19 de mar. de 2010

Sensação de Segurança, onde está ? Fala PIG

Passados oito anos do governo Olívio Dutra, a segurança pública é tratada apenas nas páginas policias e não mais como um caso de política. Lasier e o restante do PIG silenciam para o aumento da criminalide e nem sequer tem a coragem de comparar os níveis de investimento na segurança pública dos últimos três governos. O sistema carcerário gaúcho foi destruído e o tal aumento da sensação de segurança, patrocinado pelo governo Rigotto (PMDB) - que tinha na "liderança" dessa Secretaria o deputado José Otávio Germano (PP) - não passou de mais uma jogada midiática que apenas abriu as portas do inferno para o aumento do tráfico, as chacinas, bondes e outros massacres. O governo tucano de Yeda e de seus principais aliados (PMDB, PP, PTB,PPS) foi o que menos investiu na segurança pública e o que mais investiu em publicidade. Completados três anos, nossos servidores da segurança são os que menos recebem, fazendo retaguarda no fim da lista do ranking nacional dos Estados.
Agora, novamente, teremos eleições, e os gaúchos não podem mais cair no velho papo-furado de pacificação do Estado e da tal sensação de segurança pública do PMDB e do PIG. Aliás, esse partido foi o responsável pelo afundamento econômico do Estado, que por 12 anos governou e hoje é o principal aliado de Yeda, numa das piores gestores que já tivemos na saúde, educação e é claro, na segurança pública.
O assassinato da advogada Viviane Maris dos Santos em Novo Hamburgo é apenas um pequeno fragmento do que representa a falta de uma verdadeira política de segurança pública sem hipocrisias do PIG. Saudades do Bisol.

18 de mar. de 2010

Até na titulação o PIG é venenoso

Até mesmo na titulação e na mostra dos gráficos o PIG tenta maquiar a subida de Dilma nas pesquisas. O titulo de Zé H, olhando distraidamente, dá a sensação de que serra subiu: Vantagem de Serra sobre Dilma Cai para 5 pontos. Lendo de outra forma, podemos ler assim: Vantagem de Serra sobe Dilma cai. Note que a diferença entre uma e outra é apenas o R. Os caras são Filhos da PUTAAAAA.

Nos gráficos, ontem (17) , o jornal da Band finalizou com vários segundos de tela com a pergunta da pesquisa de quem conhecia os candidatos. Serra 65 , Dilma 35. Quem olha TV em restaurantes, bares, lojas, salões de beleza (sem áudio) pensa que Serra está dando banho. Os caras são muito venenosos mesmo.

17 de mar. de 2010

O fim da revista Veja By Cloaca News

Leila Fetter : Sr. Grizotti, um pouco mais de educação

A SRA. LEILA FETTER (PP) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados:

Saúdo a todas as pessoas que vieram acompanhar a votação dos projetos da ordem do dia.

Peço ao presidente que me ouça com extrema atenção tendo em vista o que me aconteceu há poucos minutos. Ao entrar na antessala do plenário desta Casa, fui abordada pelo jornalista Giovani Grizotti, que me disse que, no dia 4, quinta-feira, eu dera presença e havia saído do plenário.

Respondo ao jornalista dizendo que somente desta tribuna é que tenho o poder de esclarecer que realmente dei presença e saí do plenário nessa quinta-feira. Falo somente em meu nome e não dos outros 54 deputados.

O Regimento Interno desta Casa estabelece, de uma forma muito clara, que, em não havendo ordem do dia, o deputado não precisa permanecer no plenário. A grande maioria dos deputados não são de Porto Alegre, são do interior, e vêm aqui cumprir as suas ações, as suas responsabilidades, nas comissões e no plenário, na terça-feira, quarta-feira e quinta-feira.

Desde que aqui entrei, não houve, em nenhuma quinta-feira, ordem do dia para que fosse votado um projeto.

Não inventei as regras e não quero acusar ninguém aqui dentro, só quero poder dizer que a satisfação dos meus atos devo aos meus eleitores. A eles, simplesmente a eles, devo dizer o que faço e o que não faço!

Em toda a minha vida pública não permitirei jamais ser pautada por um jornalista, que aqui vem querendo desmoralizar os deputados.

Quero, jornalista Grizotti, fazer-lhe um convite: o senhor está convidado a me acompanhar uma semana inteira, das sete da manhã até a hora que for necessário, para ver exatamente o que faço aqui na Assembleia ou fora dela, o quanto trabalho com responsabilidade pelo povo do Rio Grande!

É o que fazemos aqui. Não temos hora, não temos dia. Estamos aqui não porque um ou dois querem; estamos aqui porque milhares de pessoas votaram em nós, confiaram-nos seu voto. Estamos nesta Assembleia para defender essas pessoas. É dessa forma que eu ajo, é assim que eu sou.

O senhor tenha, por favor, Sr. Grizotti, um pouco mais de educação ao abordar uma deputada, porque a forma como o fez foi muito deselegante. Eu respeito a todos, mas, da mesma forma como respeito, também quero ser respeitada.

Quero, Sr. Presidente, que a partir de hoje seja formada uma grande discussão nesta Casa para que possamos ter ordem do dia todos os dias, não somente na terça-feira, porque isso é que deixa os vazios pelos quais somos criticados. Não querem saber se saímos daqui e fomos para os nossos gabinetes trabalhar, não querem saber se saímos daqui e fomos a uma reunião lá em Santa Vitória do Palmar para atender as reivindicações da população.

Não, não querem saber!

Querem ser espertos o suficiente para difamar os deputados e deputadas que cumprem o seu dever e que aqui estão todos os dias lutando para que tenhamos um Rio Grande mais humano, mais forte, mais solidário e mais progressista. Muito obrigada. (Não revisado pela oradora.)


O SR. ALEXANDRE POSTAL (PMDB) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados:

Saúdo aqueles que nos prestigiam com sua presença nesta Casa.

Solicitei ao meu líder de bancada, deputado Gilberto Capoani, que me cedesse este espaço de liderança para dar sequência ao debate levantado pela deputada Leila Fetter, da bancada do Partido Progressista.

Esta Casa representa os 11 milhões de habitantes da população gaúcha. Ela não é perfeita, assim como nenhum de nós é perfeito na totalidade, mas é uma fotografia, um retrato daquilo que a sociedade gaúcha definiu no pleito como melhor para os próximos quatro anos, tendo ocorrido a eleição em 2006. Neste ano, em 3 de outubro, a população brasileira volta às urnas para escolher os seus parlamentos.

Pegando o gancho do assunto levantado pela deputada Leila Fetter, não fui abordado, não fui indagado por ninguém da imprensa ainda, mas, nos 16 anos que estou aqui nesta Casa como parlamentar e mais cinco como assessor de deputado, sempre que falta um assunto para encher as páginas de jornais, a mídia, o Parlamento é a vitrine escolhida. Parece que notícias boas não fazem efeito na venda, não criam expectativa, não dão notícia. É mais fácil criticar.

Sras. e Srs. Parlamentares, se voltarmos ao passado, veremos que, em todas as grandes revoluções, as ditaduras que fizeram vez e voz e imperaram em muitos países ao redor do nosso planeta aconteceram quando atacaram os parlamentos. Começam atacando por uma banalidade, por uma firula qualquer e tomam corpo. O melhor, então, é fechar o parlamento, pois, assim, calam as vozes.

Não somos perfeitos, deputada Leila Fetter. Quem sabe muitos colegas, V. Exa. e eu tenhamos mil defeitos, mas levamos à população uma ideia, um projeto, um debate, porque ela nos deu o direito de aqui representá-la.

Talvez para muitos que nos ouvem o mais importante seja votar, votar. Mas votar o quê?

As leis existentes serem cumpridas à risca não seria melhor do que estarmos aqui criando lei ou votando projetos sem nenhum efeito para a sociedade?

O que será melhor? É melhor estarmos aqui quinta-feira, às 16 horas, sentadinhos e bonitinhos escutando um colega, ou é mais importante o deputado Frederico Antunes estar em Uruguaiana à noite atendendo a um convite da CDL ou da Câmara de Indústria e Comércio?

É mais importante para a população que nos elegeu ficarmos paradinhos, sentados, na quarta-feira até às 18 horas, no horário regimental, ou é mais importante visitarmos os Municípios para discutir a falta de habitação, de saúde e de segurança?

Será que ninguém enxerga quando passamos os finais de semana viajando, atendendo ao convite daqueles que votaram em nós?

Por duas vezes, tive a oportunidade de ser presidente nacional da entidade que congrega os 1.058 deputados estaduais. Cada Estado adota o modelo de funcionamento que deseja para sua Casa Legislativa.

Quero dizer às pessoas que assistem a esta sessão que se a Casa Legislativa do povo gaúcho votasse um projeto ao ano, que é o projeto de lei orçamentária, o orçamento para o ano seguinte, já seria suficiente para o Parlamento dizer, com altivez, que fez o melhor para a sua população. Esse é o projeto importante.

Tive oportunidade de visitar parlamentos importantes. No Canadá, por exemplo, o parlamento de alguns Estados se reúne três meses por ano. Outros parlamentos pelo mundo se reúnem seis meses por ano. Não há necessidade de ficar o ano inteiro reunido se não há o que debater.

Estamos passando por um período de transformações. A sociedade brasileira já aprendeu a votar, deputada Leila Fetter. Todo dia estamos votando e no ano seguinte também vamos votar.

Não há mais o problema de falta de liberdade. Querer fazer juízo daquilo que está na consciência de cada parlamentar, de poder retribuir, de fazer o seu trabalho, de enfrentar as urnas, não é admissível. Cabe a cada parlamentar angariar do seu modo e do seu jeito os votos para continuar nesta Casa.

Faço um desafio àqueles que acham que não fizemos nada ou que fizemos pouco: filiem-se a um partido político e coloquem-se no embate da busca do voto para terem representação, para chegarem a esta Casa.

A imprensa tem de ser livre, tem de ter autonomia total, mas que não atue em cima do nosso trabalho, pois cada parlamentar tem a sua consciência. Que não use a pauta para tentar denegrir esta Casa Legislativa, que representa o povo, a sociedade gaúcha.

Parabéns, deputada Leila Fetter! Que tenhamos a coragem de enfrentar o debate e não tentemos escapar porque a imprensa está em cima de nós para tentar nos policiar. Obrigado. (Não revisado pelo orador.)

