
31 de mar. de 2010
Yeda tem espírito de classe

29 de mar. de 2010
Bonequinho da VIVO renuncia.

Porto Alegre, uma cidade genuinamente ecológica
28 de mar. de 2010
Movimento de rádios comunitárias avança

26 de mar. de 2010
O melhor presente de aniversário para Porto Alegre
25 de mar. de 2010
Boinas verdes com rosto humano.

É possível, embora seria preciso matizar: com todas as suas mistificações, "Avatar" claramente toma partido pelos que se opõem ao complexo industrial-militar mundial, retratando o Exército da superpotência como uma força de destruição brutal ao serviço de grandes interesses industriais, enquanto "Guerra ao terror" apresenta o Exército norte-americano de um modo plenamente de acordo com sua própria imagem pública neste nosso tempo de intervenções humanitárias e de pacifismo militarista. Segue....
23 de mar. de 2010
Tarso lidera pesquisa no RS

O pré-candidato do PT ao governo do Estado, Tarso Genro, lidera pesquisa METHODUS realizada nos dias 18 e 19 de março de 2010, que ouviu 1.000 eleitores em 25 cidades do Rio Grande do Sul. Tarso Genro está com 37,1 % das intenções de voto e José Fogaça está em segundo lugar 31,4 %, fora da margem de erro. A senhora governadora Yeda lidera os índices de rejeição da gauchada com 55% .A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, sobre os resultados encontrados.A pesquisa foi registrada no TSE sob número 6211/2010.
Matadores na Capital
20 de mar. de 2010
O aumento da criminalidade e a falta de políticas socias do PMDB e do governo de Yeda
19 de mar. de 2010
Sensação de Segurança, onde está ? Fala PIG
18 de mar. de 2010
Até na titulação o PIG é venenoso
Nos gráficos, ontem (17) , o jornal da Band finalizou com vários segundos de tela com a pergunta da pesquisa de quem conhecia os candidatos. Serra 65 , Dilma 35. Quem olha TV em restaurantes, bares, lojas, salões de beleza (sem áudio) pensa que Serra está dando banho. Os caras são muito venenosos mesmo.
17 de mar. de 2010
Leila Fetter : Sr. Grizotti, um pouco mais de educação
A SRA. LEILA FETTER (PP) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados:
Saúdo a todas as pessoas que vieram acompanhar a votação dos projetos da ordem do dia.
Peço ao presidente que me ouça com extrema atenção tendo em vista o que me aconteceu há poucos minutos. Ao entrar na antessala do plenário desta Casa, fui abordada pelo jornalista Giovani Grizotti, que me disse que, no dia 4, quinta-feira, eu dera presença e havia saído do plenário.
Respondo ao jornalista dizendo que somente desta tribuna é que tenho o poder de esclarecer que realmente dei presença e saí do plenário nessa quinta-feira. Falo somente em meu nome e não dos outros 54 deputados.
O Regimento Interno desta Casa estabelece, de uma forma muito clara, que, em não havendo ordem do dia, o deputado não precisa permanecer no plenário. A grande maioria dos deputados não são de Porto Alegre, são do interior, e vêm aqui cumprir as suas ações, as suas responsabilidades, nas comissões e no plenário, na terça-feira, quarta-feira e quinta-feira.
Desde que aqui entrei, não houve, em nenhuma quinta-feira, ordem do dia para que fosse votado um projeto.
Não inventei as regras e não quero acusar ninguém aqui dentro, só quero poder dizer que a satisfação dos meus atos devo aos meus eleitores. A eles, simplesmente a eles, devo dizer o que faço e o que não faço!
Em toda a minha vida pública não permitirei jamais ser pautada por um jornalista, que aqui vem querendo desmoralizar os deputados.
Quero, jornalista Grizotti, fazer-lhe um convite: o senhor está convidado a me acompanhar uma semana inteira, das sete da manhã até a hora que for necessário, para ver exatamente o que faço aqui na Assembleia ou fora dela, o quanto trabalho com responsabilidade pelo povo do Rio Grande!
