancamento de um motorista de ônibus que parou em frente a um posto de BM daquele município para pedir ajuda a uma senhora que estava passando mal. Recebeu um "diálogo da BM" num beco escuro, que até agora lhe rende pavor e medo do dito encontro.

Quem tem casa no litoral gaúcho sabe que a qualquer momento pode receber a notícia de que sua residência foi literalmente levada, tamanha a falta de segurança. Nossos presídios estão superlotados e sem às mínimas condições de atender o objetivo de recuperar o apenado. Hoje, na realidade, são verdadeiros barris de pólvora, fermentando roubos e assaltos, executados por soldados de facções, que de fora dos presídios obedecem ordens via celular. No litoral norte a Penitenciária Modulada de Osório está interditada devido a falta de espaço, de higiene e de condições de trabalho para os servidores da segurança. Semana Passada o Conselho estadual Saúde denunciou na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia a total falta de estrutura de saúde no sistema prisional.

O que mais me irrita nisso tudo é a sutileza da mídia guapa em montar, pelo menos nos jornais, uma politica de segurança no Estado, mesmo que o Estado nem saiba o que isso signifique, e tente,sofisticadamente, limpar às mãos de muita gente grande perante ao leitor.

A matéria, lida atentamente, mostra que todas as ações alí expostas não não tem nada a ver com uma política de segurança pública do RS, mas sim, iniciativas isoladas de algumas lideranças políticas, bombeiros, profissionais da saúde, prefeitos, policiais e até mesmo de apenados.

Passados três anos de governo Yeda, lamentavelmente, a falta de uma política de segurança pública só faz aumentar a violência e o crime organizado. Quadrilhas se espalham pela terra guapa, assaltam vários bancos de forma simultânea, além do alarmante aumento do roubo de cargas e de depósitos de grandes redes atacadistas. Sobre o tráfico de drogas não precisa nem falar mais nada, pois está tudo liberado.

A quantidade exorbitante de carros furtados ou roubados mensalmente em Porto Alegre elevou o seguro de automóvel a tal ponto que já se paga valores semelhantes aos patamares estipulados pelas seguradoras em áreas de conflitos militares de baixa intensidade. Há ! vou deixar de fora os assaltos, que só entre taxistas, já vitimou cinco profissionais na Região Metropolitana e em Porto Alegre em 2009.

Então, aproveitem o sol de domingo e a tal sensação de segurança dada pela mídia guapa.

Lembrando Chomsky, por Marcos Rolim

Quando as pessoas dominam verdadeiramente um tema, se fazem compreender facilmente, porque falam com simplicidade. Simplicidade não é o mesmo que superficialidade. É possível dizer coisas importantes e profundas de forma clara, mesmo quando tratamos de assuntos bem complicados. Por outro lado, quando o falante começa a entrelaçar conceitos que remetem a outros conceitos; quando suas palavras formam círculos que impedem qualquer afirmação, o discurso vira um refúgio e, nesta metamorfose, o que se propõe não é mais um diálogo, mas uma encenação.Um dos críticos deste mau uso das palavras é Noam Chomsky, um dos grandes intelectuais de nosso tempo, a quem devemos descobertas que revolucionaram a linguística. Chomsky nunca entendeu o significado de expressões como, por exemplo, “dialética”.

Para ele, sempre que alguém lhe tentou explicar o sentido do conceito, ou dizia algo sem sentido, ou produzia uma verdade trivial. Brincando com suas próprias posições, Chomsky diz que talvez lhe falte um gene para entender palavras do tipo. No interessantíssimo Para Entender o Poder (Bertrand Brasil, 2005), o polêmico dissidente americano concluiu que, por trás de conceitos assim, há muita “falcatrua”. Chomsky tem sido, também, um dos mais importantes críticos do papel da imprensa, o que explica a razão pela qual não costuma ser muito “popular”. Uma de suas teses sustenta que a imprensa não vende jornais.