16 de mar. de 2010

Imprensa Marron ataca deputado



O deputado Dionilso Marcon (PT) criticou, na tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (16), a conduta do jornalista Giovani Grizotti, da RBS. “Este jornalista tem se prestado ao papel de perseguir os movimentos sociais e os parlamentares. Faz isso com os sem terra, com as trabalhadoras rurais, com os caminhoneiros e, agora, com os deputados”, afirmou.Marcon foi abordado na entrada do plenário pelo jornalista, que queria saber por que o parlamentar deu presença na sessão da última quinta-feira e se retirou. “Como não havia votação, registrei a presença e fui para uma reunião no plenarinho com mais de trinta entidades. O trabalho parlamentar não se dá só na hora das votações. Trabalhamos dentro e fora da Assembleia”, explicou o petista.Segundo Marcon, a abordagem feita por Grizotti foi agressiva e desrespeitosa. “Sofri uma agressão moral, que reflete preconceito deste jornalista com os mandatos parlamentares”, assinalouA mesma cobrança foi feita pelo jornalista a outros deputados. A deputada Leila Fetter (PP) e o deputado Alexandre Postal (PMDB) também usaram a tribuna para criticar a postura do jornalista.

Sim ! trabalho escravo no RS

Apesar de Zé H tratar o tema como "trabalho degradante", o que os fiscais do Ministério do Trabalho descobriram no dia 6 de março foi puro trabalho escravo no Rio Grande do Sul. O grupo veio do Maranhão e trabalhava em regime de escravidão numa fazenda em Bom Jesus, nos Campos de Cima da Serra. Os trabalhadores submetiam-se a um acordo pelo qual não tinham o vínculo registrado em carteira e eram pagos pela intermediária, que ficava com cerca de 30% do que cobrava do produtor. Os agricultres dormiam no chão, sem banheiro e sem refeitório e provavelmente seriam descartados em alguma periferia de uma grande cidade.
O PIG não fala em trabalho escravo porque isso estimula a idéia de que toda a propriedade que possui trabalho escravo deveria ser desapropriada para fins de reforma agrária. Aliás, lei que ainda o Congresso não votou por temer a desapropriação de centenas de fazendas de multinacionais , pois essa situação é mais comum do que nó pensamos, tanto aqui quanto no resto do Brasil.
Não adianta o fazendeiro regularizar a situação dos trabalhadores, pagar verbas rescisórias e assegurar condições de retorno do grupo ao seu local de origem. Precisa ser punido pela perda de suas terras pela prática nojenta da escravidão, que na lei foi abolida a mais de 100 anos, mas que na prática aumenta a cada ano no Brasil, estimulada pela concentração de terras nas mãos do agronegócio e das multinacionais.
Estive recentemente na Serra gaúcha e pude comprovar a diferença de tratamento com os trabalhadores safristas. Lá, na vindima, os trabalhadores são tratados dignamente, com uma boa diária, alojamento e boa alimentação. E não é raro que o dono da propriedade almoce ou jante com os trabalhadores. Parte desses safristas são oriundos da empobrecida fronteira gaúcha, local com a maior concetração de terras improdutivas do país, ao contrário da serra gaúcha, que já fez sua reforma agrária há 100 anos.

15 de mar. de 2010

Collares tem razão

O ex-governador Alceu Collares tem razão ao afirmar que os governos do PMDB (Pedro Simon, Antônio Britto e Germano Rigotto) alcaçaram ,se somandos juntos, um crescimento de meros 6% do produto interno bruto do Estado. Collares defende uma aliança com o PT e cutuca a gestão de Fogaça na prefeitura de Porto Alegre. O ex-governador afirmou que se Porto Alegre está virada em buracos não é por falta de sorte. é por incompetência mesmo,, ou as duas coisas ao mesmo tempo (ahahahahha)
Aliás, coincidentemente, é somente antes das eleições que as máquinas da prefeitura de Porto Alegre voltam às ruas da cidade. De qualquer forma o lixo ainda é um problema crônico na cidade e há rua periféricas da Capital que se trasformaram em verdadeiros depósitos de entulhos e de lixo.
Me desculpem quem votou no Fogaça nas últimas eleições, mas o cara é uma AMEBA. Um prefeito que nunca participou da vida da cidade, que viveu escondido na prefeitura , que não emitiu uma opinião sobre nada que afetasse a vida dos porto-alegrenses (lixo, buracos,alagamentos), que não propôs nada de novidade sobre o que ja tinha sido feito por outras gestões e que durante 16 anos como senador, nunca fez nada pelo Rio Grande do Sul. Para mim ele não merece o voto dos gaúchos.

14 de mar. de 2010

Instituto Millenium: A Conferência de Comunicação particular da direita

Escrito por Gilberto Maringoni - 04-Mar-2010

"O Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH) é totalitário", "o stalinismo predomina no PT", "temos de ir para a ofensiva", "Vamos acabar com essa história de ouvir o outro lado na imprensa", "governo cínico, cínico, cínico!", "democracia não é só eleição". Frases assim, proclamadas com ênfase quase raivosa, deram o tom no Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, realizado na segunda (01/03), em São Paulo.

O evento, promovido pelo Instituto Millenium, foi uma espécie de Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) particular da direita brasileira, facção grande mídia. Revezaram-se nos microfones convidados internacionais, donos de conglomerados e seus funcionários de confiança. Fala-se aqui da Editora Abril, da Rede Globo, da Rede Brasil Sul (RBS), da Folha de S. Paulo, do Estado de S. Paulo e agregados.

Como se sabe, tais setores resolveram boicotar a I Confecom, um processo democrático ocorrido em todos os estados da Federação, que culminou em uma etapa nacional, realizada em dezembro último. Presentes nesta, cerca de 1300 delegados, entre empresários, movimentos sociais e governo. O total de pessoas envolvidas em suas fases regionais envolveu cerca de 12 mil participantes.

Terceirizando a bílis
Pois o Instituto Millenium fez seu convescote para cerca de 180 participantes. Eram empresários, jornalistas e interessados, que desembolsaram R$ 500 cada um, por um dia de atividades. Na mira dos palestrantes, os governos de centro esquerda da América Latina, os movimentos sociais, o governo Lula e o PNDH. As intervenções mais moderadas foram as de Roberto Civita (Abril) e de Otávio Frias Filho (Folha), que buscaram, de certa forma, situar seus interesses na cena política.

Externam o que se espera de proprietários de monopólios. Defendem a livre iniciativa de "investidas antidemocráticas como o controle social da mídia" e "menos legislação para o setor", no dizer de Civita. Roberto Irineu Marinho (Globo) foi ainda mais discreto. Ficou na platéia e fez uma única pergunta por escrito ao longo de todo o dia. Mantêm uma certa linha. Os três resolveram terceirizar a artilharia pesada para seus empregados, que fizeram uma verdadeira competição para ver quem seria o Carlos Lacerda (1914-1977) da Nova Era.

O ex-governador da Guanabara, como se sabe, se notabilizou entre o final dos anos 1950 e início da década seguinte como o mais notável agitador, na TV e no rádio, em favor do golpe de 1964. Dono de uma retórica incendiária, Lacerda intimidava adversários e aglutinava seguidores para a derrubada do presidente João Goulart.

Nessa toada, os conferencistas tiveram a inusitada ajuda do Ministro das Comunicações Helio Costa e do deputado Antonio Palocci (PT), como se verá adiante.

Visão particular da História
A primeira mesa trouxe três convidados externos, o argentino Adrian Ventura (La Nación), o âncora da televisão equatoriana Carlos Vera (Ecuavisa) e o venezuelano Marcel Granier (dono da RCTV, cuja concessão não foi renovada em 2007).

Arrogante e inflamado, Vera afirmou que em seu país "não existe liberdade de expressão". Reclamou que seu canal de TV não recebe mais publicidade estatal e acusou o presidente Rafael Correa – "um ditador" - de ter sido eleito "por prostitutas".

Já Marcel Granier foi saudado como uma espécie de símbolo da luta pela liberdade de imprensa pelo apresentador Marcelo Rech, diretor da RBS. O proprietário da rede venezuelana denuncia "o autoritarismo do governo Hugo Chávez". Desfia o que diz serem provocações, intimidações e a certa altura, de passagem, fala da "renúncia" de Chávez. Em nenhum momento menciona o golpe de Estado de 2002 e o papel da grande mídia de seu país. Parece que toda a tensão em seu país nasceu por geração espontânea. Uma visão particular da História, sem dúvida.

Granier e seus colegas de mesa não deixam de deplorar a existência de aliados dos tais governos ditatoriais entre os empresários da mídia. Aliados, não. "Cúmplices", sublinha o mediador Rech, com anuência dos convidados.

De costas para o governo
Logo após a mesa inicial, chega o convidado mais aguardado da manhã chuvosa, o ministro das Comunicações Hélio Costa. Com seu inimitável penteado, o membro do governo falou o que a "seleta platéia", conforme sua expressão, queria ouvir. Buscou esvaziar a Confecom de qualquer significado maior. "Através de três ministros, Luís Dulci, Franklin Martins e eu, o governo foi unânime em decidir que em hipótese alguma se aceitará algum tipo de controle social da mídia". E enfatizou: "Isso não foi, não é e não será discutido", enfatiza para gáudio da maioria dos presentes. Genial. O membro do primeiro escalão confraterniza-se com os que deploram seu governo como marcado por tendências discricionárias.

Libelu e Rolando Lero
A terceira mesa, intitulada "Ameaças à democracia no Brasil" foi a mais trepidante de todas. Contou com Demétrio Magnoli, o Gustavo Corção da Libelu, Denis Rosenfeld, o Rolando Lero na filosofia gaúcha, e Amauri de Souza, sociólogo. Na mediação, Tonico Ferreira (Globo).
Ferreira é mais um daqueles que um dia foram de esquerda e transitaram alegremente para a outra ponta do espectro político sem culpas. Chefe de redação do semanário Movimento, no final dos anos 1970, Ferreira, de saída, denuncia o caráter autoritário da lei eleitoral. "É censura", diz ele, antes de passar a palavra a Magnoli.

Este não perde tempo. Logo faz um apanhado da história do PT e dispara: "A relação do partido com a democracia é ambígua. Juntamente com o PSOL, apoiou o fechamento da RCTV". Acusa a agremiação de Lula de fazer uma volta atrás em seu ideário democrático. "Retomaram a idéia autoritária de partido dirigente e de democracia burguesa", sentencia. E logo completa: "Este movimento, de restauração stalinista, é reforçado pela emergência do chavismo e do apoio a Cuba". Na platéia uma senhora murmura: "Que vergonha, nosso governo apoiar isso".

O risco, para Magnoli, é um possível governo Dilma, supostamente mais subordinado ao PT do que a gestão Lula. O fim das ameaças, para ele, só acontecerá "com a vitória da oposição". Bingo! E culmina: "Não somos Venezuela e Cuba! Temos de falar que nós somos diferentes!".
Aplausos entusiasmados.