É o que fazemos aqui. Não temos hora, não temos dia. Estamos aqui não porque um ou dois querem; estamos aqui porque milhares de pessoas votaram em nós, confiaram-nos seu voto. Estamos nesta Assembleia para defender essas pessoas. É dessa forma que eu ajo, é assim que eu sou.
O senhor tenha, por favor, Sr. Grizotti, um pouco mais de educação ao abordar uma deputada, porque a forma como o fez foi muito deselegante. Eu respeito a todos, mas, da mesma forma como respeito, também quero ser respeitada.
Quero, Sr. Presidente, que a partir de hoje seja formada uma grande discussão nesta Casa para que possamos ter ordem do dia todos os dias, não somente na terça-feira, porque isso é que deixa os vazios pelos quais somos criticados. Não querem saber se saímos daqui e fomos para os nossos gabinetes trabalhar, não querem saber se saímos daqui e fomos a uma reunião lá em Santa Vitória do Palmar para atender as reivindicações da população.
Não, não querem saber!
Querem ser espertos o suficiente para difamar os deputados e deputadas que cumprem o seu dever e que aqui estão todos os dias lutando para que tenhamos um Rio Grande mais humano, mais forte, mais solidário e mais progressista. Muito obrigada. (Não revisado pela oradora.)
O SR. ALEXANDRE POSTAL (PMDB) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados:
Saúdo aqueles que nos prestigiam com sua presença nesta Casa.
Solicitei ao meu líder de bancada, deputado Gilberto Capoani, que me cedesse este espaço de liderança para dar sequência ao debate levantado pela deputada Leila Fetter, da bancada do Partido Progressista.
Esta Casa representa os 11 milhões de habitantes da população gaúcha. Ela não é perfeita, assim como nenhum de nós é perfeito na totalidade, mas é uma fotografia, um retrato daquilo que a sociedade gaúcha definiu no pleito como melhor para os próximos quatro anos, tendo ocorrido a eleição em 2006. Neste ano, em 3 de outubro, a população brasileira volta às urnas para escolher os seus parlamentos.
Pegando o gancho do assunto levantado pela deputada Leila Fetter, não fui abordado, não fui indagado por ninguém da imprensa ainda, mas, nos 16 anos que estou aqui nesta Casa como parlamentar e mais cinco como assessor de deputado, sempre que falta um assunto para encher as páginas de jornais, a mídia, o Parlamento é a vitrine escolhida. Parece que notícias boas não fazem efeito na venda, não criam expectativa, não dão notícia. É mais fácil criticar.
Sras. e Srs. Parlamentares, se voltarmos ao passado, veremos que, em todas as grandes revoluções, as ditaduras que fizeram vez e voz e imperaram em muitos países ao redor do nosso planeta aconteceram quando atacaram os parlamentos. Começam atacando por uma banalidade, por uma firula qualquer e tomam corpo. O melhor, então, é fechar o parlamento, pois, assim, calam as vozes.
Não somos perfeitos, deputada Leila Fetter. Quem sabe muitos colegas, V. Exa. e eu tenhamos mil defeitos, mas levamos à população uma ideia, um projeto, um debate, porque ela nos deu o direito de aqui representá-la.
Talvez para muitos que nos ouvem o mais importante seja votar, votar. Mas votar o quê?
As leis existentes serem cumpridas à risca não seria melhor do que estarmos aqui criando lei ou votando projetos sem nenhum efeito para a sociedade?
O que será melhor? É melhor estarmos aqui quinta-feira, às 16 horas, sentadinhos e bonitinhos escutando um colega, ou é mais importante o deputado Frederico Antunes estar em Uruguaiana à noite atendendo a um convite da CDL ou da Câmara de Indústria e Comércio?
É mais importante para a população que nos elegeu ficarmos paradinhos, sentados, na quarta-feira até às 18 horas, no horário regimental, ou é mais importante visitarmos os Municípios para discutir a falta de habitação, de saúde e de segurança?