O verdadeiro produto que a imprensa vende é seu público e quem compra este produto, é claro, são os anunciantes. Talvez, dito assim, soe muito simples. Mas o que há de verdadeiro nesta simplicidade é seu incômodo.O jornalismo precisa ser simples, porque seu desafio é o de alcançar o maior número de pessoas, informando-as. O que não significa que precise ser superficial. Nas primeiras horas após a desocupação da fazenda Southall, tínhamos um sem-terra morto. Depois, com as informações de que a vítima não estava armada e que foi alvejada pelas costas, o que passamos a ter foi um assassinato. Ou, se a linguagem jurídica for preferível, um homicídio. O MST não “ganhou um mártir”, como se chegou a afirmar, porque a conclusão faz crer que o impróprio no disparo é seu efeito político, não o cadáver.


Os relatos colhidos sobre o que foi feito pela Brigada Militar apontam não para uma “operação desastrada”, mas para a prática da tortura contra dezenas de pessoas. Não há desastre ou “erro” na tortura, há vergonha e crime. Simples assim. E se uma representante do Ministério Público anuncia que a operação policial demonstrou “profissionalismo”, então há um espanto que precisa ser explicado, para que o próprio Ministério Público não se confunda com o “Ministério da Verdade” de George Orwell e sua “novilíngua”. Na distopia proposta pelo livro 1984, um dos conceitos criados pela “novilíngua” era “duplipensar”.


Com a expressão, o governo totalitário pretendia induzir os indivíduos a conviver simultaneamente com duas crenças opostas, aceitando ambas. Uma polícia que atua com profissionalismo não tortura, não humilha e não produz cadáveres. Não há “dialética” a ser invocada e não dizê-lo claramente é amparar a mão que puxou o gatilho. Simples assim. Ou, talvez, me falte um gene para compreender a covardia. marcos@rolim.com.br