Rosenfeld vai pela mesma toada, mas busca elaborar uma "pensata" sobre o "corpo e o espírito do capitalismo". Segundo ele, o corpo vai muito bem. "Os grupos econômicos ganharam muito dinheiro nesses oito anos". O problema é o espírito, "os bens intangíveis", revela o filósofo. A base material é garantida pelo governo, nas palavras de Rosenfeld, "as metas de inflação, a autonomia operacional do Banco Central e o superávit fiscal" mostrariam um rumo seguro. Mas o espírito está sendo minado, alerta. Esse ectoplasma é "a liberdade de expressão" que estaria ameaçada. E enumera os problemas, numa tediosa repetição: "O PNDH, o MST, a questão dos quilombolas" etc. etc. etc.

A sutileza do sr. Basile
O seminário foi sumamente repetitivo, diga-se de passagem. No período da tarde, os previsíveis Arnaldo Jabor, Carlos Alberto di Franco (Opus Dei) e Sidnei Basile (diretor da Abril) tentaram dar novas roupagens ao samba de uma nota só do evento. Basile, sob o olhar atento de Roberto Civita, seu patrão, defende um regime de auto-regulação para a imprensa. "Algo semelhante ao Conar" (Conselho de Auto-regulamentação Publicitária), formado pelas próprias agências, ao invés de uma lei para o setor.

A proposta é ensandecida. Se aplicada a toda a sociedade, com cada um supervisionando seu próprio setor, o mundo seria uma graça. Um exemplo. Não haveria mais leis de trânsito, sinais, placas, mão e contramão. Os motoristas se reuniriam e fariam um código de auto-regulação. Se os pedestres reclamarem, basta acusá-los de tentar bloquear um dos mais sagrados direitos, o de ir e vir dos motorizados. Todos se auto-regulariam e chegaríamos ao reino encantado de Basile.

No meio de seu delírio anarquista, o executivo, sempre observado pelo patrão, acusou a convocação da Confecom por parte do presidente da República como um ato "cínico e hipócrita". Adendou: "Um conto do vigário". Basile é de uma sutileza a toda prova.
Jabor, que aparentemente não preparou intervenção alguma, repetiu jaborices pelos cotovelos. Populismo autoritário, jacobinos, bolcheviques e quejandos formam o mundo a ser vencido. Homem experiente que é, contou mais uma vez já ter sido comunista. E disparou diatribes a granel. Impossível não lembrar de uma impagável frase do escritor paulistano Marcos Rey (1925-1999). Este dizia não gostar de dois tipos de gente, ex-comunistas e ex-fumantes, "porque ambos são metidos a dar conselhos".

Reinaldos Azevedos às mancheias
A quarta mesa – "Liberdade de expressão e Estado democrático de direito" – contou com a participação de três luminares: Reinaldo Azevedo (Veja), Marcelo Madureira (Casseta) e o Dr. Roberto Romano (Unicamp), os dois últimos tentando ver quem era mais Reinaldo Azevedo que o próprio Reinaldo Azevedo.

O citado é um fenômeno da Natureza. Um criador de personagens. É uma espécie de Walt Disney de si próprio. Disney inventou o Mickey, o Pato Donald, o Pateta e uma plêiade de figuras inesquecíveis. Reinaldo Azevedo criou Reinaldo Azevedo. "Sou de direita!", avisa de saída. "A imprensa tem que acabar com o isentismo e o outroladismo, essa história de dar o mesmo espaço a todos".

Madureira foi mais um a alardear sua condição de ex-comunista. Fez piadinhas, embora não se saiba se seu cachê incluía chistes e gags. Atacou tendências autoritárias e "recadinhos" oficiais. "O governo pressiona os editores com os anúncios da Petrobras e do Banco do Brasil. Isso é censura!" Com a presença do patrão na platéia, logo sublinhou: "A Globo não nos censura".
Mas o humorista da tarde foi o Dr. Roberto Romano. Este revelou ao mundo uma nova teoria, que vai pegar. É sobre a militância. Atenção: "O partido de militantes causa a corrosão do caráter". Guardem essa! Depois de ‘A corrosão do caráter’, de Richard Sennet, que fala dos vínculos trabalhistas e sociais tênues e sua influência no comportamento humano, um livro sério, o Dr. Romano vem com sua versão pândega. E explica: "No partido de militância não tem mais jornalista, médico e nem nada. Tem o militante que se reporta ao chefe". Isso, para as muitas luzes do Dr. Romano, corrói o caráter. Olha lá, Brasil! A partir de agora, só se falará em outra coisa!

As pesquisas científicas do Dr. Romano o levaram a constatar, além de tudo, que "90% das ONGs são totalitárias". Como o mediador William Waack prometeu publicar a fala original do Dr. Romano no site do Instituto Millenium, o mundo aguarda ansioso as fontes empíricas de tão bombástica revelação.

No fim de tudo, na última palestra, o deputado Antonio Pallocci veio confraternizar com aqueles que malharam sem dó seu partido e o governo que integrou até há poucos anos. Para agradar, também criticou o PNDH, no que foi cumprimentado ao final.

Tendências não democráticas
O Fórum do Instituto Millenium, apesar de seu tom folclórico, não é engraçado. Embora seja um direito democrático a organização de toda e qualquer facção política, é forçoso reconhecer que estas nada têm de democráticas ou plurais. Buscam se articular justamente para evitar reformas democratizantes no país e no setor de comunicação.

Um ponto positivo é dado pela seguinte constatação: os monopólios de mídia se desgastaram com o boicote à Confecom. O tema da democratização da comunicação entrou na agenda nacional com força. O seminário é uma gritaria da direita. Sem problemas. O duro é buscarem afirmar seus interesses contra a vontade e as necessidades da maioria da população.

Agradecimento
Este obscuro jornalista agradece sinceramente ao Dr. Roberto Romano pela menção ao texto "Instituto Millenium: toda a democracia que o dinheiro pode comprar!" (http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4546/), feita no calor de suas vibrantes intervenções. Apesar de ele ter recomendado às pessoas taparem o nariz para lê-lo, só posso ficar envaidecido com tão ilustre recomendação.

Gilberto Maringoni é jornalista.

Tratar a mídia como se partido de oposição fosse

Posso assegurar que durante a semana algum instituto de pesquisas vai lançar novos números da corrida presidêncial. Por isso o desespero dos reacionários da grande mídia é tanto, que nem mais se preocupam com jornalismo, idoneidade e com a ética. Precisam golpear, golpear, golpear para levantar Serra. Os ataques de Veja ao PT mostram que o governo Lula deve tratar o grupo Abril como se partido político de oposição fosse, sem reservas, sem meias palavras. E dessa forma também devemos tratar todo o grupo de mídia que tenta alinhar a Veja e sua nojenta e escamoteada posição política pró-tucanos. Esta eleição significa muito para o futuro dos brasileiros e não sou contra que uma rede de comunicação tenha sua preferência política, é do jogo. Mas se esconder atrás do jornalismo para maquiar suas opinião é nojento. Na minha opinião em 2010 os brasileiros vão escolher entre voltar ao passado com FHC e Serra ou caminhar para o futuro, com Lula e Dilma. O povo democraticamente irá escolher, apesar da mídia golpista.

13 de mar. de 2010

Na balada com Moby

A bancada do PIG

Com a entrada oficial na disputa eleitoral em 2010, o PIG guasca coloca a disposição dos eleitores (ahahaha) os seus "melhores" quadros, de olho em duas cadeiras na Câmara Federal. Afonso Motta, filiado ao PDT, foi o primeiro a declarar sua pré-candidatura e a fazer pré-campanha (ahahahha) aparecendo em jornais do interior, posando em fotos com lideranças regionais do partido. Também apareceu de repente (ahahahha), na coluna de artigos de Zé H falando sobre a galáxia, o mundo, o agronegócio etc.
Outro quadro político do PIG guasca que se lança ao Congresso é a colunista Ana Amélia, que mesmo filiada ao Partido Progressita desde outubro, continuava a escrever sua coluna como se partido não tivesse. Ardorosa defensora do agronegócio, Ana Amélia sempre teve posição política contra os movimentos sociais, bombando os quadros políticos do agronegócio e nacional. Sua pauta preferida era dar voz a quem pudesse atacar o PT e o governo Lula, sempre dando generosos espaços a velhos conhecidos: Agripino Maia (DEM), Katia Abreu (DEM), ACM neto (DEM), além da turma dos demos de Brasília. Também sempre foi dado generosos espaços do "canhão", como eles mesmos gostam de falar sobre suas emissoras, a uma grande lista de tucanos de alta plumagem.
O PIG guasca sempre teve inúmeros quadros na Assembleia e no Congresso e até já elegeu governador (ahahahah), no entanto, eles sabem que com o avanço da universalização da comunicação, os seus superpoderes estão enfraquecidos devido o efeito da kriptonita chamada internet.
Ao ter que deixar claras suas posições políticas, ou assisistir pela internet o desmascaramento de suas versões tendenciosas e recheadas de interésses, o PIG precisa reforçar seus quadros em Brasília, pois, passadas as eleições, o Congresso Nacional será o grande palco de votações importantes, e que podem mudar para melhor ou para pior o Brasil.
Mesmo assim o PIG concentra nas mãos muitos poderes, suficente para influenciar setores da classe média e eleger em 2010 uma bancada capaz de garantir a sustentação de seus interesses (que não são os da população) e manter o status atual por pelo menos mais 20 anos.

Os reais interésses do PIG

Chega ser engraçado e já está no imaginário popular que quando se aproximam as eleições o PIG ataca o PT de tudo quanto é lado para bombar seus aliados tucanos. Ontem, por exemplo, o Jornal Nacional dedicou precisosos 5 minutos para se debruçar sobre o tal caso Bancoop e colocar o PT dentro do rolo jurídico da cooperativa.

O caso nunca teve relevância nacional, mas foi só o PT anunciar o nome de João Vaccari Neto como o novo tesoureiro do PT nacional no 4º Congresso petista em Brasília, que a maioria dos dirigentes petistas já sabiam que o nome do tesoureiro estamparia as páginas dos jornais.

A Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo - Bancoop foi criada em 1997 (Bancoop) com o objetivo de garantir o sonho de todo o trabalhador, ou seja, a casa própria. Quem faz parte de uma cooperativa habitacional sabe das dificuldades, agruras e fantasias que muitos de seus associados vivem, além é claro, do atraso e do não pagamento de suas cotas.