Será que ninguém enxerga quando passamos os finais de semana viajando, atendendo ao convite daqueles que votaram em nós?
Por duas vezes, tive a oportunidade de ser presidente nacional da entidade que congrega os 1.058 deputados estaduais. Cada Estado adota o modelo de funcionamento que deseja para sua Casa Legislativa.
Quero dizer às pessoas que assistem a esta sessão que se a Casa Legislativa do povo gaúcho votasse um projeto ao ano, que é o projeto de lei orçamentária, o orçamento para o ano seguinte, já seria suficiente para o Parlamento dizer, com altivez, que fez o melhor para a sua população. Esse é o projeto importante.
Tive oportunidade de visitar parlamentos importantes. No Canadá, por exemplo, o parlamento de alguns Estados se reúne três meses por ano. Outros parlamentos pelo mundo se reúnem seis meses por ano. Não há necessidade de ficar o ano inteiro reunido se não há o que debater.
Estamos passando por um período de transformações. A sociedade brasileira já aprendeu a votar, deputada Leila Fetter. Todo dia estamos votando e no ano seguinte também vamos votar.
Não há mais o problema de falta de liberdade. Querer fazer juízo daquilo que está na consciência de cada parlamentar, de poder retribuir, de fazer o seu trabalho, de enfrentar as urnas, não é admissível. Cabe a cada parlamentar angariar do seu modo e do seu jeito os votos para continuar nesta Casa.
Faço um desafio àqueles que acham que não fizemos nada ou que fizemos pouco: filiem-se a um partido político e coloquem-se no embate da busca do voto para terem representação, para chegarem a esta Casa.
A imprensa tem de ser livre, tem de ter autonomia total, mas que não atue em cima do nosso trabalho, pois cada parlamentar tem a sua consciência. Que não use a pauta para tentar denegrir esta Casa Legislativa, que representa o povo, a sociedade gaúcha.
Parabéns, deputada Leila Fetter! Que tenhamos a coragem de enfrentar o debate e não tentemos escapar porque a imprensa está em cima de nós para tentar nos policiar. Obrigado. (Não revisado pelo orador.)
16 de mar. de 2010
Imprensa Marron ataca deputado
O deputado Dionilso Marcon (PT) criticou, na tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (16), a conduta do jornalista Giovani Grizotti, da RBS. “Este jornalista tem se prestado ao papel de perseguir os movimentos sociais e os parlamentares. Faz isso com os sem terra, com as trabalhadoras rurais, com os caminhoneiros e, agora, com os deputados”, afirmou.Marcon foi abordado na entrada do plenário pelo jornalista, que queria saber por que o parlamentar deu presença na sessão da última quinta-feira e se retirou. “Como não havia votação, registrei a presença e fui para uma reunião no plenarinho com mais de trinta entidades. O trabalho parlamentar não se dá só na hora das votações. Trabalhamos dentro e fora da Assembleia”, explicou o petista.Segundo Marcon, a abordagem feita por Grizotti foi agressiva e desrespeitosa. “Sofri uma agressão moral, que reflete preconceito deste jornalista com os mandatos parlamentares”, assinalouA mesma cobrança foi feita pelo jornalista a outros deputados. A deputada Leila Fetter (PP) e o deputado Alexandre Postal (PMDB) também usaram a tribuna para criticar a postura do jornalista.
Sim ! trabalho escravo no RS
15 de mar. de 2010
Collares tem razão
14 de mar. de 2010
Instituto Millenium: A Conferência de Comunicação particular da direita
"O Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH) é totalitário", "o stalinismo predomina no PT", "temos de ir para a ofensiva", "Vamos acabar com essa história de ouvir o outro lado na imprensa", "governo cínico, cínico, cínico!", "democracia não é só eleição". Frases assim, proclamadas com ênfase quase raivosa, deram o tom no Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, realizado na segunda (01/03), em São Paulo.