28 de ago. de 2009

Qual é o nome do menino? By Carta Capital

Carlos Leonam e Ana Maria Badaró
Esdruxulices nas certidões de nascimento viraram folclore há muito tempo, entra geração, sai geração. Mesmo em tempos saturados de Suelens, Ostos e Maicons, nomes, digamos, exóticos não deixam de despertar curiosidade. Um jovem pediatra do interior paulista reuniu e divulgou na internet uma lista de antropônimos, mais conhecidos na roda de samba como nomes próprios ou de batismo, que nos últimos anos frequentaram seus prontuários e os de outros doutores. A relação preparada pelo médico começa por revelar a devoção de alguns pais por seus ídolos.
Quem paga o preço na pia batismal é a ingênua criança. Valdisnei, por exemplo, é uma deferência ao eterno Walt Disney; Usnavi é o nome do filho de um aficionado por navios americanos e Kallison Bruno homenageia o grupo KLB (Kiko, Leandro, Bruno). Consta na lista um “famoso” caso registrado no Recife: Xerox é o pai e Fotocópia e Autenticada as filhas, note-se, em idades decrescentes. Não é difícil identificar os ídolos incensados por quem registrou os seus miúdos como Maycom Gérquiçom, Maiquel Edy Marfy, Boniclaide, Erriporter. O que dizer da dupla de irmãos Kalifornia Drim e Roliúde dos Santos; de Letisgo, João Le Não, Istiveonder, Aga Esterna e Harlei David Son? Pedimos desculpas pelo nosso trocadilho cretino, mas, como comentou cirurgicamente o pediatra, o menino motocicleta é um perfeito born to be wild. Antigamente, pelo menos, os ídolos eram homenageados na batatolina: Shirley (Temple), Clark (Gable), Odilon (famoso ator teatral), Juscelino (JK), Brigitte (Bardot), Glauber (Rocha), etc., etc., etc.
Tivemos, também, naqueles tempos do século passado, muitos Benitos (Mussolini), Lenines e até um Adolfo Hitler (cujo sobrenome preferimos manter oculto). Carnavalescamente, um famoso paulistano registrou um filho como Rodouro Metálico (famoso lança-perfume), que mudou de nome quando cresceu. Os craques da Copa de 70 não serão esquecidos se depender dos pais que juntaram as primeiras sílabas dos nomes de Tostão, Pelé, Rivelino, Carlos Alberto, Gerson e Jairzinho para chamar o filho de Tospericagerja. Pra frente Brasil.
Já pensou se o menino virar um fenômeno da bola? Apelido já. Que tal Copinha? Voltando a outros tempos, também remotos, lembremos dos grandes craques que sempre inspiraram nomes de batismo famosos. Começando por Ademir da Guia, filho do imortal Domingos – que levou Armando Nogueira a criar um antológico título para uma entrevista com jogador palmeirense: “Ademir da Guia, nome, sobrenome e futebol de craque”. Foi o tempo dos Ademires, Leônidas, Jurandires, Baltazares, Evaristos e tantos outros ases da pelota. O médico adverte para nomes que não deixam as enfermeiras saírem gritando pelos corredores dos hospitais e postos de saúde, como Caralhecida e Urinoldo Alequissandro. Outras crianças requerem uma língua afiada para ser chamadas, como a trinca de petizes da família Silva: Bilidudilei, Jimibradilei e Darkson Stick Nick.
Um pai fanho batizou o filho de Darzã. Outro progenitor igualmente fanático por cinema deu à sua menina o doce nome de Romixinaide, enquanto o menino “voou mais alto” e se chama Railander. Há nomes mais simples – ou não? – como Eneaotil. Mas tem os quebra-língua consonantais como Kwysswyla (simples, pronuncia-se Quíssila), Pier (de Pierre), Shaite, um tributo ao nosso bravo velejador Robert Scheidt, Geoáite, homenagem à escritora Ellen G. White e Maiquetaiçon.
Sem comentário. O telejornalismo também inspira os pais. Antes de nos despedirmos, desejando ao leitor uma boa noite, ou bom dia, finalizamos a lista com um guri que atende por Uilam Bone. Agora é com você, Fátima. E chegou a vez dos hindus. Agora que Caminho das Índias está na reta final, preparemo-nos para ver nos berçários pequerruchos Rajis, Mayas, Surias, Bahuans, Indiras e Opashis. Cada novela de sucesso corresponde uma enxurrada de crianças com nomes de heróis e heroínas das tramas. Uma lista de nomes próprios por faixa etária, também dos filmes, é a melhor constatação da boa audiência da época. Não é, Brussiulis? • A quem interessar possa. O segundo nome do titular desta página é um anagrama de Manoel, como também Elmano. Sem esquecer o querido compadre Ziraldo, filho de dona Zizinha e seu Geraldo.

Debate: CCDH debate titularização e desenvolvimento sustentável nas terras de quilombos

Ocorreu hoje (28) no teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, a audiência pública da Comissão de Cidadania e Direitos Humano sobre a titularização e desenvolvimento sustentável nas terra de quilombos. O Brasil possui mais de três mil comunidades remanescentes de quilombos reconhecidas e,destas, apenas sete foram tituladas.A titularização e políticas públicas de saúde, educação, segurança, emprego e renda também serão discutidos nesse encontro.