Lembro que naquele ano muitas empresas e incorporadoras do sul do país quebraram devido a crise econômica, má gestão e é claro, desvios de recursos. Em 1999, uma velha conhecida dos gaúchos, a Encol, faliu, deixando mais de 42 mil mutuários sem ver a cor de seus imóveis, além de deixar um rastro de desemprego no setor da construção civil na ordem de 15 mil postos de trabalho. A construtora também deixou um rombo financeiro de de R$ 2,3 bilhões de reais nos bancos, na maioria públicos. Em 2003, a massa falida da Encol entrou com Medida Cautelar para bloquear os bens dos 38 ex-diretores da empresa, de modo a garantir o pagamento de indenizações aos mutuários. A saber: ontem o STJ desbloqueou os bens de Miguel Ferreira Tartuce, um dos ex-diretores da Encol, A decisão é da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, que acompanhou a divergência inaugurada pela ministra Nancy Andrighi. (o PIG nem comentou o assunto)

Citei o caso Encol para fazer uma pequena comparação do real interesse que o PIG tem nessas eleições e em colocar o caso Bancoop nas costas do PT. O PIG vai lutar para derrotar Dilma e fazer voltar a vanguarda do atraso com FHC, Serra e Yeda etc. (imaginem essa senhora de ministra). O certo é que o caso serve como uma luva para alimentar o PIG e tirar de foco os alagamentos em São Paulo ou esconder os gatunos ligados aos DEMOS de Brasília (até o Demo Agripino Maia falou no JN ontem) , os mesmos DEMOS que até bem pouco tempo desfilavam com os tucanos Serra e Yeda nos salões acarpetados de Brasília.

Recomendo a leitura sobre o tema na revista Carta Capital desta semana (13) que trás uma importante e reveladora reportagem sobre o assunto, e mostra que a articulação do suposto "escândalo" passa pelas cabeças pensantes da mídia e do PSDB paulista.

12 de mar. de 2010

Sem direito de defesa

O comando-geral da Brigada Militar reclama do relatório anual elaborado pelo Departamento de Estado norte-americano que aponta o assassinato do agricultor sem-terra Elton Brum da Silva como um dos casos de violações de direitos humanos no mundo. Elton foi assassinado pelas costas (foto), com um tiro de arma de grosso calibre durante a desocupação da fazenda Southal, em São Gabriel, ocorrida em agosto de 2009. O mesmo relatório aponta que os comandantes da operação obrigaram os agricultores a ficarem sentados com as mãos atrás do pescoço durante horas, alguns em cima de formigueiros, além de crianças pisoteadas por cavalos ou queimadas por estilhaços de bombas. O comandante-geral da corporação, coronel João Carlos Trindade, afirmou que não teve o direito de defesa e de dar a sua versão da história (ahahahhahahaha)
Se ele não teve o direito, imaginem o o agricultor assassinado. Quem sabe se na versão do comando da BM o agricultor morto teria pedido para que o assassino lhe atirasse pelas costas ? Aliás, o assassino ficou escondido pela BM durante 33 dias e nunca se puniu os oficiais que autorizaram o uso de balas de verdade na operação. Nesse caso, lembro bem, que o comandante da operação afirmou para o Zé H que a desocupação estava demorando porque o "serviço" teria de ser bem feito. A promotora de justiça local era outra que deveria ser exonerada do cargo para o bem do serviço público, pois após a execução a promotora afirmou à mídia que o tal "serviço" foi extremamente profissional. Esse é o governo do déficit Zero, zero de caráter, assim como suas elites.

10 de mar. de 2010

Câmera cega ? eu já sabia !

Não consigo entender como uma cidade do tamanho de Porto Alegre não consegue manter suas câmeras de segurança em funcionamento. O município de São Leopoldo, por exemplo, possui quase o dobro desses equipamentos em pleno vapor. Hoje, esse tipo de equipamento, é quase um item de primeira necessidade nas grandess cidades, tanto para monitorar o trânsito quanto para fazer a segurança em metrôs, estações rodoviárias, shoppings e é claro, nas ruas.
Relatei nesse espaço que no ano passado o veículo de um colega foi furtado em plena Praça da Matriz, sob os olhos da deusa Themis (em frente ao TJ) e na cara de uma inútil câmera cega. Segundo ele, ninguém viu nada e o equipamento estava desligado. O resultado foi que seu veículo foi depenado e abandonado na zona leste da cidade.
Tanto Fogaça quanto Yeda lavam as mãos no quesito segurança pública, e no caso de Fogaça não adianta o prefeito posar para foto diante do Monumento do Expedicionário cumprimentando policiais uma semana após o tiroteio entre gangues na redenção que vitimou um adolescente para fazer a população voltar a circular com tranquilidade no parque, se Yeda, sua parceira de governo, não coloca policiais onde eles deveriam estar.
Infelizmente, no Rio Grande do Sul, a política de segurança pública não existe, e no caso da Capital, a falta de manutenção em câmeras de segurança deve ser de responsabilidade tanto da prefeitura quanto do governo do Estado. Aliás, não adianta Fogaça e de Yeda fazerem jogo de empurra-empurra pois são eles os gestores, infelizmente.

8 de mar. de 2010

Prédios chiques também têm bandidos


Na inauguração de obras na comunidade da Rocinha, Lula afirmou que bandidos não se escondem apenas nas comunidade carentes, mas também em "prédios chiques" da cidade.
— Na Rocinha deve ter algum bandido. No Pavão-Pavãozinho deve ter algum bandido. No Complexo do Alemão deve ter. Mas quem é que disse que naqueles prédios chiques em Copacabana não tem? Quem é que disse que não tem em outros lugares mais importantes?
Se a inauguração fosse aqui, tenho certeza que o poderíamos incluir outras edificações mais nobres do entorno do centro da Capital (aHAHAHAHHAA)

Alinhamento à direta: PIG ataca o PT e Dilma

O ataque orquestrado do PIG ao PT não poderia ter outra origem a não ser o da revista Veja. Aliás, publicação que, na condição de jornalista, eu já não tenho como referência há muitos anos. Mas a origem desses ataques são muito mais profundas, organizadas e sofiscadamente arquitetadas. Além do ranço conservador ideológico, o PIG quer alinhar suas forças conservadoras para tentar barrar a possibilidade de vitória da ministra Dilma Rousseff nas eleições presidenciais. A base desses ataques está no 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, organizado pelo Instituto Millenium.

Um velho conhecido dos nossos pagos, o filósofo Denis Rosenfield, participante desse encontro, desferiu um violento ataque ao PT:“a idéia de controle social da mídia é oficial nos programas do PT. O partido poderia ter se tornado social-democrata, mas decidiu que seu caminho seria de restauração stalinista..."

Os debatedores do Fórum Democracia e Liberdade de Expressão afirmaram que ao contrário de Lula, que possui uma “autonomia bonapartista” em relação ao PT, a sustentação de Dilma depende fundamentalmente do Partido dos Trabalhadores. E isso, por si só, já representa um perigo para a democracia e a liberdade de expressão no Brasil.

Arnaldo Jabor, outro participante do evento, disparou: “minha preocupação é que se o próximo governo for da Dilma, será uma infiltração de infinitas formigas neste país. Jabor vai mais longe com sua verborragia ideológica de direita conservadora atrasada: “então o perigo maior que nos ronda é ficar abstratos enquanto os outros são objetivos e obstinados, furando nossa resistência. A classe, o grupo e as pessoas ligadas à imprensa têm que ter uma atitude ofensiva e não defensiva. Temos que combater os indícios, que estão todos aí. O mundo hoje é de muita liberdade de expressão, inclusive tecnológica, e isso provoca revolta nos velhos esquerdistas. Por isso tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução. Senão isso se esvai. Nossa atitude tem que ser agressiva”, disse Jabor, convocando os presentes para a guerra ideológica.
Portanto, não esperem boa coisa do PIG nos próximos meses.

7 de mar. de 2010

Tarso Genro comemora aniversário com a militância

Tarso Genro, pré-candidato do PT ao governo do Estado, comemorou seus 63 anos, recebendo um bela homenagem e uma grande festa de aniversário da militância petista da serra gaúcha neste sábado (06). Recepcionado pelo prefeito de Garibaldi, Cirano Cisilotto (PT), Tarso foi recebido com uma salva de aplausos de mais de 600 convidados. Deputados, prefeitos, vereadores, e lideranças políticas de diversos partidos participaram do evento. O ex-ministro transmitiu uma mensagem do presidente Lula para a militância. Segundo Tarso, em seu último despacho com Lula, o presidente afirmou que estará presente na campanha do Rio Grande do Sul, e que a militância não se preocupe com que a imprensa veicula sobre os chamados dois palanques de Dilma. Além da grande festa e de um bolo de aniversário, Tarso recebeu de presente uma cesta de produtos ecológicos dos produtores de Garibaldi e uma bela garrafa de espumante Brut.

5 de mar. de 2010

Assalto à gaúcha

Assaltantes de bancos estão aplicando uma nova modalidade de ataque no RS. Eles entram nas agências, geralmente à noite, e explodem a agência com tudo dentro, gerando pavor na população local. Nesta madrugada foi a vez da agência do Banco do Brasil da cidade de Don Feliciano sofrer esse tipo de ataque. Em menos de uma semana já foram dois casos (Dois Lageados foi o primeiro). Pelo visto a inteligência da Secretária de Segurança Pública do Estado foi transferida para o novo departamento de pesquisa e consulta da BM, que está mais preocupada em avalizar junto à tropa o aumento de 19% para os oficiais do que fazer segurança pública.

4 de mar. de 2010

O consultador de Yeda

O comando da Brigada Militar mudou o foco do trabalho da corporação. Como o governo Yeda afirma que a segurança pública está a mil maravilhas no Rio Grande (aahahahahha), a BM tira o foco do combate a criminalidade e do policiamento ostensivo e entra de corpo e alma no ramo da consultoria e opinião para tentar fazer aprovar o pacote de Yeda para a categoria na Assembleia Legislativa do Estado.
Por ordem do comandante-geral da corporação, João Carlos Trindade, os policiais militares são convidados a responder uma consulta "não obrigatória" (ahahahha) para saber o que a tropa está pensando sobre o pacotaço de Yeda. Trindade exige que os PMs se posicionem, marcando “aceita” ou “declina” .
Segundo a ABAMF - Associações de Servidores de Nível Médio da BM, o questionário funciona como intimidação para que os oficiais possam convencer os deputados a votarem o projeto que concede 19,90% somente para os oficiais superiores. Segundo a entidade, enquanto os praças receberão apenas 9,1%, a partir de março de 2010, os salários dos majores, tenentes-coronéis e coronéis receberão 19,90% retroativo a março de 2009.
A entidade entende que o comandante-geral tenta desautorizar as entidades dos servidores, numa atitude anti-democrática. A ABAMF e a ASSTBM irão denunciar o caso à Comissão de Cidadania e Direitos Humanos e levarão a questão ao Ministério Público.