O evento, promovido pelo Instituto Millenium, foi uma espécie de Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) particular da direita brasileira, facção grande mídia. Revezaram-se nos microfones convidados internacionais, donos de conglomerados e seus funcionários de confiança. Fala-se aqui da Editora Abril, da Rede Globo, da Rede Brasil Sul (RBS), da Folha de S. Paulo, do Estado de S. Paulo e agregados.
Como se sabe, tais setores resolveram boicotar a I Confecom, um processo democrático ocorrido em todos os estados da Federação, que culminou em uma etapa nacional, realizada em dezembro último. Presentes nesta, cerca de 1300 delegados, entre empresários, movimentos sociais e governo. O total de pessoas envolvidas em suas fases regionais envolveu cerca de 12 mil participantes.
Terceirizando a bílis
Pois o Instituto Millenium fez seu convescote para cerca de 180 participantes. Eram empresários, jornalistas e interessados, que desembolsaram R$ 500 cada um, por um dia de atividades. Na mira dos palestrantes, os governos de centro esquerda da América Latina, os movimentos sociais, o governo Lula e o PNDH. As intervenções mais moderadas foram as de Roberto Civita (Abril) e de Otávio Frias Filho (Folha), que buscaram, de certa forma, situar seus interesses na cena política.
Externam o que se espera de proprietários de monopólios. Defendem a livre iniciativa de "investidas antidemocráticas como o controle social da mídia" e "menos legislação para o setor", no dizer de Civita. Roberto Irineu Marinho (Globo) foi ainda mais discreto. Ficou na platéia e fez uma única pergunta por escrito ao longo de todo o dia. Mantêm uma certa linha. Os três resolveram terceirizar a artilharia pesada para seus empregados, que fizeram uma verdadeira competição para ver quem seria o Carlos Lacerda (1914-1977) da Nova Era.
O ex-governador da Guanabara, como se sabe, se notabilizou entre o final dos anos 1950 e início da década seguinte como o mais notável agitador, na TV e no rádio, em favor do golpe de 1964. Dono de uma retórica incendiária, Lacerda intimidava adversários e aglutinava seguidores para a derrubada do presidente João Goulart.
Nessa toada, os conferencistas tiveram a inusitada ajuda do Ministro das Comunicações Helio Costa e do deputado Antonio Palocci (PT), como se verá adiante.
Visão particular da História
A primeira mesa trouxe três convidados externos, o argentino Adrian Ventura (La Nación), o âncora da televisão equatoriana Carlos Vera (Ecuavisa) e o venezuelano Marcel Granier (dono da RCTV, cuja concessão não foi renovada em 2007).
Arrogante e inflamado, Vera afirmou que em seu país "não existe liberdade de expressão". Reclamou que seu canal de TV não recebe mais publicidade estatal e acusou o presidente Rafael Correa – "um ditador" - de ter sido eleito "por prostitutas".
Já Marcel Granier foi saudado como uma espécie de símbolo da luta pela liberdade de imprensa pelo apresentador Marcelo Rech, diretor da RBS. O proprietário da rede venezuelana denuncia "o autoritarismo do governo Hugo Chávez". Desfia o que diz serem provocações, intimidações e a certa altura, de passagem, fala da "renúncia" de Chávez. Em nenhum momento menciona o golpe de Estado de 2002 e o papel da grande mídia de seu país. Parece que toda a tensão em seu país nasceu por geração espontânea. Uma visão particular da História, sem dúvida.
Granier e seus colegas de mesa não deixam de deplorar a existência de aliados dos tais governos ditatoriais entre os empresários da mídia. Aliados, não. "Cúmplices", sublinha o mediador Rech, com anuência dos convidados.