De volta ao caos

A lama e a corrupção guapa nos faz fugir um pouco das tragédias do dia-a-dia e do cotidiano de nossas cidades. Na semana passada, numa grande concessionária de automóveis de Porto Alegre, um veículo zero foi furtado de dentro da loja, horas antes de ser entregue ao seu proprietário. O ladrão entrou na oficina como se fosse funcionário bateu o arranque e foi embora. Quando o pessoal do Detran chegou para emplacar o veículo, cadê o carro ? Mas não são somente carros novos que estão na mira, carros antigos também e não adianta trancas normais (cadeado etc) pois essas são rapidamente destroçadas. Lamentavelmente na madrugada de ontem um taxista foi baleado e morto quando chegava em casa no bairro Santana, na Capital. A vítima levou três tiros nas regiões do tórax e do abdômen. Ontem havia 3 brigadianos para cada manifestantes na Praça da Matriz, no entanto, quando voltava para minha Casa, não encontrei uma única viatura circulando pelas ruas, isso que havia a tal Operação Centauro da Brigada Militar. É o que dá misturar política e segurança pública. Servidores mal pagos, mal posicionados, pouco treinamento e com comandos incompententes.

27 de ago. de 2009

Imagem do agricultor Elton no acampamento

Edegar Pretto, filho do falecido deputado Adão Pretto envia uma das últimas imagens registradas do agricultor sem-terra Eltom Brum da Silva. A imagem foi registrada num encontro com os agricultores acampados que estavam no acampamento. A imagem tem duas semanas, e segundo relatos, Elton era tímido e cuidava da segurança das crianças do acampamento. No ato da desocupação os homens fazem a primeira linha de proteção, tendo as mulheres no segundo círculo e por último as crianças do acampamento. Ao assumir a morte de Elton o PM deve saber o que fez.

Ato interreligioso marca o sétimo dia da morte de agricultor Sem Terra na Capital

Foi realizado hoje (27), às 17h, um ato interreligioso pelo sétimo dia da morte do agricultor sem-terra Elton Brum da Silva, assassinado pelas costas pela BM,com um tiro de arma de calibre 12, na operação de desocupação da fazenda Southall. O ato teve nicio na frente da Assembleia Legislativa, passou pelo Palácio Paratini e pelo Ministério Público Estadual. O ato foi organizado pela Coordenação dos Movimentos Sociais – CMS e Pastorais Sociais.

BM diz que foi um soldado que matou

A Secretaria de Segurança e a BM emitiram nota agora hoje (27/ 10h30) afirmando que um PM assumiu o assassinato do agricultor Elton Brum. Segundo a versão, o PM teria saido em defesa de um colega e por isso fez o disparo pela costas do agricultor. Isso ainda vai fedeerrr ......

Big Fish


O novo subcomandante-geral da BM, coronel Calixtrato Barreto do Santos, substituto de Binsfield, noticiou que nas próximas 24 horas a Brigada Militar tem a meta de prender 2 mil pessoas, na chamada Operação Centauro. A pergunta que faço é se nessa "meta" também está a prisão do assassino do agricultor Elton Brum da Silva, fuzilado pelas costas com um tiro de arma de calibre 12, desferida pela na BM na operação de desocupação da fazenda Southall. Já está ficando insustentável a posição do comando-geral da BM sobre o assunto. Segundo um oficial da BM com quem conversei, a demora ao apresentar o assassino pode ser comparado ao de um peixe grande (BIG FISH), que quando fisgado, tenta lutar para não sair da água.