3 de mar. de 2010

Eliseu Santos afirmou na PF que teria matado

Eliseu Santos afirmou em depoimento à Policia Federal, um dia antes de morrer, que já teria matado um homem e que precisava renovar o porte de arma. O sinistro nisso tudo é que ninguém sabia desse fato, nem a Policia Civil, e não há registro do acontecido. A Policia Federal não deu detalhes e nem afirmou se a morte dessa pessoa tem relação com o assassinato ou com o desvio de R$ 9 milhões de reais da prefeitura de Porto Alegre. O delegado da Policia Civil, Ranolfo Vieira Junior, que investiga o caso, disse que nada consta nos resgistros policiais sobre o episódio.
Se Eliseu Santos afirmou em depoimento na PF que já teria matado um homem (quem seria ?), e a Federal investiga seu envolvimento no desvio de recursos públicos da Prefeitura de Porto Alegre, então, estamos diante de um caso muito cabeludo. A Famiglia deve estar apreensiva !

2 de mar. de 2010

Buemba !!!!

Achei que era piada do macaco Simão esta história de bomba no Túnel da Conceição. Só no Iraque e no Afeganistão que se têm notícia desse tipo de artefato. Explosão mesmo é da violência, que além da criminalidade comum, também explode agências bancárias no interior do Estado deixando cidades inteiras em estado de pavor.
Amanhã o PIG guasca vai dar na capa para o caso da BOMBA FALSA, e o caso Eliseu começa lentamente e silenciosamente a desaparer das páginas dos jornais. Nada como uma falsa bomba para desviar o foco do assassinato do ex-secretário da saúde Eliseu Santos. Pela experiência, jogo uma banana (dinamite ? ahahah) que se fosse latrocínio, os assassinos já estavam na capa de jornal desta terça-feira. Quem conhece o meio policial sabe que a policia conhece bem os personagens desse tipo de crime.

Morre o jovem atingido por bala perdida na Redenção

Gabriel Medina Marques, o jovem que levou um tiro na cabeça durante um enfrentamento entre gangues de adolescentes, domingo à tarde, no Parque da Redenção, foi vítima de bala perdida. A mãe do jovem está desesperada. A bala que atingiu Gabriel, que morreu ontem no Hospital de Pronto Socorro (HPS), poderia ter atingido qualquer um que estivesse por lá na hora do confronto.
Gostaria de ouvir os arautos do PIG guasca sobre esse episiódio. Zero Hora nem sequer faz questão de ouvir e de cobrar da Secretaria de Segurança Pública alguma explicação para a falta de policiamento e de "inteligência" sobre o tema. O governo passou de lombo liso mesmo, sem cobranças, bem chapa branca. O editorial de Zé H "Exibicionismo e terror no parque" passa a mão na cabeça dos órgãos de segurança, dá um cobrada de leve e alerta para que eles fiquem atentos para uma próxima oportunidade. PIADA!
Enquanto isso, Yeda gasta milhões de reais em propaganda afirmando que a segurança pública melhorou 151 %. Sobre essa pesquisa afirmo categoricamente que ela não reflete a realidade. Aliás, escrevi sobre ela num post anterior.

1 de mar. de 2010

Tiroteio na redenção

Onde está, se é que existe, a tal inteligência da Secretária da Segurança Pública do Estado no caso do enfrentamento de gangues em pleno Parque da Redenção ? O certo é que o chamado déficit zero do governo Yeda (PSDB) desmontou a área da segurança pública do RS. No caso da Redenção, para se livrar desse pepino, já querem colocar a responsabilidade do ocorrido no colo da guarda-civil do município, que tem apenas como responsabilidade a guarda do patrimônio público do município de Porto Alegre. Mas isso é apenas a ponta do iceberg.
Quem lê atentamente as pequenas notas da editoria de polícia do PIG guasca identifica o banho de sangue que há no Estado. Durante os finais de semana é comum que mais de uma dúzia de pessoas morram vítimas de armas de fogo. Os motivos são os mais diversos, mas o certo é que não há política de segurança pública no Estado.
Durante todo o período do governo Yeda, a base dos servidores da Policia Civil e da Brigada Militar não receberam nenhuma recomposição salarial. Se considerarmos que a inflação brasileira é de 6% ao ano, então, esses servidores, deveriam receber no mínimo 24% de reajuste (quatro anos) . Enquanto a valorização do servidor da segurança não for prioridade, não adianta fazer propoganda no PIG afirmando que a segurança melhorou. Quem afirma não se arrisca a sair à noite da sua casa, e agora, muito menos levar seus filhos nos parques.

27 de fev. de 2010

Mais um caso Daudt ?

Não sei se o ex-vice-prefeito e secretário da Saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos (PTB), assassinado a tiros ontem (26) sempre portou armas, e se possuia licença par tal (registro é diferente de porte). No entanto, o que parece mesmo é que ele estava sob grave ameaça. Um homem como ele não portaria uma pistola para fazer sua própria segurança, caso não possuísse a certeza de que sua vida ou de sua família estivesse em risco.

Outro fato que chama a atenção é que ele conseguiu reagir e ainda disparou sete tiros. Ou seja, ele estava "ligado" no ambiente e deve ter percebido algo de diferente. Se foi queima de arquivo, vingança ou apenas um latrocínio, o certo é que a polícia tem muito trabalho pela frente e esperamos que esse caso não seja mais um caso Daudt.

26 de fev. de 2010

Reforço do Twitter

Com a internet banda larga, netbooks e smartsfones é cada vez mais fácil acessar a internet. Por isso, entendo que o Twitter é uma bela ferramenta de comunicação, mesmo estando em trânsito. É por essa simples razão que estamos reforçando os flancos também nesse meio. Só falta o cartel da telefonia baixar esses preços absurdos — o segundo mais alto do mundo —para que o povão realmente faça a revolução no Brasil, universalizando esse meio. Abraços !

http://twitter.com/tomandonacuia

25 de fev. de 2010

Tribunal Militar: Um belo cabide de empregos


A confirmação de que Yeda Crusius indicará o presidente do Banrisul, Fernando Lemos, para ocupar o posto de juiz do Tribunal de Justiça Militar - TJM apenas demonstra a inutilidade do TJM. Aquilo, na realidade, é um cabide de emprego com garantia de uma bela aposentadoria.
Tramita na Assembleia Legislativa o Projeto de Emenda à Constituição - PEC 197/2009 que pede a extinção do TJM. O projeto, se aprovado, extinguirá o órgão. Enquanto isso Lemos será colega do coronel Paulo Roberto Mendes, ex-comandante da Brigada Militar, recebendo a merreca de R$ 22.000,00 mensais.
A extinção do TJM foi uma das lutas do Sindjus no final de 2008 e início de 2009. Por diversas vezes, o sindicato se manifestou contrário à manutenção deste órgão, inclusive com lançamento da campanha "Não pague por esta regalia. Tribunal Militar. Extinção Já". O objetivo do Sindicato foi mostrar à sociedade que ela paga caro a existência de um órgão que não tem mais sentido, diante do atual estado democrático de direito brasileiro. Apenas RS, MG e SP mantém a Corte.
Na campanha, os trabalhadores mostravam que o preço para pagar a regalia de sete membros de uma estrutura que julga 800 processo por ano, é quase o mesmo do necessário para manter toda a segurança pública da população gaúcha. Além disso, quase a totalidade dos servidores do órgão são Cargos de Confiança (CCs).

24 de fev. de 2010

Veneno vencido é demais

Que o governo Yeda não investiu na saúde pública nesses três últimos anos todos nós já sabíamos. Agora, mandar duas caminhonetes abarrotadas de veneno vencido para auxiliar no combate ao mosquito da dengue, sem verificar o prazo de validade, é passar um atestado de incompetência da Secretária da Saúde.

O que eu acho engraçado em tudo isso é a proteção do PIG guasca à péssima gestão da política de saúde pública do secretário da Saúde Osmar Terra (PMDB). No ano passado, além da volta da febre amarela, do alastramento da dengue e o recorde de mortes pela gripe H1N1, o Estado foi o que menos investiu em saúde pública no Brasil. No entanto, o PIG sempre mostra o deputado/secretário Terra em pautas quentes de vacinação de criancinhas ou anunciando algum tipo de ação positiva. Sobre a falta de leitos e a omissão do Estado na gestão da política de saúde não se vê a mídia local abrir a boca. Aliás, a única coisa que o PIG vê é o Grupo Hospitalar Conceição (Governo Federal), desaguadouro da incompetente gestão de Osmar Terra (PMDB) no governo de sua aliada Yeda (PSDB)

No ano passado o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea, analisou a atuação do poder público da área da saúde. O Ipea constatou que em 1.867 municípios brasileiros (33,5% ) não existe ATENDIMENTO DE URGÊNCIA. Os piores do ranking são administrados pelos governos tucanos. Os dados apontam que Minas Gerais (Aécio) possui 21,3% dos municípios sem atendimento de emergência, seguidos pelo Rio Grande do Sul (Yeda) com 14,1 % e São Paulo (Serra) com 9,9%.

A PRIMEIRA BATALHA: PIG ataca Zé Dirceu

O PIG nacional voltou com força total. Ataca o PT e a candidatura Dilma, tendo como alvo secundário o ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu. Zé H de hoje abre um dos seus editoriais falando de uma "escandalosa" rede de influências entre o setor público e o privado (ahahahahahah. (olha quem falando).
O PIG acusa Zé Dirceu de lobby no governo e de favorecer o empresário Nelson dos Santos, controlador acionário da Eletronet, empresa que estaria sendo beneficiada com R$ 200 milhões de reais após o anúncio do presidente Lula em lançar o Plano Nacional de Banda Larga.
Ora bolas ! todo mundo sabe que Brasília é a capital nacional do Lobby. Tramitam diariamente no Congresso Nacional e também no governo, centenas de projetos articuladospelos lobbistas doPIG, pelas empreiteiras, pela industria, das multinacionais, do agronegócio e por ai vai.
O certo é que ao mirar Zé Dirceu, o PIG quer associar a imagem negativa dos escândalos dos DEMOS ao PT, tentando colar um pouco dessa crise da direita em Lula e consequentemente em Dilma. A coisa é mais ou menos assim: tá todo mundo roubando, todo mundo é ladrão, tudo é sacanagem, abram olho ! O CERTO É QUE COMEÇOU A PRIMEIRA BATALHA PELA SUCESSÃO PRESIDENCIAL.