De costas para o governo
Logo após a mesa inicial, chega o convidado mais aguardado da manhã chuvosa, o ministro das Comunicações Hélio Costa. Com seu inimitável penteado, o membro do governo falou o que a "seleta platéia", conforme sua expressão, queria ouvir. Buscou esvaziar a Confecom de qualquer significado maior. "Através de três ministros, Luís Dulci, Franklin Martins e eu, o governo foi unânime em decidir que em hipótese alguma se aceitará algum tipo de controle social da mídia". E enfatizou: "Isso não foi, não é e não será discutido", enfatiza para gáudio da maioria dos presentes. Genial. O membro do primeiro escalão confraterniza-se com os que deploram seu governo como marcado por tendências discricionárias.
Libelu e Rolando Lero
A terceira mesa, intitulada "Ameaças à democracia no Brasil" foi a mais trepidante de todas. Contou com Demétrio Magnoli, o Gustavo Corção da Libelu, Denis Rosenfeld, o Rolando Lero na filosofia gaúcha, e Amauri de Souza, sociólogo. Na mediação, Tonico Ferreira (Globo).
Ferreira é mais um daqueles que um dia foram de esquerda e transitaram alegremente para a outra ponta do espectro político sem culpas. Chefe de redação do semanário Movimento, no final dos anos 1970, Ferreira, de saída, denuncia o caráter autoritário da lei eleitoral. "É censura", diz ele, antes de passar a palavra a Magnoli.
Este não perde tempo. Logo faz um apanhado da história do PT e dispara: "A relação do partido com a democracia é ambígua. Juntamente com o PSOL, apoiou o fechamento da RCTV". Acusa a agremiação de Lula de fazer uma volta atrás em seu ideário democrático. "Retomaram a idéia autoritária de partido dirigente e de democracia burguesa", sentencia. E logo completa: "Este movimento, de restauração stalinista, é reforçado pela emergência do chavismo e do apoio a Cuba". Na platéia uma senhora murmura: "Que vergonha, nosso governo apoiar isso".
O risco, para Magnoli, é um possível governo Dilma, supostamente mais subordinado ao PT do que a gestão Lula. O fim das ameaças, para ele, só acontecerá "com a vitória da oposição". Bingo! E culmina: "Não somos Venezuela e Cuba! Temos de falar que nós somos diferentes!".
Rosenfeld vai pela mesma toada, mas busca elaborar uma "pensata" sobre o "corpo e o espírito do capitalismo". Segundo ele, o corpo vai muito bem. "Os grupos econômicos ganharam muito dinheiro nesses oito anos". O problema é o espírito, "os bens intangíveis", revela o filósofo. A base material é garantida pelo governo, nas palavras de Rosenfeld, "as metas de inflação, a autonomia operacional do Banco Central e o superávit fiscal" mostrariam um rumo seguro. Mas o espírito está sendo minado, alerta. Esse ectoplasma é "a liberdade de expressão" que estaria ameaçada. E enumera os problemas, numa tediosa repetição: "O PNDH, o MST, a questão dos quilombolas" etc. etc. etc.
A sutileza do sr. Basile
O seminário foi sumamente repetitivo, diga-se de passagem. No período da tarde, os previsíveis Arnaldo Jabor, Carlos Alberto di Franco (Opus Dei) e Sidnei Basile (diretor da Abril) tentaram dar novas roupagens ao samba de uma nota só do evento. Basile, sob o olhar atento de Roberto Civita, seu patrão, defende um regime de auto-regulação para a imprensa. "Algo semelhante ao Conar" (Conselho de Auto-regulamentação Publicitária), formado pelas próprias agências, ao invés de uma lei para o setor.
A proposta é ensandecida. Se aplicada a toda a sociedade, com cada um supervisionando seu próprio setor, o mundo seria uma graça. Um exemplo. Não haveria mais leis de trânsito, sinais, placas, mão e contramão. Os motoristas se reuniriam e fariam um código de auto-regulação. Se os pedestres reclamarem, basta acusá-los de tentar bloquear um dos mais sagrados direitos, o de ir e vir dos motorizados. Todos se auto-regulariam e chegaríamos ao reino encantado de Basile.