26 de ago. de 2009

Brigada Militar matou o homem errado


A Brigada Militar matou o homem errado em São Gabriel. A denúncia foi feita pelo presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, deputado Dionilso Marcon (PT), na sessão plenária desta quarta-feira (26). O parlamentar quer que a governadora Yeda Crusius e a Secretaria da Segurança Pública revelem aos gaúchos o nome do assassino de Elton Brum da Silva e também digam qual sem-terra deveria morrer no seu lugar, durante operação da BM, na Fazenda Southall, em São Grabriel, na sexta-feira (21). Marcon também contesta informações da BM sobre a falta de experiência dos policiais que estavam no local na hora do crime. “Não houve despreparo da corporação e o tiro não foi acidental. A ação foi planejada”, afirmou o deputado, ao esclarecer que Elton era natural de Canguçu e não de São Gabriel, como reproduziu a imprensa a partir das informações da BM. “Ele foi morto por engano. O sem-terra que deveria ter sido assassinado também é negro. Há uma lista de outras pessoas para serem mortas”, advertiu Marcon, que levará as denúncias ao Ministério Público Estadual. A demora em tornar público o nome do autor do tiro que matou Elton também indigna o deputado Raul Pont. “Não é possível ter um sistema de segurança que compactue com o assassinato”, frisou. Para ele, a cumplicidade, a omissão e a conivência da governadora Yeda Crusius com esse episódio é inaceitável. Raul Pont contrapôs a eficiência da BM para apurar os responsáveis pela morte do soldado ocorrida em 1990 na Praça da Matriz durante confronte entre BM e sem-terra com a ineficiência para apontar o assassino do sem-terra de 44 anos. “Naquela oportunidade, a BM teve estrutura, organização e efetivo para cercar o Paço Municipal e tomar depoimentos em busca do pretenso culpado. Agora, essa mesma corporação age com um corporativismo inaceitável. Não é possível ter um sistema de segurança que compactua com o assassinato”, ressalta Pont.

A crise da receita Federal

Do blog Diário Gauche : O comentário inicial lido por Mônica Waldvogel é vergonhoso, antijornalístico, desonesto, porque desmentido ao longo de todo o programa pelos três entrevistados convidados pelo programa. A Globonews perdeu o rumo.Os três convidados são unânimes em afirmar que a politização ocorreu na fase de Lina Vieira, não agora. Mônica atropela as conclusões da mesa redonda, desrespeita os telespectadores ao antecipar conclusões falsas. Principalmente sabendo-se que a abertura sempre é feita após o programa, com base nas conclusões levantadas.O presidente do Sindifisco denuncia o aparelhamento da Receita… por Lina. Mostra que o pedido de demissão coletiva dos antigos superintendentes foi apenas uma antecipação para demissões que ocorreriam. O advogado tributarista nega crise na Receita. Disse que está mais preocupado com as taxas de juros dos bancos e temas mais relevantes.Mônica tenta se socorrer do ex-Secretário da Receita Everardo Maciel, da gestão FHC, pedindo que confirme a politização. Everardo diz que a politização ocorreu com Lina e que agora não há ingerência política, porque é atribuição do Ministro definir o Secretário.Depois disso tudo, Mônica volta ao papo de que Mantega estaria pressionando para não apertar os grandes contribuintes. Os entrevistados negam. Everardo mostra que esse foco nos grandes contribuintes começou em sua gestão. Mônica diz que houve aumento na arrecadação dos grandes contribuintes na gestão Lina. Everardo desmonta com números.Mônica vem com a história da opção do regime de caixa pela Petrobras foi manipulação. Everardo é incisivo: a Petrobras está certa. O factóide criado foi para justificar a queda da arrecadação na gestão Lina - embora diga que a queda tem muitos fatores, entre os quais a crise.Mônica: se fosse tão clara a possibilidade de mudar o regime no meio do ano, não haveria tanta controvérsia.Everardo: a regra é clara e foi feita em 1999 justamente para enfrentar o problema da desvalorização cambial.Mônica: mas até agora a Receita está para soltar um parecer.Everardo e os demais: já foi feito, concordando com a Petrobras. Essa prática existe há muito tempo, não existe qualquer ilegalidade ou manobra contábil.Mônica, balbuciando: a lei foi feita. Houve então uma manipulação da opinião pública?Todos concordam com a cabeça.Aí ela deriva a entrevista para o caso Sarney, perguntando se é legítimo pressionar a Receita para abrandar a fiscalização.O presidente do Sindicato disse que é impossível essa pressão, que nunca essa informação correu na Receita. Disse que sempre trabalhou próximo à chefia da Receita, tanto no governo FHC e Lula, e nunca viu esse procedimento. O chefe da Receita conversa com políticos todos os dias. Mas esse tipo de ingerência é novidade para a gente.Everardo disse que se ocorreu, o momento certo seria na época em que foi feita. Se não fez, cometeu prevaricação.Conclusão final: Lina foi um desastre para a imagem da Receita e caberá a todos os funcionários trabalharem para o resgate de sua imagem.Assista o programa e depois volte à abertura.P.S.: Com uma oposição trapalhona dessas, a Dilma se elege no primeiro turno, em 2010.