23 de fev. de 2010

Mulheres x Videogames


Texto: Joana Gabech
Quando dois homens se juntam em frente a uma TV equipada com um videogame boa coisa não se pode esperar, logo sai uma (ou duas ou três...) partidas de futebol. Quando mais de dois homens se juntam nessa mesma situação, a coisa vira campeonato, e aí se vão horas e mais horas que podem resultar em muita diversão (para eles) ou em crises de relacionamento (para elas). O fato é que TODOS os homens, independente da idade, gosto musical ou preferência sexual, não resistem a um jogo de futebol virtual.
Eles montam seu time com os melhores jogadores – serão estes os das coxas mais grossas?! - escolhem a cor da camisa, fazem substituições quando os bonequinhos estão muito cansados e acumulam dinheiro virtual para melhorar seu quadro de jogadores – e enquanto isso a barriga vai crescendo e os únicos músculos que se tonificam são os dos dedos das mãos!
HOMENS! CAIAM NA REAL! Enquanto vocês perdem horas na frente da TV, nós ganhamos horas na academia, no salão de beleza ou em lojas de roupas, assim ganharemos alguns elogios e principalmente tempo para repensar nossas escolhas!

O que a mulher fez com o videogame foi um crime inafiançável (ahahahahahahahahha)

Pague ou proíbe

Os apostadores de Novo Hamburgo, que apostaram mas não levaram o Prêmio da Mega-Sena, devem procurar a justiça para reparar esse erro. Eu não sei qual é o entendimento da Caixa Econômica Federal sobre os bolões de apostas feitos em lotéricas, mas caso a instituição não pague o prêmio aos apostadores,então, que o Banco proíba esse tipo de procedimento nas suas concessionárias.

É comum nas lotéricas, ao se fazer qualquer tipo de aposta individual, que o funcionário ofereça um bolão com números pré-selecionados. Caso você aceite comprar esse produto recebe imediatamente uma cópia do jogo com um carimbo ou os números registrados com o selo da lotérica. Portanto, a responsabilidade da lotérica é grande e na condição de representante da Caixa Econômica Federal maior ainda. A lotérica na realidade também vende a credibilidade da instituição Caixa e não pode deixar que isso ocorra novamente.

22 de fev. de 2010

Agripino ataca TRE e chama decisão de "criminosa"

O senador José Agripino Maia (DEM-RN) afirmou que a decisão da Justiça Eleitoral de São Paulo, que determinou a cassação Gilberto Kassab (DEM) é "incoerente", "eleitoral", "irresponsável" e "criminosa". A expressão "criminosa" demonstra o nível desespero desses filhotes da ditadura, que sempre estiveram acostumados a ter a justiça a serviço das oligarquias, do latifúndio e dos barões da mídia.
O desmonte do DEM, um dos principais aliados dos tucanos, fez acender a luz vermelha na campanha de Serra (PSDB), que além do desgaste com os alagamentos em São Paulo, agora tem dois de seus principais aliados na mira da justiça. Com Arruda preso e Kassab cassado, entendo que a vida política fica cada vez mais difícil para Serra e para o PIG.

21 de fev. de 2010

Kassab é cassado

A Justiça Eleitoral de São Paulo cassou o mandato do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do DEM, e de sua vice, Alda Marco Antonio (PMDB) por receberem doações ilegais para a campanha de 2008. Segundo a reportagem do jornal Estado de São Paulo de hoje (21), a decisão partiu do juiz da 1ª Zona Eleitoral, Aloísio Sérgio Resende Silveira, o mesmo que cassou o mandato de 16 vereadores paulistanos nos últimos meses do ano passado por abuso de poder econômico. Kassab e Alda tiveram seus mandatos cassados pelo mesmo motivo.

Entre as doadoras consideradas ilegais estão a Associação Imobiliária Brasileira (AIB) e empreiteiras acionistas de concessionárias de serviços públicos, como Camargo Corrêa e OAS. Ao todo, a coligação de Kassab e Alda gastou R$ 29,76 milhões na campanha, dos quais R$ 10 milhões são considerados irregulares pela Justiça. A sentença será publicada no Diário Oficial de terça-feira, quando passa a contar o prazo de três dias para o recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Com a cassação de Kassab (até rimou ahahahaha), cai por terra o discursos de ética na política da turma da Arena, que migrou o PDS, que fundou o PFL e depois criou os Democratas. Resta agora essa turma fundar uma nova sigla. São quase todos representantes do latifúndio, dos coronéis, e filhotes da ditadura, como dizia Leonel Brizola .

20 de fev. de 2010

Discurso da ministra Dilma no IV Congresso Nacional do PT


Queridas companheiras,
Queridos companheiros

Para quem teve a vida sempre marcada pelo sonho e pela esperança de mudar o Brasil, este é um dia extraordinário.

Meu partido - o Partido dos Trabalhadores - me confere a honrosa tarefa de dar continuidade à magnífica obra de um grande brasileiro.
A obra de um líder - meu líder - de quem muito me orgulho: Luiz Inácio Lula da Silva.

Jamais pensei que a vida viesse a me reservar tamanho desafio. Mas me sinto absolutamente preparada para enfrentá-lo - com humildade, serenidade e confiança.

Neste momento, ouço a voz de Minas Gerais, terra de minha infância e de minha juventude. Dessa Minas que me deu o sentimento de que vale a pena lutar pela liberdade e contra a injustiça. Ouço os versos de Drummond:

"Teus ombros suportam o mundo/
E ele não pesa mais do que a mão de uma criança"
Até hoje sinto o peso suave da mão de minha filha, quando nasceu.

Que força ela me deu. Quanta vida me transmitiu. Quanta fé na humanidade me passou.
Eram tempos difíceis.

Ferida no corpo e na alma, fui acolhida e adotada pelos gaúchos - generosos, solidários, insubmissos, como são os gaúchos.

Naqueles anos de chumbo, onde a tirania parecia eterna, encontrei nos versos de outro poeta - Mário Quintana - a força necessária para seguir em frente:

"Todos estes que aí estão/
Atravancando o meu caminho,/
Eles passarão.
Eu passarinho."

Eles passaram e nós hoje voamos livremente.
Voamos porque nascemos para ser livres.

Sem ódio e com serena convicção afirmo que nunca mais viveremos numa gaiola ou numa prisão.
Estamos construindo um novo país na democracia. Um país que se reencontrou consigo mesmo. Onde todos expressam livremente suas opiniões e suas idéias.

Um país que não tolera mais a injustiça social. Que descobriu que só será grande e forte se for de todos.

Vejo nesta manhã - nos jovens que nos acompanham e nos mais velhos que aqui estão - um extraordinário encontro de gerações. De gerações que, como a minha, levaram nosso compromisso com o país às últimas conseqüências.
Amadureci. Amadurecemos todos.

Amadureci na vida. No estudo. No trabalho duro. Nas responsabilidades de governo no Rio Grande e aqui.

Mas esse amadurecimento não se confunde com conformismo, nem perda de convicções.
Não perdemos a indignação frente à desigualdade social, à privação de liberdade, às tentativas de submeter nosso país.

Não sucumbimos aos modismos ideológicos. Persistimos em nossas convicções, buscando, a partir delas, construir alternativas concretas e realistas.

Continuamos movidos a sonhos. Acreditando na força do povo brasileiro, em sua capacidade de buscar e construir um mundo melhor.

A história recente mostrou que estávamos certos.
Tivemos um grande mestre - o Presidente Lula. Ele nos ensinou o caminho.

Em um país, com a complexidade e as desigualdades do Brasil, ele foi capaz de nos conduzir pelo caminho de profundas transformações sociais em um clima de paz, de respeito e fortalecimento da democracia.

Não admitimos, portanto, que alguém queira nos dar lições de liberdade. Menos ainda aqueles que não tiveram e não têm compromisso com ela.

Companheiras, Companheiros

Recebo com humildade a missão que vocês estão me confiando. Com humildade, mas com coragem e determinação. Coragem e determinação que vêm do apoio que recebo de meu partido e de seu primeiro militante - o Presidente Lula.

Do apoio que espero ter dos partidos aliados que, com lealdade e competência, também são responsáveis pelos êxitos do nosso Governo. Com eles quero continuar nossa caminhada. Participo de um governo de coalizão. Quero formar um Governo de coalizão.

Estou consciente da extraordinária força que conduziu Lula à Presidência e que deu a nosso Governo o maior respaldo da história de nosso país - a força do povo brasileiro.
A missão que me confiam não é só de um partido ou de um grupo de partidos.
Recebo-a como um mandato dos trabalhadores e de seus sindicatos.
Dos movimentos sociais.
Dos que labutam em nossos campos.
Dos profissionais liberais.
Dos intelectuais.
Dos servidores públicos.
Dos empresários comprometidos com o desenvolvimento econômico e social do país.
Dos negros. Dos índios. Dos jovens.
De todos aqueles que sofrem ainda distintas formas de discriminação.
Enfim, das mulheres.

Para muitos, elas são "metade do céu". Mas queremos ser a metade da terra também. Com igualdade de direitos, salários e oportunidades. Quero com vocês - mulheres do meu país - abrir novos espaços na vida nacional.
É com este Brasil que quero caminhar. É com ele que vamos seguir, avançando com segurança, mas com a rapidez que nossa realidade social exige.
Nessa caminhada encontraremos milhões de brasileiros que passaram a ter comida em suas mesas e hoje fazem três refeições por dia.
Milhões que mostrarão suas carteiras de trabalho, pois têm agora emprego e melhor renda.
Milhões de homens e mulheres com seus arados e tratores cultivando a terra que lhes pertence e de onde nunca mais serão expulsos.
Milhões que nos mostrarão suas casas dignas e os refrigeradores, fogões, televisores ou computadores que puderam comprar.

Outros milhões acenderão as luzes de suas modestas casas, onde reinava a escuridão ou predominavam os candieiros. E estes milhões de pontos luminosos pelo Brasil a fora serão como uma trilha incandescente que mostra um novo caminho.
Nessa caminhada, veremos milhões de jovens mostrando seus diplomas de universidades ou de escolas técnicas com a convicção de quem abriu uma porta para o futuro.
Milhões - mas muitos milhões mesmo - expressarão seu orgulho de viver em um país livre, justo e, sobretudo, respeitado em todo o mundo.
Muitos me perguntam porque o Brasil avançou tanto nos últimos anos. Digo que foi porque soubemos construir novos caminhos, derrubando velhos dogmas.
O primeiro caminho é o do crescimento com distribuição de renda - o verdadeiro desenvolvimento. Provamos que distribuindo renda é que se cresce. E se cresce de forma mais rápida e sustentável.