No meio de seu delírio anarquista, o executivo, sempre observado pelo patrão, acusou a convocação da Confecom por parte do presidente da República como um ato "cínico e hipócrita". Adendou: "Um conto do vigário". Basile é de uma sutileza a toda prova.
Jabor, que aparentemente não preparou intervenção alguma, repetiu jaborices pelos cotovelos. Populismo autoritário, jacobinos, bolcheviques e quejandos formam o mundo a ser vencido. Homem experiente que é, contou mais uma vez já ter sido comunista. E disparou diatribes a granel. Impossível não lembrar de uma impagável frase do escritor paulistano Marcos Rey (1925-1999). Este dizia não gostar de dois tipos de gente, ex-comunistas e ex-fumantes, "porque ambos são metidos a dar conselhos".
Reinaldos Azevedos às mancheias
A quarta mesa – "Liberdade de expressão e Estado democrático de direito" – contou com a participação de três luminares: Reinaldo Azevedo (Veja), Marcelo Madureira (Casseta) e o Dr. Roberto Romano (Unicamp), os dois últimos tentando ver quem era mais Reinaldo Azevedo que o próprio Reinaldo Azevedo.
O citado é um fenômeno da Natureza. Um criador de personagens. É uma espécie de Walt Disney de si próprio. Disney inventou o Mickey, o Pato Donald, o Pateta e uma plêiade de figuras inesquecíveis. Reinaldo Azevedo criou Reinaldo Azevedo. "Sou de direita!", avisa de saída. "A imprensa tem que acabar com o isentismo e o outroladismo, essa história de dar o mesmo espaço a todos".
Madureira foi mais um a alardear sua condição de ex-comunista. Fez piadinhas, embora não se saiba se seu cachê incluía chistes e gags. Atacou tendências autoritárias e "recadinhos" oficiais. "O governo pressiona os editores com os anúncios da Petrobras e do Banco do Brasil. Isso é censura!" Com a presença do patrão na platéia, logo sublinhou: "A Globo não nos censura".
Mas o humorista da tarde foi o Dr. Roberto Romano. Este revelou ao mundo uma nova teoria, que vai pegar. É sobre a militância. Atenção: "O partido de militantes causa a corrosão do caráter". Guardem essa! Depois de ‘A corrosão do caráter’, de Richard Sennet, que fala dos vínculos trabalhistas e sociais tênues e sua influência no comportamento humano, um livro sério, o Dr. Romano vem com sua versão pândega. E explica: "No partido de militância não tem mais jornalista, médico e nem nada. Tem o militante que se reporta ao chefe". Isso, para as muitas luzes do Dr. Romano, corrói o caráter. Olha lá, Brasil! A partir de agora, só se falará em outra coisa!
As pesquisas científicas do Dr. Romano o levaram a constatar, além de tudo, que "90% das ONGs são totalitárias". Como o mediador William Waack prometeu publicar a fala original do Dr. Romano no site do Instituto Millenium, o mundo aguarda ansioso as fontes empíricas de tão bombástica revelação.
No fim de tudo, na última palestra, o deputado Antonio Pallocci veio confraternizar com aqueles que malharam sem dó seu partido e o governo que integrou até há poucos anos. Para agradar, também criticou o PNDH, no que foi cumprimentado ao final.
Tendências não democráticas
Um ponto positivo é dado pela seguinte constatação: os monopólios de mídia se desgastaram com o boicote à Confecom. O tema da democratização da comunicação entrou na agenda nacional com força. O seminário é uma gritaria da direita. Sem problemas. O duro é buscarem afirmar seus interesses contra a vontade e as necessidades da maioria da população.
Agradecimento
Este obscuro jornalista agradece sinceramente ao Dr. Roberto Romano pela menção ao texto "Instituto Millenium: toda a democracia que o dinheiro pode comprar!" (http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4546/), feita no calor de suas vibrantes intervenções. Apesar de ele ter recomendado às pessoas taparem o nariz para lê-lo, só posso ficar envaidecido com tão ilustre recomendação.
Gilberto Maringoni é jornalista.