Privatização da água no RS, Odebrecht ataca


Essa aí de cima é do blog do José Renato de São Luiz Gonzaga, que está afim de consultar o Pai Ambrósio e o Pai Arnapio pra ver se "tranca" a privataria da água em São Luiz. Aliás, esse tema está caindo de maduro pois o grupo Odebrecht espalha rapidamente seus tentáculos no RS e vende a idéia para os prefeitos de que o problema da água e do esgoto serão resolvidos num passe de mágica, claro, via iniciativa privada. Um dos belos exemplos de gestão pública de água e esgotos é o Semae de São Leopoldo e a nossa valente Corsan que resiste bravamente à gestão Tucana aos moldes do Detran.

25 de ago. de 2009

Marcon exige de Yeda que apresente o assassino de Sem Terra

Na sessão plenária desta terça-feira (25), o deputado Dionilso Marcon (PT) exigiu da governadora Yeda Crusius, da Secretaria de Segurança Pública e da Brigada Militar que apresentem o assassino do trabalhador sem terra, Elton Brum da Silva. O parlamentar também quer garantias do governo estadual de que esse crime seja, de fato, o último confronto do Estado com os trabalhadores. Por conta dessa morte ocorrida na sexta-feira (21), na Fazenda Southall, em São Gabriel, a criminalização dos movimentos sociais voltará à pauta da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos. A audiência pública acontecerá às 9h30 do dia 9 de setembro, na Assembléia Legislativa.As declarações da promotora do Ministério Público de São Gabriel causaram revolta em Marcon. Lisiane Villagrande considerou “extremamente profissional” a ação da BM que resultou na execução de Elton. “Esse é o papel do Ministério Público?”, indagou. Ele também ficou indignado com a truculência da Brigada Militar que montou um forte aparato policial para dominar as pessoas c

O conceito de armas não letais

Peço ajuda aos universitários e aos especialistas para esclarecer qual o conceito de arma letal. Talvez até mesmo o Ministério Público Estadual poderia me dizer. Além de armas de caça, calibre 12, recheadas de chumbo, também a BM utiliza sabres — nas mãos dos brigadianos da foto acima —, tiradas no momento da desocupação da fazenda Southall, em São Gabriel. Essas armas também não são letais ? Há relatos de que mais de 45 pessoas (crianças, mulheres e Homens com H) foram pisoteados pelos cavalos e e tiveram pernas e braços atingidos pelos sabres.

O pagode da vergonha

Há pelos menos 4 meses uma das ruas centrais da cidade de Porto Alegre está bloqueada por uma barraca que teria inicialmente a função de atender a campanha de vacinação de idosos. Desse tempo para cá pelo menos dois terços do tempo a tal barraca permanece fechada. De vez enquando é aberta para atividade relâmpago. Quem conhece o local sabe que a barraca bloquea o fluxo de que chega de carro ou de taxi ao Parlamento Gaúcho ou de quem precisa fazer um retorno. Imaginem se fosse uma barraca do MST, provavelmente, a mídia guapa estamparia na capa que o trânsito foi bloqueado, caos no centro, atrapalhando o transito, o direito de ir e vir etc.. Hoje o pagode corria solto na frente do Palácio Piratini com uma duzia de pessoas em plena terça feira 10h50min. A pagodeira foi organizadao pelo governo Yeda num tal projeto contra à violência, por ironia, três dias depois do assassinato de um agricultor sem-terra pela BM.