Essa distribuição de renda permitiu construir um grande mercado de bens de consumo popular. Ele nos protegeu dos efeitos da crise mundial.
Criamos 12 milhões de empregos formais. A renda dos trabalhadores aumentou. O salário mínimo real cresceu como nunca. Expandimos o crédito para o conjunto da sociedade. Estamos construindo um Brasil para todos.
O segundo caminho foi o do equilíbrio macro-econômico e da redução da vulnerabilidade externa.
Eliminamos as ameaças de volta da inflação. Reduzimos a dívida em relação ao Produto Interno Bruto.
Aumentamos nossas reservas de 38 bilhões de dólares para mais de 241 bilhões. Multiplicamos por três nosso comércio exterior, praticando uma política externa soberana, que buscou diversificar mercados.


Deixamos de ser devedores internacionais e passamos à condição de credores. Hoje não pedimos dinheiro emprestado ao FMI. É o Fundo que nos pede dinheiro.
Grande ironia: os mesmos 14 bilhões de dólares que antes o FMI nos emprestava, agora somos nós que emprestamos ao FMI.
O terceiro caminho foi o da redução das desigualdades regionais. Invertemos nos últimos anos o que parecia uma maldição insuperável. Quando o país crescia, concentrava riqueza nos estados e regiões mais prósperos. Quando estagnava, eram os estados e regiões mais pobres que pagavam a conta.

Governantes e setores das elites viam o Norte e o Nordeste como regiões irremediavelmente condenadas ao atraso.
A vastos setores da população não restavam outras alternativas que a de afundar na miséria ou migrar para o sul em busca de oportunidades. É o que explica o inchaço das grandes cidades.
Essa situação está mudando. O Governo Federal começou um processo consistente de combate às desigualdades regionais. Passou a ter confiança na capacidade do povo das regiões mais pobres. O Norte e o Nordeste receberam investimentos públicos e privados. O crescimento dessas duas regiões passou a ser sensivelmente superior ao do Brasil como um todo.

Nós vamos aprofundar esse caminho. O Brasil não mais será visto como um trem em que uma única locomotiva puxa todos vagões, como nos tempos da "Maria Fumaça". O Brasil de hoje é como alguns dos modernos trens de alta velocidade, onde vários vagões são como locomotivas e contribuem para que o comboio avance.
O quarto caminho que trilhamos e continuaremos a trilhar é o da reorganização do Estado.
Alguns ideólogos chegavam a dizer que quase tudo seria resolvido pelo mercado. O resultado foi desastroso.
Aqui, o desastre só não foi maior - como em outros países - porque os brasileiros resistiram a esse desmonte e conseguiram impedir a privatização da Petrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica ou de FURNAS.
Alguns falam todos os dias de "inchaço da máquina estatal". Omitem, no entanto, que estamos contratando basicamente médicos e profissionais de saúde, professores e pessoal na área da educação, diplomatas, policiais federais e servidores para as áreas de segurança, controle e fiscalização.

Escondem, também, que a recomposição do corpo de servidores do Estado está se fazendo por meio de concursos públicos.
Vamos continuar valorizando o servidor e o serviço público. Reconstituindo o Estado. Recompondo sua capacidade de planejar, gerir e induzir o desenvolvimento do país.
Diante da crise, quando o crédito secou, não sacrificamos os investimentos públicos e privados. Ao contrário, utilizamos nossos bancos para impulsionar o desenvolvimento e a garantia de emprego no País.

Na verdade, quando a crise mundial apenas começava, Lula disse em seu discurso na ONU em 2008:
É chegada a hora da política!
Nada mais apropriado. A maior prova nós demos ao mundo: o Brasil só pôde enfrentar com sucesso a crise porque tivemos políticas públicas adequadas. Soubemos articular corretamente Estado e mercado, porque colocamos o interesse público no centro de nossas preocupações.

O quinto caminho foi o de nossa presença soberana no mundo.
O Brasil não mais se curva diante dos poderosos. Sem bravatas e sem submissão, o país hoje defende seus interesses e se dá ao respeito. É solidário com as nações pobres e em desenvolvimento. Tem uma especial relação com a América do Sul, com a América Latina e com a África. Estreita os laços Sul-Sul, sem abandonar suas relações com os países desenvolvidos. Busca mudar instituições multilaterais obsoletas, que impedem a democratização econômica e política do mundo.
Essa presença global, e o corajoso enfrentamento de nossos problemas domésticos em um marco democrático, explicam o respeito internacional que hoje gozamos.

O sexto caminho para onde convergem todos os demais foi o do aperfeiçoamento democrático.
No passado, tivemos momentos de grande crescimento econômico. Mas faltou democracia. E como faltou!
Em outros momentos tivemos democracia política, mas faltou democracia econômica e social. E sabemos muito bem que quando falta democracia econômica e social, é a democracia como um todo que está ameaçada. O país fica à mercê das soluções de força ou de aventureiros.
Hoje crescemos, distribuindo renda, com equilíbrio macro-econômico, expansão da democracia, forte participação social na definição das políticas públicas e respeito aos Direitos Humanos.

Quem duvidar do vigor da democracia em nosso país que leia, escute ou veja o que dizem livremente as vozes oposicionistas. Mas isso não nos perturba. Preferimos as vozes dessas oposições - ainda quando mentirosas, injustas e caluniosas - ao silêncio das ditaduras.
Como disse o Presidente Lula, a democracia não é a consolidação do silêncio, mas a manifestação de múltiplas vozes. Nela, vai desaparecendo o espaço para que velhos coronéis e senhores tutelem o povo. Este passa a pensar com sua cabeça e a constituir uma nova e verdadeira opinião pública.

As instituições funcionam no país. Os poderes são independentes. A Federação é respeitada. Diferentemente de outros períodos de nossa história, o Presidente relacionou-se de forma republicana com governadores e prefeitos, não fazendo qualquer tipo de discriminação em função de suas filiações partidárias.
Não praticamos casuísmos. Basta ver a reação firme e categórica do Presidente Lula ao frustrar as tentativas de mudar a Constituição para que pudesse disputar um terceiro mandato. Não mudamos - como se fez no passado - as regras do jogo no meio da partida.
Como todos podem ver, temos um extraordinário alicerce sobre o qual construir o terceiro Governo Democrático e Popular. Temos rumo, experiência e impulso para seguir o caminho iniciado por Lula. Não haverá retrocesso, nem aventuras. Mas podemos avançar muito mais. E muito mais rapidamente.

Queridas companheiras, queridos companheiros.
Não é meu propósito apresentar aqui um Programa de Governo.
Este Congresso aprovou as Diretrizes para um programa que será submetido ao debate com os partidos aliados e com a sociedade.
Hoje quero assumir alguns compromissos como pré-candidata, para estimular nossa reflexão e indicar como pretendemos continuar este processo iniciado há sete anos.

Vamos manter e aprofundar aquilo que é marca do Governo Lula - seu olhar social. Queremos um Brasil para todos. Nos aspectos econômicos e em suas projeções sociais, mas também um Brasil sem discriminações, sem constrangimentos. Ampliaremos e aperfeiçoaremos os programas sociais do Governo Lula, como o Bolsa Família, e implantaremos novos programas com o propósito de erradicar a miséria na década que se inicia.
Vamos dar prioridade à qualidade da educação, essencial para construir o grande país que almejamos, fundado no conhecimento e na justiça social. Mas a educação será, sobretudo, um meio de emancipação política e cultural do nosso povo. Uma forma de pleno acesso à cidadania. Daremos seguimento à transformação educacional em curso - da creche a pós-graduação.

Os jovens serão os primeiros beneficiários da era de prosperidade que estamos construindo. Nosso objetivo estratégico é oferecer a eles a oportunidade de começar a vida com segurança, liberdade, trabalho e realização pessoal.
No Brasil temos hoje 50 milhões de jovens, entre os 15 e os 29 anos de idade. Mais de um quarto da população brasileira. E eles têm direito a um futuro melhor.
O Brasil precisa muito da juventude. De profissionais qualificados. De mulheres e homens bem formados.

Isto se faz com escolas que propiciem boa formação teórica e técnica, com professores bem treinados e bem remunerados. Com bolsas de estudo e apoio para que os alunos não sejam obrigados a abandonar a escola. Com banda larga gratuita para todos, computadores para os professores, salas de aula informatizadas para os estudantes. Com acesso a estágios, cursos de especialização e ajuda para entrar no mercado de trabalho de todo o Brasil.
Serão esses jovens bem formados e preparados que vão nos conduzir à sociedade do conhecimento
Protegeremos as crianças e os mais jovens da violência, do assédio das drogas, da imposição do trabalho em detrimento da formação escolar e acadêmica.
As crianças e os mais jovens devem ser, sim, protegidos pelo Estado, desde a infância até a vida adulta, para que possam se realizar, em sua plenitude, como brasileiros.

Um País se mede pelo grau de proteção que dá a suas crianças. São elas a essência do nosso futuro. E é na infância que a desigualdade social cobra seu preço mais alto. Crianças desassistidas do nascimento aos cinco anos serão jovens e adultos prejudicados nas suas aptidões e oportunidades. Cuidar delas adequadamente é combater a desigualdade social na raiz.
Vamos ampliar e disseminar por todo o Brasil a rede de creches, pré-escolas e escolas infantis. Um tipo de creche onde a criança tem acesso a socialização pedagógica, aos bens culturais e aos cuidados de nutrição e saúde indispensáveis a seu pleno desenvolvimento. Isso é o que está previsto no PAC 2.

Vamos resolver os problemas da saúde, pois temos um incomparável modelo institucional - o SUS. Com mais recursos e melhor gestão vamos aprimorar a eficácia do sistema. Vamos reforçar as redes de atenção à saúde e unificar as ações entre os níveis de governo. Darei importância às Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs, ao SAMU, aos hospitais públicos e conveniados, aos programas Saúde da Família, Brasil Sorridente e Farmácia Popular.
Vamos cuidar das cidades brasileiras. Colocar todo o empenho do Governo Federal, junto com estados e municípios, para promover uma profunda reforma urbana, que beneficie prioritariamente as camadas mais desprotegidas.
Vamos melhorar a habitação e universalizar o saneamento. Implantar transporte seguro, barato e eficiente.
Vamos reforçar os programas de segurança pública.
A conclusão do PAC 1 e a implementação do PAC 2, junto com a continuidade do programa Minha Casa, Minha Vida serão decisivos para realizar esse compromisso.