Tratar a mídia como se partido de oposição fosse
13 de mar. de 2010
A bancada do PIG
Os reais interésses do PIG
O caso nunca teve relevância nacional, mas foi só o PT anunciar o nome de João Vaccari Neto como o novo tesoureiro do PT nacional no 4º Congresso petista em Brasília, que a maioria dos dirigentes petistas já sabiam que o nome do tesoureiro estamparia as páginas dos jornais.
Lembro que naquele ano muitas empresas e incorporadoras do sul do país quebraram devido a crise econômica, má gestão e é claro, desvios de recursos. Em 1999, uma velha conhecida dos gaúchos, a Encol, faliu, deixando mais de 42 mil mutuários sem ver a cor de seus imóveis, além de deixar um rastro de desemprego no setor da construção civil na ordem de 15 mil postos de trabalho. A construtora também deixou um rombo financeiro de de R$ 2,3 bilhões de reais nos bancos, na maioria públicos. Em 2003, a massa falida da Encol entrou com Medida Cautelar para bloquear os bens dos 38 ex-diretores da empresa, de modo a garantir o pagamento de indenizações aos mutuários. A saber: ontem o STJ desbloqueou os bens de Miguel Ferreira Tartuce, um dos ex-diretores da Encol, A decisão é da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, que acompanhou a divergência inaugurada pela ministra Nancy Andrighi. (o PIG nem comentou o assunto)
12 de mar. de 2010
Sem direito de defesa

Se ele não teve o direito, imaginem o o agricultor assassinado. Quem sabe se na versão do comando da BM o agricultor morto teria pedido para que o assassino lhe atirasse pelas costas ? Aliás, o assassino ficou escondido pela BM durante 33 dias e nunca se puniu os oficiais que autorizaram o uso de balas de verdade na operação. Nesse caso, lembro bem, que o comandante da operação afirmou para o Zé H que a desocupação estava demorando porque o "serviço" teria de ser bem feito. A promotora de justiça local era outra que deveria ser exonerada do cargo para o bem do serviço público, pois após a execução a promotora afirmou à mídia que o tal "serviço" foi extremamente profissional. Esse é o governo do déficit Zero, zero de caráter, assim como suas elites.
11 de mar. de 2010
10 de mar. de 2010
Câmera cega ? eu já sabia !
8 de mar. de 2010
Prédios chiques também têm bandidos

Alinhamento à direta: PIG ataca o PT e Dilma
Um velho conhecido dos nossos pagos, o filósofo Denis Rosenfield, participante desse encontro, desferiu um violento ataque ao PT:“a idéia de controle social da mídia é oficial nos programas do PT. O partido poderia ter se tornado social-democrata, mas decidiu que seu caminho seria de restauração stalinista..."
Os debatedores do Fórum Democracia e Liberdade de Expressão afirmaram que ao contrário de Lula, que possui uma “autonomia bonapartista” em relação ao PT, a sustentação de Dilma depende fundamentalmente do Partido dos Trabalhadores. E isso, por si só, já representa um perigo para a democracia e a liberdade de expressão no Brasil.
Arnaldo Jabor, outro participante do evento, disparou: “minha preocupação é que se o próximo governo for da Dilma, será uma infiltração de infinitas formigas neste país. Jabor vai mais longe com sua verborragia ideológica de direita conservadora atrasada: “então o perigo maior que nos ronda é ficar abstratos enquanto os outros são objetivos e obstinados, furando nossa resistência. A classe, o grupo e as pessoas ligadas à imprensa têm que ter uma atitude ofensiva e não defensiva. Temos que combater os indícios, que estão todos aí. O mundo hoje é de muita liberdade de expressão, inclusive tecnológica, e isso provoca revolta nos velhos esquerdistas. Por isso tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução. Senão isso se esvai. Nossa atitude tem que ser agressiva”, disse Jabor, convocando os presentes para a guerra ideológica.
7 de mar. de 2010
Tarso Genro comemora aniversário com a militância