Vamos fortalecer a proteção de nosso meio ambiente. Continuaremos reduzindo o desmatamento e impulsionando a matriz energética mais limpa do mundo. Vamos manter a vanguarda na produção de biocombustíveis e desenvolver nosso potencial hidrelétrico. Desenvolver sem agredir o meio ambiente, com usinas a fio d'água e utilizando o modelo de usinas-plataforma. Aprofundaremos nosso zoneamento agro-ecológico. Nossas iniciativas explicam a liderança que alcançamos na Conferência sobre a Mudança do Clima, em Copenhague. As metas voluntárias de Copenhague, assumidas pelo Brasil, serão cumpridas, haja ou não acordo internacional. Este é o nosso compromisso.
Vamos aprofundar os avanços já alcançados em nossa política industrial e agrícola, com ênfase na inovação, no aperfeiçoamento dos mecanismos de crédito, aumentando nossa produtividade.
Agregar valor a nossas riquezas naturais, é fundamental numa política de geração de empregos no País. Tudo que puder ser produzido no Brasil, deve ser - e será - produzido no Brasil. Sondas, plataformas, navios e equipamentos aqui produzidos, para a exploração soberana do Pré-sal, vão gerar emprego e renda para os brasileiros. Emprego e renda que virão também da produção em indústrias brasileiras de fertilizantes, combustíveis e petroquímicos derivados do óleo bruto. Assim, com este modelo soberano e nacional, a exploração do Pré-sal dará diversidade e sofisticação à nossa indústria.

Os recursos do Pré-sal, aplicados no Fundo Social, sustentarão um grande avanço em nossa educação e na pesquisa científica e tecnológica. Recursos que também serão destinados para o combate à pobreza, para a defesa do meio ambiente e para a nossa cultura.
Vamos continuar mostrando ao mundo que é possível compatibilizar o desenvolvimento da agricultura familiar e do agronegócio. Assegurar crédito, assistência técnica e mercado aos pequenos produtores e, ao mesmo tempo, apoiar os grandes produtores, que contribuem decisivamente para o superávit comercial brasileiro.
Todas as nossas ações de governo têm uma premissa: a preservação da estabilidade macro-econômica.
Vamos manter o equilíbrio fiscal, o controle da inflação e a política de câmbio flutuante.
Vamos seguir dando transparência aos gastos públicos e aperfeiçoando seus mecanismos de controle.
Vamos combater a corrupção, utilizando todos os mecanismos institucionais, como fizemos até agora.
Vamos concretizar, junto com o Congresso, as reformas institucionais que não puderam ser completadas ou foram apenas parcialmente implantadas, como a reforma política e a tributária.
Vamos aprofundar nossa postura soberana no complexo mundo de hoje. Seremos intransigentes na defesa da paz mundial e de uma ordem econômica e política mais justa.
Enfim, vamos governar para todos. Com diálogo, tolerância e combatendo as desigualdades sociais e regionais.
Companheiras e companheiros,
Faremos na nossa campanha um debate de idéias, com civilidade e respeito à inteligência política dos brasileiros. Um debate voltado para o futuro.
Recebo essa missão especialmente como um mandato das mulheres brasileiras, como mais uma etapa no avanço de nossa participação política e como mais uma vitória contra a discriminação secular que nos foi imposta. Gostaria de repetir: quero com vocês, mulheres do meu País, abrir novos espaços na vida nacional.

Queridas amigas e amigos

No limiar de uma nova etapa de minha vida, quando sou chamada à tamanha responsabilidade, penso em todos aqueles que fizeram e fazem parte de minha trajetória pessoal.
Em meus queridos pais.
Em minha filha, meu genro e em meu futuro neto ou neta.
Nos tantos amigos que fiz.
Nos companheiros com quem dividi minha vida.
Mas não posso deixar de ter uma lembrança especial para aqueles que não mais estão conosco. Para aqueles que caíram pelos nossos ideais. Eles fazem parte de minha história.

Mais que isso: eles são parte da história do Brasil.
Permitam-me recordar três companheiros que se foram na flor da idade.
Carlos Alberto Soares de Freitas.
Beto, você ia adorar estar aqui conosco.
Maria Auxiliadora Lara Barcelos
Dodora, você está aqui no meu coração. Mas também aqui entre nós todos.
Iara Yavelberg.
Iara, que falta fazem guerreiras como você.
O exemplo deles me dá força para assumir esse imenso compromisso.
A mesma força que vem de meus companheiros de partido, sobretudo daquele que é nosso primeiro companheiro - Luiz Inácio Lula da Silva.
Esse ato de proclamação de minha candidatura tem uma significação que transcende seu aspecto eleitoral.
Estamos hoje concluindo o Quarto Congresso do Partido dos Trabalhadores.
Mais do que isso: estamos celebrando os Trinta Anos do PT.
Trinta anos desta nova estrela que veio ocupar lugar fundamental no céu da política brasileira.
Em um período histórico relativamente curto mudamos a cara de nosso sofrido e querido Brasil.
O PT cumpriu essa tarefa porque não se afastou de seus compromissos originais. Soube evoluir. Mudou, quando foi preciso.
Mas não mudou de lado.
Até chegar à Presidência do país, o PT dirigiu cidades e estados da Federação, gerando práticas inovadoras políticas, econômicas e sociais que o mundo observa, admira e muitas vezes reproduz. Fizemos isso, preservando e fortalecendo a democracia.
Mas, a principal inovação que o Partido trouxe para a política brasileira foi colocar o povo - seus interesses, aspirações e esperanças - no centro de suas ações.
Olhando para este magnífico plenário o que vejo é a cara negra, branca, índia e mestiça do povo brasileiro.
Esta é a cara do meu partido.
O rosto daqueles e daquelas que acrescentam a sua jornada de trabalho, uma segunda jornada - ou terceira - a jornada da militância.
Quero dizer a todos vocês que tenho um enorme orgulho de ser petista. De militar no mesmo partido de vocês. De compartilhar com Lula essa militância.
Estou aceitando a honrosa missão que vocês me delegam com tranqüilidade e determinação.
Sei que não estou sozinha.
A tarefa de continuar mudando o Brasil é uma tarefa de milhões. Somos milhões.
Vamos todos juntos, até a vitória.
Viva o povo brasileiro!

Dilma, no caminho que Lula nos ensinou


"Aqueles que queriam acabar com a nossa raça, hoje estão se acabando". Com essa afirmação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou ontem (19) a força da militância do Partido dos Trabalhadores que comemora 30 anos de fundação, durante o ato de posse dos novos membros do Diretório Nacional do partido. Segundo Lula "o PT tem lado e sabe o que quer para o Brasil. Nestes 30 anos nós construimos o maior paradigma de esquerda existente em um país democrático. Aprendemos a construir uma convivência democrática interna e hoje praticamos essa convivência com outras forças políticas aliadas", destaca.
Hoje (20), Dilma Roussef foi aplaudida de pé pelos participantes do IV Congresso do PT ao afirmar que prefere ter uma oposição que tenha o direito a falar do que o silêncio da ditadura. A ministra e pré-candidata do PT à Presidência da República enfatizou que caso se vencer às eleições ampliara os programas sociais, investirá ainda mais na educação, saúde, proteção de crianças e jovens, na ampliação do PAC (PAC2) e no fortalecimento da indústria brasileira.

19 de fev. de 2010

BM mineira poderá usar caveirões contra manifestantes


O governo tucano de Aécio Neves apresentou hoje (19) o novo caveirão mineiro. São dois veículos blindados, semelhantes aos caveirões utilizados pelo Batalhão de Operações Especiais do Rio de Janeiro (Bope), que serão usados em ocorrências de alta complexidade, como assaltos a bancos, ameaças de bombas. No site do Terra, a chamada diz que o equipamento também serão utilizado em ações complexas e manifestações. Ou seja, o governo tucano de Aécio Neves pretende usar esses blindados também contra manifestantes e qualquer coincidência com o governo de Yeda é mera coincidência.
Aliás, alguns integrantes da Brigada Militar do RS estão fazendo o que bem entendem quando colocam a farda para trabalhar, extrapolando limites e competências, numa espécie de sensação de impunidade. Espancamentos de jovens, tiroteio envolvendo civis, truculência contra manifestantes. Onde isso vai parar se continuar assim ?

O triste fim do Auditório Araújo Vianna


A Promotoria de Patrimônio Público do MP/RS está ratificando a notificação feita à Prefeitura de Porto Alegre, solicitando informações sobre as denúncias de abandono do Auditório Araújo Vianna. A informação foi dada pelos promotores Cesar Luís de Araújo Faccioli e Edes Ferreira dos Santos Cunha, que se reuniram com o representante do Conselho Municipal de Cultura, Dilmair dos Santos, e as vereadoras Sofia Cavedon (PT) e Fernanda Melchionna (Psol), integrantes da Comissão de Cultura da Câmara Municipal. Conforme explicaram os promotores, esta é a segunda solicitação encaminhada ao Executivo Municipal, que terá dez dias para responder. A primeira notificação não foi respondida.

Para a vereadora Sofia Cavedon, que em dezembro encaminhou ao MP a denúncia do abandono e depredação do Araújo, é inadmissível deixar esse patrimônio público e símbolo da efervescência cultural de várias décadas fechado e abandonado durante cinco anos. “A Opus Promoções ganhou a licitação para a restauração e nada foi realizado até agora. Além disso, essa empresa foi denunciada recentemente por fraudar em R$ 3 milhões a Lei de Incentivo à Cultura (LIC). Isso tudo será debatido hoje à noite, na reunião do Conselho Municipal de Cultura que convocou o secretário para esclarecer o processo”.
Segundo a vereadora Fernanda Melchionna, é um absurdo o que o Governo Fogaça está fazendo, privatizando a Cultura. “Estamos tentando salvar o que restou do Araújo Vianna”, salientou.

17 de fev. de 2010

Onde estão os DEMOS ?


Os DEMOS sumiram do país. Acostumados a falar diariamente no PIG, tendo como foco criticar o governo Lula e denunciar corrupção por todos os lados, agora estão todos entocados. Nenhuma figura pública da Executiva Nacional dos Democratas aparece para defender o seu governador Arruda e o vice, Paulo Octávio (DEMOS).

Nem o PIG guasca consegue justificar tamanha ausência daqueles que semanalmente desfrutam de dezenas de minutos de audiência na TV e nas emissoras de rádio do PIG. Quem nunca ouviu semanalmente entrevistas de Kátia Abreu, Onyx Lorenzoni, Rodrigo Maia, ACM Neto, Heráclito Fortes, Agripino Maia e Jorge Bornhausen ? Aliás, a bancada dos DEMOS sempre fez o papel de tropa de choque dos tucanos, sempre disponível para achar corrupção em todos os cantos, até mesmo embaixo dos sapatos do presidente Lula. Agora os DEMOS sumiram do mapa do Brasil, talvez porque não consigam justificar tamanha roubalheira e criar factóides de corrupção contra o PT, ajundando o PIG, que precisa de uma boca para criar manchetes para os jornalões no dia seguinte.

Aqui no Sul, o deputado Onyx está com a palavra (ahhhahhahahahahhaa).